Guilty Love escrita por nicky_swan


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Olá querido leitores! Como vão?
Perdão pelo demora, mas realmente, quando se está doente não conseguimos fazer nada direito :/

Mas hoje reuni forças, e trouxe capítulo novo para vocês!

Enjoy it e conversamos lá embaixo!

p.s: Capítulo longo xD



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» ARIMA POV.¤ «
Me mexi inquieta na cadeira. Meu coração parecia que iria explodir! Disparou com tudo.
 
Era ele! O rapaz do Zíper!
Já não tinha mais controle sobre meus pensamentos.

 

Que brincadeira de mal gosto é essa?! Como pode?! Como ele... é alto?! Nossa..., não havia percebido aquelas 'bolinhas negras' em seu lábio. Ele até que era bonito. Espera: Eu pensei mesmo isso? Amira Amira! Nem pense nisso! Ai meu Deus! Como sou ingênua!”

 

 

 Mas algo estava errado, muito errado. Por mais que tentasse, eu não conseguia desgrudar meus olhos dele! Logo, uma mulher, vestindo um vestido vermelho (e muito curto) saiu da loja e segurou sua mão. Ele a olhou com... tanta ternura. Diferente do olhar de espanto que recebi naquela recepção.
Senti meu sangue ferver. E com certeza, ele estava 1000x mais vermelho do que aquele vestido Prada que ela usava. Cabelos levemente ondulados e castanhos. Sorria para ele, com aqueles dentes impecavelmente bracos! Ah aquela...
 - Por Deus! As jovens de hoje não tem mais vergonha na cara! - gritou meu pai em árabe, batendo o copo na mesa e interrompendo meus pensamentos. Pude ver o garçom com certo receio vir em nossa direção. Fiz rapidamente um sinal para ele, indicando que estava tudo bem e que sua vinda seria desnecessária. A comida estava ótima, a família é que não.
- Que vestido curto meu Deus! - disse minha mãe, tão espantada quanto meu pai. Tapou sua boca, como se não estivesse acreditando no que via. Não descolava os olhos da garota.
- Ahh, esses europeus! Estão todos perdidos mesmo! Nunca que isso aconteceria na Arábia Saudita! Lá, depois de umas chibatadas, tenho certeza que ela nunca mais sairia assim na rua. - disse meu pai dando uma garfada em sua comida.
 Ele ia começar tudo de novo: “- Porque na Arábia Saudita...porque lá...” Ahh, não aguento mais isso!  
 Além do mais agora, ele falava dos costumes, dos trajes, mas deixou nitidamente claro que se interessou por aquele par de pernas perfeitamente bronzeadas. Meu pai, mesmo saudita, também era homem como qualquer outro.
Não fui a única a perceber isso. Senti minha mãe também ficar perturbada com a reação dele.
 - Estamos na Europa Pai, e não no Oriente Médio! – disse, literalmente 'cuspindo' a frase com tudo. Apenas depois eu percebi, o quão desrespeitoso ela podia ter soado.
- O que você disse? - ele estava incrédulo.
 

“Isso não vai dar certo...”

 

- Arima, Yaqub, não está gostosa a comida? - minha mãe tentava mudar de assunto. Estava preocupada com o rumo que a conversa estava tomando.
 » TOM POV.¤ «

- Tom olha! Tem um restaurante ali! Você não queria comer? - disse Brenda que, muito 'discretamente' apontava para o local.
 Verdade! Havia me esquecido da comida. Coloquei a mão no bolso, procurando por minha carteira quando senti a pulseira.
A jovem dos olhos verdes. Ela tinha algo diferente, eu senti isso.

- Tom?! - disse, trazendo-me de volta dos meus pensamentos – É ali! - continuava apontando.
 Levantei minha cabeça para olhar o local. Não é possível! 
 » ARIMA POV.¤ «

- Sim, está mesmo mamãe... - respondi inocentemente.
 - Viu só Hania! Acho que não foi uma boa ideia ter trazido a Arima pra cá. Olhe só para ela! Já está até defendendo os costumes desse povo pagão! - o tom de voz dele aumentava – Perdi meu apetite, vamos embora! – meu pai limpou a boca e levantou-se rapidamente.
 Alguns garçons vieram até ele, perguntar se a comida estava ruim ou algo assim. Ele simplesmente deixou uma nota (euro) na mão do rapaz e saiu 'bufando' do restaurante. Eu e minha mãe o seguimos.
 Estava nervoso mas mesmo assim, ainda fez questão em passar ao lado do casal que segundo ele, era pagão (incrível como meu pai gostava de generalizar). Não poupou um olhar de total reprovação para a moça vulgar.
Passei cabisbaixa ao lado dela e em seguida, do rapaz do zíper. Algo me fez querer virar o rosto para olhá-lo. Automaticamente, estalei meus olhos quando percebi... que ele também me encarava.
 - Tom... ? - perguntou a moça, agora mais confusa, ao seu lado.
 

“Esse é o nome dele?” - me perguntei

 

 

Eramos como dois imas. Polos opostos, mundos completamente diferentes que apenas se atraiam. Fiquei encantada com a beleza do rapaz.
Minha mãe percebeu que meus passos tornavam-se cada vez mais lentos.
- Arima! Vamos, depressa! - disse em árabe.
Com certo esforço, levantei meu rosto e apressei meus passos, quase que correndo. O rosto dele, não saia da minha cabeça.
» TOM POV.¤ «

Brenda e eu ficamos parados feito estátuas, apenas observando aquela família diferente se distanciar de nós.
 - Triste não é? - Brenda apertou minha mão.
- O que é triste? - perguntei curiosamente, acompanhando com os olhos os dois vultos negros.
- Essas mulheres do oriente médio. Ao contrário de algumas outras árabes que podem deixar apenas o rosto descoberto, essas não podem deixar quase nada! Apenas os olhos! Tudo por causa da religião que seguem.
Estava surpreso. Sobre isso eu realmente não entendia.
- Eles acreditam que um homem deve escolher sua amada não pela beleza física, mas sim pelo olhar. Porém, a maioria dos casamentos são arranjados pela família então não faz tanta diferença. Alguns até casam com primos que nunca viram e nem se falaram. Não há namoro, nem encontros, nada. Ah! E os noivos só se conhecem depois da festa de casamento! Para eles, o amor só existe depois do casamento ou entre parentes consanguíneos. Se apaixonar antes do casamento não é permitido.
- Nossa! Isso é verdade mesmo? - não conseguia acreditar.
- Sim, sim. Já estudei isso em uma área dentro da antropologia. Estudamos algumas culturas e essa era a que mais despertava questionamentos e polêmicas. Essa família deve ser do Islã ou até mesmo da Arábia Saudita. Vê como as duas de preto andam atrás do homem? - ela apontava.
- Sim...
- Lá a mulher é isenta de muitos direitos. Elas não podem andar ao lado de homens, não podem dirigir, não podem sair desacompanhadas de uma presença masculina e esta deve ser de algum familiar. Não podem estudar sem permissão do homem e a pior parte: Não podem conversar com nenhuma pessoa do sexo masculino que não seja da sua família.
Eu não acreditava mesmo no que estava ouvindo. Agora eu tinha mais um motivo para não gostar de religião. Essas mulheres, nem são tratadas como tal! Elas são coisas! Coisas do marido. Escravas submissas que não tinham nenhuma liberdade para se expressarem ou fazerem o que gostam! Quando pensei nisso, os olhos daquele moça vieram novamente em minha memória. Senti meu coração disparar. O que estava acontecendo? Que sentimento de aperto era esse?
- Tom! - disse Brenda me abraçando – Eu estou com fome! - Mudou de assunto rapidamente.
- Ah, então vamos comer ali... - fui andando para o restaurante quando ela me enlaçou por trás, sussurrando em meu ouvido:
- Não essa fome, seu bobo! - senti suas mãos escorregando... - Cansei de te dar aula.
Cara! Eu só devo estar doente, não é normal. Estava com uma garota incrível, dando a maior bola pra mim e eu? Estava intrigado, embolando meus pensamentos naquela...naquele vulto! Realmente, eu me surpreendo comigo as vezes.
- Okay, já temos os doces, vamos voltar para o hotel agora. Será a minha vez de te ensinar algumas coisas... - disse maliciosamente balançando meu piercing para ela.
 - Finalmente! - disse segurando firmemente minha mão.
Coloquei a mão no bolso. Maldito costume! Novamente, senti a pulseira lá.
Que droga! Não conseguia libertar meus pensamentos dela!

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Notas finais do capítulo

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