Destinys Play escrita por Bella P


Capítulo 9
Capítulo 8




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83235/chapter/9

Capítulo 8

 

A viatura entrou em La Push silenciosamente e nenhuma cabeça se virou para mirar o carro passando, o que fez Kaylee pensar que aquelas pessoas deveriam estar mais do que acostumadas com a presença constante da patrulha no local. Aos poucos ela foi se aproximando de uma casa de madeira vermelha e com alguns solavancos por causa do terreno irregular e molhado pela chuva que havia estiado o carro percorreu mais uns metros em um ritmo lento até finalmente frear em frente a entrada da casa.

- Essa é a casa dos Black. - xerife Charlie Swan, nome que Kaylee havia descoberto durante a curta viagem de quinze minutos entre a lanchonete e a reserva, a informou.

- Aconchegante. - comentou. A casa não era tão grande quanto a sua em Chicago, possuindo apenas um pavimento, mas apenas a vendo de longe dava para perceber que ela possuía um certo conforto em um ar de boas vindas nela, algo bem familiar. Charlie abriu a porta do carro, sendo cumprimentado pelo vento frio que o fez fechar mais a jaqueta do uniforme contra o seu corpo e Kaylee o imitou, o seguindo logo depois para a pequena varanda que ficava na entrada da casa.

Com gestos firmes Charlie bateu na porta de madeira e esperou apenas por alguns minutos antes desta se abrir e revelar o rosto sério e preocupado de Sue Clearwater. Quando ela viu quem era o visitante, rapidamente a sua expressão se desfez, sendo substituída por um suave sorriso de disfarce.

- Charlie! Entre, vamos. - a mulher deu um passo para o lado, cedendo passagem para o policial. - E quem é esta? - perguntou ao ver a garota que foi exibida as suas vistas assim que o corpo maior de Charlie saiu do caminho.

- Esta menina é uma amiga de Jacob e veio aqui procurá-lo. - Sue franziu as sobrancelhas ao ouvir a explicação do homem, mas nada comentou, apenas colocando o sorriso de volta no rosto e fazendo um gesto com a mão a convidando para entrar.

Kaylee engoliu em seco, pedindo um “licença” baixo, entrando na casa e rodando os olhos a sua volta. Além da mulher que atendera a porta, na sala na qual estava também havia um homem em cadeira de rodas com quem Charlie falava animado, alguém que só de olhar fez a jovem lembrar-se de Jacob por causa dos vários traços no rosto que os dois possuíam de semelhantes. Porém, também havia um outro homem que lembrava Jacob mais no fato de que ele era enorme como o seu amigo, com músculos grandes, pele morena e cabelos negros e curtos e que a mirava com os olhos estreitos e expressão fechada.

- Sam, pare com a cara feia, está assustando a menina. - Sue repreendeu o sujeito grandão.

- Amiga do Jacob? - o homem na cadeira de rodas soltou, chamando a atenção de Kaylee para ele.

- Ela disse que o seu nome é Kaylee... - começou Charlie, mas foi interrompido por Billy.

- Whitaker.

- O senhor me conhece? - perguntou a jovem.

- Jacob me falou muito sobre você. Muito mesmo. - Kaylee sorriu.

- Jacob também me falou muito sobre o senhor, senhor Black.

- Devo agradecer minha jovem por ter cuidado do meu filho durante todo este tempo. - Billy rolou a cadeira até a garota e estendeu uma mão para ela, que Kaylee recebeu em um aperto firme. - Mas o que a traz a La Push? Não está muito longe de casa? - as sobrancelhas escuras da menina ficaram franzidas.

- Eu... - ela mordeu o lábio inferior. - vim conversar com o Jacob. Ele partiu abruptamente e não tivemos uma conversa muito amigável antes dele ir embora. Então... - mentiu, dando de ombros levemente. Não poderia simplesmente dizer para o homem que estava ali para levar o filho dele embora, era cruel. Aliás, agora que pensava nisto, por que tinha concordado com a loucura da sua tia? Certo que tinha cruzado praticamente o país inteiro motivada pela raiva diante da burrice do amigo de ir correndo ajudar uma garota que o desprezou e tentar enfiar algum senso na cabeça dele, mas havia agravantes.

