Hermione saiu da sala onde se encontrava não sabia quanto tempo ficou ali, mas notou que o castelo estava silencioso, estava sem fome resolveu ir direto para o seu dormitório, não tinha visto as crianças desde a manhã, e apesar de seu do sofrimento que estava passando, eles eram suas responsabilidades.

Caminhou até seu quarto tomando o cuidado de antes parar em uns dos banheiros para se arrumar, Rony não deve saber que ela andou a chorar se não ficaria muito triste. Chegou à frente de seu quarto respirou profundamente e colocou a máscara de todos os dias, a máscara que aprendera a vestir que enganava não só os outros, mas até ela mesma, esta máscara escondia toda tristeza, angustia e dor, a deixava aos olhos das pessoas como uma mulher inteligente, forte e destemida, mas no fundo era apenas uma menina quebrada, frágil que queria ser cuidada e protegida.

-Boa noite Rony. – Hermione falou assim que entrou, o rapaz estava sentado no sofá olhando alguns pergaminhos, Hermione foi até ele e depositou um beijo doce em seus lábios se sentando do seu lado.

-Boa noite Mi. – Rony a olhou curioso- Onde esteve? As crianças perguntaram sobre você? – tentou parecer o mais casual possível, mas a garota percebeu que ele estava ansioso pela resposta e até mesmo com medo de ouvi-la.

-Eu estive a andar pelo castelo e acabei perdendo à hora, mais e elas estão bem? Já foram dormir?- Perguntou Hermione olhando para as escadas acima.

-Sim já foram. Eles passaram bem o dia, brincando e correndo. A Gina falou que não deram trabalho. – falou Rony olhando novamente para o pergaminho, Hermione o conhecia bem o suficiente para saber que ele queria pergunta algo a ela, mais não forçaria, deixaria saber o momento certo para perguntá-la.

Rony mexia nos pergaminhos de um lado para outro, mais não estava conseguindo se concentrar, ele estava nervoso demais e ansioso por saber o que aconteceu com Hermione para ela sumir o resto da tarde.

-Mi posso fazer uma pergunta? – Ron estava tentando disfarçar o nervosismo em sua voz, mas Hermione percebera.

-Na verdade você já fez, mais pode fazer outras. – falou tentando ser engraçada, mas não conseguiu.

-O que você sentiu ao ver ele?- Rony perguntou a moça mais ela percebeu que os olhos do rapaz brilhavam de ansiedade e que aquela resposta seria muito importante para ele, Hermione respirou fundo e resolveu ser sincera com o marido.

-Rony, não vou mentir. Surpreendi-me ao vê-lo, você sabe melhor que ninguém o quanto eu lutei para esquecê-lo e quando o vi esta tarde. – Hermione parou e respirou fundo, seria a primeira mentira que falaria para Rony nestes anos de casados e soube que não teria escolha, o rapaz a olhava intrigado e Hermione percebeu que em seus olhos havia medo – Percebi que o tinha esquecido totalmente e que o único que comanda meu coração é você Ron.

Rony se sentiu imensamente aliviado por um instante pensou que Hermione o largaria e iria atrás de Draco mais isto não aconteceu ela era dele, depois de tantos anos descobriu que realmente ela o amava.

Ele se aproximou dela e segurou em sua cintura e deu um beijo apaixonado, Hermione se entregou ao beijo, mas não era a mesma sensação que sentiu ao beijar Draco não chegava nem a um por cento da paixão, desejo a amor que sentiu ao beijá-lo. Sabia que enganava a Ron mais não queria o ver triste à felicidade dele vinha em primeiro lugar assim como ele um dia colocou a dela em primeiro, poderia sofrer mais sofreria sozinha.

-Hermione, ouvi uma música alguns dias atrás e queria que você ouvisse, você sabe que eu não sou bom com palavras então faça desta música as palavras que eu queria te falar. – conjurou um rádio – É uma música trouxa, – falou ele com simplicidade – dança comigo?

É difícil para mim, dizer as coisas
Que eu quero dizer ás vezes
Não há ninguém aqui exceto você e eu
E aquela velha luz quebrada da rua
Tranque as portas
Deixando o mundo lá fora
Tudo o que eu tenho para te dar
São essas cinco palavras e eu

A música começou, era uma melodia lenta, Rony segurou delicadamente na cintura de Hermione e a garota encostou a cabeça no peito dele, sentia cada batida do coração dele, estava acelerado, parecia que ansioso. Rony abaixou em seus ouvidos e sussurrou o verso da música.

