Hermione abriu os olhos vagarosamente, não lembrava o que tinha acontecido o que olhava agora era um teto branco o que fez seus olhos se fecharem novamente pelo excesso de claridade. Flashes de lembranças vinham em sua mente, mais será que aquilo era realmente real? Via um homem de cabelos loiros, uma luz verde e depois Rony caído com os olhos a fitando, porém um olhar sem vida.

Neste momento Hermione se lembrou.

-Rony! – Gritou a moça se levantando da cama que estava deitada, uma breve olhada e percebeu que estava na enfermaria de Horgwats.

-Calma Mi, não levante assim. – uma mão a segurou gentilmente a fazendo se deitar novamente – Você esta muito fraca e é preciso ficar deitada .– Harry falava para a amiga forçando-a a deitar.

-O que aconteceu?- perguntou Hermione  - Eu não me lembro direito tudo esta meio... -Hermione não termina a frase encostando sua cabeça no travesseiro.

-Nós vencemos Hermione. -Harry falou tentando soar com uma voz animada mais não conseguindo – Eu acabei com Voldermort mais ainda existem muitos comensais a solta, os maiores pelo menos.

-Harry... O Rony! O Rony, Harry . - Hermione falava novamente com lágrimas escorrendo suas faces.

-Eu sinto tanto Mi, eu poderia ter ficado lá com vocês...

-A culpa não foi sua. – de repente Hermione fica com o olhar fixo em uma ponta da enfermaria e seus olhos demonstram uma fúria, que o amigo nunca chegou a ver no olhar da garota, disfarçadamente ele esconde a varinha de Hermione que estava na cabeceira da cama.

-Mi? Mione? Hermione? – Harry chamava a amiga mais parecia que ela não o escutava – Você esta bem?

-Harry cadê o Malfoy? – sua voz era baixa e gélida, não parecia em nada a Hermione – Fala Harry cadê o Malfoy?

-Mi por que esta perguntando dele?- ele para e a fita nos olhos Hermione tinha um olhar assassino- ele deve esta no salão princi... – mais Harry não conseguirá terminar a frase Hermione sairá da ala hospitalar e corria em rumo ao salão principal. – Hermione pare! Você não pode ir lá! – Harry chamava à amiga e tentava pará-la mais não conseguia, seus esforços eram inúteis – Hermione!

Hermione não escutava nada a seu redor estava tão raivosa que se quer percebeu o silêncio do castelo, para quem ganhará uma guerra não estar comemorando era algo de se estranhar, mais para Hermione não. Naquele instante ela só queria encontra com uma pessoa e se possível matá-la.

Como ele pode depois de tantos anos destruir a felicidade que ela depois de tanto sacrifício estava conseguindo construir, destruir não só sua vida mais também a vida de seus filhos, como ele achava que iria criá-los sem pai. Hermione estava com muito ódio, chegou à porta do salão principal estava descalça e com a camisola de enfermaria.

Passou os olhos nas pessoas que ali se encontravam, não entendeu porque tanta gente estava ali e parecia que estavam todas olhando pergaminhos de mapas, parecia que estavam armando alguma estratégia, mais por quê?  Eles não ganharam a guerra? Agora não importa ela tinha que achar aquele loiro.

Ficou na ponta dos pés e viu um cabelo loiro debruçado sobre alguns pergaminhos onde era antigamente a mesa da sonserina, havia ao seu redor várias cabelos vermelhos e um preto ao seu lado. Hermione se dirigiu para lá sem mais uma vez reparar que as pessoas que estavam ali, estavam todas abatidas e com semblante de dor, olhos vermelhos e inchados de tanto chorar e homens com barba por fazer e com expressões extremamente cansadas.

-COMO VOCÊ AINDA TEM A CARA DE PAU DE ESTAR AQUI? – Hermione chegou ao grupo e segurou Draco pelo ombro o fazendo olhá-la, assustando os demais, que estavam ali, o Sr e Sra. Weasley e seus filhos. – VOCÊ MATA UM DOS FILHOS DELES E AGORA FICA AQUI JUNTO A ELES, SEU COVARDE FILHO DA P**A! SEU TRAIDOR, DESGRAÇADO! – Em cada palavra que Hermione falava era um tapa ou chute que dava em Draco, que tentava se proteger, a olhando sem entender.

-HERMIONE PARA!  - Draco gritava com ela se protegendo dos socos – HERMIONE O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

-O QUE ESTÁ ACONTECENDO QUE VOCÊ O MATOU SEU INSUPORTÁVEL, VOCÊ MATOU O HOMEM QUE MAIS TE AJUDOU. A PESSOA QUE CUIDOU E CRIOU SEUS FILHOS COMO SE FOSSE DELE! E QUAL O AGRADECIMENTO QUE VOCÊ DÁ, VAI E O MATA! – Hermione gritava, ela estava totalmente descontrolada, tanto que sua magia estava fazendo vários pergaminhos e penas voarem, até tinteiros quebrarem.

-DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? – Draco perguntava assustado com a reação de Hermione, os outros Weasley estavam todos com cara de espanto, não sabiam o que pensar, o que era aquilo que Hermione estava falando? O Rony não era o pai de seus filhos?

-VOCE MATOU O RONY E EU VOU TE MATAR! – Falou Hermione que no estado que estava ninguém ousou achar que ela não teria coragem – CADÊ MINHA VARINHA! EU QUERO UMA VARINHA! – Ela olhava para as pessoas como se perguntando quem daria a varinha a ela, ninguém se movia o salão todo olhava a cena, boquiabertos, ninguém nunca viu Hermione tão descontrolada, normalmente ela era a mais sensata da Ordem, tinha o sangue frio e mal demonstrava emoções na frente das pessoas. – Ninguém, vai me dar, não tem problema eu o mato com minhas mãos.  –Hermione voou para cima de Draco mais uma vez.

-Hermione para, volta à razão Hermione! – Harry que tentava tirar a amiga de cima de Draco, junto com Percy e o Sr. Weasley.

-COMO VOCÊ QUER QUE EU VOLTE A RAZÃO HARRY, ELE MATOU O RONY EU VI!

-Hermione isto seria impossível, quando deixei você e o Rony na floresta Draco já estava aqui defendendo o castelo e ele não saiu daqui nem por um instante, Mione.

-ERA ELE EU VI! ERA ELE! – Hermione continuava a gritar mais já não socava Draco.

-Hermione eu não sai do castelo, todos que estão aqui estão de testemunha- falou Draco tentando se aproximar dela.

-NÃO SE APROXIMA DE MIM! SEU IMUNDO! – Falou olhando para Draco com nojo – EU TE ODEIO MALFOY! ODEIO-TE! VOCÊ DESTRUIU MINHA VIDA DUAS VEZES, SEU CRETINO!...

-Estupefaça! – Um feitiço vermelho atingiu Hermione no peito a fazendo ficar desacordada – Leve ela daqui, não adianta convencê-la de nada agora. – Gina falava firme apesar da aparência preocupada e triste que estava – Daqui a pouco eu subo para ficar com ela, e o restante volte ao trabalho temos muito que planejar. – falou olhando para o restante das pessoas do salão que os olhavam curiosos.

-Vocês acreditam nela? – perguntou Draco inseguro olhando para o Sr. e a Sra. Weasley.

 – Não nós o vimos aqui à batalha toda, na verdade você não saiu deste salão por um minuto nestes três dias somente para visitá-la na ala hospitalar. – Respondeu Sr. Weasley depois de trocar um olhar com sua esposa.

-Escuta Draco o que a Hermione falou é verdade? Digo sobre as crianças. – Perguntou a Sra. Weasley, todos ali presentes fitavam o loiro com expectativa.

-Eu não queria que vocês soubessem assim, mais é verdade. Mais eu não abandonei a Mione. – logo acrescentou quando viu  os olhares nada amigáveis dos Weasley em cima dele – Eu não sabia que ela estava grávida quando perguntei a ela me disse que era do Rony, mais eu no fundo sabia que não. Que eles eram meus, até no dia que as crianças nasceram, eu fiz o parto deles. – falou Draco com os olhos lacrimejados – E naquele instante tive certeza que tinha que fazer de tudo para protegê-los, seu eu abandonasse Voldermort, eles me cassariam e também a Hermione e os gêmeos, então decidi continuar   lá mais como espião. – Draco parou um pouco e todos estavam com a mesma expressão de surpresa mais também com uma dúvida e ele sabia qual era – O Rony sabia, ele sempre soube tanto que eles junto com a Hermione armaram de começar a namorar por este motivo.

-Ah, meu filho como ele conseguiu conviver com este segredo tantos anos. - falava Sra. Weasley chorando  - E nós o culpamos tanto quando a Hermione apareceu grávida e ele ao menos tinha culpa.

-Mãe ele a amava e faria de tudo pela Hermione. – falou Gina – E outra Hermione não queria de nenhuma forma, mas Rony insistiu de mais e ela não tendo outra alternativa aceitou.

-Sr e Sra. Weasley eu jamais mataria a Ronald ele me ajudou e cuidou das coisas que eu mais amo nesta vida que são Hermione e meus filhos eu jamais faria algo contra ele. Podíamos amar a mesma mulher mais eu o respeitava, pois meus filhos eram respeitados e amados por ele, mesmo ele sabendo que não era o pai e ainda pior o pai era seu inimigo. – Draco falou olhando nos olhos do Senhor e da Sra. Weasley.

