Past And Future escrita por Tsuki Lieurance Eriun


Capítulo 16
Posfácio - Star Flower


Notas iniciais do capítulo

Okay, eu queria postar o posfácio e o epílogo juntos, na terça, mas meus leitores fiéis e a kawaiizisse do posfácio me fizeram voltar antes *--*
Enfim
Sem muita enrolação por aqui, já que não faço ideia do que dizer -q Só adianto que os shippers de NiJu ficarão muito contentes lendo ;)
Para acompanhar, a música When You Say Nothing At All, de Ronan Keating -lol, Grand Chase misturado com CSI(quem ver o vídeo vai entender o porquê desse último) xDD- Link: http://www.youtube.com/watch?v=uP3Hy4jhuTM
Aproveitem a leitura ^^



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Quinta-feira, 16 de Setembro

Querido Diário,

Já faz quatro meses desde que cheguei aqui. Confesso que é melhor do que eu imaginava. Eu sempre sonhei, não necessariamente dormindo, sobre quando eu encontraria meus pais e viveria com eles, mas em nenhum desses sonhos eu era tão alegre. É tão divertido estar com eles! Até parece que vivemos esses quinze anos juntos, de tão unida que nossa família é. Acho que começo a entender o que verdadeiramente é um lar. Não que com minha mãe adotiva eu não tivesse um, mas a vizinhança conta muito nesse estado de felicidade.

Se bem que a vizinhança aqui não é de todo perfeita. Sei que é errado ficar reclamando daquelas garotas, afinal elas não me fazem mal nenhum. Não diretamente. Droga, por que elas tinham de se interessar justo pelo Nick? E pior, por que elas têm de ficar praticamente se jogando pra cima dele? Pode até ser engraçado ver como ele vive tentando fugir delas, mas é horrível quando elas o encontram, e eu tenho de aturar aquelas insinuações em suas vozes melosas. ‘Ah, sério mesmo que você ainda não tem namorada? Você é tão bonito que chega a ser um desperdício estar sozinho... ’ Ah, como eu tenho de me controlar para não mandar um raio na cabeça de cada uma delas!

Mas o pior de tudo isso é que sei que parte da culpa dessa tortura é minha. Se eu ao menos eu conseguisse coragem o suficiente para falar com ele... A quem estou enganando? Nada mudaria. Minha mãe pode até dizer que ele também é apaixonado por mim, mas eu duvido. Nick me trata como amiga, e é só isso que sou para ele. Mas não posso evitar que meu coração dispare quando vejo ele, tampouco que as palavras fiquem confusas na minha mente. Ainda me lembro daquele dia em Radiant Garden, quando ficamos com os rostos tão próximos... Quando penso nisso, uma ponta de esperança surge, afinal ele estava bem perto de mim, e se aproximando, se não me engano. Tenho de sacudir a cabeça bem forte quando essa ideia aparece. Isso deve ter sido ilusão minha. Uma ilusão apaixonada, e tentadora. Como seria chamá-lo de namorado? Como seria poder tocá-lo de maneira diferente, olhá-lo de maneira diferente? São perguntas que provavelmente carregarei para sempre na minha mente.

Acho melhor fechar esse diário. Já estou com sono, e não gosto de ir dormir pensando nisso. Como se eu já não sonhasse com ele quase todas as noites...


Uma nova manhã despontava em Destiny Islands. A costumeira brisa marítima invadiu o quarto da garota, fazendo as cortinas na janela tremularem de leve. Juno abriu os olhos preguiçosamente. Com um bocejo, colocou-se sentada na cama. Ainda demorou alguns segundos para despertar completamente, mas assim que o fez levantou-se, antes que a preguiça a abatesse, e seguiu para o banheiro, para fazer sua higiene matinal.

Depois de lavar o rosto, encarou-se no espelho. A franja tinha de ser um pouco cortada, pois já tampava um pouco de sua visão. Estava deixando seu cabelo crescer mais, embora geralmente mantivesse ele preso, no habitual rabo-de-cavalo. Não foi diferente naquela manhã. Trocou sua roupa de dormir por uma bem leve, em suas cores favoritas, azul e cinza claro, e seguiu para a cozinha.

Mal chegou ao cômodo, sentiu sua mãe a abraçando fortemente. Estava acostumada a recepções carinhosas e calorosas, mas não tanto. Quando ela se separou, possibilitando ver o extenso sorriso em seu rosto, Juno teve certeza de que não era um dia comum.

–O que houve? – perguntou logo após dizer bom dia, curiosa – Hoje é algum dia especial?

–Claro que é – exclamou Kairi, mais feliz impossível – É seu aniversário!

–Mas... – começou, com uma expressão mesclando confusão e reflexão – Eu contava que meu aniversário era daqui a um mês praticamente...

–Você pensava no seu aniversário como o dia que foi adotada, certo? – indagou sua mãe

A garota assentiu, entendendo porque estava confusa com a data. Provavelmente ainda levaria um tempo para que sua mente se adaptasse a nova data de aniversário, não que isso importasse. Recebeu outro abraço da mãe, e um do pai logo em seguida.