Em Forks não havia apenas a ex de Jacob, também tinha a família dele, pessoas por quem valia a pena ele retornar. Kaylee, no entanto, não era de grande importância comparada ao pai, irmãs e amigos de infância do rapaz. Ela era apenas uma garota a quem ele se apegou em um momento de necessidade e o ajudou a esquecer dos problemas por um tempo, nada mais.

- Jacob não está aqui. - foi Sam que respondeu a pergunta não dita.

- Não está aqui? Mas uma tal de Leah – Kaylee viu como os ombros largos do homem retesaram a menção do nome, mas ignorou o fato. - apareceu em Chicago e o levou embora com ela. Pensei que ele tinha...

- Não minha jovem. - Billy a interrompeu. - Jacob não está em casa no momento.

- Ah! E onde ele está? Sabe... A minha viagem é curta. Ainda estou em período escolar e consegui alguns dias de dispensa...

- Ele foi resolver alguns problemas, não deve demorar. - Billy respondeu, ignorando a risada de escárnio que Sam soltou a um canto da sala. - Se você não se importar em esperar.

- Só se ela esperar lá fora. - veio o comentário de Sam.

- Sam! - Sue soltou em tom de repreensão.

- Sem querer ofender chefe Swan, garota, mas estávamos tendo uma reunião importante aqui. Algo relacionado a tribo. Algo particular. - Charlie assentiu com a cabeça, compreendendo a situação melhor do que ninguém. Conhecia os Quileutes há anos e todas as suas histórias, tradições e leis e as respeitava imensamente.

- Bem, a minha visita não é social, isto deixo para outra hora, só passei para entregar a menina. - comentou Charlie com um aceno polido de cabeça. - Sue, Billy, nos falamos mais tarde. - e despediu-se dos dois, indo a caminho da porta e ao passar por Sam deu leves tapinhas no ombro dele. Sue o acompanhou, abrindo a porta para o homem e trocando algumas palavras com ele antes de fechá-la novamente. Minutos depois o som do motor da viatura ecoou vindo do lado de fora e a mesma pôde ser vista pela janela se afastando aos poucos da reserva.

- Eu espero na varanda, não me importo. - Kaylee comentou, deslizando a mochila pelo ombro e a colocando perto do pé do sofá.

- Não precisa querida. - Sue tentou ser simpática.

- Não. Está tudo bem. Assim quando Jacob chegar eu já o intercepto e resolvo o que tenho que resolver. - ela deu um sorriso largo para a mulher mais velha, somente para tranquilizá-la. - Se me derem licença. - e deu meia volta, saindo da casa e indo se sentar nos degraus de entrada da varanda, apoiando o rosto nos punhos e soltando um longo suspiro.

Talvez tenham se passado apenas dois minutos ou duas horas, mas o que Kaylee sabia é que depois de um tempo a chuva que tinha cessado voltara como uma fina garoa e que ela estava ficando a cada minuto a mais entediada com a paisagem fixa que eram as árvores ao longe na orla da floresta. Cansada de ficar sentada, levantou-se dos degraus da escada e saiu da varanda, sentindo a sola de borracha de sua bota afundar com vontade na terra enlameada.

Pouco a pouco ela foi tomando o caminho para a floresta, vendo que agora a reserva parecia bem vazia, já que a chuva tinha espantado qualquer pessoa que se aventurara ao ar livre poucos minutos antes. Logo a borda da floresta ficou mais próxima e então as árvores e quando deu por si Kaylee já se viu entre grossos troncos e raízes e sob largas copas que serviam como um guarda-chuva natural para a garoa que caía. Deu uma olhada por cima do ombro, percebendo que ainda podia ver as casas de madeira da reserva e depois mirou floresta adentro, notando que a mesma tinha uma trilha.

- Bem... Se eu me manter na trilha... - deu de ombros, olhando o ambiente a sua volta. Tinha uma boa memória fotográfica e mesmo que para alguns as árvores parecessem ser a mesma coisa, para ela havia diferenças, pequenas, mas havia. Conseguiu identificar algumas espécies de suas aulas de Biologia e as catalogou como ponto de referência para o caminho de volta.

