Sorrisos de Guache escrita por IsaS


Capítulo 13
CAPÍTULO 12º


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI! Mas tô aqui! ;D



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CAPÍTULO 12º

         Os raios de sol passavam pelas cortinas da sala. Abri os olhos lentamente e não senti o corpo cheiroso que havia adormecido ao meu lado naquela noite. Suspirei pesadamente, eu odiava acordar sem Edward. Mas ele tinha sua vida para cuidar, e enquanto não nos resolvêssemos, eu seria tratada como a outra. Mas eu aceitava de bom grato, se fosse para ter Edward Cullen em minha cama, me enlouquecendo, misturando seu cheiro ao meu, me viciando cada vez mais às suas investidas dentro de mim.

\t    Sentei-me na cama, sentindo o frio acariciar minha silhueta nua e arrepiar os pêlos de meu corpo. Enrolei-me ao lençol que ainda continha o cheiro de Edward e levantei, caminhando resignada para o banheiro. Passei pelo corredor lentamente, e me surpreendi com isso. Normalmente, eu apressava os passos naquela parte do apartamento. Entrei no chuveiro e lavei os cabelos.

– Não acredito... – murmurei ao telefone com Alice. – Como é?!

– Isso mesmo que você escutou! – disse irritada. – Edward abriu o jogo comigo por essa manhã.

– Que jogo? – ouvi a voz de Emmet do telefone, perguntando o que eu temia que ela respondesse.

– Vai cuidar da sua vida, Emmet! – berrei no telefone.

– Arg! Bella, ainda quero ter audição para escutar toda essa farsa de sua própria boca.

– Ah! – gemi de horror. – Você vai me matar!

– Vou! – parecia estar sorrindo e eu suspirei. – Me espere em sua cafeteria. Vou levar uma corda para te amarrar enquanto te espanco.

– Ah, não vai precisar. – garanti. – Depois desse vexame, quero que você, não só me espanque, mas também me queime, depois me torture mais uma vez. Vou ter um sorriso no rosto enquanto tudo acontece, pode crer.

– Você que pediu. – sorri um pouco preocupada, ela já havia desligado. Será que ela havia levado à sério a ultima parte...?!

\t    Mais que depressa, vesti uma das calças jeans que Alice havia me comprado, enfiei-me numa camiseta branca simples e na minha jaqueta de couro. Coloquei as botas e saí, tentando não cair nas calçadas esburacadas de Londres. Saquei o celular de um dos bolsos da jaqueta e disquei o número de Edward.

– Querida? – trinquei os dentes quando ele atendeu com um fingido tom ingênuo.

– Seu idiota! – grunhi. – O que você disse à Alice?

– Ora, Bella! Ela me pressionou! – eu suspirei. Não o culparia, pois sabia bem o que era ser aterrorizado por Alice Cullen. Quase me arrependi de lhe pedir que me torturasse. Acendi um cigarro. – Eu sinto muito. Eu sei que você queria que estivéssemos em segredo e tudo mais...

– Olhe, só Alice sabe, não é?

– Sim. – eu sorri. – Pelo menos, eu contei apenas a ela.

– Vou... tentar contornar as coisas.

– Boa sorte. – ele pareceu suspirar. – Não quero que isso termine.

– Nem eu. – estralei um beijo no fone e o guardei. Estava na hora da morte.

– Bom dia, Bella. – Angela me cumprimentou. 

– Olá. – respondi, acenando para as outras serventes. – Vou esperar uma amiga por aqui. Finjam que não estou, por favor.

– Bom... – Jessica coçou a nuca em dúvida, e visivelmente envergonhada. – Sei que não é da minha conta, mas se está falando da Srta. Alice, ela já está aqui, te esperando.

– Ah. – foi o que consegui responder. Andei entre as mesas e parei em frente a que sempre sentávamos juntas. Era a mais afastada de todas, encostada ao vidro, quase escondida. Sentei-me a sua frente e esperei.

\t    Alice mantinha o rosto tenso, os braços cruzados no peito, e apesar de seus olhos estarem cobertos pelos óculos escuros, podia senti-los me avaliando. Meus dedos tamborilavam impacientes em minha coxa, minha mente se torturava, e eu me via sem escapatória. Engoli em seco, tentando desenformar o bolo que havia em minha garganta.

– Então... – tentei começar.

– Traidora.

– Alice...

– Mentirosa.

– Alice.

– Dissimulada.

– Alice!

– Como pôde Isabella? – ela arrancou os óculos sem paciência, e pensei se não seria um problema se ela tacasse seus Dior no chão. Mas acho que não.

– Nem eu sei. – admiti e baixei a cabeça. Senti meus olhos úmidos, e não enxerguei mais nada. Pousei minha testa no tampo da mesa e esperei pelo resto da bronca.

– Bella. – não respondi. – Bella?

\t    Não estava disposta a responder nada. Deixei que meus sentimentos me traíssem na frente de minha amiga. Talvez Alice tenha percebido que eu não iria responder nada.

– Olha, eu não vou mentir. Estou muito decepcionada com você e Edward. Quer dizer, você quase me comeu viva quando eu insinuei que estavam tendo um caso. E agora, me vêm com essa novidade.

– Mas Alice, na época, não tínhamos nada. – resolvi abrir minha boca. Levantei a cabeça com o resto de dignidade que tinha, e tentei nos defender. – Não sabe o quanto é difícil deixar que Edward durma na cama que Jacob ocupava comigo. Quer dizer... não está sendo fácil aceitar isso tudo para mim também. Por isso não contamos nada a ninguém.

– Bella, não se faça de coitada. – trinquei os dentes.

– Se é isso que você acha... – dei de ombros, extremamente irritada. Relaxei minha postura na cadeira e cruzei meus tornozelos, tentando me fazer indiferente. Mas minha expressão não estava vazia. Estava cheia de dor, de tristeza por ouvir isso da boca de minha amiga, de raiva de Edward. Eu estava cheia de lágrimas.

– Desculpe, não era o que eu queria realmente dizer. – ela suspirou.

– Mas a questão não é o que você diz. – Alice olhou em meus olhos, e percebi que pode ver tudo o que eu sentia na hora. – É o que você pensa. Se me acha uma coitada, desista de mim. Vá embora, conte a todos sobre essa suposta ‘traição’ e deixe-me viver em paz com o seu irmão.

– Fico me perguntando o porquê sempre falo as coisas erradas.

– Talvez porque você seja idiota. – dei de ombros, mania que havia adquirido de Edward, mas que já praticava com freqüência.

– Talvez. – concordou sorrindo. – Acho que estou brava pelo motivo errado. – levantei as sobrancelhas, surpresa. – Acho que estou mais brava por você não me contar que sou sua cunhada do que por você estar com meu irmão, ou estar sofrendo, ou estar escondendo isso de todo mundo...

– Alice, não estamos casando para eu ser sua cunhada. – suspirei cansada e envergonhada. Será que todo mundo falaria de meu relacionamento com Edward dessa forma?

– Ainda. – ela sorriu e pensei no que Edward havia respondido a minha mãe, no dia anterior. – Soube de seu reencontro com sua família.

– Você está por trás disso tudo. Então, poupe-me desse lenga-lenga. – Alice sorriu marota, enquanto eu trincava os dentes mais uma vez.

– Compras? – sorriu.

– Serei acompanhante. – apontei-lhe um dedo, já a avisando de minha condição.

– Ou Barbie Londres. – eu sorri e fomos em direção ao centro.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que demorei, mas espero que me perdoem. Também espero reviews, afinal de contas, eu os amo! Beijos a todos, e até maaaaais. (: