Meu Coração é eternamente Seu! escrita por Danyny


Capítulo 13
A verdade.


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado a: juhpatty, thafilla, Leticia-Cullen, Natyfofy, Josy_Pattz, Carol_Cullen, Nahila, Desribeiro, RosangelaPaiter, Sarah_Volturi, Nik_94751091201, Anna e Edward, MarinCullen, sakura25111213, Julyah e AmandaMaciel!

Sejam bem vindas: TamihCullen, naanring e Laays!

Obrigado AMEI cada um deles! *.*

Boa leitura! As notas finais são importantes!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93062/chapter/13

Capitulo: 13 A verdade.

Pov Edward.

Eu não estava muito certo de que realmente tudo aquilo estava acontecendo. Mas estava.

Eu estava pronto para finalmente acabar com aquela dor, quando eu ouvi a voz de Aro chamando por Alec para que ele pudesse tirar os meus sentidos. Eu havia agradecido mentalmente por aquilo. Eu não precisava de mais dor do que eu já estava sentindo, por mais que eu pensei que não faria diferença nenhuma. Eu já havia chegado ao extremo de dor que poderia existir.

E então tudo ficou negro. Eu havia perdido todos os meus sentidos. A única coisa em que eu pensava era em Bella. Em seu rosto, em seu sorriso, no som que saia de seus lábios quando pronunciava o meu nome. Era tão suave, tão doce...

Mas então bruscamente todos os meus sentidos voltaram. E quando eu abri os meus olhos eu ofeguei ao ver Bella. Sim, era ela eu tinha certeza, mesmo ela estando de costas para mim. Mas eu tinha que ver o seu rosto para ter certeza que não era algum tipo de alucinação. Peguei seu pulso e a virei para mim.

Carlisle estava certo nossa alma não estava perdida afinal.

Foi como se o meu peito inchasse de repente e com isso levando toda a dor que nele estava.

- Bella. – eu disse totalmente deslumbrado com o fato de ela estar ali na minha frente não me importava onde eu estava. A única coisa que importava que sempre importou e que sempre vai importar vai ser ela. A minha vida.

Ela parecia mais linda do que nunca. Sua pele marfim seu lábios delicados e rosados, seus profundos olhos cor de chocolate. Ela parecia mais deslumbrante do que nunca.

Então a fala de Romeu diante do tumulo de Julieta passou pela minha cabeça. “A morte, que sugou todo o mel de teu doce hálito, não teve poder nenhum sobre tua beleza.” Sim. A morte não teve nenhum poder sobre a beleza dela... Então percebi que ela não cheirava mais como antigamente. Era extremamente doce e suave. Mas não era algo que eu quisesse me alimentar. Era como se fosse um perfume envolvente e atraente. Não era como se fosse algum vinho... era melhor do que qualquer vinho era um perfume inebriante...

E então eu ouvi a voz de Aro soar me tirando daquele transe.

- Bella?

Eu não havia morrido. Como pude ser tão idiota?

Puxei o pulso de Bella, colocando-a atrás de mim. Eu não iria permitir que nada acontecesse a ela. Eu não poderia perdê-la de novo!

Quando fiz isso houveram vários rosnados da maioria dos vampiros ali presente, mas o que mais me chamou a atenção foi a de um em particular: Alec.

- Fique longe dela! Largue-a! – Alec rosnava para mim.

Os pensamentos dele eram muito obsessivos com Bella. Como se ela fosse predestinada a ficar com ele e mais ninguém. Como se ele fosse seu dono. 

Um ódio imenso tomou conta de mim me fazendo querer arrancar a cabeça dele. Senti que meu corpo se inclinava minimamente para atacá-lo.

Mas então Bella surpreendendo-me se soltou de minha mão e antes mesmo que eu pudesse ser possível ela estava na minha frente, de costas para mim.

- Parem! – ela disse para Alec. Fiquei apreensivo de vê-la próximo a um vampiro que poderia machucá-la. Apesar de que com certeza essa não era a intenção dele.

Puxei-a pela cintura colocando a presa firmemente ao lado de meu corpo e sentindo a familiar – e que tanto senti falta - corrente elétrica que me passou quando nossos corpos se encontraram.

Ela virou seu rosto para mim e disse severamente.

- Pare! – me surpreendi por ela estar falando daquele jeito comigo. O que estava acontecendo?

