A Little Miracle Or a Big Mistake? escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 7
E então ela se foi...




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Nós entramos na pequena casinha amarela, a decoração era super rústica, quase tudo era de madeira. Nós sentamos em cadeiras na sala e a sala nem TV tinha. A tal tia Molly começou a falar.

-Queridos – Ela disse olhando pra Damon e Lizzie. –Vocês vão pra um acampamento especial com esses jovens.

-Um acampamento? Mas tia...

-Lembra quando eu disse que vocês eram especiais, por isso tinham dificuldade pra ler e tudo mais?

-Você só estava com pena de nós. Somos burros, essa é a verdade. – Disse Damon.

-Não são não. E agora vocês vão começar a entender as coisas.

Eu sempre odiava a parte de explicar as coisas pra semideuses que não sabiam nada de mitologia, eu sabia que aquilo só complicaria a vida deles. Nós começamos a explicar tudo, eles nos olhavam com toda a atenção do mundo, nós mostramos provas de que tudo era verdade, mas eles ainda não levavam muito a sério.

-Já sei como posso provar isso pra vocês. – Disse Matts, pegando sua espada de bronze celestial. Ele avançou pra cima de Damon e até eu me assustei. Damon pulou, pegou um livro de capa dura sei lá de onde e desviou a espada rapidamente, com os olhos arregalados. Matts não estava usando nem metade da força dele, ele só queria testar o Damon. Ele avançou de novo e então, raios começaram a cair lá fora, enquanto Damon desviava da espada. Matts abaixou a espada e olhou pra Damon, levantando uma sobrancelha. Damon olhou pro livro em suas mãos, assustado.

-C-como eu... Eu...

-É. – Foi tudo o que Matts falou.

-Onde fica esse acampamento? –Lizzie perguntou olhando pro Damon, ainda impressionada com rapidez dele.

-Nova York, Long Island.

-Sério? – Os olhos da Lizzie começaram a cintilar. –A cidade grande...

-É lá mesmo. – Disse a tia deles sorrindo.

-Ok, então nós vamos.

Nós entramos todos no pequeno fusca branco, nós fomos todos em um super aperto, como se fosse uma lata de sardinhas. Se já era ruim com 6 pessoas, imagine com 8. OITO PESSOAS EM UM FUSCA! É. No meio do caminho, uma sombra cruzou o caminho. Uma sombra grande. Então ficou bem nítida na frente do carro, a imagem de uma Hidra.

A Hidra vinha avançando contra o carro e nós saímos do carro, todos nós na frente dos filhos de Zeus, eles não podiam lutar, eles nem sabiam lutar.

Matts se defendia do monstro que vinha diretamente pra cima dele. Nico e Clara tentavam se concentrar pra mandar a criatura pro Tártaro, mas ela sempre os atacava com algumas cabeças. Eu joguei um monte de água nela, mas era tudo o que eu tinha, nada de fogo. Percy desviava os ataques da Hidra o máximo que podia. Os filhos de Zeus estavam perdidos ali no meio, olhando pra Hidra, completamente paralisados, enquanto Veronica os protegia. Nós podíamos ficar pra sempre ali distraindo a Hidra, se não tivéssemos fogo, nada adiantaria. Então Veronica gritou.

-Matts! Proteja os filhos de Zeus, eu já sei o que fazer. – Ela tinha a espada mais poderosa de todos nós, Atena tinha lhe dado a espada, que foi feita por Hefesto. –Ruby, peça a ajuda de Héstia!

-Héstia? Mas eu não sei se ela vai me ouvir.

-Apenas torça pra ela te ouvir. – Ela correu até a Hidra e cortou a cabeça do meio da Hidra, eu pedi a ajuda de Héstia mentalmente esse negócio de telepatia dos deuses, tomara que dê certo com Héstia também, eu nunca tinha falado com ela. Tomara que ela pudesse me ouvir. Então ela mandou fogo no pescoço sem cabeça da Hidra, que se contorceu até virar pó. Eu corri até Veronica, ela estava caída no chão, eu caí de joelhos do lado dela.

-Veronica, o que... – Eu olhei pro braço dela. A Hidra tinha lançado ácido no braço dela.

-Ruby, escute. – As palavras dela eram tão fracas quanto um sussurro. -Não se culpe por isso. Você foi a minha melhor amiga e isso não foi... – Antes de ela terminar a frase, os olhos dela se fecharam e as lágrimas escorreram pelo canto dos olhos dela, lágrimas de dor, por sentir o ácido entrando na corrente sanguínea dela, por sentir seu braço sendo corroído pelo ácido. Nico se ajoelhou ao meu lado e olhou pra mim.

-Ela vai direto pro Elísio, não vai nem ser julgada. – Por ser filho de Hades, ele podia ver essas coisas. Eu olhei pra ele e ele me abraçou. Eu comecei a chorar tanto que eu até soluçava. Voltamos pro fusca e ninguém disse nada, Matts tentava manter a calma enquanto dirigia, nem mesmo ele parecia saber o que dizer agora. Eu não conseguia parar de chorar, a minha melhor amiga tinha morrido. Eu sei que ela estava no Elísio, mas mesmo assim. Foi culpa minha, mesmo que ela tivesse dito pra eu não me culpar. Nico estava com um braço em volta de mim e eu estava com a cabeça deitada no ombro dele, chorando em silêncio. Eu não podia acreditar que ela tinha morrido. Ela tinha mesmo ido embora? Eu nunca mais veria a minha melhor amiga? Ir pro Elísio era uma grande recompensa, ela nem mesmo seria julgada. Ela morreu como uma heroína. Mas bem ou mal, ela morreu e eu não podia mudar isso.

Nós chegamos à cidade, eu acabei dormindo com a cabeça no ombro do Nico, de tanto chorar.

-Ruby, nós chegamos, acorda. – Nico sussurrou no meu ouvido. Eu acordei e nós estávamos em uma rodoviária, nós saímos do carro. Eu não queria ir até Nova York de ônibus, mas eu entendi o porquê teríamos que ir de ônibus. O Nico não tinha como chamar a Sra. O’Leary, ele não tinha nenhum apito pra cachorro feito de gelo do rio Styx agora. O resto dos cães infernais não transportaria Matts, Percy e os filhos de Zeus, só transportaria o Nico e a Clara, por serem filhos de Hades. Os filhos de Zeus podiam ir de avião, mas seria muito perigoso deixá-los sozinhos.

Já era fim de tarde e já estava escuro. Eu não sabia me transportar pela luz de noite, sem tirar que isso exigiria muita força minha e uma fonte de luz bem forte. O Nico e a Clara podiam ir pelas sombras, mas e o Matts? E o Percy?

Definitivamente, não tínhamos escolha. O caminho era longo, 12 horas de viagem de ônibus, então não pegaríamos só um ônibus.

Nós compramos as passagens de ônibus somente até a metade do caminho, 6 horas de viagem. Descansaríamos um pouco e depois seguiríamos viagem em outro ônibus, que nos levaria até Nova York.

Nós entramos no ônibus. Estava chovendo muito lá fora e eu ficava olhando o céu escuro e as gotas de chuva que caíam e escorriam pela janela do ônibus. Tudo parecia cinza e triste depois da morte da Veronica. Seriam aquelas as lágrimas de Atena ou será que até mesmo Zeus se entristeceu com a morte da Veronica?


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