Quimera escrita por Reky


Capítulo 4
Terrores Noturnos


Notas iniciais do capítulo

Olá e feliz fim de mundo para vocês! (:
Para falar a verdade, queria ter postado esse capítulo logo no começo dessa semana, mas sempre acontecia algo que me impedia de fazê-lo ): Por isso, decidi ser piedosa e postar hoje para que vocês não terminem suas vidas sem ter lido este capítulo :D
Certo, brincadeira. Nem eu me acho tanto assim... Hahaha.
Bom, esse sem dúvidas foi o capítulo que eu mais gostei de escrever, foi o que eu mais me diverti escrevendo. Por isso, espero que vocês gostem dele também!
Várias reviravoltas ;D
Beijos e boa leitura!



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É claro que poderia ficar pior.

Apesar de estar um ano abaixo do meu, no restante do tempo, Neline Smith cumpriu – avidamente, acrescento – suas palavras. Durante os momentos em que não estava tendo aulas ou mesmo nos intervalos, lá estava ela, acompanhando-me pelos corredores, lançando a todos que passassem aquele seu sorriso estonteante e balançando seus lindos cabelos negros e cheirosos no rosto de qualquer menino que parasse com um olhar abobalhado somente para observá-la melhor.

E não parando de falar feito uma maritaca, para o sofrimento dos meus ouvidos.

No fim de duas semanas, eu já não aguentava mais a companhia incansável de Neline. Além disso, toda aquela demonstração de amizade por parte dela estava fazendo mal para a minha reputação de garota solitária e carrancuda. Algumas pessoas olhavam confusas para nós duas, atravessando os corredores como o mais estranho par dos últimos tempos de Hogwarts; outras cochichavam pelos cantos, estranhando aquela estudante nova falando sem parar enquanto eu apenas acenava com a cabeça, sem mostrar qualquer reação; Scorpius Malfoy era o pior: sempre que nos via juntas, ele dava duras passadas em nossa direção, segurava firmemente os braços de Neline e a arrastava para longe de mim.

Nunca pensei que diria isso, mas, naqueles momentos, eu tinha vontade de ajoelhar perante ao sonserino e agradecer sua presença divina que decidira tirar aquele estorvo do meu caminho.

Ou, pelo menos, era nisso que eu queria acreditar. E eu me forçava a fazer isso: crer que Neline Smith não passava de um problema na minha vida, que deveria sair de perto o mais rápido possível.

Ela não sabia do que eu era capaz para que isso acontecesse.

Mas tudo bem. Eu também não sabia.

Foi pensando em Neline – e em como ela insistia para que eu a chamasse de Nel ou Line, ‘pelo amor de Deus, Rosie!’ – que acabei indo parar no lugar que eu mais sentia falta em toda aquela escola: uma sala de aula inutilizada há décadas, onde mais ninguém entrava. Desde o terceiro ano, aquele recinto havia se tornado o meu próprio refúgio, onde poderia me retirar e, sozinha, pensar em tudo o que vinha acontecendo na minha vida. Geralmente, eu me sentava em uma das cadeiras que não estavam apodrecidas pelo tempo, apoiava minha cabeça nos braços, dobrados em cima da mesa, e apenas ficava olhando para a pequena lousa, imaginando o que os professores já deveriam ter escrito ali e que disciplina deveria ter sido ministrada naquele espaço.

Gostava de ficar imaginando os alunos levantando suas mãos e fazendo suas perguntas, enquanto o professor respondia após ralhar com algum estudante por estar passando bilhetes enfeitiçados para um amigo. Via-os passando por mim quando o sinal tocava, andando em uma fila apressada para fora da sala de aula e o professor virava-se para a lousa para apagar o conteúdo. Quando reparava que mais nenhum aluno estava por ali, lançava um olhar carinhoso por todas as carteiras e se retirava para fazer o que quer que os professores fazem quando não estão ensinando.

Hoje, entretanto, não me dirigi para as cadeiras.

Havia mais alguém ali, naquela sala. Na minha sala.

