No capitulo anterior…

Voltei a levar minha mão aos seus cabelos, o ferimento em meu pulso já havia se fechado novamente, seja lá o que tinha no meu sangue, agia muito rápido.

- Edward? – O chamei em um fio de voz. E como resposta pude ouvir um som que nunca havia ouvido antes, completamente novo e extremamente reconfortante.

O som dos batimentos fracos do coração de Edward.

Despertando.

~~{Pov Edward}~~

Bella.

Onde ela estava? Eu me contorcia em agonia preso em algum lugar de minha própria mente. Era completamente desesperador saber que ela corria perigo. Saber que poderia estar machucada ou pior do que isso. Morta.

Tentei novamente me mover... Ao menos um braço... Mas nada! Não conseguia. Era como se não houvesse nada lá, com se eles não existissem.

Perguntei-me se já estaria morto, afinal se não podia sentir nada eles poderiam me queimar tranquilamente e eu nem me daria conta disso, mas tudo isso era secundário, não importava realmente.

A dor de imaginar Bella sofrendo, de ela simplesmente deixar de existir, mesmo eu não estando mais ao seu lado era excruciante.

Tentava incansavelmente me mexer sair dali, mesmo sabendo que seria inútil, já havia ouvido historias do que o veneno de lobisomens fazia a nós. 

Poderiam ter se passado segundos, minutos, horas eu não sabia... Mas depois de algum tempo senti um leve formigamento em minha garganta e em meus lábios, não sabia o que era aquilo, mas era bom, muito agradável.

O leve formigamento parecia ficar cada vez mais intenso e então começou a diminuir... tornando cada vez  mais leve para logo depois parar completamente fazendo me ficar inquieto, a sensação era boa e não queria que acabasse.

E para minha completa surpresa a deliciosa sensação voltou, mas dessa vez não permitiria que acabasse, só então percebi que aquilo tudo era o efeito de algum liquido quente que descia por minha garganta, sem que eu percebesse comecei a sugar aquilo instintivamente ao mesmo tempo que notei que podia sentir o ar a minha volta, ainda não conseguia me mover, mas podia sentir tranquilamente a brisa leve passando por meus cabelos, a mão de alguém apoiada em meu peito por cima da camisa, e então lentamente comecei a ouvir uma respiração alterada, que só poderia ser de Bella.

Mas seria ela mesma? Agarrei-me com todas as forças ao ultimo fio de esperança que me restava, ao ultimo caminho de volta que parecia existir.

Não sabia o que era aquilo que passava por minha garganta, mas podia perceber que era aquele liquido que fazia meu corpo formigar e recobrava os meus sentidos lentamente. Consciente disso suguei ainda mais com toda força escassa que eu possuía.

Foi então que aquele formigamento que parecia correr violentamente por todo meu corpo parou de repente.

Senti que alguém passava lenta e delicadamente a mão em meus cabelos, agora sem a distração do que estava acontecendo com meu corpo, percebi pela primeira vez que o aroma da pessoa que estava ao meu lado era de Bella.

- Edward? – sua voz doce e musical chamou-me, surpreendendo-me ao ouvir o som do meu próprio coração dando um salto em meu peito e que agora batia cada vez mais forte.

- Oh. – ouvi um ofego que parecia ter vindo de Renee. – O coração dele esta... – ouve um breve silencio. – Vamos levá-lo para dentro meu bem.

- O que esta acontecendo aqui? – ouvi a voz de um homem, e percebi incrédulo que era Charlie.

- Os Licosk. – Renee respondeu. – Vamos Bella, temos que levá-lo pra casa.

- Deixa. – Charlie disse. – Eu faço.

Senti o chão sumir em baixo de meu corpo e logo depois o vento passando furiosamente por mim, que indicava que estávamos correndo.

- Aqui. – ouvi a voz chorosa de Bella sentindo um aperto no peito por estar a fazendo sofrer.

Percebi que fui colocado calmamente em cima de uma cama, e em seguida senti o colchão afundar em algum lugar próximo a mim.

- Edward? Edward pode me ouvir? – Bella chamou com a voz tremendo levemente.