Foi o melhor café da manhã de sua vida, sem dúvida. Era seu aniversário, estava com seus pais, e, o mais importante de tudo, feliz. Risadas ecoavam pelo cômodo, e o sorriso não saiu de nenhum rosto. Depois de terminada a refeição, Juno ainda ficou mais um tempo com seus pais antes de sair de casa. Adorava fazer longas caminhadas pela beira da praia, ou então sentar na areia e ficar divagando enquanto ouvia as ondas se quebrando e olhava para o infinito azul, tanto do céu quanto do mar. E sempre acabava encontrando Nick. Ou melhor, ele vinha ao seu encontro, por saber dessas manias dela. Não foi diferente naquele dia. Assim que o encontrou, não resistiu em abraçá-lo fortemente. Era ótimo passar um aniversário ao lado de um amigo de verdade, mesmo que ela pensasse nele de maneira mais especial.

–Hoje é alguma data especial e eu esqueci? – perguntou o garoto, estranhando a reação dela

A ruiva se soltou dele antes que respondesse com um sorriso

–Acabo de descobrir que é meu aniversário.

–Ah, jura? – ele demonstrava tanta surpresa quanto ela – Então, acho que escolhi o dia perfeito para te dar isso.

Enquanto falava, Nick retirou um cordão do bolso de sua bermuda. A corrente era prateada, e o pingente era formado por uma flor sobre uma estrela, a primeira de um tom de rosa-bebê levemente perolado e a estrela de mesma cor que a corrente.

–Pensei em você quando o vi. – disse o garoto, percebendo que os olhos da garota brilharam

Ele caminhou até ela para colocá-lo em seu pescoço, ao que a garota perguntou por quê.

–Brilhante como uma estrela e bonita como uma flor. – respondeu ele, com seu rosto levemente corado – É assim que te vejo.

Juno sentiu seu rosto esquentar quando ouviu isso. Começou a se virar para continuar a caminhar, e para não ficar tão aflitivamente próxima dele, quando Nick segurou-a pelo braço, impedindo-a de se afastar.

–Espera, Juno... – começou, nitidamente sem jeito – Eu... Eu preciso falar algo para você, e sinto que vou enlouquecer se continuar com isso preso na minha garganta. – ele respirou profundamente antes de continuar – Eu nunca fui alguém romântico. Nunca mesmo. Achava que amor a primeira vista era invenção. Mas isso antes de você aparecer. Quando eu te vi, a primeira coisa que pensei foi ‘Essa é a garota com quem quero passar o resto da minha vida’. Quando você sorri, o mundo se ilumina para mim. E, quando meu coração esteve tão perto da escuridão... Você realmente se tornou minha luz.

A garota mal podia acreditar no que estava ouvindo. Seu coração esmurrava seu peito, e conseguia senti-lo em sua garganta. Aquele toque dele, as palavras que falara, tudo era um incentivo para aumentar sua pulsação. E ainda havia o fato de eles estarem extremamente próximos. Conseguia sentir a respiração dele em sua pele, clamando por uma maior proximidade. Os segundos se arrastaram, parecendo uma eternidade antes de se tocarem. Quando a distância entre ambos se anulou, conseguiram sentir um arrepio percorrendo seus corpos. O beijo foi calmo e, ainda assim, permeado de sentimentos. Não saberiam dizer quanto tempo durou, pois só conseguiam perceber aquele toque. Ainda conseguiam sentir o gosto doce que ele tinha quando se separaram. Não se afastaram demais, tanto que era possível sentir as respirações aceleradas se entrelaçando. A garota abriu os olhos, percebendo que Nick ainda os mantinha fechados, e que estava com o rosto tomado pela cor vermelha.

–Não vai abrir os olhos para ver seu mundo iluminar, Nick? – perguntou sorrindo, suavemente, quase em um sussurro

–Tenho medo de abrir os olhos e isso ser um sonho. – confessou ele

A garota riu com a resposta, e se aproximou dele, aninhando-se no garoto, assim conseguindo ouvir as batidas aceleradas do coração do mesmo. Ele, sem resistir abrir os olhos para admirá-la, abraçou-a carinhosamente, enquanto sentia o cabelo dela roçando seu rosto.


Como se a natureza também quisesse dar um presente para Juno, a noite foi completamente estrelada. Não havia nenhuma nuvem, só os pontos brilhantes, antigos companheiros seus, e a lua cheia imperando o céu. A garota observava os astros, admirada por tamanha beleza. Tão perdida em seus pensamentos estava que levou um leve susto quando sentiu alguém a abraçando por trás, mas logo se acalmou percebendo quem era.

–No que está pensando, Juno? – ele perguntou, com o queixo apoiado em seu ombro

–Sabe aquilo de fazer um pedido em seu aniversário? – ela prosseguiu quando sentiu Nick assentindo – Ano passado, eu pedi que conseguisse amigos. E, agora, quem diria... Encontrei meus pais, viajei por diversos mundos, consegui amigos, e até um namorado. – ela deu uma leve risada antes de continuar – Quem diria que a adotada conseguiria tanto.

Houve alguns segundos de silêncio antes que o garoto perguntasse

–Você se considera alguém feliz, então?

Juno abriu um amplo sorriso, e, com o olhar perdido no céu, respondeu

–Mais do que jamais imaginei que seria.



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Notas finais do capítulo

Confesso, estava rindo loucamente enquanto escrevia o segundo parágrafo do diário da Juno xDD
Enfim
Sem muito o que dizer aqui. Acertar Nick e Juno fez minha vida perder o sentido ç.ç O que é terminar o ensino médio perto de acertar esse casal? -okn
Well, vejo vocês terça, no verdadeiro fim ~engraçado dizer isso do epílogo, que será o impulso para as continuações xDD
Bjss e até o//