Como eu previa a festa foi até as sete da manha. Fiquei feliz por só nossa família mesmo der percebido o soco que Edward levara.

Esme ficou toda preocupada na hora, mas depois relaxou e curtiu a festa.

- Beliiinha ficou tudo tããoo lindo. – Alice já estava super alegre. Depois que todos começaram a se dividir em grupos de conversa, ela começou a beber.

- Com certeza All. Agora acho que você merece um bom descanso, um bom sono.

- Eu estou tão bagaço assim? – Emmett só para provocar pegou o celular e colocou na sua frente. – O MEU DEUS. Eu estou horrível. Jasper vamos embora agora mesmo. – Ela dizia puxando a camisa dele.

- Nós todos já vamos filha. A festa estava realmente ótima, mas precisamos descansar. – Todos nós nos despedimos, e eu subi o mais depressa possível para tomar um banho e relaxar.

Feito isso, coloquei apenas um short, com um top, e deite-me na cama. Meus pés estavam formigando, minhas costas doendo, afinal fiquei a noite toda inquieta.

- Amor pegue meu óleo lá no banheiro fazendo favor. Achei que ele estava por aqui, mas não achei. – Ele assentiu e foi buscá-lo.

- Quer que eu passe em você?

- Se não for pedir muito. – E começou a passar e massageava ao mesmo tempo.

- Você está muito tensa, relaxe um pouco. – Foi ele falar que os meus olhos pesaram e eu não resisti ao sono.

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Era sempre bom vê-la descansar. Eu sei que fui um estúpido na noite de ontem, mas não há coisa que me tira mais do serio que um homem dando em cima dela.

Continuei passando o óleo mesmo depois de ela ter dormido, sabia que ela era cuidadosa quando se tratava do corpo. Na gravidez de Julie e Sophie foi a mesma coisa, todas as noites passava vários produtos que evitavam estrias.

Quando acabei de me acomodar na cama, a babá eletrônica começou a tocar. Para Bella não acordar eu a desliguei e corri para o quarto das meninas. Era obvio que elas acordariam logo cedo, haviam vindo dormir muito antes que nós.

Infelizmente as babás também ficaram conosco na festa até o amanhecer, então o único jeito era eu mesmo cuidar delas.

- Bom dia meus amores.

[...]

Bella levantou às duas da tarde, reclamando um pouco de dor nas costas, e de fome.

- Quer que eu prepare algo para você amor?

- Deixe que eu mesma faça isso. Agora vá dormir, você está péssimo.

- Eu realmente estou cansado, essas duas acordaram elétricas hoje. Mas caso precise de mim não se preocupe, pode me chamar. – Ela me deu um selinho e eu subi.

Chegando me joguei sobre a cama. Fui acordar quando já era noite, levantei de pressa imaginando que Bella já devia estar cansada novamente.

Procurei-a por toda casa, mas não achei.

- Filho por acaso você viu sua mãe e suas irmãs?

- Ela me deixou um bilhete dizendo que ia passear com elas, mas até agora não chegaram. – Comecei a ficar preocupado.

- Eu vou procurá-las de carro por aqui perto, quer ir comigo?

- Vamos sim pai. – Ele rapidamente levantou e peguei o carro.

- Kelley, Bella disse para onde ia quando saiu? – Perguntei, chegando ao portão.

- Não senhor.

- E que horas eram mais ou menos?

- Umas 15:30. Mas que mal lhe pergunte, aconteceu alguma coisa?

- Não sei, só estou preocupado. Ela saiu sem me avisar e ainda não chegou. – Ele assentiu e eu acelerei.

Andamos por vários quarteirões e nada de encontrar Bella. Passei pelo parque que ela gostava de ir com elas, mas nenhum sinal. Por fim decidir ligar para Alice.

- All, Bella está com você?

- Não por quê?

- Porque ela saiu de casa dizendo que ia passear com as nenéns, e ainda não voltou.

- Já tentou o celular dela?

- Já, mas ele ficou em casa. Estou começando a ficar preocupado. Talvez ela passou mal, e ..

- Para de pensar negativo Ed. Ela pode ter ido a Swan.

- Ela não iria para lá tenho certeza.

- Pense em alguma coisa que ela estava com vontade de fazer, ou sempre faz. Claro, que incluísse as nenéns.

