Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime
Notas iniciais do capítulo
Nesse capítulo a relação está mais aprofundada, e acho que vocês vão se intrigar um pouco...
Lets go!
3.
Depois do almoço, eles seguiram juntos até um dos jardins da pousada. O mais distante, onde podiam ficar sem serem interrompidos. Onde ninguém os mandaria calar a boca. Onde ninguém se assustaria com as besteiras que falavam, etc...
— AH! – Alan suspirou se sentando na grama, rente a uma árvore. — Último dia das férias!
— Ih, nem me fale! – Rachel suspirou dramaticamente se jogando no colo do amigo que apoiou a garota no seu ombro.
— Poderíamos faltar no primeiro dia... – Vickie propôs.
— O que? Nem pensar! É o segundo ano! Vamos ter calouros, ou melhor, calouras... – Stark disse sedutoramente. — Garotas curiosas e completamente desinformadas... Nada melhor que um guia para elas!
— Você é um cretino, Stark! – Danilo falou rindo, jogando uma graminha no colega, que respondeu garbosamente:
— É! Esse é o meu maior charme!
Rachel riu e Vickie rolou os olhos, se acomodando no colo de Danilo, que deitou a cabeça num tronco tombado da árvore onde se recostara.
— Calouras do primeiro ano... Conseguem pensar em coisa melhor? – Stark continuou suspirando.
— DÃ, seu tonto! Calouras só podem ser do primeiro ano! Não poderiam ser do segundo! – Vic replicou.
— Não concordo. As calouras do primeiro ano vão ser calouras no segundo, pois nunca estiveram no segundo ano antes... Continuarão sendo novatas. É um outro nível! – Respondeu com tom de genialidade.
— Olha! Até que faz algum sentido! Então somos calouros também! – Rachel deu uma forcinha admirada.
- É sim! – Continuou Stark, radiante.- Somos calouros-veteranos. Ou veteranamente calouros. Ou calouranos. Ou...
— É uma idiotice. – Vic falou. — E, respondendo à sua pergunta: sim! Há coisa melhor que “calouras”.
— Ah é? O que, por exemplo? – Stark provocou.
— Eu consigo pensar numa coisa... – Rachel disse com um sorrisinho travesso, logo, Vic e ela falaram sedutoramente em um uníssono:
— Formandos!
Alan imediatamente tossiu. As atenções se viraram para ele.
— Formandos? Fala sério! Que nojo! Na nossa escola? Quem de interessante pode ter no terceiro ano? O Greg? – Perguntou ironicamente. Rachel riu.
— Claro que não! Mas e que tal o Lucas? – Propôs.
— É, ele parece legal! – Vic disse.
— Ele é gay! – Danilo disse de repente. Todos se viraram para ele curiosos. — Qual é? Não me olhem assim! Pensei que vocês já soubessem!
— Como assim? – Vic se levantou de sobressalto, parecendo alarmada e inconformada com o que ouvira. Seus amigos estranharam. —Ele é goleiro do time. Ele é lindo e perfeito. Ele estava saindo com a Monique um tempo desses! Como ele pode ser gay?
Depois que ela tagarelou, a turma ficou estática. No segundo seguinte, desataram a rir da explosão tagarela de Vic. A loira voltou a se sentar e repousar a cabeça no colo de Danilo.
— O Danizinho, mais que qualquer um, conhece bem todos os segredos do time, ele é o artilheiro! Vive trancado nos vestiários com o “time do coração!” – Skart falou maliciosamente, de propósito.
As garotas deram risadinhas, Alan gargalhou.
— Pô cara! Você foi estraçalhado!
— Valeu pelo apoio moral, Alan! – Danilo lhe mostrou o polegar. — Lucas é sensível... O mais sensível do time! Foi tão óbvio descobrir! E a Monique? Ela é um caso do início do ano passado! De lá pra cá, o cara mudou muito!
— Você parece bem informado demais! – Vickie cutucou a cintura de Danilo.
— É mesmo! Desde quando gosta de fofoca? – Rachel disse.
— Virou fi-fi! – Stark zoou.
Alan riu de Danilo apesar de ter tentado se conter.
— Fi-fi é a sua...
— Gente! – Rachel interveio. — Deixa a vida do Lucas pra lá. Ele pode ser gay ou não, tanto faz! Isso não desfaz o fato de ele ser um belo de um semideus! – Suspirou.
— Mas admita: é meio broxante! – Vickie disse sob risinho.
— Mas que assunto chato! – Stark bocejou dramaticamente. —Vamos voltar a falar de CALOUUURAS?
— NEM EM SONHO! – Vic exclamou.
— Da próxima vez que for gritar perto de mim, avise! – Danilo falou massageando o ouvido.
— Foi mal...
Alan respirou fundo depois de tanto rir:
— Ok. Sem calouras... Sem formandos... Resta-nos...
- Doces ou travessuras! – Stark gritou animadamente.
- De onde você tirou isso? – Rachel se assustou.
- Ah, sei lá! Foi tão natural!
- Qualquer idiotice é natural para o Stark! – Disse Vickie.
- Vocês amanheceram de bem hoje, não foi? – Danilo comentou ironicamente.
Vickie e Stark se entreolharam e não disseram nada. Rachel lançou um olhar significativo para Danilo, que pareceu concordar.
- Licencinha, meu amor... – Danilo disse à Vic ao se levantar, deixando-a se sentar sozinha onde ele estava. - Ahn... Rae vem comigo?
- Aonde vocês vão? – Alan perguntou despretensiosamente enquanto Rachel se levantava ao seu lado.
- Vamos ver meu pai... Você sabe... Essa coisa de casamento e tudo mais... Temos nossas responsabilidades! – Danilo brincou.
- É, por que eu não vou me casar com Danilo de graça, e o papai dele tem que me incluir na lista de proprietários da família de tudo isso aqui! – Rachel entrou na graça, girando com os braços estendidos para toda pousada.
Danilo lançou um olhar de canto para Alan, que até então não havia entendido a reação dos amigos, porém, reparou na estratégia que estava sendo armada e logo tratou de falar também:
- E quanto ao padrinho? Tenho direito a alguma coisa, não tenho? – Disse ele fingindo interesse, se levantando.
- Ah... Quem sabe? – Rachel disse pretensiosamente.
A morena pegou a mão de Danilo e, antes que Stark e Vickie estranhassem ainda mais e se intrometessem, Rae puxou o amigo junto com ela, e ambos começaram a correr em direção à hospedagem. Alan alcançou a outra mão de Rachel e os três logo estavam bem longe.
Vickie e Stark se entreolharam. Vic estava veio receosa e contida, mas não desviou o olhar. Stark a olhava direta e intensamente, e ela já se sentia enrubescer.
- Você entendeu alguma coisa? – Perguntou o garoto de maneira idiota, acabando com o clima.
***
- E aí? Quem é que vai marcar gols pra mim esse ano? – Rachel perguntou despretensiosamente aos amigos.
- Pode contar com uma jogada de categoria, por mim... – Danilo plantou um beijo no topo da cabeça dela.
Alan notou o olhar de Rachel em si.
- Ah, nem tente, querida. Você sabe que eu não jogo futebol. – O garoto tirou o time de campo.
- Mas você sai para suas “responsabilidades esportivas” todas as vezes que tem jogo na escola! – Rachel indagou.
- Ou treino. – Disse Danilo.
Rae apertou os olhos encarando o amigo:
- É. E você nunca nos leva, nem comenta... Onde é que você se enfia heim Alan?
- AH, nem te conto! – Danilo falou ambiguamente, rindo de leve.
Pararam ao hall de entrada da hospedagem. Um saguão largo e bem decorado de forma natural.
- Tenho algumas coisas a fazer... Só isso. – Alan fugiu. - A final, você não precisa que ninguém faça gols pra você. Você já é um máximo, centroavante! – Ele sorriu e abraçou Rachel, que não se deu por vencida.
- Isso não me satisfaz, Alan!
Danilo se encostou à parede, saindo do meio quando percebeu o tom exigente de Rachel. Ele era o atacante, mas sabia que sua amiga podia ser mais durona que ele. Preferiu se concentrar em brincar com a planta do arranjo de canto.
- Rae, – Alan continuou, - não tem nada de mais, ok? Você está fazendo tempestade em copinho de cachaça! – Ele tentou, mas a amiga não sorriu. - É sério, eu não faço anda de mais. Apenas algumas coisas... Você sabe: eu preciso continuar ajudando meus pais!
- E o que há de mal em me dizer? Você nunca escondeu nada de mim!
- E não estou escondendo. É esse o ponto: não há nada!
Rachel continuou com os braços cruzados no peito, visivelmente insatisfeita. Alan passou a mão pelos cabelos e tocou o braço da amiga.
- Rae... Por favo, não vamos ficar discutindo por isso. É nosso último dia de férias. A partir de amanhã vamos enfrentar aquela jaula de novo, não podemos ficar brigados... – O garoto lhe deu seu melhor olhar de cãozinho choroso, mas Rachel permaneceu impassível. - Certo. A gente se vê.
Alan foi se retirando.
- Aonde vai agora? – Rachel perguntou. O garoto a olhou por cima do ombro.
- Andar. – Respondeu simplesmente e seguiu pelo lado contrário do jardim, sumindo dentre as árvores ao longe.
- Ei, relaxe Raquetinha! – Danilo disse passando o braço por cima dos ombros da amiga. - Deixa ele. Uma hora ele fala.
- Será?
- Tenho certeza.
- Conheço ele desde a primeira série. Depois que ele saiu pra viver noutra cidade e voltou, ficou tão diferente... Tão... Misterioso.
Danilo notou o tom nostálgico e entristecido de Rachel.
- Olha, se eu fosse um pouquinho mais sensível, eu tentaria te dizer algo reconfortante, mas, sinceramente, eu não tenho ideia de como ou do que falar! Foi mal Rae. – O garoto sorriu triste e complacente.
Rachel permitiu um sorriso grato pintar em seu rosto.
- Você já é reconfortante. – Falou com afeto e segurou a mão do rapaz.
- Certo. Vamos dar um oi pro papai? – Ele propôs.
- Claro! Seu pai ou o meu?
- O meu, é claro. Seu pai não está aqui!
- Ah é!
o.O ;)
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E aí galerinha????
Como to me saindo?
Amo o que voces me escreve, muito obrigada!
Mila.