Olhei a garota parada a minha frente, seu cheiro estranho irradiando para perto de mim.Ela com toda certeza não era humana.

  -Olá.Meu nome é Bella e você é?

  -Damon. Damon Salvatore.

  -Nunca o vi por aqui.

  -Acabo de chegar na cidade.

  -Por que vir a uma cidade como Forks?

  -Eu estava...fugindo.-Falei, cabisbaixo, enquanto seus olhos se arregalaram em minha direção, focados em meu rosto-

  -Fugindo do que?

  -Do meu passado...

  -Seu passado?

  Eu a observei sem nada falar.Não queria ter de contar a ela toda minha historia.Todo o filme de terror que se baseou minha vida.Suspirei pesadamente, e de repente envolvi meus braços em torno de sua cintura, apoiando minha cabeça em sua barriga fria.Fechei meus olhos firmemente, enquanto chorava estupidamente, como nunca havia chorado em toda minha existência.

  No inicio ela ficou imóvel, prendendo a respiração, e depois seus braços me reconfortaram, passando em volta de meu pescoço.

  -O que aconteceu, Damon?

  -Ela morreu, morreu...-Falei enquanto sacudia a cabeça, como se para apagar essa lembrança da mente-

  -Quem?-Bella me olhou com pena-

  -Elena Gilbert, a garota que mais amei em todos os meus séculos de existência. 

  Novamente ela arregalou os olhos.Eu a encarei, enquanto ela tirava os braços de minha volta.Era o mais sensato a se fazer, afinal, eu era um completo estranho que a agarrou do nada, e despejou toda a dor em cima dela.Devia me achar louco.

Nunca pensei que um dia chegaria a tal extremo, eu, Damon Salvatore, chorando e lamentando pela morte de uma garota que nunca nem correspondeu a meus sentimentos, jogado nos braços de uma garota que nunca nem vi na vida e que só sei o nome. 

  -Precisa vir comigo, tenho que te apresentar a minha família.Carlisle vai querer falar com você. 

  -Okey...

  Falei, enquanto batia a porta de meu carro e a trancava.Caminhei rapidamente, ao lado da garota, seguindo o caminho para qual ela ia.Só esperava que não fosse uma armadilha, e se fosse, talvez eu agradeceria, nesse momento, tudo o que eu mais queria era morrer.

  Suspirei novamente, enquanto encarava a ampla e clara casa a minha frente.Ela me estendeu a mão, convidando-me para entrar.

  Hesitei, depois, entramos.