Breaking Dawn a Transformação escrita por Ludmilaaa


Capítulo 2
Capítulo 1 - Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Bem é isso.



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A luz da Lua e das estrelas eram tudo o que iluminavam aquele lugar. A calmaria do barulho das ondas era suave enquanto eu deixava meu anjo de nos braços de seus sonhos. Era muito estranho ouvir apenas os sons da natureza e nenhum pensamento humano, pois o único em que eu faria tudo para poder escutar, era guardado a sete chaves. Minha esposa sempre seria o maior dos mistérios pra mim. Os mais fascinantes deles. Sorri ao pensar: Minha esposa... Era simplesmente libertador poder pensar assim, sabendo que nós éramos um do outro, pela eternidade, sabendo que nós agora poderíamos viver juntos deixando todos os problemas traz.

Com um beijo em sua testa, me levantei pegando um papel e escrevendo um bilhete para Bella, afinas de contas fazia bastante tempo que eu não caçava e, por mais que eu quisesse muito nada mais do que ficar aqui com ela nos meus braços, eu precisava disso, por mim e pela segurança dela.

Espero que você não perceba a minha ausência, mas se notar, eu vou estar de volta bem rápido.

Eu só fui para o continente caçar. Volte a dormir e eu vou estar aqui quando você acordar de novo. Eu amo você.

Dobrando o papel e endereçando a Sra. Cullen eu me resignei a deixar sobre os travesseiros e com mais um beijo na testa da minha esposa – a Sra. Cullen – eu me coloquei em direção ao continente, para o mais rápido possível voltar para ela: Minha Bella.

Enquanto entrava no oceano em busca das florestas do sul, ficava impossível não me lembrar de nossa primeira noite na Ilha. Do meu nervosismo em não saber como fazer aquilo que tanto queríamos, mas que podia ter se tornado numa catástrofe muito pior do que as marcas que minha força excessiva deixou em seu corpo. Seu corpo... só de pensar nele eu já queria retornar pra Bella. E adiar a caçada mais um pouquinho... Eu sabia que não devia pensar assim, mas não conseguia evitar. Eu tinha desenvolvido mais uma dependência dela. Além de seu cheiro, seu sangue, seus sorrisos, sua voz eu agora dependia do seu corpo pra sobreviver, como um humano precisa de ar eu precisava dela fisicamente o mais próximo possível, era dolorosa essa separação mesmo que por um espaço curto de tempo.

Chegando a floresta pra caçar me deixei levar pelos instintos para me alimentar e poder voltar...

_X_X_X_

Boa parte da manhã já se passava quando eu cheguei à praia da Ilha de Esme e o silencio reinava ainda de dentro da casa. O sono de Bella andava diferente, ela agora dormia muito mais do que quanto estava em Forks, como se para provar meu ponto, cheguei a casa, tomei banho e troquei as roupas e Bella ainda dormia como um anjo, fazendo tudo o mais rápido possível para poder tê-la novamente nos meus braços, deitei na cama envolvendo meus braços ao seu redor quente e macio.

Senti seu corpo reagir: a mudança nos seus batimentos cardíacos e sua respiração me dizia que ela estava despertando.

"Me desculpa," murmurei quando passava a mão sobre a testa úmida dela. "Grande meticulosidade planejando. Eu não pensei no quão quente você ficaria enquanto eu estava fora. Vou instalar um ar-condicionado antes de ir uma próxima vez."

"Com licença!" ela ofegou, lutando para sair de meus braços.

Eu a larguei automaticamente, preocupado com sua reação. "Bella?"

Ela não me respondeu, correu para o banheiro cobrindo a boca com a mão. Eu segui atrás dela enquanto via ela se sentindo tão mal se debruçava na privada e vomitava violentamente.

"Bella? Qual é o problema?" Eu me perguntava o que podia ter acontecido naquela noite para que ela passasse tão mal daquele jeito... Bella, porém, parecia não poder responder ainda. Eu sustentava seu peso e segurava seu cabelo longe do seu rosto, esperando até ela pudesse respirar de novo.

"Droga de frango estragado," ela resmungou.

"Você está bem?" Eu não deveria ter me distanciado dela, justo quando ela precisou de mim. Eu a deixei sozinha nessa ilha.

"Estou," respondeu ela, com a voz abatida, cansada. "É só comida estragada. Você não precisa ver isso. Sai daqui." Ela falava enquanto tentava inutilmente me afastar daqui.

"Não facilmente, Bella." Não havia possibilidade eu me afastar enquanto ela passava mal daquela forma.

"Vai embora," disse ela de novo, lutando para se levantar Eu a ajudei enquanto ela ainda tentava me empurrar, o que foi prontamente ignorado.