Ela estava de costas, olhando para a Floresta Proibida, com seus longos cabelos trançados esvoaçando levemente atrás de si. Seu comprido vestido azul marinho parecia flutuar ao seu redor e, a princípio, não entendi como aquilo poderia estar acontecendo. Não até eu identificar quem era aquela pessoa.

Ou melhor, o que era.

Assim que reparou que não estava sozinha, Helena Ravenclaw voltou-se para mim com os olhos azuis translúcidos e tristes um pouco curiosos. Ao notar que era eu ali, deu um pequeno e ligeiro sorriso.

– Ora, se não é a menina Weasley... – ela murmurou.

Cumprimentei-a levemente com a cabeça, aproximando-me mais.

– Como vai, Helena? – perguntei.

– Como os mortos devem se sentir? – ela respondeu, voltando a olhar para a Floresta Proibida.

Sentei-me em uma carteira perto de onde ela estava, cruzando as penas e apreciando a vista dali de cima. O sol já se punha, dando ao céu uma linda, porém deprimente e nostálgica, coloração alaranjada. Mais ao longe, era possível ver o Lago Negro, onde eu, Albus e Scorpius já havíamos nos sentado bastante em suas proximidades. Costumávamos jogar água uns nos outros ao ponto de a Lula Gigante ficar irritada com a agitação da água, jogar pedrinhas pela superfície para ver quantas vezes elas quicavam e escalar as árvores tentando pegar as frutas que estavam mais no topo.

O aperto no meu peito apareceu novamente e tive de sufocar um soluço.

A Mulher Cinzenta olhou de lado para mim, mas ao notar que estava segurando meu choro, chegou mais perto. Ela ficou ali do meu lado, pairando a centímetros do chão, olhando para o lado de fora com seus olhos tristes. Mas ela estava ali e era isso o que importava.

Nos últimos anos, a única companhia mais constante que já tive e que poderia manter era a daquele fantasma. Ela nunca tinha muito a dizer, mas sempre ficava por perto enquanto eu chorava tudo o que tinha de chorar, batia em tudo que tinha de bater e gritava o mais alto que meus pulmões e garganta suportavam. Por diversas vezes, ela me impediu de fazer loucuras – como ir correndo para meus antigos amigos, abraçá-los e implorar para me aceitarem de volta.

Ela não sabia meus motivos, mas entendia que, o que quer que eu esteja fazendo, era apenas para o bem deles. No primeiro dia em que me flagrou tendo um dos meus conhecidos acessos, implorei a ela que não contasse a ninguém e pedi para que me impedisse de me aproximar de qualquer pessoa. Helena apenas assentiu com a cabeça e, em uma nuvem de fumaça, desapareceu.

Olhei para ela e dei um pequeno salto ao notar que ela também me observava pelo canto dos olhos.

– Está tudo bem com você, menina Weasley?

Soltei um suspiro exausto que estava guardado há duas semanas.

– Não. Ultimamente, uma estudante nova tem se aproximado de mim.

Helena arqueou uma sobrancelha.

– E o que tem isso?

Olhei para ela como se tivesse enlouquecido.

O que tem isso? Já não te disse que não tenho intenção alguma de me aproximar das pessoas?

– Você disse que não tem intenção de se aproximar das pessoas, não de as pessoas se aproximarem de você.

Revirei os olhos. É claro que, sendo o fantasma da minha Casa, ela se ateria aos mínimos detalhes de cada frase que eu porventura soltasse.

– Não, eu não quero que ninguém se aproxime – seja por iniciativa minha ou de outra pessoa. – encolhi os ombros, sentindo novamente aquele aperto no peito me enlouquecendo aos poucos. – É perigoso.

Helena olhou para mim, não entendendo porque seria perigoso se aproximar de uma menina que se demonstrava tão frágil.

Mas, para falar a verdade, eu também não entendia o porquê dessa minha necessidade de manter todos afastados. Franzi o cenho. É claro que sabia que havia uma razão por trás disso tudo, só não conseguia me recordar dela no momento. Ou nunca. Sempre que tentava lembrar, uma dor de cabeça alucinante se apossava de mim.

Tudo o que eu sabia era que esse motivo era importante e grande o suficiente para afastar meus amigos, recusar o cargo de Monitora que sempre sonhei, repelir todos que quisessem se aproximar, criar uma nova personalidade mais rancorosa e ter como melhor amiga uma fantasma que estava morta há mais de nove séculos.

