Sam e eu saímos do banheiro e voltamos para o bar. Pedimos aquela bebida com gelo seco novamente e bebemos meio entediadas. A festa estava bombando e a gente lá, na fossa. Como num passe de mágica, começa a tocar ‘Everytime we touch’ da Cascada.

- AAAAAA, vamos dançar, Sam! – dei a louca. Minha música preferida estava tocando. A puxei e fomos para a pista. Levantei os braços, fechei os olhos e deixei a batida me levar. Era a versão remixada, a melhor. Dancei como nunca havia dançado na vida. Sam tinha se jogado também. Estávamos felizes. A música mudou para J-music. Agora tocava ‘Melody.exe’, Vocaloid. Eu dançava e cantava. Até que escutei uma voz no meu ouvido.

- Gosta de música japonesa?

- Aham, muito! – ainda de olhos fechados sorri para a voz.

- Quer dançar comigo? Eu também gosto de Vocaloid.

Abri os olhos e vi um cara que parecia ter saído de uma banda de visual kei. Cabelos pretos com mechas vermelhas, pele muito branca e um sorriso perfeito. Fiz que sim com a cabeça e fizemos uma coreografia digna de anime. Quando a introdução de ‘Hare hare yukai’começou, dei um gritinho e comecei a dançar. O garoto me acompanhou, perfeitamente. De repente, sem mais nem menos, ele me beijou. Eu corei, mas retribui. Nos separamos e eu olhei profundamente nos olhos dele e o reconheci. Era Yu, um garoto que fizera cosplay de Kaito e que eu havia perseguido durante um evento de anime. Ele e mais quatro amigos fizeram grupo e participaram da competição. Ganharam merecidamente, então peguei o MSN dele. O achei bem bonitinho, mas éramos tímidos demais para rolar alguma coisa. Sorri e fomos nos sentar.