Obrigado por me amar
Por ser meus olhos
Quando eu não podia ver
Por abrir meus lábios
Quando eu não podia respirar
Obrigado por me amar
Obrigado por me amar

Eu nunca soube que tinha um sonho
Até o sonho ser você
Quando olho dentro de seus olhos
O céu fica num azul diferente
Eu juro
Eu não visto disfarces
Se eu tentasse, você faria de conta
Que acreditou em minhas mentiras

Hermione não acreditava naquelas palavras, ele estava lhe agradecendo por amá-lo, sendo que ela não era sincera com ele, isto a deixou triste e se sentindo suja, nem mesmo se estivesse se deitado com o Malfoy ela teria se sentindo pior do que se sentia agora. E Rony continuava a sussurrar em seu ouvido aquelas palavras que para qualquer outra mulher teria se sentindo orgulhosa, mais para ela estava sendo como uma facada em seu coração.

Obrigado por me amar
Por ser meus olhos
Quando eu não podia ver
Por abrir meus lábios
Quando eu não podia respirar
Obrigado por me amar

Você me ergue quando eu caio
Você marca presença antes de eu ser posto de lado
Se eu estivesse me afogando você abriria o mar
E arriscaria sua própria vida para me resgatar

Agora Hermione realmente chorava, sabia que ela faria tudo aquilo, nunca o deixaria morrer se jogaria na frente dele para evitar, mais não por amor e sim por amizade, gratidão e até mesmo compaixão por ele ter sido um dos únicos que estendeu a mão a ela no momento que se sentiu mais só e isto não era amor, não do jeito que ele estava pensando.

Tranque as portas
Vamos deixar o mundo lá fora
E tudo o que eu tenho para te dar
São essas cinco palavras e eu

Obrigado por me amar
Por ser meus olhos
Quando eu não podia ver
Por abrir meus lábios
Quando eu não podia respirar


Obrigado por me amar
Quando eu não podia voar
Oh, você me deu asas
Você abriu meus lábios
Quando eu não podia respirar
Obrigado por me amar
Obrigado por me amar
Obrigado por me amar
Oh, por me amar.

A música acabou e Hermione ainda chorava, como se sentia mal, mais não deixaria Rony perceber nada, ela não estragaria este momento tão especial a ele, Rony se aproximou de seu ouvido depois que a música acabou e falou com a voz doce e sussurrada.

-Obrigada Hermione por me amar, hoje você me fez o homem mais feliz e mais completo do mundo. – parou segurando delicadamente seu queixo a olhando nos olhos – Você me deu três filhos maravilhosos, você me fez sentir desejado e principalmente me fez sentir-se amado, por isso não me canso de te dizer, Obrigado por me amar.

Ao terminar esta fala a pegou pelas pernas, como um casal recém casado e a levou para o quarto, onde fizeram amor como a muito não faziam, com desejo carinho e amor pelo menos para Rony.

Castelo Malfoy

Draco estava sentado em sua poltrona atrás de sua escrivaninha com uma taça de Wisk de fogo nas mãos, desde que chegara ao castelo não falará com ninguém mesmo tendo seus subordinados o aguardando para novas ordens, passou direto e entrou em seu escritório e ali estava ele desde de então.

-Nossa Draquinho chegou e passou direto, nem nos cumprimentou, aconteceu alguma coisa?- Perguntou uma voz que tentava soar como sexy mais parecia mais uma gralha.

-O que quer Pansy, acho que deixei claro que não queria ser incomodado. – falou Draco ainda de costa muito bravo.

-A Draquinho comigo você não precisa fingir-  Pansy chegava próximo a ele com outro copo de Wisk de fogo em mãos – você sabe que sei te desestressar melhor que ninguem, não é – Pansy agora estava atrás de Draco com as mãos em seus pescoço fazendo massagem – o que acha de você se distrair um pouco. – Pansy agora beijava Draco no pescoço e escorria a mão por dentro de sua camisa.