Continuou andando, deixando os pensamentos vagarem enquanto ouvia o som das gotas de chuva batendo contra as folhas de maneira ritmada e permitia o cheiro da floresta, de terra molhada, invadir o seu olfato. Um pássaro grasnou ao longe, o vento soprou balançando os galhos das árvores, gerando uma sinfonia perfeita da natureza e Kaylee parou, fechando os olhos e erguendo a cabeça, apreciando o momento. Apesar de ser uma garota que vivia em cidade grande, sempre preferiu a tranquilidade e a calmaria que a natureza podia oferecer, o que fazia a sua tia sempre rir quando comentava sobre os seus gostos.

Winifred dizia que era o sangue roma, o sangue cigano, o espírito livre que a fazia ser tão ligada assim com o exterior, como os pais dela foram. Ou ainda eram, não saberia dizer. Eles sumiram para nunca mais voltar. Desaparecidos em uma escavação no Mediterrâneo, pois ambos foram historiadores da Universidade de Nova Iorque, e os corpos nunca foram encontrados. Winnie dizia que sem corpos, sem morte, mesmo que depois de quase doze anos o governo já os tivesse declarado falecidos.

Seus pensamentos foram cortados quando o barulho de galhos e folhas revirando chegou aos seus ouvidos. Kaylee franziu as sobrancelhas diante do som. Normalmente associaria tal coisa ao vento, mas no momento não tinha soprado nenhuma brisa. Entretanto não se abalou. Estava dentro de uma floresta, floresta tinha animais, poderia ser qualquer coisa e não era do tipo de garota que pulava diante de qualquer ruído.

Riu. Esta era uma qualidade, ou defeito, sua que irritava Jacob. A falta do instinto de auto-preservação. O amigo não compreendia como depois de ter sido atacada no meio da noite por um desconhecido que nunca foi encontrado ela não temia continuar a sair da loja sozinha ou não ficou por semanas olhando qualquer sombra que se mexesse pelos cantos ou procurando a fonte do menor ruído que fosse que ouvisse.

Ignorou o barulho, prosseguindo com a sua caminhada e pausou quando o som de algo pesado chocando contra a terra se fez ouvir. De rabo de olho teve a impressão de ter visto um vulto amarronzado passar como um borrão pelas árvores, mas fora tão rápido que poderia ser qualquer coisa, até mesmo um pequeno tornado de folhas. E o barulho podia ter sido um galho caindo no chão. Exalou longamente o ar que tinha prendido nos pulmões e incitou as suas pernas a voltarem a andar.

Novamente perdeu a noção do tempo, não sabendo se tinha se passado dois minutos ou duas horas, só que quando deu por si havia freado seus passos abruptamente pois bem na sua frente se encontrava um rio que parecia como uma enorme ferida dividindo as terras dos Quileutes. Boa parte da superfície dele apresentava uma camada fina de gelo pela qual despontava alguns pedaços de rocha e Kaylee sorriu ao ver que algumas pedras formavam uma trilha sobre a água, como uma ponte natural, o que possibilitava a passagem para o outro lado.

Cuidadosamente usou as pedras para poder atravessar o rio, usando de todo o equilíbrio e agilidade que os anos de vôlei lhe deram.

- Hah! - soltou seguido de uma risada vitoriosa quando viu-se do outro lado e mirou os céus para ter uma noção melhor do tempo passado, agora que as copas das árvores não mais cobriam a visão do mesmo. Entretanto, as nuvens espessas de chuva não ajudavam a prever muito bem a passagem do tempo, visto que nenhum raio de sol conseguia atravessar as mesmas. - Melhor voltar então. - comentou para si própria. - A tal reunião deve ter acabado e Jacob provavelmente já está voltando. - e virou-se para retomar o caminho quando algo estranho no ar fez um arrepio descer pela sua espinha.

