A profecia

Decidi ignorá-las também, pelo menos por enquanto. Se elas não se metessem comigo eu não me meteria com elas, mas, caso elas fizessem alguma iam pagar muito caro!

Coloquei um shorts e uma blusa regata soltinha junto com minha sapatilha, prendi meu cabelo em uma trança e sai do chalé deixando as Caçadoras para trás. Não sabia o que fazer hoje, provavelmente Ártemis já teria ido embora e Apolo também, queria agradecer por ontem, por mais que ele seja irritante o que ele fez ontem me ajudou muito.

Vi Annabeth correndo em minha direção e acenei para ela.

- Esta tudo bem? – Perguntei quando ela chegou ofegante. Considerando que ela era uma filha de Athena, o fato de estar ofegante só podia significar que ela estava correndo a muito tempo e bem rápido, em outras palavras, estávamos com problemas

- Vim te chamar para ir na casa grande. Quiron quer que você visite o oráculo. – eu suspirei aliviada, era só para visitar o oráculo, nada de problemas, eu acho.

- Ah...okay. Vamos? – eu sorri solidaria, ela correra tanto só para me dizer isso.

Ela respirou fundo.

- Vai indo na frente, Okay? Preciso me recuperar. – ela suspirou e deitou na grama. – Aí aí

- Claro, te vejo lá. – eu sai correndo, não tinha que me preocupara com Apolo me vendo descabelada e... Pera aí, o que eu estou pensando?

Caminhei em direção a Casa Grande, boa parte dos campistas estavam treinando, alguns estava, arrumando as coisas do jantar desastroso de ontem que havia sido feita para a minha querida mamãe. Percebeu o sarcasmo?

Na Casa Grande estava não apenas Quiron e Sr.D como também Apolo que estava conversando com uma menina bonita. Ela era alta tinha o cabelo castanho, vestia um shorts curtinho preto com uma blusa do acampamento com algumas coisas escritas com glitter que eu não conseguia identificar, ela estava com um allstar preto com cadarços laranjas florescentes. Ela era bonita e er....um tento colorida.

- Oi! – Cumprimentei todo mundo já que eu sou uma pessoa muito educada.

- Oi Pallas! – Disse Quiron animado.

- E ai gatinha!? – Ganha um prêmio quem adivinhar quem foi. Apolo. Claro!

Revirei os olhos e não respondi. Olhei para o Sr. D esperando ele dizer alguma coisa, mesmo que não ligasse para os campistas ele bem que podia repreender Apolo.

- Tanto faz. – No dia em que o Sr.D for educado com alguém eu me caso com Apolo! E ainda tenho gêmeas. Ou seja, isso nunca vai acontecer.

Antes que eu perguntasse quem era aquela figura colorida Apolo a apresentou.

- Gatinha essa é minha filha Alexa, Alexa filha essa é a sua futura madrasta. – Bufei e bati nele. Alexa riu da desgraça do pai. - Não bate que eu gamo amor.

- Como você agüenta? – Perguntei para Alexa. Eu só conhecia ele a alguns dias, ela o conhecia a anos

- Sinceramente, não sei. – Rimos juntas. – Acho que é só ignorar, minha querida madrasta. – nós continuamos a rir, mas não posso mentir que fiquei “p” da vida com a historia da madrasta.

- Bem, agora que já acabou as apresentações que tal você ir de uma vez até o oráculo? – Senhor D. incoveniente como sempre, disse.

- Se eu soubesse onde é eu tenho que ir.

- Suba as escadas até o final, é no porão. – Respondeu Alexa.

- Obrigada. – Sorri para ela. Ela era simpática, apesar de ser filha daquele ser ensolarada, arrogante, bonito, carinhoso e... O que eu estou falando? Acorda Pallas.

Subi as escadas como ela me indicou, o porão era como um quarto grande e cheio de caixas com coisas velhas e provavelmente esquecidas. O que se destacava era uma múmia muito er...bizarra. Me aproximei sem saber o que fazer, eu tinha que perguntar para ela? Tomara que não, apesar de ser uma vampira e uma meio sangue, falar com um múmia  parecia bizarro demais para mim. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa uma fumaça verde começou a sair de sua boca.

"tres mestiças e tres semideusas devem a missao seguir
O sorriso de volta uma vai conseguir
Tres morreram, tres culpadas se sentiram
Uma em caçadora se transformara
E As outras ao lado de seus amoram vão ficar."

Por Nix e seu consorte Erebus! Tomara que não estivessem se referindo a mim e minhas amigas.

***

  Eu comecei a correr, e nem liguei quando todos gritaram perguntando o que havia acontecido. Eu estava com medo, medo não, eu estava apavorada. Algo de muito ruim estava para acontecer, eu podia sentir.

   Eu esbarrei em alguém e cai, puxando ela, ou melhor elas, para o chão.

   - Vê por onde anda, sua... – a garota loira parou assim que viu quem era. – Me desculpe, você é Pallas, não é?

  - Sou sim e vocês são...

  - Sou Ever, filha de Aphrodite. – a outra respondeu, detalhe eu disse que ela era gêmea? – e a louca aqui é a Danna, minha irmã.

  - Prazer. – eu sorri e vi Danna lançando um olha mortal para Ever. – Desculpe ter atropelado vocês, eu não as vi.

  - Sem problemas. – Danna disse, eu me levantei e as ajudei a levantar. – Foi um prazer conhecê-la, mas temos que ir, vamos andar um pouco nos nossos pegassus, quer vir?

 - Seria legal, mas... Eu tenho que ir em algum lugar, mais tarde passem no meu chalé, ai agente conversa.

 - Okay.

   Nós nos despedimos e eu sai andando, ou melhor, voltei a correr, estar correndo me dava uma sensação de liberdade incrível, eu adorava aquilo.

  Esbarrei em alguém, de novo, e cai de novo. Estava prestes a xingar a pessoa quando eu vi quem era, e ai bati nela, ou melhor, nele.

  - Apolo seu idiota.

  - Calma. – ele me ajudou a levantar e me roubou um selinho. – Por que tanta raiva.

 - Desculpe, eu não quis... – ai ele me beijou de novo. – Dá para parar de...

 - Roubar seus beijos?

 - Isso ai.

 - Então diga na minha cara que não gosta de me beijar, ai eu juro que nunca mais nem se quer toca em você. – eu olhei para ele, aqueles olhos suplicavam que eu dissesse que gostava dele, o que não era mentira, por outro lado eu ainda não sabia verdade.

- Gosto de te beijar, mas peça da próxima vez.

- Okay. –ele mordeu os lábios, como alguém que estava muito ancioso, depois de um tempo ele disse – Posso te beijar?

 - Não

 - Agora entendeu por que eu não peço?

- Se você se comportar eu juro que mais tarde te deixo dar um selinho em mim. – eu sorri.

- Só um selinho? Eu tenho algumas outras idéias em mente...

- Pervertido.

- Eu sei. – ele riu e me puxou pela cintura. – Você tem visitas, muitas visitas.

- Quem são? – eu realmente me surpreendi, que podia ser?

- Confia em mim?- ele levantou a sobrancelha esquerda.

- Até certo ponto acho que sim. – eu assenti e ele não consegui esconder o sorriso.

- Então fecha os olhos e me abraça. – eu fiz o que ele mandou e em seguida eu perdi o chão.