Draco não queria, não estava afim. Certo que Pansy estava com ele há quase oito anos, era sua amante mais assídua enquanto outras tantas entravam e saia de sua cama ela sempre esteve ali, ao seu lado. Mais a única coisa que tinha com ela era desejo puro e mero carnal. Não havia carinho nem paixão somente desejo. Já não havia uma, mais sim várias vezes descontado frustrações nela, desta muitas vezes deixava machucada. (N/B: Gente me desculpa pelo que eu vou dizer. Mais ela bem que merece por ser uma puta.)

Mas a garota parecia não se importa e continuava a fazer seus desejos, Draco não achava que ela o amava era mais uma espécie de estatus está com ele, depois de oito anos os comensais a conheciam e sabiam que era sua amante por esse motivo a respeitavam. Draco não se importava com aquilo deixava se iludir, ela era uma companhia agradável para matar seus desejos.

-Pansy agora não.  – falou Draco ríspido.

-Ah, Draquinho deixa eu te fazer esquecer seus problemas. – continuou a acariciá-lo neste momento suas mãos já estavam por baixo de sua calça acariciando seu membro que já reagia ao toque das mãos ágeis de Pansy.

Draco realmente não estava afim, queria ficar e pensar em Hermione, mais aquelas carícias estavam sendo de mais para ele, em um impulso agarrou Pansy para cima de si e começou a beijá-la. A garota gostou, gostava quando Draco a tratava assim, não que ele a tratava com carinho ele nunca fora um amante carinhoso era sempre bruto e egoísta sempre acabava a relação quando ele estava satisfeito. Mas Pansy não se incomodava para ela o importante era estar com ele.

Draco estava beijando Pansy ela sabia envolver um homem, disto ele tinha certeza. E como um raio ele já não enxergava Pansy em sua frente mais lindo olhos Avelã e o rosto de Hermione. Draco parou o beijo e fitava Pansy que naquele momento era a mulher que ele amava e tanto desejava. Mesmo que no fundo de sua mente algo falava a ele que era um engano que era impossível ela estar ali, ele a queria mais que nunca, voltou a beijá-la mais desta vez era um beijo doce e cálido, que transmitia todo o amor e carinho que sentia por ela.

Pansy no primeiro momento não entendeu aquele olhar, e ficou ainda mais impressionada pelo beijo e o carinho  que recebeu em seguida, parecia que ele queria que ela se sentisse amada. Pansy não se aguentou tamanha era sua felicidade, será que depois de tantos anos ele percebeu que a amava? Que ela era mulher ideal para ele? Pansy estava si deleitando naquela felicidade ele estava lhe beijando e acariciando sua pele de um modo carinhoso como ele nunca fez. Draco deitou-se em cima dela e a penetrou com cuidado como se estivesse recebendo uma virgem, abaixou seu lábio perto do ouvido de Pansy e falou com a voz sussurrada.

-Hermione... Como senti sua falta – Draco falou e continuo a estacadas mais fortes.

Pansy naquele momento se sentiu a pior mulher da face da terra, nunca imaginou sofrer tamanha humilhação e olha que já sofreu milhares nas mãos de Draco, mais esta estava no auge. Como ele estava ali com ela pensando na Granger? Naquela sangue-ruim? Pansy segurou as lágrimas que encheram seus olhos, eram lágrimas de raiva mais também de mágoa, por mais que ela tentasse se manter digna aos olhos dele não conseguira. Não deixou Draco perceber o que ele falou, continuou ali, mais estava como uma árvore oca. Não sentia prazer, e sim raiva uma raiva que estava a consumindo. Percebeu que Draco estava chegando em seu clímax e olhando para ele, ela nunca o viu com o rosto tão satisfeito depois de um relação.

Mais no mesmo instante que chegou ao gozo pareceu que saiu do transe a olhou de uma forma, era desprezo e até mesmo nojo em seus olhos.

-SAIA!!! – Gritou o Rapaz – SAIA SUA VAGABUNDA!!!SAIA!!!- Draco estava furioso, por ele ser um fraco. Como não conseguia tirar ela da cabeça e pensar realmente que ela estava ali com ele. Que estúpido. Mais isto o fez ficar com mais desejo de tê-la.

Pansy não pensou duas vezes pegou suas roupas e saiu vestindo somente a capa por cima.

-Eu não vou deixá-la ficar com ele, não vou. Farei qualquer coisa.