-Nós acreditamos em você Draco, eu vejo sinceridade em seu olhar. – falou a Sra. Weasley.

-Isto explica o comportamento do Noah, tinha que ser seu filho mesmo para detesta os primos e ser tão arrogante irritante e frio como ele. Nunca vimos um menino parecer tanto com o pai viu? – falou Jorge tentando fazer piada.

-Bem eu espero que vocês depois disto não excluam eles da família. – falou Draco gentilmente.

-Claro que não um Weasley é sempre um Weasley. Fique tranquilo, eles ainda são nossos netos. – respondeu o Sr. Weasley.

-E nossos sobrinhos. – respondeu Carlinhos em nome dos irmãos. Draco esboçou um sorriso fraco e falou com voz de comando.

-Então vamos voltar ao trabalho, pois eu quero trazer estes pestinhas de volta! – falou Draco continuando as anotações que estava fazendo antes de Hermione aparecer.

-Mãe eu vou à ala hospitalar ver a Mi, vou tentar falar com ela sobe o que aconteceu com as crianças. – falou Gina para Molly se dirigindo a ala hospitalar.

Gina estava sentada ao lado de sua amiga não sabia como dar aquela noticia, como alguém pode aguentar tanto sofrimento. Claro, Gina também estava sofrendo mais tinha Harry ao seu lado para apoiá-la mais e a Mione. Não teria ninguém, tinha o Draco mais pelo o pouco que viu a amiga não queria vê-lo vivo teria que passar por mais esta dor sozinha.

Hermione se mexeu na cama e sentiu alguém ao seu lado viu que era Gina mais ela parecia extremamente abatida e triste como se um dementador tivesse retirado dela toda a alegria de viver.

-Gina? – Hermione a chamou - Gina?

-Oi Mi, você acordou está se sentindo melhor? – perguntou Gina preocupada.

-Estou mais calma.  - Hermione respondeu se sentindo meio envergonhada ao se lembrar da cena que fez no salão – Quanto tempo fiquei apagada?

-Quatro dias. – respondeu Gina.

-Vocês... – Hermione parou de falar deixando algumas lágrimas caírem – Vocês já enterraram o Rony? – perguntou chorosa.

-Sim, ninguém sabia quanto tempo iria demorar para você acorda. - respondeu.

-Vocês já contaram para as crianças? – falou Hermione insegura.

-Não, mais Mi tenho  uma coisa séria a falar com você – Gina falou séria e Mi se surpreendeu.

-O que aconteceu Gina, foi algo com meus filhos?- Hermione já estava aumentando a voz.

-Calma Mi e me escuta certo?- Gina suspirou  - Mi quando vocês chegaram da invasão de Azkaban os Comensais estavam invadindo Horgwats, tinham muito deles, mas ai o Harry chegou e junto com Draco e os comensais dele conseguiram acabar com a maioria e também atingir Voldermort. Mais ele tinha um segundo plano mandou Belatrix e Lucio invadir a sala precisa junto com seus comensais.

-Não! –Hermione já estava a chorar desesperadamente – Eles os mataram Gina? Mataram meus filhos?

-Não Mi. Nós não sabemos onde eles os levaram – Gina parou e olhou a expressão de choque da amiga – Eles mataram todos os trouxas que estavam lá dentro e idosos e levaram todas as crianças abaixo de doze anos, sendo trouxa ou não, parece que eles abriram tipo um portal e nós não sabemos onde eles estam.- Gina agora chorava abraçada a Hermione.

Ficaram abraçadas chorando por um longo tempo.

-Gina, todos? –Hermione chorava - James, Alvo, Ted, Vitoria, Ketlyn... Todos? – Hermione falava como se não acreditava no que falava.

-Todos Mi, inclusive as crianças trouxas, mais estamos fazendo o impossível para trazê-los de volta. Draco e Harry estão a dias em cima de arquivos e planilhas que Draco tinha na casa dele... Ai Mi esta sendo horrível nem ao menos parece que ganhamos a guerra, eu queria meus filhos...

-Gina eu também o que vou fazer sem Rony e sem Adara, Noah e Erick perto de mim... – Hermione chorou novamente – Gina eu quero novamente o sol na minha vida que era meus filhos.

-Eu também Mi, eu os quero de volta.

As duas ficaram ali durante algumas horas uma consolando a outra a dor que todos sentiam no castelo era refletida nos olhos das mães e pais e no silêncio que ecoavam nos corredores e paredes. Mas uma pergunta ainda rondava na cabeça de Hermione: “Se Draco não matou o Rony, quem matou?”, então ela se lembrou da pulseira e tentava raciocinar as coisas enquanto estava abraçada a Gina.