O vento que era fraco parecia ter aumentado de intensidade, trazendo consigo o cheiro da floresta e da terra e de algo mais indefinido e estranho. Poderia jurar que tinha ouvido o som de algo estalando, como um galho ou pequenas pedras chocando-se contra outras e a sensação de que estava sendo observada não saía de sua mente. Em gestos vagarosos, flexionou os joelhos e foi agachando-se até se aproximar do chão, recolhendo entre os dedos uma pedra do tamanho de sua palma.

Ainda em gestos lentos ergueu-se novamente a sua altura completa e girou os olhos pelas árvores ao seu redor, tentando divisar alguma coisa fora do lugar, qualquer coisa. O vento assoviou mais forte e um borrão passou entre os troncos. Algo negro e indistinto. Kaylee apertou mais a pedra em sua mão e afastou uma perna da outra, criando um contrapeso e assim equilibrando o seu corpo de modo que se algo pulasse sobre ela não a derrubaria tão facilmente no chão.

O som de folhas farfalhado chegou aos seus ouvidos, assim como o sibilo do vento. O borrão entre as árvores saltou das mesmas, como se tivesse sido cuspido de dentro dos troncos e Kaylee arregalou os olhos ao reconhecer, por um segundo, a figura de um homem pulando em sua direção. Instintivamente ergueu a pedra assim que o desconhecido pousou na sua frente com uma expressão irreconhecível no seu rosto e sem perguntas acertou a rocha na bochecha do sujeito.

Duas coisas aconteceram que deixou a garota de boca aberta: o estranho apenas deu um sorriso de canto de boca quando a pedra acertou o seu rosto que não se moveu um milímetro e a rocha soltou farelos diante do impacto. Em um gesto muito rápido para ela acompanhar ele segurou em seu pulso, o apertando de maneira dolorida de modo que a fez largar a pedra e com um simples empurrão a arremessou longe, a fazendo voar metros e ir de encontro a uma árvore.

O ar sumiu dos pulmões de Kaylee diante do impacto e pareceu que todos os ossos do corpo dela se soltaram ante ao choque com a madeira sólida. No entanto mesmo com o ataque o seu cérebro não desligou, pelo contrário, ele pareceu receber uma descarga de adrenalina e entrado no automático, pois logo assim que ela deslizou pelo tronco e caiu na terra molhada seus membros reagiram, a fazendo se levantar e suas pernas dispararam em uma corrida frenética.

Uma gargalhada soou atrás de si e ela soube, sem precisar olhar por cima do ombro, que a criatura a estava seguindo e estava bem perto. Inspirou profundamente, mordendo o lábio inferior, e em uma atitude que sabia que seria estúpida mas que no momento ignorou, ela freou os seus passos, deslizando uns centímetros pela lama, e fechou o punho no mesmo segundo em que o sujeito se aproximou, desferindo um soco na bochecha dele.

Novamente duas coisas aconteceram que deixaram ambos de boca aberta: a primeira foi que os nós dos dedos de Kaylee queimaram de dor que percorreu por seus ossos e subiu até o antebraço. A segunda que o estranho foi arremessado para trás ao menos uns dois metros de distância e caiu de costas no chão, mirando largos olhos rubros nela. Kaylee não ficou esperando a criatura reagir ou recuperar-se do choque, simplesmente virou e voltou a correr, ainda mais que um rosnado gutural tinha vindo dele.

E então um baque familiar, como o que sentiu na noite que foi atacada, na noite que foi salva por Jacob, aconteceu. Um peso caiu sobre as suas costas, a derrubando no chão com força e logo depois a virando. Esperou pela a dor lancinante em seu pescoço e a queimação, mas tudo o que encontrou foi o homem estranho, de roupas escuras, pele extremamente pálida, olhos vermelhos sangue e cabelos escuros a mirando de maneira feroz.

- Como você fez isto? - a voz dele era melodiosa e calmamente suave mas não evitava o tremor de pavor que corria pelo corpo de Kaylee, ainda mais que o aperto dele em seus braços era esmagador e com certeza deixaria marca. Isto se ela sobrevivesse a este encontro. - Fale! - a sacudiu, exigindo resposta.

- Fi-fi-fiz o quê? - conseguiu gaguejar.

