My Wild Went escrita por Ravennah


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Agradeço muito aos reviews carinhosos que recebi !
Bem, hoje a nota é curtinha. É só para agradecer e informar que não posto em finais de semana, porque vou para a casa do meu pai. Segunda tem mais.
O Nyah não está mais anotando quando as histórias são atualizadas, então cada vez que eu atualizar eu coloco a data na sinopse, ok?
P.S.Mudei a capa.
b12*;
Raven



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                                       -AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

           Eu gritei. Então coloquei a mão no peito.

        -Que susto, garoto! - eu exclamei para Nico di Angelo, um filho de Hades de dezoito anos, que estava na minha frente.

       -Não foi minha intenção te assustar, Cori. Quíron me mandou. - ele disse.

       -Era de se imaginar. - eu bufei. - Vamos, eu estou indo para o acampamento. Quer uma carona?

       -Seria ótimo. - ele me respondeu, sempre daquele jeito frio e seco, sem emoção. Estava tão alto! Uns cinco palmos maior que eu. Tudo bem que sou baixinha mas mesmo assim estava alto.

       Fomos até o carro, eu tirei a mangueira e paguei. Entramos no meu pequeno Larry (o nome que eu dara para meu New Beattle Amarelo) e eu forcei a chave. O motor não queria ligar.

       -Ora, vamos Larry, vamos! - pedi com uma voz manhosa. Nico me olhou, se divertindo.

      -Larry? - perguntou.

      -Sim, Larry, o NB amigo! - eu disse com uma voz de locutora e ri. Forcei a chave novamente. - Droga.

      -O motor precisa aquecer. - disse Nico. - Por que não dá um choque nele para apressá-lo?

     -Me recuso a usar qualquer poder que meu progenitor deus tenha me passado. - eu disse, séria. Nico arqueou as sobrancelhas. Dei de ombros. -  Vamos Larry, não me abandone! Droga. - repeti e sai do carro, indo dar uma olhada no motor. Parecia razoavelmente normal. Respirei fundo e pensei em minhas alternativas: 

       Alternativa A: sentar e esperar até que Larry decida funcionar.

       Alternativa B: começar a chorar histericamente.

       Alternativa C: usar meus poderes.

      E a escolhida foi... Alternativa B!

      Brincadeira.

      Foi a C mesmo.

      Encarei o motor e podia senti-lo me encarando de volta. ¬Bizarro? Imagina. Estendi as mãos e me concentrei no motor, liberando um pequeno raiozinho para esquentá-lo. Ele fez um barulho estranho e eu acenei para Nico girar as chaves. Ele o fez e o motor roncou.

      -Finalmente! - eu disse, abaixando o capô e entrando no carro.

      -Eu falei...

      -E se não calar a boca não vai falar nunca mais. - resmunguei.

      -Filhas de Zeus, tão temperamentais! - ele murmurou. Fingi não ter escutado e voltei a dirigir. 

                                               l l 

      Após alguns minutos, - ou horas, nem percebi - chegamos a Colina Meio Sangue. Olhei para minha antiga casa com uma careta no rosto. Então suspirei e desliguei Larry. 

      -Welcome Home. - disse Nico. Lancei a ele um olhar mortal. 

      -Merda de vida de meio-sangue. - ronronei, enquanto saia de Larry. 

      Olhei mais uma vez para o grande arco que marcava: Acampamento Meio Sangue. Não me surpreendi em consegui ler, já que estava em Grego. Por que eu deveria me surpreender? Bem, pois como todo meio-sangue tenho TDA e Dislexia. Nico se ofereceu para me ajudar com minhas malas, então joguei-as em seus braços. Prendi a respiração e atravessei o arco, junto a Nico. 

      Não tem como descrever a cena seguinte.

      Dezenas de meio-sangues que estavam fazendo suas tarefas ou treinando pararam imediatamente ao nos ver entrar, e nos olharam boquiabertos.  Encarei todos de volta e eles perceberam a indireta, voltando a seus afazeres. Mas enquanto andava, percebi que um deles ainda me olhava. Era um menino de uns doze anos, cabelos cacheados e pele rosada. Ele nem sequer devia me conhecer. Então me virei para ele e perguntei, do jeito mais arrogante possível:

      -Que foi, tô cagada? 

      Nico disfarçou uma risada com um tossido, enquanto o menino ficava vermelho. 

      -Gostou? Tira uma foto que dura mais, honey. - eu disse em um tom um pouco mais casual e sai dali. 

      -Coitado. - disse Nico. 

      -Quem é? - perguntei.

      -Spencer Kicks. Filho de Deméter. - Nico respondeu. 

      -Ninguém mandou o florzinha me encarar. - eu disse dando de ombros. - Ainda mais... eu.

      -Você é realmente uma pessoa muito agradável, sabia? E nem se acha. Imagine. - Nico perguntou ironicamente. Sorri para ele e mandei beijinho, fazendo pose de metida.

     - Olha eu quero meu capuccino me esperando, ok? - perguntei, fingindo lixar as unhas. - E leve minhas malas para meu quarto. 

     -Haha. - Nico fingiu rir. Eu desmanchei a pose de metida.

     -Mas a última frase era verdade. - falei e pisquei para ele, entrando na Casa Grande. 

     -QUÍÍÍÍRON! - gritei, o mais alto que pude. 

     -Ei, que gritaria é essa? - ouvi alguém perguntar e me virei. Era Dionísio. - Ora, Carine! Veio fazer uma visita?

     -Ainda é Corinne, Dionísio. E como eu poderia deixar de visitar meu querido irmãozinho? - perguntei, irônica. 

     -Ora, não precisava... literalmente. Nem senti sua falta.

    -Mas aposto que sente falta do bom vinho que eu vou tomar hoje a noite, não? - perguntei, com uma risada macabra. Então acenei para ele e fui procurar Quíron. Ele estava na Sala de Reuniões, com Patrisha O'Neil, chefe do Chalé de Afrodite; Kira Halfstole, Chefe do chalé de Atena; Thor Yougblood, chefe do Chalé de Ares; Vickie Turner, chefe do Chalé de Dionísio; Chuck Taylor, chefe do Chalé de Deméter e mais quatro meninos que eu não conhecia. 

     -Corinne? Não imaginei que Nico te convenceria tão facilmente... - Quíron disse, surpreso.

     -IIh, o filhote de morcego não me convenceu. Eu vim por conta própria, só ofereci uma carona. - falei.

      Ouvi o tosco do Thor dar uma risadinha. 

     -Então, qual é a boa? - perguntei, me jogando em uma cadeira. 

     -Primeiro as apresentações. - Quíron sorriu. - Alguns de vocês já devem conhecê-la, mas esta é Corinne Backer. A única filha de Zeus depois de Thalia Grace. 

      -E aí, Corin? - disse Patrisha, um doce de menina, de dezesseis anos, cabelos castanhos cacheados e olhos verdes. Ela era minha melhor amiga antes de eu ir embora. 

      -Tudo na boa, Trish. E você? - perguntei. Ela lançou um olhar envergonhado a Thor e abaixou os olhos.

      -Tudo na mesma. - respondeu, meio triste. 

      -Ei. - a chamei e lancei a ela meu olhar "vai ter que me contar tudo depois". Ela assentiu, sem energia.

       -C. - Chuck cumprimentou-me. Sorri para ele e me levantei. Ergui a palma da mão e fizemos nosso toque de dois anos a trás. Bate, rebate, vira e... 

      -Double C.! - dissemos com um sorriso. Comecei a rir enquanto sentava de volta. Cumprimentei Vickie, Kira e Thor com um aceno, não gostava muito deles.

      -Bem, esses quatro garotos. - Quíron apontou para os quatro meninos que eu não conhecia. Um era alto, tinha físico forte, ombros largos e um cabelo loiro claro que era acompanhado de um sorriso branquíssimo, tão branco que chegava a reluzir. Ao seu lado estava um garoto realmente musculoso, porém um pouco gasto, de cabelos ralos e pretos. O próximo tinha cabelo loiro escuro, cor de mel, e olhos verdes como... como o mar. E o último tinha cabelos cor de cobre, pele pálida e olhos castanho-claros. - São Derek Prentiss, chefe do Chalé de Apolo; Trevor Castleway, chefe do Chalé de Hefesto, Eric Carlisle, chefe do Chalé de Poseidon e Joey Rock, chefe do Chalé de Hermes.

     Olhei para Eric de um jeito diferente. Ele era filho de Poseidon então. Interessante. Até onde eu sabia, Poseidon - assim como meu pai e Hades - não havia tido muitos filhos após o tão lendário episódio com Percy Jackson, a lenda do acampamento que hoje em dia tinha vinte dois anos e uma bebêzinha. 

      -Olá, cambada nova! - cumprimentei todos com um sorriso. Sorriram de volta. - Acho que agora você já pode falar, não é Quíron?

      -Onde está Nico? - ele perguntou.

      -Aqui. Cheguei. - Nico disse, entrando e se sentando. 

      -Então eu posso começar. - Quíron disse. - Bom, é o seguinte: Hades desapareceu.

      Minha primeira reação foi olhar para Nico. Ele parecia normal. Tirando o fato de que suas mãos estavam fechadas em punhos, de uma forma fortíssima.

      -Como assim? - perguntei, sem desviar o olhar de Nico.

      -Desapareceu. Simplesmente. Ele e mais dois deuses, Ártemis e Hefesto. - ele disse com pesar, olhando para Trevor. Eu o olhei também.

      -E o que podemos fazer? - perguntou Trish. 

      -Bem, a missão, se é que existe uma missão, será dada a Corinne, a pedido de seu pai. - Quíron disse e eu o olhei indignada.

     -Então meu querido papai quer que nós descobrimos o que está acontecendo, enquanto fica com a bunda encostada em seu trono sem fazer porra nenhuma, com medo de "desaparecer" também? Poupe-me. - eu disse, com raiva. 

      -Corinne, seu pai...

      -Meu pai nunca me quis. E agora ele quer minha ajuda? - gritei. 

      -Acalma-se. - Quíron pediu. - Não se trata apenas de seu pai. Trata-se do futuro de todo o Olimpo e criaturas mitológicas. Você tem de entender, Corinne. 

       Eu abri a boca para gritar palavras de um verdadeiramente baixo calão, mas algo me impediu de fazer isso. Comecei a pensar. Isso poderia me favorecer. Eu poderia esfregar na cara suja de Zeus que eu o tinha salvado. E seria ótimo.

      -Ok. Eu vou ajudá-los.


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Notas finais do capítulo

*reviews: a alma do escritor*