A angustia tomou conta de mim. Sim, eu podia ouvi-la, mas não a responder. Não conseguia.

- Bella você esta bem? A machucaram? – Charlie fez a pergunta que eu ansiava pela resposta.

- Estou bem pai. – ela murmurou.

- E... – Charlie pareceu hesitar. – E ele?

- Ele vai ficar bem... – Renee o respondeu calmamente.

- Os Licosk?

- Mortos, mas tem um desmaiado e um dos lobos conseguiu fugir.

- Eu... Vou dar uma olhada. – Charlie disse e pude ouvir seus passos saindo do quarto.

- Bella? – Renee a chamou. – Ele vai ficar bem meu amor, acho que o sangue de bruxa esta se espalhando. Ousa. O coração dele bate Bella, quer prova maior de vitalidade do que isso?

- Mas... – Sua voz estava rouca pelo choro, e novamente tentei fazer com que meu corpo me obedecesse, mas não adiantou, apesar de poder sentir tudo que se passava ao meu redor eu não conseguia nem ao menos abrir meus olhos.

- Mas nada Bella, você esta toda molhada e pálida meu bem. Precisa de um banho e de comer alguma coisa. – Renee falou, me deixando preocupado. Queria tanto poder abrir os olhos e a ver por mim mesmo...

- Estou bem... – Ela tentou acalmar a mãe.

- Não, não esta! Você precisa ter cuidado em dobro, lembre-se que ela também precisa de você. – Renee retrucou.

- Pare com isso mãe. – ela falou com uma voz cansada e levemente divertida. – Você não sabe se é ela.

- Sim eu sei. E tenho certeza que é ela. – Renee disse me deixando confuso. De quem elas falavam? Por que não diziam o nome? Quem dependia de Bella também? E por quê?

- Isso não importa muito... Eu já o amo. – Bella disse ternamente, e fiquei ainda mais inquieto. O carinho e a devoção que ela sentia por essa pessoa estavam impregnados em cada silaba de sua frase. Teria ela encontrado outra pessoa? Se… apaixonado?

- Edward? – Bella chamou-me novamente a voz tomada de surpresa.

Senti que pegava minha mão, abrindo-a e entrelaçando seus dedos aos meus.

- O que foi? – perguntou Renee.

- Sua mão se fechou em punho. – ela a respondeu. Fazendo com que eu percebesse o movimento involuntário que havia feito devido à dor e a raiva de pensar em perdê-la para outro homem.

- Edward? Você pode me ouvir? Pode abrir os olhos? – Sua voz voltou a ficar chorosa. Quebrando as palavras ao meio. – Diga que esta bem. Por favor... – implorou.

Sentindo meu peito ser esmagado por ser o culpado de fazê-la sofrer, tentei apertar levemente a mão que estava na minha.

- Ah Edward. – ela exclamou. Enterrando seu rosto em meu peito. – Esta sentindo dor? Você esta bem? – perguntou com a voz beirando ao desespero. Mas não consegui me mexer novamente.

- Bella. – Renee a chamou depois de alguns segundos de silencio. – Ele deve estar cansado meu bem. Venha. Você também tem que descansar um pouco, esta muito fraca Bella, deve ter sido uma luta difícil. Precisa se alimentar.

- Não... – protestou. – Eu vou ficar aqui.

- Ele esta bem Bella, tenho certeza. Agora vamos. Sabe que precisa se cuidar. Tem que pensar nela também.

- Mas... – choramingou.

- Shiii. Vem.

Seus dedos abandonaram os meus, e tive vontade de pedir para que ficasse comigo, mas precisava que ela ficasse bem. Odiava pensar que se ela estava fraca era por minha causa, mas era verdade.

A culpa foi minha de não ter respeitado a decisão de Aro e invadido e mente de Demetri em busca do paradeiro de Bella. Fui eu que arrisquei sua vida trazendo mesmo que inconscientemente as bruxas ao seu encontro. Eu realmente era um imbecil.

Tentei ver Bella através dos pensamentos de alguém, mas não podia ver nada.

Nunca pude ler com clareza os pensamentos de Charlie, de alguma forma só conseguia captar o teor deles, o tom... E acontecia o mesmo com Renee...