Mas antes que eu pudesse questionar mais o comportamento dela um pensamento extremamente raivoso me atingiu.

“Assim em que ela estiver a salvo e bem longe desse cretino eu mesmo vou fazer questão de matá-lo.” – pensou Alec.

E eu devolvi o seu olhar com o mesmo sentimento.

- Edward? – eu ouvi a voz de Aro me chamar, mas eu não me virei. Se não fosse por Bella eu iria...

- Poderia solta-la, por favor? Ou eu terei que tomar medidas drásticas. – Aro disse com a voz calma, mas eu podia ver o quanto ele estava apreensivo.

Eu não iria soltar Bella. Não iria correr nenhum risco. Eu iria manter ela o mais segura possível em meus braços.

- Sinto muito. Não. – eu disse com a voz vazia. E vi ele estreitando os olhos para mim. Pensando a melhor forma de arrancar a minha cabeça sem que pudesse machucar Bella. Mas por que ele se importava com ela?

A única coisa em que ele pensava era na segurança dela, mas não pensava no motivo para isso.

- Será que eu posso saber o motivo de tudo isso? – Bella disse com uma voz ríspida.

Mas eu não a respondi. Estava concentrado em Aro querendo descobrir o motivo de sua imensa preocupação com Bella. Mas logo Alec começou de novo uma sessão de insultos dirigidos a me e eu virei novamente o meu rosto para ele. Ele estava pesando na maneira mais dolorosa de me matar, mas que com toda certeza iria começar pelos meus braços que estavam na cintura de Bella.

Ele estava com ciúmes, isso estava claro. Mas o quanto ele conhecia de Bella para ter ciúmes?

Eu estava ansiando para pular de onde eu estava e arrancar a cabeça dele, mas então Bella disse algo que me deixou em choque.

- Vô. – ela chamou se dirigindo a Aro. E eu me virei para ela.

Por que ela tinha o chamado de avô? Eu me sentia extremamente frustrado. Todos naquela sala tinham seus pensamentos voltados para mim, pensando em como eu iria agir o que eu pretendia fazer e qual era a melhor forma de me matar. Mas em nenhuma mente tinha a explicação que eu queria. Por que Bella estava aqui? Por que ela chamou Aro de avô? E por que Alec tinha ciúmes dela?

- Edward violou as regras. Ele tentou nos expor. – Aro disse olhando para Bella e logo depois abaixando o olhar para o meu braço que estava em sua cintura fazendo uma careta de desgosto.

Quase que imediatamente Bella tentou se soltar de mim. Mas eu não permiti.  Eu tinha que protegê-la, mas esse não era o principal motivo. Eu simplesmente não podia ficar nem mais um centímetro longe dela.

Ouvi outro rosnado vindo de Alec e olhei para ele com ira. Eu tinha vontade de matá-lo tanto quanto ele queria me matar.

- Largue-a! – ele disse novamente.

Senti um rosnado se formando no meu peito mais que foi interrompido antes mesmo de sair pelos meus dentes trincados.

- Me solte. Por favor. – Bella disse firmemente para mim. E eu fui tomado por um misto de dor e rancor. Ela estava o obedecendo. Ela estava ficando longe de mim por causa de Alec. Mas o que eu estava esperando? Que ela voltasse correndo para mim? É claro que não. Com certeza ela não me amava mais. Ela deveria me odiar por tudo o que eu a fiz passa. Ela deveria até mesmo gostar de Alec. Ele tinha ciúmes dela e ela dava importância ao que ele falava. Eles deveriam ter um vinculo forte. Nesse momento toda a raiva que eu já sentia por Alec pareceu triplicar.

Lentamente tirei meus braços da cintura de Bella. Eu nunca faria algo que ela não quisesse. Mesmo que esse ato me matasse por dentro.

Coloquei-me um passo a sua frente. Não iria permitir que ninguém chegasse perto dela.

- Edward? – Bella me chamou e novamente o meu peito pareceu inchar de alivio ao ouvir a sua linda voz dizendo o meu nome. Mas eu não a olhei estava focado em Alec minha ira era tamanha que não tive a capacidade de desviar o olhar.

– Por que você fez isso? – ela perguntou. Mas eu não tinha condições de falar sobre isso agora. Então somente balancei minha cabeça para que ela entendesse que não poderíamos falar sobre isso agora.