E, mesmo assim, minha mente insistia em me pregar peças...

As noites sempre eram as piores.

Depois de Neline ter me seguido pelo restante do dia após ter me encontrado quando saía do meu esconderijo, eu finalmente estava disposta a ter uma boa noite de sono. Os professores já haviam passado toneladas de pergaminhos para fazer, capítulos para ler e feitiços para estudar que eu precisaria de um bom descanso para conseguir fazer tudo aquilo durante o fim de semana. Aproveitaria que a biblioteca estaria vazia por causa da primeira ida à Hogsmead do ano e me esbaldaria com os livros e trabalhos.

Bom o bastante para manter as pessoas afastadas e uma certa corvinal quintanista morrendo de ódio de mim por não aceitar ir ao povoado junto dela. Mas, de novo, ela tinha Albus – que, provavelmente, estava morrendo por um convite – e Scorpius para acompanhá-la.

Mas meus terrores noturnos me impediriam, como sempre, de realizar meu desejo de descansar.

Os sonhos começavam com um ambiente escuro. De repente, labaredas de fogo apareciam e, delas, surgia uma fênix negra. Ela olhava para mim com seus olhos escuros transbordando maldade e perversão. Eu começava a sentir dificuldade de respirar e tentava fugir do animal, mas seu canto aterrorizante me seguia aonde quer que fosse. Cansada de tanto correr, eu deixava meu corpo cair e sentia as afiadas garras do bicho penetrarem minha pele.

E então, acordava. Ofegando, um aperto no peito, lágrimas caindo dos olhos.

Depois, tinha dificuldades em voltar a dormir e a escuridão do quarto só me fazia tremer cada vez mais.

Abri a cortina da cama, tateando pelo meu criado-mudo para encontrar minha vela. Minha varinha caiu no chão no meio do meu desespero, mas não me importei. Encontrei o fósforo e iluminei o quarto. Na cama a minha esquerda, Amanda Williams soltou um muxoxo.

Outra vez não, Rose!

E virou-se para o outro lado, voltando ao mundo dos sonhos.

Eu apenas abracei meus joelhos e fiquei ali, quieta, observando as dobras que meu lençol havia formado. Meu pijama estava ensopado de suor, mas eu não tinha coragem – nem disposição – de ir ao banheiro trocá-lo. Fiquei pensando, tentando me recordar de quando aqueles pesadelos, com aquele pássaro horrível, haviam começado, mas nada me vinha à mente. Tudo o que consegui como resultado foi uma terrível dor de cabeça.

Suspirei. Estava muito cansada. Quem sabe, se tentasse dormir agora, com o quarto iluminado, eu não conseguiria o tão merecido e almejado descanso?

Foi naquela noite que o bilhete de VCB foi entregue.

– Vocês ouviram?

– Parece que ela está de volta.

– Ela? Como vocês têm tanta certeza assim de que é uma mulher?

– Nós não temos! Ninguém sabe o que aquilo é.

– É mesmo. Além disso, o nome que deram para ela é algo estranho, não? Quem foi que chamou de Quimera, hein?

– E o mais estranho é o significado que tem por trás disso...

– Ei, Rose!

Assustei-me quando ouvi alguém chamar meu nome. Não sei por que, já que nas duas últimas semanas aquela voz vinha atazanando meu dia a dia sem escrúpulo algum.

– Oi, Nel.

Fiz questão de ressaltar o apelido e parece que isso a deixou satisfeita. Isso era um bom sinal. Quem sabe ela não ficaria tão brava assim quando lhe dissesse que não iria a Hogsmead.

Mas espera aí. Franzi o cenho.

A minha intenção é exatamente fazê-la ficar brava. Tão brava que ela vai desistir de mim e tentar ser amiga das outras meninas do quinto ano. Não é?

– Você ouviu o boato? Sobre uma tal de Quimera? – ela parecia animada para me contar as novidades.

– Ah, sim – fiz um gesto com a mão, demonstrando meu desinteresse. – Notícia antiga. Desculpe, Nel.

Neline me olhou confusa.

– Jura? Achei que tivesse sido o primeiro ataque dela. E, de qualquer jeito, isso não é perigoso? Quero dizer, é uma quimera, afinal, não é? No Animais Fantásticos e Onde Habitam elas estão classificadas como mata bruxos / impossível treinar ou domesticar.

Fiquei impressionada com a demonstração clara de conhecimento dela – não era à toa que ela estava na Corvinal, afinal. De qualquer jeito, soltei uma leve risada com o que ela havia dito.

– Nel, a quimera de Hogwarts não é uma quimera de verdade. Quer dizer, se fosse os professores já teriam tomado todas as providências possíveis para retirá-la daqui. Eles não arriscariam a vida de um aluno por nada neste mundo.

Ela franziu a testa.

– Mas, então, o que é essa quimera?

– Bom, é difícil de explicar – ajeitei-me em minha cadeira e soltei um suspiro, lançando um olhar para as pilhas e pilhas de pergaminhos e livros a minha frente. Era deixá-los de lado agora para Neline deixar-me em paz depois. – As aparições começaram há alguns anos, não sei dizer exatamente quando. De qualquer forma, a Quimera apenas aparece durante a noite, quando a maioria dos alunos já está dormindo ou se retirou para seus dormitórios. Foram poucos os que a viram até agora, mas a maioria foram Monitores, Fantasmas e o Filch. Na verdade, - ri – o primeiro que a viu foi o Filch. Mas como ele tem estado caduco nos últimos anos, ninguém lhe deu crédito a princípio. Só quando um Monitor e um Fantasma a viram é que o homem foi levado a sério. No entanto, ela realmente não faz nada. Tudo que sabemos sobre ela é que é um vulto escuro empoleirado em uma das gárgulas ou em janelas de Hogwarts e que fica apenas observando os corredores durante a noite.

– Mas... Quimera? – perguntou Neline.

Dei de ombros.

– É um nome bastante... peculiar, sabemos, mas que carrega muitos significados, como o do grande e violento animal que conhecemos, mas também podendo ser entendido como produto absurdo da imaginação, fantasia. – sorri. – Foi a diretora McGonagall que a chamou assim e o nome ficou.

– Rosie... – Neline chamou minha atenção quando já estava prestes a voltar aos meus pergaminhos. Ela parecia ainda estar processando todas as informações. – Você ficou sabendo do ataque dela?

– Ataque? – perguntei, assustada.

A Quimera nunca atacaria ninguém, pensei. Eu nunca a havia encontrado, mas ouvi as conversas nos corredores. Ela só ficava parada em uma mesma posição do lado de fora da escola, apenas observando. Nunca tentou atacar ninguém, que eu soubesse. Mesmo assim, a criatura chegava a me dar arrepios. Só de imaginar alguém me observando sentia calafrios subirem pelas minhas costas.

– Sim – a morena assentiu. – Parece que ela deixou um bilhete pregado em uma das janelas. Os professores estão todos pirando por causa disso. Já estão até pensando em cancelar a ida a Hogsmead hoje – ela soltou um muxoxo, cruzando os braços. – Justo hoje!

Ora, mas isso era de se estranhar. Por que um bilhete causaria tanto pânico nos professores?

Minha resposta veio mais tarde naquele mesmo dia.

Depois de tudo que Neline havia me dito, não consegui mais me concentrar nos estudos. Guardei apressadamente todos os livros, penas e pergaminhos, livrei-me de Neline e corri pelos corredores em direção ao meu esconderijo. Provavelmente, a Mulher Cinzenta estaria por lá e poderia me responder o porquê de todo o alvoroço que a escola estava. Enquanto andava, muitos alunos protestavam pelos corredores pelos seus direitos em visitar o vilarejo vizinho, mas duvido que McGonagall dê ouvido a um grupo de dez aluninhos revoltados.

Foi quando, em uma esquina, trombei com um corpo alto, duro e robusto.

– Aaaai! Mas que diabos você pensa que está fazendo...?!

– Realmente, puxou a língua do pai.

A voz imediatamente me sobressaltou, bem como a risada que a acompanhou. Uma risada e uma voz muito conhecidas.