O que só me deixava como único meio de poder ver o que acontecia através dos olhos de Jane, que para minha sorte havia acabado de chegar.

- O que aconteceu aqui? – ela perguntou entrando na cozinha se lembrando dos grandes montes de cinza que estavam distribuídos no campo de frente para a casa.

- Bruxas... Lobisomens... –Renee a respondeu depois de um suspiro cansado. Deixando Jane preocupada.

- Vocês estão bem? Onde Bella está?

- Esta tudo bem Jane. Bella esta tomando banho. Ela estava completamente molhada pela tempestade que ela mesma provocou.

- Não acredito que conseguiram nos encontrar. Temos que avisar a Aro. – disse em um misto de raiva e preocupação.

- Esta tudo bem agora. E iremos voltar para Volterra amanhã mesmo. Já comprei as passagens. Inclusive uma extra...

- Extra? – Jane perguntou e Renee começou a lhe explicar tudo o que havia acontecido mais detalhadamente.

Desviei minha atenção da conversa delas assim que escutei passos próximos. Esperei alguns segundos e logo depois pude ouvir a porta sendo aberta e em seguida foi fechada suavemente, trazendo uma leve brisa ate mim e com ela o aroma de Bella.

Senti o colchão se afundando próximo a mim, e logo depois sua cabeça pousar em meu peito, fazendo com que todas as minhas preocupações desaparecessem. Ela estava ali, comigo.

- Edward? – Sussurrou.

Ouvi o som de meu coração acelerando novamente, mas ainda sem a capacidade de me mover ou abri os olhos.

- Agora posso entender. O que você dizia, sabe? Sobre gostar de ouvir o som do meu coração batendo... É... Maravilhoso, Edward. Saber... Que você ainda esta aqui... Comigo.

Como se fosse possível meu coração se acelerou mais ainda e o formigamento que sentia se intensificou em meus dedos. Eu queria tanto poder evolvê-la em meus braços e inspirar o doce aroma que seus cabelos emanavam...

Os dedos frágeis que apertavam o tecido de minha camisa se tornaram cada vez mais fraco e logo a respiração entre cortada foi substituída por uma mais profunda e calma. Bella havia dormido em meus braços.

[…]

Eu não poderia saber quanto tempo se passou, só podia ter a consciência de seu suave murmurar durante o sono e vez ou outra se aconchegando mais em meus braços, com um movimento automático, circulei sua cintura com meus braços, a trazendo mais para mim. Foi só então que percebi que havia recuperado meus movimentos. Experimentei abrir os olhos, e para minha surpresa consegui ver tudo ao meu redor, o quarto mediano com uma grande cama de casal coberta por um lençol azul claro assim como as delicadas cortinas que pendiam da grande janela do quarto, percebi tudo isso pela visão periférica, pois toda a minha atenção estava voltada para a garota adormecida em meus braços, o formigamento havia passado a um tempo e agora a única coisa que eu podia sentir era o calor que emanava de Bella.

Levei minha mão até seu rosto afastando uma teimosa mecha de cabelo que insistia em cobrir parte do seu delicado rosto que estava pálido. Ela deveria estar exausta.

Meus dedos fizeram o caminho de sua têmpora até seu queixo, fazendo meu olhar recair sobre seus lábios que há tanto tempo não sentia nos meus.

Ela se moveu levemente perdida em seus sonhos.

- Edward... – chamou-me sobre a respiração de maneira sofrida.

- Estou aqui. – Sussurrei tentando acalmá-la só para logo em seguida levar meus lábios ate a linha de preocupação que havia se formado em sua testa.

Ela piscou levemente algumas vezes, e depois levantou o rosto olhando-me com a expressão atônica. Sua boca se abriu minimamente deixando escapar a respiração por entre seus lábios e os olhos aumentaram consideravelmente.

- Edward! – exclamou fechando seus braços em meu pescoço de forma desajeitada por estarmos deitados de lado na cama.

- Estou aqui. – Repeti afagando suas a linha de sua coluna enquanto inspirava o aroma que vinha de seus cabelos.