Ouvi Bella suspirar e dizer:

- Vô. – Novamente me senti tenso ao ouvi Bella chamar Aro de avô. - Você não vai fazer nada com ele, não é? – ela perguntou.

- Me desculpe querida. Mas ele infligiu às regras. Eu não posso dar uma segunda chance. – Aro disse.

Mas eu não poderia deixar Bella sozinha no meio desses vampiros. Eu não podia morrer e deixá-la sozinha, desprotegida. O que eu iria fazer?

- O que ele fez? – ela perguntou novamente.

- Querida essa não é uma boa hora...

- Vô. – Bella o interrompeu.

- Ele tentou se expor ao sol.

- Conseguiu? – a voz de Bella soou amedrontada.

- Não. Felix e Demetri conseguiram impedir a tempo.

- Jane. Será que poderia levar Bella para... – eu fiquei desesperado. Ela não podia levar Bella de mim. Bella não poderia ir com Jane e se ela a machucasse?

Mas para o meu alivio Bella o ignorou.

- Mas se ele não conseguiu se expor. Então nenhuma regra foi quebrada, não é?

- Não querida. Mas esse é o desejo de Edward, e se não o fizermos, ele tentara de novo. – Aro disse querendo tirar Bella de perto de mim o mais rápido possível para que ele pudesse mandar alguém me matar logo.

Mas eu não iria deixar Bella com nenhum deles. Por isso decidir dizer:

- Não tenho mais esse desejo, Aro. Não irei fazer isso. – eu disse a ele.

- Mudou de idéia rapidamente não é Edward? Será que poderíamos saber o motivo? – ele perguntou arqueando uma sobrancelha, pensando que eu estava mentindo. - Ou quem sabe você possa me mostrar. – ele completou apreensivo.

Eu não queria que ele visse todos os pensamentos que eu já tive. Ele iria saber que eu já tive um relacionamento com Bella. Mas eu não tinha escolha.

Assenti fracamente.

Eu não me movi. Não iria deixar Bella para trás para que Alec tomasse o lugar que eu estava ou tirasse Bella de perto de mim. Já que era esse claramente a sua intenção. Ele estava esperando só uma pequena brecha para tirá-la dali e levá-la para o mais longe de mim possível.

Vendo que eu não iria até ele, Aro veio rapidamente em minha direção e pegou a minha mão.

E então Aro pode ver cada pequeno pedaço da minha existência.

Cada momento com a minha família, cada olhar, cada toque que eu tive com Bella. Cada sentimento que eu já senti. Simplesmente tudo. Agora Aro sabia de tudo.

Após alguns segundos Aro soltou minha mão de olhos arregalados. Ele não sabia que eu já tive um relacionamento tão intenso com Bella, tão intenso que foi capaz de fazer eu vir aqui pedir para os Volturi me matarem. Eu podia ver pelos seus pensamentos um pouco confusos o quando surpreso ele estava.

- Acho que podemos deixar passar dessa vez Edward. Mas não haverá uma próxima. – ele disse e lançou um breve olhar para Bella.

- O que? – Caius perguntou incrédulo.

- Caius. Acho que seria mais apropriado se tivéssemos essa conversa depois. É o melhor a fazer meu irmão. – Aro disse a ele.

Caius fitou Aro por um tempo questionando o que Aro teria visto. Por fim resolveu confiar no irmão.

- Está livre Edward. Mande minhas lembranças a Carlisle e diga que fico feliz por ele estar bem. – Aro disse se virando para mim.

Aro entendeu tudo o que havia acontecido, mas eu podia ver pelos seus pensamentos que isso não significava que ele aceitaria que eu ficasse perto de Bella. Apesar de ver que os meus sentimentos eram verdadeiros e que eu seria capaz de qualquer coisa para que ela ficasse a salvo. Ele não queria que eu tivesse qualquer tipo de relacionamento com ela. Ele temia que ela se machucasse, ele temia por ela, ele se preocupava com ela.

E naquele momento mesmo nunca tendo sentido qualquer tipo de sentimento positivo por Aro, eu o admirei pela sua preocupação por Bella, por ele a amar de um jeito fraternal com tanta intensidade, mesmo não sabendo o motivo disso.

Eu tinha muita coisa para falar com Bella. Eu queria explicações e precisava que ela me perdoasse.

- Vamos conversar. – eu sussurrei para ela determinado.

- Bella. Acho melhor você subir agora... – Alec disse a Bella se corroendo de ciúmes.

Eu passei o meu braço firmemente pela cintura de Bella de novo e a puxei dali. Se eu ficasse mais um segundo perto de Alec eu com certeza iria matá-lo.

Alec abriu a boca para me ameaçar, mas antes que pudesse dizer uma palavra Aro disse.

- Edward. – ele me chamou “Se você a machucar de alguma forma, não importa se é fisicamente eu sentimentalmente, eu juro que voltarei atrás com a minha palavra e cumprirei o seu desejo de hoje pela manhã.”

Eu assenti para ele. Eu nunca iria machucá-la.

- Bella. – ele a chamou e ela se virou para ele. “Tome cuidado meu anjo” ele pensou carinhosamente para ela, mesmo sabendo que ela não poderia ouvir.

Bella o olhou com carinho e se virou para a porta.

Saímos dali e alguns minutos depois já estávamos em uma floresta ali perto, longe o suficiente para que ninguém nos ouvisse.

Eu tirei a minha mão de sua cintura e fiquei em sua frente a somente dois metros de distancia. Com uma enorme tensão entre nós.

------------------------------------------------------------------------

Pov Bella.

Engoli em seco e tentei engolir toda a tensão e o medo que me consumiam também.

- E então como está a sua família? – eu perguntei já que ele não falou nada. E era uma ótima pergunta para começar, eu queria saber como estava Alice, Esme, Emmett, Carlisle...

Ele franziu o cenho como se não soubesse como responder.

- Eles estão bem. – ele disse olhando para o chão. E depois olhou novamente para mim. – Eu sinto muito por Charlie e Renee.

Dessa vez fui eu que olhei para o chão tentando controlar as lagrimas que insistiam em embaçar a minha visão.

- O que aconteceu com eles, Bella? – ele sussurrou tristemente.

Eu respirei fundo. Eu havia feito uma promessa! Eu tinha que ser forte.

- Victoria os matou. – eu disse olhando no fundo dos seus olhos que estavam negros. E ele ofegou.

- Victoria? – Ele perguntou chocado.

Eu somente assenti. Ele ficou uns alguns segundos que pareceram intermináveis em silencio e então disse.

- Me desculpe Bella. Eu sou um monstro. – ele disse com a voz embriagada, e eu sabia que se ele pudesse chorar estaria o fazendo agora.

- Te desculpar pelo o que? – eu perguntei.

- Por não ter de protegido. Por fazer você sofrer. Por não estar lá quando você precisava. Por ter sido um covarde, um monstro...

As lagrimas que eu tentava segurar finalmente me venceram e transbordaram como uma torneira aberta de meus olhos.

Eu não estava conseguindo mais segura-las.  

- Você não tem culpa disso! Do que você está falando?

- Eu não pensei que Victoria iria vir atrás de você. Eu pensei estar no caminho certo. Pensei que iria encontrá-la. Mas eu não sirvo nem mesmo para isso.

- Você estava atrás de Victoria? – eu perguntei. Minha voz subindo algumas oitavas.

- Sim. Mas ela me despistou. Eu estava seguindo uma pista falsa. – ele murmurou.

- Você não pode fazer isso. Nunca. – Eu disse desesperada. Ele não poderia se machucar. E se Victoria o... Não eu não queria nem pensar nessa hipótese.

Ele franziu o cenho novamente e me fitou.

- Me perdoe Bella. Eu estava tentando te manter a salvo. Estava tentando te dar uma vida feliz e normal. Sem acidentes, sem sofrimento, dor... mas eu não consegui. Perdoe-me por tudo, Bella eu preciso do que você me perdoe. Perdoe-me por ter te deixado quando você mais precisou de mim, perdoe-me por ter sido um covarde, perdoe-me por ter mentido para você... – ele murmurou desesperadamente.

- Mentido? – eu perguntei sem entender o que ele queria dizer com isso. Ele me fitou por um tempo e então disse:

- Eu... eu menti para você aquele dia na floresta. Eu disse que não te amava mais, que não queria que você estivesse comigo. – ele murmurou com os olhos ainda tristes. – Como se fosse possível eu poder viver em um mundo onde você não exista, como se eu pudesse suportar viver sem você, sem o seu amor... - ele disse com a voz mais alterada, como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo. E logo depois olhou no fundo dos meus olhos com intensidade e murmurou: - eu te amo.

As lagrimas que eu tinha finalmente conseguido controlar com muito esforço voltaram a cair pelo meu rosto. O que ele estava falando? Ele iria mentir para mim depois disso tudo? Depois de tudo o que eu passei?

- Por favor... – eu sussurrei e olhei para o chão. – pare.

- Você não acredita em mim, não é? – ele murmurou com a voz derrotada. – Por que pode acreditar em uma mentira absurda e não pode acreditar na verdade tão clara e obvia?

-Edward... – eu me esforcei para dizer o seu nome sem soluçar. Eu odiava demonstrar tanta fraqueza. As lagrimas quentes continuavam a escorrer pelo meu rosto, mostrando que mesmo eu tendo me transformado em um ser mais forte, eu ainda continuava uma fraca. – por favor, eu não quero... não vamos começar com isso de novo.

- Você não vai me perdoar. – Ele não estava perguntando, ele só estava concluindo.

Eu ergui o meu rosto para olhá-lo e vi que ele também olhava para o chão.

- Eu não tenho nada para perdoar. Você não fez nada. – e então eu me lembrei que não sabia do por que de ele tentar se expor no sol. – Por que você queria se matar, Edward? – eu sussurrei.

- Eu vi o seu tumulo... eu não posso viver sem você, Bella.

Fiquei desesperada.

- Você não pode simplesmente vir para Volterra e pedir aos Volturi para te matar só por que pensou que eu tinha morrido. Edward, se eu estou morta ou viva isso não importa! Você tem a sua vida, a sua família, tem que pensar neles! Tem que continuar vivendo! – eu disse apavorada. Ele não podia dar um fim à vida dele por minha causa.

- Não adianta Bella. Eu não tenho mais a capacidade de viver sem você.

- Edward você não é responsável por mim. Isso tudo não é culpa sua! – eu disse ignorando o que ele tinha dito.

Eu não acreditava no que Edward dizia sobre me amar. Se realmente ele me amasse ele teria ficado comigo e superado todos os problemas ao meu lado. Eu não podia acreditar nisso. Por que isso fosse verdade eu sabia que não seria capaz de perdoar ele. Eu não conseguiria saber que ele me amava todo esse tempo e ainda assim me deixou. Eu não podia pensar em como tudo iria ser diferente se ele não tivesse me abandonado. Provavelmente meus pais estariam vivos, eu nunca teria sofrido tanto, eu não estaria nesse momento em um castelo na Itália, aprendendo a viver com pessoas que eu nem conhecia. Se fosse verdade, ele tinha um pouco da culpa de tudo o que tinha acontecido, e isso eu não estava preparada para perdoar. Eu não suportaria saber que tudo isso foi uma mentira e se não fosse por essa mentira os meus pais estariam vivos eu ainda estaria com eles em Forks e feliz com Edward ao meu lado. 

- Bella, eu não fiz isso por culpa eu não suportaria... eu sempre te amei... – ele disse como se implorasse para que eu entendesse isso.

- Pare! – eu praticamente gritei para ele. Eu não suportava mais ouvir isso! – Por favor, pare! Eu não quero mais ouvir isso! – eu disse soluçando e eu me perguntei como alguém poderia reproduzir tantas lagrimas.

- Bella... – ele disse em um sussurro rouco com se chorasse também.

- Edward, eu não guardo nenhum tipo de rancor de você. Como eu já disse não há o que perdoar. Mas eu não vou aceitar você ficar dizendo essas coisas para mim. Eu já estou passando por muitas dificuldades. Eu estou no meu limite! Não posso suportar isso também.

- Não vou mais dizer isso. – ele disse olhando para o chão novamente, tentando esconder a dor que estava evidente em seu rosto. Eu me senti mal por fazê-lo sofrer dessa forma. Mas ele tinha que entender.

Alguma parte de mim dizia que tudo que ele estava falando era verdade, que tudo fazia sentido. Mas eu a ignorei. Eu não estava pronta para aceitar isso. Estavam acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo. Isso seria demais.

Eu respirei fundo tentando me acalmar e limpei os vestígios de lagrimas do meu rosto.

Edward respirou fundo também e voltou a me olhar.

- O que você está fazendo em Volterra, Bella?

- Renee queria que eu ficasse com o meu avô caso algo acontecesse a ela. – eu sussurrei olhando para o chão novamente.