- Me bater. Você, uma simples mortal. - ele inspirou profundamente e os olhos ficaram mais escuros, coisa que aterrorizou Kaylee ainda mais. Por algum motivo a mudança na cor das íris parecia ser um mau sinal. - Não... Não é uma simples mortal. - um sorriso de canto surgiu no rosto extremamente belo e um canino afiado ficou amostra. A adolescente ofegou e começou a se debater, tentando se soltar das garras que a prensavam contra o chão como se quisessem causar uma marca perfeita no terreno arenoso com o corpo dela.

- Me larga! - ordenou e usou as pernas para conseguir alguma vantagem, o que foi bem sucedida. Um chute bem dado na barriga do estranho o fez soltá-la e afastar-se da garota que virou-se sobre o corpo e aos tropeços se levantou, tentando reiniciar a sua fuga, no entanto a criatura se recuperou mais rápido do choque que antes e Kaylee ouviu o assovio de vento que indicava um salto daquele predador pronto para dar o bote.

Quis fechar os olhos, esperar pelo pior, mas nunca foi este tipo de garota. Simplesmente fechou os punhos e pensou que quando ele estivesse perto o suficiente iria partir para cima como da outra vez. Virou-se bruscamente e esperou pelo choque doloroso, ao menos para o seu lado, que iria acontecer quando algo de fazer o seu coração parar ocorreu:

Um borrão marrom passou acima de sua cabeça e encontrou-se com o sujeito em pleno salto, o lançando longe e colocando-se na sua frente como um escudo. Quando o novo integrante do embate se tornou nítido na visão de Kaylee o que ela reconheceu foi um enorme lobo que rosnava para o outro ser com todos os caninos amostra. E então mãos estavam em seus braços, a afastando do monstruoso lupino, e pessoas a rodeavam, assim como mais lobos surgiam da floresta a sua volta.

- Jacob! - alguém falou perto do seu ouvido e Kaylee virou-se para a pessoa que a segurava. Era um homem tão belo quanto o outro que a atacara, de cabelos loiros, rosto simpático mas igualmente pálido, traços angulares e olhos topazes. - Por favor... Ele é um aliado. - a menina ignorou o homem que a prendia pelos braços e rodou os olhos a sua volta a procura de Jacob, não encontrando o seu físico grande e familiar entre todas aquelas pessoas desconhecidas.

- Jacob? - chamou com a voz quase sumida, esperando que ele se revelasse, surgisse dentre aquele grupo, mas o que aconteceu foi pior. O enorme lobo que tinha pulado sobre a sua cabeça e se colocado como escudo entre ela e a criatura estranha foi que respondeu ao seu chamado, virando a cabeça peluda sobre o ombro e girando lentamente sobre as patas até estar de frente para ela. Kaylee ofegou, arregalando os olhos e recuando um passo, indo de encontro ao corpo rígido do homem que estava atrás dela e ainda a segurava pelos braços.

Uns dois lobos igualmente grandes que tinham saído da floresta colocaram-se na frente do primeiro e subitamente este desapareceu e então minutos depois o que surgiu detrás dos animais foi um Jacob vestindo apenas um par de bermudas gastas e com um olhar apologético no rosto.

- Kaylee... - qualquer coisa que Jacob iria dizer morreu antes de passar pelos seus lábios, pois em um gesto brusco Kaylee soltou-se das mãos de Carlisle e com os olhos largos foi recuando pouco a pouco, sacudindo a cabeça em uma negativa como se não acreditasse no que tivesse visto, ou não quisesse acreditar, e com uma girada brusca disparou em direção ao rio, pulando pelas pedras, deslizando em algumas, quase caindo na água mas conseguindo atravessar mesmo diante de toda a sua confusão e pressa. Jacob moveu-se para segui-la mas Edward o parou com um gesto de braço, bloqueando o seu caminho.

- Melhor não. Ela não está pronta. - avisou enquanto todos viam a garota desaparecer entre as árvores.

Jacob suspirou e passou a mão entre os cabelos, pensando que de todos os momentos para ter um ataque de pânico, depois de tudo o que passou, esta foi a pior hora que Kaylee resolveu escolher. E por que vê-la partir causava um vazio estranho dentro de si ele também não sabia explicar.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!