- Pensei... – sua voz falhou – que tinha te perdido.

- Eu também. – murmurei lembrando-me do rosto de Bella tomado de desespero quando o lobisomem me mordeu. Pensei naquele momento que a tinha perdido pra sempre.

Ela se afastou minimamente colocando suas mãos uma de cada lado do meu rosto fazendo-me olhar para seus olhos castanhos marejados por lagrimas que ficaram confusos enquanto olhava para mim.

- Seus... – hesitou por um momento. – olhos.

- O que? – perguntei unindo as sobrancelhas em confusão.

- São lindos. – acho que ela percebeu que ainda não havia entendido o porquê dela ter dito aquilo, pois completou: – Estão verdes.

- Acho que eles já foram assim algum dia. – eu sorri pra ela.

Provavelmente ao ter bebido o sangue de Bella eu deveria ter adquirido algumas características de bruxo. Já havia ouvido mitos sobre isso. 

Diziam às lendas que se algum humano tomasse sangue de bruxa, ele se transformaria no mesmo. Mas é claro que nunca acreditamos, e muito menos que isso pudesse ser aplicado também aos vampiros, mesmo não sendo da mesma maneira.

Nos últimos dias eu aprendi a não duvidar de mais nada, afinal Renee era uma hibrida assim como Bella, Aro Volturi era seu avô, dias atrás eu havia lutado ao lado de transfiguradores, hoje havia sido mordido por um lobisomem e se não fosse por Bella, eu não deveria ser mais do que um monte de cinzas nesse momento.

Realmente não me surpreendia pensar que eu deveria ter me transformado em algum tipo de hibrido. Eu só precisava de Bella. Desde que ela estivesse comigo, nada disso importava.

Seus dedos acariciaram algum ponto abaixo dos meus olhos enquanto perguntava:

- Você esta bem?

- Muito bem. – respondi fechando mais meus braços ao seu redor para que ela entendesse o motivo do meu bem estar.

- Não esta sentindo nada? – perguntou sem desviar nem por um instante se quer seus olhos dos meus.

- Sim... Acho que... Serenidade. – Conclui – Você não tem idéia de como estava preocupado com você. – contei e ela bufou.

- Não deveria estar preocupado comigo. Você é que estava...

- Por isso mesmo. – a interrompi. – Eu não estava - lá para protegê-la.

- Eu é que devia ter feito isso, mas não consegui. – resmungou baixinho.

- Sim. Você conseguiu. Eu não estaria aqui se não fosse assim.

- Não diga besteiras.

- É a verdade. – murmurei e ela voltou a enterrar seu rosto no vão de meu pescoço. – O... – hesitei por um momento. – O que aconteceu? – perguntei por fim.

- Depois que você foi... – ela engoliu em seco. – mordido, Renee disse que talvez houvesse uma chance. Que talvez o sangue de bruxa pudesse de alguma forma de curar. Então... – ela deu de ombros.

- Então você me fez tomar seu sangue. – completei por ela. Eu sabia disso, na verdade queria saber o que o que havia acontecido com as bruxas e os lobisomens, sabia que alguns tinham morrido, mas não sabia da historia completa. Percebi que Bella não estava em condições de falar sobre isso agora, eu esperaria então chegar o momento certo. – Não deveria ter feito isso. – disse me referindo a ela ter me feito beber seu sangue. E se algo desse errado? E ela se machucasse?

- É claro que eu deveria! Isso não nos prejudicou em nada, nós estamos ótimos. E agora você também. – Fiz menção de revidar, mas não o fiz ao perceber o que ela havia dito.

- Nós? – Perguntei e ela corou abaixando o olhar para meu peito deixando-me ainda mais confuso.

- Sim Edward, nós. – ela disse e eu esperei pacientemente a explicação. – Eu... – Ela voltou a olhar em meus olhos, e pude ver que tinha medo neles. – Eu estou grávida.

Meu olhos se fixaram nos dela, e esperei que ela continuasse o que estava dizendo, pois as palavras ainda não faziam sentindo algum, mas ela apenas me olhava apreensiva esperando a minha reação que não veio.