- Aro não pode ser o seu avô. – ele disse.

- Sim. Ele pode. Renee não era humana ela era um hibrida. – eu disse voltando os meus olhos para ele novamente.

- Hibrida? – ele perguntou com franzindo as sobrancelhas.

- Minha avó era uma bruxa. E Renee era uma hibrida de vampiro e bruxa. – eu disse e suspirei.

Vi que ele franziu o cenho novamente pensado e logo depois seus olhos ficaram arregalado.

- E você? – ele perguntou.

- O mesmo que ela. – eu disse como se falasse de um assunto monótono. E realmente tinha se tornado um pouco monótono.

- Mas Charlie era humano. – ele disse ainda sem acreditar.

- Sim. Mas quando Renee estava a... – eu engoli em seco – beira da morte ela me mordeu e enquanto a minha parte bruxa ia me curando o veneno se espalhava. Então eu acabei virando a mesma coisa que ela. Uma hibrida de bruxa com vampiro.

Ele provavelmente sabia muito bem que bruxas existiam e como elas eram. Senti-me aliviada de não ter que explicar toda aquela historia que Aro me explicou.

Ele passou o que me pareceu intermináveis segundos pensando, ainda olhando para mim como se não acreditasse inteiramente em toda aquela historia de hibridas. Ele não deveria saber que algo assim poderia acontecer que poderia existir! Mas depois de um tempo eu pude ver que a compreensão ia tomando cada vez mais o seu rosto.

- É por isso que o seu cheiro mudou. – ele sussurrou parecendo pensar com sigo mesmo.

Eu sorri fracamente.

- Eu não tenho mais um cheiro atraente, não é? – eu perguntei a ele.

Ele sorriu.

- Na verdade, muito atraente. – ele disse me lançando um olhar malicioso. E é claro que eu tinha que ficar vermelha.

- Você está linda, Bella. – ele completou. E eu olhei novamente para o chão.

- Eu acho melhor eu voltar, meu avô deve estar preocupado comigo. – eu disse hesitante. Eu não queria que ele fosse embora, mas eu sabia que se eu demorasse muito Aro iria mandar alguém atrás de mim e poderia até voltar atrás com a sua decisão de deixar Edward vivo.

Edward fez uma careta.

- Não consigo me acostumar com você chamando Aro de avô. – ele disse.

- Mas é o que ele é. E ele é a única família que me restou. – eu disse um pouco triste.

- Você sabe que ele não é a única família que você tem. – ele disse sorrindo levemente.

Eu sorri fraco. Eu sabia que eu podia contar com Esme, Carlisle e toda a sua família.

- É verdade. – eu disse o olhando em seus olhos que estavam negros. – Você está com sede. Deveria caçar agora. – eu disse preocupada com ele.

- Eu estou bem. – ele disse desviando os seus olhos dos meus.

- Não. Não está.

- Tudo bem. Eu vou caçar. Mas antes eu preciso falar com os Volturi. – ele disse sem nenhuma expressão no rosto.

- Tudo bem. Então vamos. – Eu disse e comecei a correr. Ri internamente quando olhei para trás e vi a sua cara de choque. Mas logo ele se recuperou e estava correndo ao meu lado.

- Você é rápida. – ele disse sorrindo em quanto voávamos pela floresta.

- E você não é tão ruim. – eu brinquei com ele. E ele sorriu largamente.

Em segundos já estávamos na sala arredondada novamente, não havíamos ido muito longe.

Todos ainda estavam lá, provavelmente esperando a nossa volta.

Aro olhou diretamente para mim e eu percebi que ele encarava os meus olhos com preocupação. Com certeza ele havia notado os meus olhos que ainda deveriam estar um pouco vermelhos por causa de minhas lagrimas.

Mas antes que ele dissesse algo Edward disse:

- Eu aceito. – ele disse sem nenhuma emoção em sua voz.

- Como? – Aro perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu aceito ser parte da guarda dos Volturi.

------------------------------------------------------------------------------------

Notas do autor:

*Ah... eu consegui responder os reviews do cap passado! :)

*Eu não queria fazer a Bella odiar o Edward, mas isso não quer dizer que ele não vá sofrer! Mas uma vez eu peço calma, tem muita água para passar debaixo dessa ponte! Kkk

Me digam o que acharam please! A opinião de cada um de vocês é muito importante!

kisses.

Dany.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!