Após Bella terminar o de escovar os dentes, eu a levei para cama, pensando sobre as diversas possibilidades do que ela poderia estar tendo.

"Comida estragada?"

"É," ela afirmou, a voz ainda embargada. "Eu fiz um pouco de frango ontem à noite. Estava com um gosto ruim, então eu joguei fora. Mas antes eu comi um pouco."

Aquilo fazia sentido ela poderia ter ingerido comida ruim e passado mal, mas ela ainda tinha um aspecto ruim, estava mais pálida que o normal, me lembrava quando ela desmaiou no dia da Tipagem Sanguínea há tempos atrás.. "Como você se sente agora?"

Ela hesitou um pouco antes de responder: "Bem normal. Com um pouco de fome, na verdade."

Eu achei por bem faze-la esperar pelo menos uma hora antes dela tentar ingerir algo novamente fiz também Bella beber água, pois ela tinha vomitado muito e certamente poderia estar desidratada. Só após isso, fritei ovos que ela devorou prontamente. Ela parecia normal só um pouco cansada, o que era normal após o mal-estar.

Eu liguei a TV na tentativa de distraí-la e também que ela acabaria adormecendo para se recuperar totalmente do enjoo. Eu a deitei sonolenta em meu colo.

O que pareceu não funcionar, pois em poucos minutos se virou. Assim então, pulou para longe com sua mão apertada contra a boca em direção a pia da cozinha. Eu segurei o seu cabelo mais uma vez.

"Talvez nós devêssemos voltar pro Rio, ver um médico," sugeri nervoso, enquanto ela estava lavando a boca depois.

Então assim como que eu imaginei que ela diria, falou "Eu vou ficar bem assim que escovar os dentes."

Então Bella correu para o quarto e eu fiquei na cozinha ponderando quais seriam as melhores atitudes para a situação. O melhor seria voltarmos para o Rio para ela ser checada por um especialista e seguir diretamente para Carlisle que poderia e dar um quadro geral da saúde dela e eu ficaria mais tranqüilo.

Pensar em Carlisle me fez pensar em Alice. Porque ela não entrou em contato comigo quando viu Bella passar mal. Ou será que ela não viu? Ou ainda, decidiu que não era grave e preferiu não ligar. Essa possibilidade me deixava mais calmo. Fui à direção ao quarto pra dizer a ela que achava melhor voltar pra Forks e bati na porta.

"Você está bem?" eu perguntei ainda atrás da porta. "Você vomitou novamente?"

Sim e não," ela disse, sua voz parecia estrangulada.

"Bella? Posso entrar, por favor?"Seu tom de voz me preocupou. " Tudo... bem?"

Eu entrei olhei pra Bella, sentada de pernas cruzadas no chão do lado da mala, e a sua expressão, vazia e assustada. Sentei ao seu lado, colocando minha mão na sua testa na mesma hora.

"Qual é o problema?"

"Quantos dias se passaram desde o casamento?" ela perguntou, parecia em choque.

"Dezessete" respondi tentando encontrar sentido na sua pergunta. "Bella, o que é?

Ela levantou um dedo, avisando-me para esperar, como se estivesse ponderando algo, contando talvez.

"Bella!"sussurrei após alguns segundos. "Eu estou ficando nervoso."

Ela respirou fundo e alcançou a mala, procurando e levantou a caixinha de absorventes como se aquilo explicasse tudo.

Eu não conseguia ver qual era seu ponto. " O quê? Você tá tentando me dizer que essa doença é TPM?"

"Não," ela sussurrou parecia ter dificuldades para falar. "Não, Edward. Eu estou tentando dizer que a minha menstruação está cinco dias atrasada."

Então a compreensão caiu em mim. O que Bella queria dizer era que bem... Ela achava que estava grávida.

Eu não conseguia pensar, não conseguia responder, não conseguia articular nenhuma frase ou qualquer coisa que fizesse sentido. Como isso poderia ser possível?

"Eu não acho que foi comida estragada," Ela completou.

Então eu comecei a pensar nas possibilidades tinha que haver alguma doença que tivesse esses sintomas, alguma mudança no metabolismo dela provocado pela mudança de ambiente. Bella não poderia estar grávida, não de mim, afinal de contas eu era um vampiro, pelo amor de Deus, como ela poderia engravidar de mim?

Enquanto eu não conseguia reunir forças para reagir, Bella se levantou e começou a analisar sua barriga, onde agora existia uma pequena marcação arredondada muito distinta.

"Impossível," sussurrou.