– Não diga isso para Hermione, Harry, ou ela me amaldiçoará pelo resto da vida por ter passado minha língua ferina para Rose.

– Pa... Pai?! Tio Harry?! – gritei e todo o corredor olhou em nossa direção. – O que vocês dois estão fazendo aqui?

Tio Harry levou a mão aos cabelos rebeldes – gesto que Albus havia herdado dele, assim como eu com a língua ferina de meu pai -, parecendo nervoso. Meu pai me ajudou a levantar e depositou um pequeno beijo em minha testa.

– Bom, a Professora... Digo, Diretora McGonagall nos chamou aqui. Precisa de nossa ajuda com algo.

– Sim, ela disse algo sobre ser urgente – meu pai complementou.

– Nossa, aquele bilhetinho todo conseguiu a proeza de chamar dois aurores aqui?

Os dois adultos franziram a testa para mim, instantaneamente ficando sérios. Remexi-me, subitamente desconfortável. Céus, para eles terem ficado assim, a coisa deveria ser séria, não?

– O que você sabe sobre o bilhete, Rosie? – meu pai perguntou, preocupação em seus olhos azuis.

– Nada, na verdade – pigarreei. Havia gaguejado um pouco. – Apenas sei que a Quimera deixou um bilhete e que os professores piraram por causa disso.

– A Quimera, huh? – tio Harry coçou a barba por fazer. – Albus já mencionou algo sobre ela, que parecia inofensiva. James disse ter tentado fazer caretas para ela alguns anos atrás, mas que nem por isso ela se mexeu – ele soltou uma leve risada. – Para não rir com as brincadeiras de James, deve ser um bicho que possui muito autocontrole.

– A Quimera não é um bicho.

A voz surgiu de algum lugar logo atrás de meu pai e meu tio. Quando os dois se viraram, pude ver claramente os olhos cinzentos de Scorpius Malfoy. Ele olhava diretamente para meu pai com uma seriedade que eu jamais havia visto em seu rosto. Parecia disposto a fazê-los acreditar em suas palavras.

– Que absurdo! – meu pai exclamou. – É claro que a Quimera é um bicho. Pode não ser uma quimera, mas nunca que algum humano conseguiria ficar parado na mesma posição durante horas a fio.

Meu pai nunca havia suportado minha amizade com Scorpius. Assim, quando me distanciei dele, só faltava ele ter soltado fogos de artifício. No entanto, também nunca conseguiu perdoar o sonserino por ter começado a me infernizar a vida desde então – não que eu reclamasse a ele, mas Hugo deveria escrever sobre as brigas que arranjávamos um com o outro.

– Eu estou dizendo – Scorpius disse entre os dentes cerrados. – A Quimera não é um animal.

O dono do maior orgulho do mundo, Rony Weasley, cruzou os braços sobre o peito, inflando-o, e desafiou:

– Ah, é? E como o senhor, dono da verdade Malfoy, sabe?

Aaah, se ele soubesse o quanto estava sendo ridículo comprando briga com um garoto de dezesseis anos...

Meu tio Harry até escondeu o rosto entre as mãos, mal acreditando no que o melhor amigo e cunhado estava fazendo.

Mas nem ele, nem eu e, muito menos, meu pai, estávamos preparados para a revelação que veio a seguir.

Scorpius abriu a boca, deu um suspiro, e soltou:

– Eu sei porque já a vi.


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Notas finais do capítulo

Tcham tcham!
E aí, o que me dizem? Haha. Pouquíssima aparição do Scorpius, eu sei, mas no próximo capítulo ele aparecerá mais, prometo!
Falando no capítulo cinco, ele está sendo escrito. Espero poder entregá-lo antes do ano novo. Senão, já vou desejando aqui Boas Festas para todas vocês e agradecer pelo apoio que vocês têm dado à Fic! Muitíssimo obrigada!
Um agradecimento em especial às garotas que comentaram no capítulo passado: Anna Weasley, Kannazuki Daioh Kyoudai e Mahchan e pela recomendação que a Kannazuki deixou à Fic! É por causa de vocês que eu tenho vontade de continuar a escrevê-la! Seus incentivos são essenciais!
Beijos, até!