- Não estou conseguindo pensar em mais nada.

- Talvez ela tenha ido ao parque. No clube. Na casa de alguma amiga. Não sei Ed.

- Já tentei todas essas possibilidades. Tenta lembrar alguma coisa que vocês conversaram. Você é a minha ultima esperança. – Ficamos vários minutos em silencio

- Já sei. – Alice gritou no telefone.

- Então diga, onde está Bella?

- Ela pode estar no orfanato que vocês adotaram Gabriel. Ela comentou comigo durante a viagem que não deu tempo de ir lá no natal, e que se tudo desse certo ela iria depois do fim do ano.

- Tem certeza?

- Aonde mais ela pode ter ido, e levado as crianças? Desde que vocês começaram a fazer doações para lá e que as meninas nasceram, ela as leva para brincar com as crianças.

- Acho que você pode estar certa. Obrigada irmã.

- De nada.

- Você acha mesmo que sua mãe possa estar no orfanato? – Disse virando para Gabriel.

- Nós não temos outras opções pai, então vamos lá. – Liguei novamente o carro e dei partida.

Logo que chegamos a rua, meu coração se tranqüilizou, lá estava o carro dela. Gabriel e eu saímos logo do carro e fomos ao encontro delas.

- Belo susto que você me deu amor. – Disse me aproximando da rodinha de crianças que ali estavam.

- Edward. Gabriel. O que fazem aqui?

- Papai já estava pirando porque não te achávamos. Então ele ligou para tia Alice, e pediu a ela que o ajudasse a deduzir onde a senhora poderia estar, e ela mais uma vez acertou.

- Precisava mesmo de tudo isso? – Bella disse levantando, e aproximou de mim.

- Claro que sim. Eu acordei e não encontrei vocês em casa, o que achou que eu podia pensar?

- Mas eu deixei um bilhete para Gabriel dizendo que sairia.

- Sim, mas não disse aonde ia. Eu rodei milhares de lugares atrás de vocês, sabia?

- Tudo bem. Desculpe por não ter dito nada, agora vamos aproveitar o resto de tempo que temos com as crianças. O horário de visita está quase acabando.

Sentei junto a todos, e ficamos ali contando historias para as crianças. Logo a coordenadora se aproximou de nós.

- Não tive a oportunidade de agradecer pessoalmente o que vocês vem fazendo por nós no ultimo ano. Como sabem, estive doente e só voltei agora. – Nós assentimos. – As doações fizeram que nós conseguíssemos melhorar nossas acomodações, e a campanha utilizando a imagem de vocês contribui muito para que nossas adoções aumentassem. Muitas pessoas ainda não conheciam nosso trabalho.

- Nós ficamos muito felizes em poder estar ajudando. – Bella disse.

- Nós também estamos muito felizes com as ações de vocês.

- Mãe nós precisamos ir, já acabou nosso horário de visita.

- Não precisa se preocupar com isso Gabriel, vocês podem ficar mais um pouco.

- Obrigada Carla, mas eu sei bem como funcionam as regras aqui. – Ele disse e nós sorrimos.

Nos despedimos de todos e voltamos para casa, cada um no seu carro. Porem deixei que Bella fosse na minha frente.

Já em casa, a ajudei com o jantar e comemos em família. Um ótimo jeito de começar o ano bem.

Logo depois, Bella começou a se sentir mal e subiu. Enquanto isso dei banho nas meninas e as coloquei para dormir. Passei no quarto de Gabriel que lia alguma coisa.

- O que está lendo filho? – Perguntei me aproximando dele.

- Um livro de ação que vovó me deu.

- Você está sentindo alguma coisa nesses últimos dias? Sei que possa ter parecido que eu estava meio alheio a tudo, mas foram dias corridos, me desculpe.

- Não tem problema pai, eu entendo perfeitamente sua correria. Eu sinto enjôo às vezes, dores de cabeça, tontura, mas logo tomo meu remédio.

- Mas por que você não diz isso a nós? Talvez você ficando quieto, podemos pensar que tudo está se saindo bem.

- Acho que se reclamo muito acabo incomodando vocês.

- Filho, o que é isso? Você nunca nos incomodará.

- Mesmo assim.