Eu não podia imaginar se aquilo estava realmente acontecendo pois vampiros não podiam ter filhos, eu sabia disso, meus pensamentos foram logo para Tânia e seu longo histórico de envolvimento com mortais. Mais ainda, pensei em Esme e Rosalie e seu sofrimento de décadas por não poder ser mãe, então como era possível que minha relação com Bella gerasse descendência?

Porém pensando melhor, um corpo de uma mulher humana poderia mudar para adaptar o crescimento o que não era possível em vampiras, então como adivinhar que os vampiros poderiam se reproduzir, como eu poderia saber disso?

Eu comecei a fazer as contas, se nossa primeira noite foi há dezessete dias e seu corpo já reagia como uma gravidez humana de quatro meses, a coisa iria se desenvolver de forma assustadoramente rápido. Ele seria mais forte do que ela, afinal de contas o que ela tinha no útero era como eu um monstro. Ele iria matá-la.

O que eu tinha feito?

O celular tocou, agudo e chamativo. Eu ouvia o barulho mais não conseguia pegar para atender tudo que eu conseguia me focar era no erro que eu tinha cometido ao julgar se possível fazer amor com Bella. Nenhum de nós se mexeu. Tocou de novo e de novo.

Eu sabia quem era, ou pelo menos tinha grande idéia, só poda ser Alice.

O telefone continuou tocando. Eu ainda não tinha conseguido me recuperar do choque.

Ring! Ring! Ring!

Finalmente, Bella pareceu se irritar com o barulho e começou a procurar o telefone nos meus bolsos até que finalmente ela atendeu ao telefone.

"Oi, Alice," ela disse. Sua voz ainda era tensa preocupada, mas não desesperada como eu achei que estaria. Ela limpou a garganta.

"Bella? Bella, você está bem?" A voz de Alice estava... Incerta.

"Sim. Um. Carlisle está?"

"Ele está. Qual é o problema?"

"Eu não estou... cem por cento...certa…"

"Edward está bem?" ela perguntou cautelosamente. Ela afastou o telefone e

chamou o nome de Carlisle e logo continuou, "por que ele não atendeu o telefone?" antes de que Bella pudesse responder à sua primeira pergunta.

"Não estou certa"

"Bella, o que está acontecendo? Eu vi–"

"O que você viu?"

Houve um silêncio. "Aqui está Carlisle", Ela finalmente disse.

Eu me senti tonto. Se Alice tivesse visto alguma coisa não tão grave tenho certeza que ela falaria, não esperaria Bella falar com Carlisle.

Enquanto esperei pelo segundo que levou para Carlisle falar, eu imaginava a visão

de Alice dançado atrás das minhas pálpebra.

Por alguns segundos o silencio voltou a reinar naquele banheiro. Todo o que eu ouvia era os sinais vitais de Bella numa constante.

"Bella, é Carlisle. O que está acontecendo?" A voz de meu pai sempre foi algo que me fazia muito bem, me acalmava me dava serenidade para pensar e agir corretamente.

"Eu –" Ela parecia não saber como dizer aquilo. Na verdade, meu lado covarde estava grato a Bella estar falando com Carlisle. Eu não sabia se conseguiria falar com tanta calma o que esta acontecendo. "Estou um pouco preocupada com Edward … Vampiros podem entrar no choque?"

"Ele está machucado?" a voz de Carlisle era repentinamente urgente.

"Não, não" Bella assegurou a ele. "apenas … surpreso" surpreso isso sim era um eufemismo, dos maiores já ditos por ela, pensei com ironia.

"Eu não estou entendendo, Bella"

"Eu acho ... bem, eu acho que ... talvez ... eu possa estar..." Ela respirou profundamente

"grávida".

Então eu vi a cena que me chocou ainda mais que ouvir Bella dizendo 'estar grávida', ela colocou a mão no ventre maternalmente logo após haver uma contração pequena em seu abdômen. Passaram longos segundos até meu pai voltar a falar.

"Quando foi o dia do seu último ciclo menstrual?"

"Dezesseis dias antes do casamento". Respondeu ela com certeza.

"Como você se sente?"

"Esquisita," ela lhe disse, e a sua voz quebrou. Então eu vi as lágrimas escorrerem por sua face. "Isto vai soar maluco – olha, eu sei é cedo para isso. Talvez eu esteja louca. Mas estou tendo sonhos grotescos e comendo o tempo todo e gritando e vomitando e … e … juro algo se moveu dentro de mim agora mesmo"

A possibilidade dela já estar sentindo dor por causa do monstro dentro dela fez eu consegui encara-la pela primeira vez.

Ergui minha mão para o telefone, pedindo silenciosamente para ela me passá-lo para mim.