Bella estava... Grávida? Mas isso seria impossível, eu era um vampiro e...

Tive vontade de me chutar por não ter percebido a possibilidade de isso acontecer antes. Afinal, Aro também era vampiro e isso não impediu que Renee nascesse. Mesmo que Bella seja em parte vampira, ela também era um pouco bruxa o que a permitia continuar com vários dos costumes e características humanas que as bruxas também possuíam.

- Edward? – Chamou-me em um fio de voz. Eu não tinha percebido que os segundos haviam se transformado em minutos enquanto ela esperava minha resposta.

Meus olhos voltaram a tomar foco, e encarei os olhos achocolatados que me fitavam apreensivos.

Passei os olhos por todos os belos e delicados traços de seu rosto que eu conhecia tão bem. Mas dessa vez a olhava de uma forma diferente...

Imaginando uma pequena garotinha de grandes olhos castanhos e com os grandes cabelos cor de mogno esvoaçando contra o vento enquanto corria livremente e pulando em seguida no colo da mãe que sorria carinhosamente para menina.

- Isso... – peguei sua mão entrelaçando seus dedos aos meus. – É maravilhoso Bella. – Completei. Minha visão embaçando, pisquei e percebi que desciam lagrimas por meu rosto. Eu chorava de felicidade.

- Edward! – ela exclamou acabando com o pequeno espaço que havia entre nós em um abraço. – Pensei... que não iria gostar.

- Absurda, como sempre. Por que não amaria nossa filha, Bella? – disse abraçando sua cintura e a puxando para cima de mim. – Esme vai adora saber que será avó. – sorri.

- Eu andei pensando em... Nomes... – ela disse sem graça.

- E em o que você pensou para a nossa anjinha? – perguntei sorrindo.

- Até você? – perguntou fingindo ultraje enquanto negava com a cabeça.

- Até eu o que? – perguntei tentando conter o riso.

- Não acredito que você também acha que vai ser uma menina! – falou infiltrando os dedos no caos que estavam meus cabelos.

- Eu tenho certeza. Vai ser linda como a mãe. – disse a fazendo a corar. – Então, em que nome você pensou?

- Renesmee. – disse.

- Renesmee? – Franzi as sobrancelhas.

- Sim. Eu meio que resolvi juntar o nome das avós dela. Re... nes...mee. – Ela disse pausadamente. – Muito estranho?

- É perfeito. – constatei. – Esme ficará emocionada.

- Renee comprou as passagens logo estaremos em Volterra e poderemos contar a eles. – ela disse sorrindo e com os olhos brilhando, fazendo com que o meu coração perdesse uma batida e seu sorriso aumentasse assim como o meu.

Virei-nos na cama tendo o cuidado de não deixar que ela sentisse o peso de meu corpo. Seu coração acelerou assim como o meu, provando a intensidade dos sentimentos que nutríamos um pelo outro.

Afastei alguns fios de cabelo que tinha pousado em seu rosto devido ao movimento que havia feito, e segui o caminho que eu conhecia tão bem até seus lábios cheios.

Meus lábios se moveram com os delas tomados de desespero que refletia toda a saudade, preocupação e amor que senti em todo o tempo que nós estivemos separados.

Já havia provado a dor de pensar ter perdido ela para sempre pela segunda vez, e sabia muito bem que de agora em diante não sobreviveria nem ao menos um dia sem vê-la. Era doloroso demais.

Senti um sutil movimento em baixo de mim e só então me lembrei...

- Esta tudo bem? – perguntei preocupado interrompendo o beijo.

- Estamos ótimos. Felizes. – Ela disse tirando minha mão de seu rosto e a levando até sua barriga, onde senti outro leve chute. – Ele esta feliz em ouvir a voz do pai. – ela disse suavemente fazendo um enorme sorriso nascer em meu rosto.

- Eu também estou muito feliz. – eu disse acariciando o leve volume que não havia percebido em sua barriga e recebendo outro pequeno movimento como resposta.

Depositei um beijo em sua testa e não pude deixar de me perguntar se dessa vez tudo iria ficar bem.

~~~~*~~~~*~~~~*~~~~