- Olha amanha mesmo eu vou atrás dos resultados dos exames, tenho certeza que nós vamos encontrar um doador para você. Mas nunca deixe de nos avisar quando sentir alguma coisa.

- Tudo bem, eu prometo sempre avisar.

- Melhor assim. Agora durma bem, vou ver se sua mãe melhorou.

- Boa noite pai, até amanha. De um beijo nela por mim. – Assenti, dei um beijo em sua testa e sai.

Chegando ao quarto encontrei Bella já te banho tomado e massageando a barriga.

- Melhorou meu amor?

- Um pouco, minha barriga ainda dói.

- Não seria o caso de ligarmos para Virginia?

- Não é preciso, semana que vem mesmo irei lá fazer minha ultra-som.

- Se você prefere assim. Deixe-me tomar um banho e depois venho passar o óleo em você.

- Desculpe amor, mas eu já passei. – Assenti e fui tomar meu banho.

Na volta coloquei apenas um roupão, para depois ir colocar meu moletom que havia ficado no closet. Me assuntei ao ouvir um choro, e percebi que era Bella.

- Amor o que está acontecendo? Você está sentindo alguma coisa? – Disse meio apavorado.

- Eu não sei amor, só estou com muita vontade de chorar. Me deu um aperto forte no coração sabe.

- Tem certeza que não há algum motivo especifico?

- É uma junção de varias coisas sabe. Tenho medo por Gabriel, por nós, sua mãe.

- Por Gabriel eu concordo, mas acredito que encontraremos um doador. Mas quanto a nós e a mamãe não entendi.

- Logo depois que você voltou de Londres, eu escutei sua conversa com Alice falando que a empresa havia fechado um mês em baixa. Se isso estava te preocupando, deveria mesmo ser uma coisa seria. Agora tem sua mãe, eu tenho medo e não quero vê-la sofrendo de novo.

A morte de seu pai já foi um baque muito grande em nossas vidas. A perda do meu bebe. Seu desaparecimento. Percebe como varias coisas estão nos acontecendo? Onde será que erramos?

- Amor fica calma. O problema da empresa não é “nada” que precise se preocupar, eu às vezes exagero na precaução só isso. Você sabe muito bem como eu considero um dever grande manter a Cullen’s na linha.

Sim concordo que a morte do papai foi um baque, mas já se passaram três anos. Como ajudamos a mamãe antes, faremos agora.

Meu desaparecimento e a perda do bebe, foram coisas que planejaram para nos. Pessoas ruins que queriam nossa mal, Tânia Jéssica e Heide já foram condenadas. Nosso próximo passo é investigar Jean e tentar prende-lo. – A aconcheguei em meus braços e comecei a fazer cafuné em sua cabeça.

- Fica comigo essa noite amor.

- Mas eu estou com você.

- Eu preciso de você Edward. Preciso sentir ter seu amor, preciso sentir nossos corpos em um só.

- Tem certeza? E quanto a sua dor, tenho medo de machucá-los.

- Nós estamos bem, eu garanto. – Ela falando desse jeito, não havia como resistir.

Apenas desci as alças de sua camisola e a tirei com delicadeza. Enquanto isso Bella se encarregava de abrir meu roupão.

Ela estava tão frágil diante das minhas mãos, que parecia que qualquer ato brusco poderia machucá-la. Beijei seu pescoço, ombros, barriga, e percorria minhas mãos em toda extensão do seu corpo.

- Pare de me torturar amor, eu não agüento mais. – Tirei então a ultima parte de nos impedia de sentirmos um ao outro.

Nos amamos devagar, intensamente e de igual para igual. Pudemos sentir um ao outro e esquecer de todas as coisas ruins do mundo.

Bella me correspondia, nos encaixávamos juntos, como nunca aconteceu com outra mulher. O destino nos uniu de maneira fantástica, só cabia a nós conservar esse amor.

Paramos quando ambos já estavam exaustos.

- Obrigada meu amor. – Bella disse me dando mais um beijo.

- Eu que tenho que agradecer todos os dias por você ter me aceitado. Mesmo com todos os defeitos que tenho.

- Todos nós temos defeitos amor, mas o importante mesmo é exaltarmos as qualidades. O que você com certeza têm de sobra. Um ótimo homem, marido, filho, e principalmente um ótimo pai.

- Como eu te amo. Você é perfeita para mim.