Guilty Love escrita por nicky_swan


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Olá prezados leitores! Como estão todos?
Perdão pelo atraso! É que realmente as coisas estão complicadas por aqui: Tenho prova essa semana toda,
ainda meio resfriada, nyah! #tenso

Por isso, logo cedinho já vou postar o capítulo novo pra vocês!

Enjoy it e conversamos lá embaixo!



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» ARIMA POV.¤ «
 
- Vou tomar banho. – disse desanimada, pegando minha toalha. Fui me 'arrastando' até o banheiro.
 

- Tudo bem querida. – respondeu minha mãe com certa serenidade na expressão.
 
Desde que voltamos do restaurante, meu pai não disse uma única palavra. Nem comigo, nem com minha mãe. Mas que culpa nós tínhamos? O que eu havia dito de mais? Era a minha opinião e ela era verdadeira! Estamos na Europa, e não na Arábia Saudita. As coisas mudam, os costumes mudam, tudo muda!
Embora eu pense assim...
 

“Eles jamais pensarão."

 

Ahh! Estava tão exausta. Tanta coisa aconteceu em um único dia...


A banheira enxia enquanto eu removia cautelosamente meu niqab. Parei por um instante e analisei meu rosto. Assim como todo o meu corpo, ele era tão branquinho. Aproximei-me do espelho: Deus! Meus olhos verdes estavam avermelhados! Acho que é o cansaço.

Completamente sem forças, removi meu abaya e já nua, entrei na banheira. A água estava quente, tão relaxante. Deitei-me na banheira e fechei os olhos. Logo fui repreendida por meus pensamentos:
 

"Nem pense em dormir aqui dentro Arima!"

 

Os abrir rapidamente. Imagina se eu dormir aqui dentro! Ia acordar igual a um filhote de sharpei! Não mesmo!
Ainda deitada, encostei minha cabeça na beira da banheira, porém com os olhos bem abertos!
 
Olhando as roupas pretas encima do balcão, lembrei-me da primeira vez que as usei. Todas as mulheres usam essas roupas, todas (as sauditas, é claro). Me senti tão estranha, parecia um vulto, uma mancha negra. Me questionava se todas as mulheres do mundo usavam isso também (quanta ingenuidade). Certa vez, com meus quinze anos, me lembro de quando uma amiga conseguiu uma revista de moda do exterior e a trouxe até minha casa para folhear-mos. Foi quando descobri que elas não usavam as mesmas roupas que nós. Achei interessante. Grifes de todos os nomes, designers incríveis! Fotos e mais fotos de várias modelos usando shorts curtíssimos, regatas, biquínis. Era tão fascinante! Vestidos rendados, roupas coloridas, tão cheias de vida! Eu gostei do que vi, gostei mesmo. Então pensei comigo que, até então, só havia usado um único estilo e cor de roupa em toda a minha pequena existência.
 
Meu pai encontrou a revista e... não foi legal as 50 chibatadas que levei por causa dela. Nunca mais tive contato com aquela amiga e 'a moda' novamente. Mesmo gostando tanto.
 
Desde aquele dia, comecei a pensar: O que sou eu além de mais uma mancha negra no meio da multidão? Desde pequena me acostumei a ser invisível. Os homens não nos olham, ignoram nossa existência. Tente olhá-los nos olhos. Eles certamente desviarão o olhar. Foi então que na minha cabeça, comecei a inventar uma história onde só as manchas negras se enxergavam. Só quem usa esse manto da invisibilidade consegue ver quem usa o manto. Para todo o resto, somo invisíveis. Não temos liberdade, não temos direitos iguais perante eles.

Entretanto, aquele rapaz do zíper, Tom. Ele olhou nos meus olhos, coisa que nenhum outro homem jamais fez. Aqueles olhos castanhos que...pareciam vasculharam meu interior. Além de ser óbvio que ele é diferente do que eu conheço ser normal...eu...não sei. Senti algo a mais nele.

- Arima! Quanto tempo mais ainda vai demorar? Já passou da hora de você dormir! – falou em alto tom de voz. Meu pai finalmente disse algo!
 

"Só fala quando a circunstâncias o pressionam..." - pensei

 
- Arima! Você me ouviu? - agora gritava nervoso.
 
- Já estou saindo!

"Bom, não tenho motivos pra pensar tanto naquilo. Certamente, eu nunca mais...irei vê-lo." - pensei, me levantando.

 

» TOM POV.¤ «
 
3:37 a.m, maldito relógio! Quando será que conseguirei, de fato, dormir? 
Pensei enquanto descolava cautelosamente Brenda de mim. Ela era mesmo uma mulher incrível. Levantei e me espreguicei vagarosamente.

A luz da lua atravessava as leves cortinas de seda, fazendo com que certa luminosidade chegasse até meus olhos. Andei até minha jaqueta, que estava atirada no chão (assim como toda a minha roupa) e peguei a tal pulseira. Senti uma leve brisa entrar pela janela entreaberta. O céu estava perfeito, todo iluminado. Me lembrei daquela menina, de tudo que ela deve passar com todas aquelas regras absurdas. Eu precisava devolver isso a ela, mas como? Sabia que estava hospedada aqui mas não tinha chances para vê-la. Depois de tudo que a Brenda me falou sobre o povo dela, realmente, me parece impossível.
 
Olhei apreensivo para ela que dormia tranquilamente na cama. Não. Ainda não era hora de deixar a minha dama da noite. Coloquei a pulseira novamente no bolso da jaqueta. Pensaria em alguma forma para devolve-la mas, não agora. Voltei para a cama, buscando algum espaço entre os braços da minha musa. Ela cedeu entrada. Tentou abrir os olhos mas parecia cansada demais para isso. Com sua mãos delicadas, acariciou um pouco meu cabelo. Lembro-me ainda de abraçá-la após tão doce gesto.
 
Agi quase que por impulso. O que está acontecendo comigo? Ando muito 'sentimental' esses dias. Influência do Bill? Talvez.
 
Logo em seguida, não senti mais nada.

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Notas finais do capítulo

E então? Como foi? Reviews?
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Beijos Leitores!:**
Tenham um ótimo início de semana! o/