"Um, eu acho que Edward quer falar com você" ela disse com a voz baixinha.

"O coloque na linha" Carlisle falou com uma voz estranha.

Eu Não estava inteiramente seguro se poderia falar, mas me forcei mesmo assim.

"Isso é possível?" eu perguntei.

Carlisle então disse:

"Sim filho, é possível. É a única explicação plausível para os sintomas de Bella. Nós ficamos preocupados quando o futuro de Bella desapareceu para Alice. Por isso ligamos. Mas por agora você tem que se acalmar sua esposa precisa de cuidados médicos. Não sabemos como será a gestação. Como ela afetará o corpo de Bella, então, por favor, volte para Forks o mais rápido possível. Verificaremos como o feto está. Não há nada cientificamente comprovado quanto a ele. Estamos no escuro."

Minha garganta pareceu se fechar com a última frase dele. Mas minha real preocupação era: "E Bella?" perguntei envolvendo um braço em volta dela puxando-a pra perto de mim. Carlisle respondeu com a voz tensa.

" Eu não posso afirmar nada, Edward. Como eu já disse não há nada cientificamente comprovado, não há outros casos como esse. Daremos a Bella a melhor assistência possível. Mas tenha fé meu filho, tudo ficará bem. Só venha para casa o quanto antes. Nós os aguardamos .

"Sim, sim. Eu vou" respondi e em seguida desliguei o aparelho. Tentando pensar claramente como arranjar nossa volta o mais rápido possível.

"O que Carlisle falou" Ela me perguntou assim que desliguei o telefone.

"Ele acha que você está grávida" Respondi a ela.

"Para quem você está ligando agora?

"Para o aeroporto. Estamos indo para casa". Respondi já ouvindo a gravação do atendimento eletrônico.

Fiquei ao telefone durante mais de uma hora, exigindo que a atendente me arrumasse uma viagem de ida para Houton e lá arrumaríamos uma escala para Seatle, não me importava que estivessem com dificuldades, eu precisava ir para casa hoje. Após ter ido mais uma vez para outro atendente – pois eu não estava cooperando com serviço de atendimento – eu comecei a arrumar as malas para sairmos dali, estava tão irritado comigo, tão culpado que não conseguia articular palavras para dizer a ela o quanto eu sentia muito por tudo aquilo. Que eu devia ter sido mais responsável e não ter feito aquele acordo antes de pensar em todas as conseqüências do meu ato. Eu joguei um conjunto de roupas em cima da cama para Bella se trocar. Eu continuei discutindo mais uma vez com um novo atendente que eu precisava ir para os EUA.

Uma hora e quarenta e sete minutos depois eu finalmente consegui com um reencaixe para o vôo que sairia hoje para a noite, portanto teríamos de nos apressar. Tão entretido com o telefone e nervoso que estava não notei Bella sair do quarto. Ela era minha prioridade eu deveria cuidar dela, deixar meus ataques de pânico para mim.

Eu não podia lidar com algo que a fazia sofrer, minha dor nada era comparada ao seu sofrimento. Porém eu precisava me manter frio o suficiente para que ela não me odiasse tanto quando esse pesadelo acabasse.

Então segui para a cozinha atrás de Bella e a cena que assisti, mais uma vez fez eu me senti ainda pior: Ela estava encostada na pia da cozinha com a mão no ventre enquanto lágrimas silenciosas brotavam de seus olhos, por minha culpa.

"Bella?" chamei ao chegar na cozinha. Ela não me respondeu. Só me encarava com olhos tristes, a expressão em seu rosto agoniada.

."Bella!" Cruzei a distância entre nós e perguntei e sentindo tão culpado. "Você está sentindo dor?"

"Não, não"Eu a abracei, talvez ela não me odiasse ainda. Poderíamos recomeçar da onde paramos, poderíamos ficar bem novamente, ela iria me perdoar . "Não tema. Estaremos em casa em dezesseis horas. Você ficará bem. O Carlisle estará pronto quando nos tornamos lá. Cuidaremos disto, e você ficará bem, você ficará bem."

"Cuidar disto? O que você quer dizer?" Ela parecia confusa.

A olhei nos olhos, e fiz minha promessa "estamos indo tirar isso antes que

ele possa machucar qualquer parte de você. Não fique assustada. Eu não deixarei

isso te machucar "

"Essa Coisa ?" Eu respirei.

Não havia mais tempo para essa discursão, então eu ouvi a aproximação de um Barco, ainda distante: "Droga! Eu esqueci que Gustavo viria hoje. Vou me livrar os ele já voltarei." E fui à direção da porta.


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Notas finais do capítulo

Por favor,esperando comentarios!
Ludmilaaa