A Little Miracle Or a Big Mistake? escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 6
Tennessee, área rural, fim de mundo




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Tínhamos que ir até o Tennessee, que ficava a 1242 km de Nova York. Mas nem pensar que eu ia de Ônibus. Eu podia viajar pela luz, Nico e Clara pelas sombras, que como de dia eram muito fracas, ia drenar bastante energia deles e os outros podiam chamar a Sra. O’leary.

Eu ficava muito brava com essa história de não poder voar de avião, afinal eram os filhos de Zeus que íamos resgatar, íamos sacrificar nossas vidas pra isso e ele simplesmente não nos deixa voar de avião porque eu e Percy somos filhos de Poseidon e Nico e Clara são filhos de Hades.

Então nos transportamos até o Tennessee, até Cornersville, pra ser mais exata. Cornersville era basicamente uma cidade no meio do nada. Quando chegamos, eu, Nico e Clara estávamos mais pro submundo que outra coisa, estávamos bem cansados, eu cheguei lá no Tennessee e apaguei, é tudo o que sei.

Eu sonhei que estava em um deserto, sozinha, estava morrendo de sede, de cansaço, de calor. Eu tentava conseguir água, mas eu estava tão fraca que eu chamava e a água não vinha do meu colar, não vinha de lugar algum. Eu caí de joelhos, minhas roupas estavam sujas. Então eu ouvi uma voz.

“Só mais um passo.”

E eu dei, só mais um passo.

“Outro passo.”

Ah, qual é, essa voz está brincando com a minha cara ou o que? Ela continuou dizendo que eu tinha que dar outro passo, e isso me deu forças pra atravessar o deserto.

Então eu reconheci a imagem de uma mulher de olhos brilhantes e multicoloridos. Era minha mãe, Íris.

-Você pensa que está sozinha, mas não está. Você só precisa dar mais um passo e continuar tentando.

Então eu acordei. Um sonho bom, até que enfim. Eu estava bem sem esperanças, a missão mal tinha começado e algo já tirava as minhas esperanças.

Acordei e olhei em volta. Eu estava em um quarto de hotel, um hotel simples, com a decoração toda em azul anil, paredes, cortinas, tudo azul anil. Tinha duas camas de solteiro no quarto, separadas por um criado-mudo de madeira rústica, não muito escura. Na cama perto da minha, Clara e Veronica estavam dormindo. Eu imaginei que fosse pela falta de grana, então as meninas ficariam em um quarto e os meninos em outro. Olhei pro relógio e eram 10 da manhã. Mas não a manhã de sexta, já era sábado.

Eu me levantei e fui ao banheiro, troquei de roupa, escovei os dentes e arrumei o cabelo. Quando saí do banheiro, Clara e Veronica já estavam acordadas, esperando eu sair do banheiro pra elas entrarem. Eu fiquei esperando elas se arrumarem e depois saímos do quarto de hotel, fomos chamar os meninos que já estavam acordados.

-Alguém sabe onde os filhos gêmeos de Zeus estão? – Perguntou Matts.

-Quíron me disse que estavam em uma fazenda e me deu um mapa bem precário pra chegar lá. Vamos demorar um pouco, por que... Porque esse mapa é uma droga. – Disse Veronica.

-Vamos sair pra procurá-los imediatamente? Tipo, agora mesmo? – Clara perguntou, olhando pra mim e todos os outros olharam pra mim também.

-Hã... É, acho que sim, eles estão em perigo, temos que achá-los logo.

-Gente, apesar de não entender muito bem o mapa, eu sei que a fazenda é longe pra caramba, praticamente do outro lado da cidade. – Disse Veronica, meio preocupada com a distância.

-Sem problemas, vamos de carro.

-Nós não temos um carro. – Disse Percy, olhando pra mim confuso.

-Isso não quer dizer que não possamos arranjar um.

-Como assim?

-Percy, você não conhece os filhos de Hermes? Então, o que eles fazem quando precisam ou querem algo? É assim que conseguiremos um carro.

-Roubar? Nós não devíamos...

-Nós devolvemos depois, não tem como atravessar a cidade andando em pouco tempo.

-Alguém aqui sabe roubar? – Perguntou Percy, ainda contrariado com essa idéia. Matts levantou uma das mãos.

-Eu tinha muitas amizades no chalé de Hermes, aprendi vários truques.

-Ok então...

Nós saímos do hotel andando e a cidade era tão calma que até eu conseguiria roubar algo ali sem ser pega. E eu era uma péssima ladra.

Matts conseguiu roubar um fusca branco. Ok, eu sei que não é lá essas coisas, mas é melhor que andar até o outro lado da cidade, certo? Realmente atravessamos a cidade e agora estávamos em uma estrada de terra, em meio a várias fazendas.

Veronica tentava se localizar pelo mapa pra dizer qual era a fazenda certa.

-É aquela ali! – Disse ela apontando pra uma das fazendas que pra mim era igual a todas as outras. A porteira era de madeira envernizada bem escura e simples. A porteira estava aberta e nós saímos do carro, entramos pela porteira, tinha um campo gigante antes de chegarmos a uma pequena casa. O sol estava brilhando intensamente, o lugar era lindo, com flores e árvores e um pequeno caminho de pedrinhas até chegar a casa. Duas... “Crianças” corriam pelo jardim. A menina tinha cabelos lisos e cor de mel que caíam até a cintura dela e tinha olhos azuis elétricos bem escuros. Ela tinha um sorriso lindo e a pele dela era levemente bronzeada de tanto correr pelos campos no sol, imaginei. O menino tinha o cabelo castanho claro e liso, que estava ficando um pouco comprido e caíam em seu olho. Seus olhos eram azuis elétricos e escuros, como o da menina e ele tinha a mesma pele bronzeada. Eles com certeza eram filhos de Zeus, eles tinham os olhos da Thalia, os olhos de Zeus, olhos inconfundíveis. Eles vestiam aquelas roupas que você vê em filmes antigos sobre a vida no campo, dos anos 70.

-Lizzie, é sério, vem aqui! – Disse o menino rindo e parando de correr. Então ele viu que nós entramos e andávamos pelo pequeno caminho de pedra, em direção á uma pequena casinha amarela. Ele veio até nós e parou na minha frente, sorrindo e olhando no fundo dos meus olhos. –O que vocês fazem aqui?

-Hã... – Aqueles olhos elétricos me paralisaram por algum tempo. –A sua mãe está? – Foi tudo o que eu consegui falar.

-Ah moça bonita, ela não está não, só a tia Molly está aqui hoje. – Então eu sorri pra ele.

-Então eu gostaria de falar com a sua tia Molly.

-Ok, venham. – Ele disse, fazendo um sinal com a mão para continuarmos andando pelo caminho de pedra. A garota, Lizzie, nos seguiu. Quando chegamos à porta da casinha, o garoto chamou a tia e ela abriu a porta, sorridente. Ela tinha a pele bronzeada, avermelhada na verdade. Ela tinha olhos castanhos e os cabelos lisos também. Seus cabelos eram castanhos, nem tão escuros, nem tão claros. Então ela olhou pra todos nós.

-Oh, vocês chegaram? Pensei que demorariam mais... – Eu olhei pra ela.

-Você sabe quem nós somos? – Então ela olhou pras crianças, Lizzie e... Damon, acho que o nome dele era esse, não me lembro.

-Na verdade, sei. Venham, entrem, temos que conversar. – As crianças se viraram pra voltar a correr pelo campo, mas Molly as chamou pra dentro também. –Vocês também fazem parte dessa conversa.


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