De volta a Los Angeles, fomos para casa e descansamos um pouco. Como Bella parecia que não acordaria logo e estava melhor, decidi dar uma passada na casa da mamãe.

 

Não gosto de mentir para ela, mas acho que tive um bom motivo para isso. Dias depois de Bella perder o bebê, lendo o jornal uma reportagem que falava do numero que crianças no orfanato me chamou atenção, e decidi que iria ajudar.

 

Pedi para Demetri (advogado da empresa), que conseguisse algumas informações mais profundas para mim, mas como ele precisou de férias, e Emmet havia voltado pedi ajuda a ele.

 

Esse foi um dos motivos de eu querer voltar logo. No dia que liguei para casa, Emmet quis falar comigo, e me deu a melhor noticia que podia esperar: Eles não queriam apenas minhas ajuda financeira, gostariam de saber se tinha interesse em adotar uma criança.

 

Mas é claro que tinha, meu sonho sempre foi ter um filho, e enquanto Bella não conseguisse engravidar poderíamos adotar uma criança. Chegando, estacionei e já fui entrando.

 

- Boa tarde Maria, tem alguém em casa?

 

- Sim, sua mãe, Emmet e Rosalie. A moça não está se sentindo bem.

 

- Vou vê-los.

 

Encontrei mamãe dormindo em seu quarto, dei-lhe um beijo e sai.

 

- Edward você voltou mesmo. – Emmet estava saindo do quarto.

 

- Não disse que viria. E como estão as coisas?

 

- Melhor impossível. A assistente social quer conversar com vocês amanhã.

 

- Isso diminui muito o tempo que eu esperava ter para contar a Bella.

 

- Você ainda não contou para ela?

 

- Não.

 

- Cara acho bom vocês conversarem logo, então. E preparem-se, pois vocês terão de responder muitas perguntas.

 

- Estaremos prontos. Mas uma vez obrigada, você é um ótimo advogado, saiba que as portas da empresa sempre estarão abertas para você.

 

- Fico feliz em saber disso, e pode ter certeza que estou pensando no caso.

- Muito bom saber disso. Adoraríamos ter um profissional com a sua qualificação, no nosso circulo empresarial.

 

- Olha que eu aceito mesmo em?!

 

- Filho por que não me chamou? Onde está Bella? – Mamãe nos interrompeu, e me despedi de Emmet.

 

- A senhora dormia tão tranquilamente, que resolvi não interromper. E Bella está em casa descansando.

 

- Ela melhorou?

 

- Já está bem melhor. Agora se não se importa, eu realmente preciso ir.

 

- Tão rápido assim?

 

- Só vim mesmo, para conversar com Emmet. – Ela assentiu e voltei para casa.

 

No caminho fiquei pensando, que se tudo desse certo, logo logo teríamos uma criança correndo pela casa.

 

- Edward onde você esteve? Acordei e não te encontrei.

 

- Desculpa amor, precisei ir conversar com Emmet. – Dei um selinho nela, sentando-me ao seu lado na cama. – E agora preciso conversar serio com você.

 

- Pode falar, sou toda ouvidos.

 

- Bella eu sei que pela ordem natural das coisas, eu devia ter lhe falado antes de tomar qualquer decisão, mas como não consegui esperar, fiz as coisas sem seu consentimento.

 

- Edward você está me assustando, fala logo.

 

- Pois bem, eu entrei com um processo de adoção. Eu estava vendo uma noticia no jornal, e algo dentro de mim dizia que precisava ajudar uma daquelas crianças, por isso pedi a Emmet que me ajudasse, e ele conseguiu. – Será que ela não gostou da idéia? Ou ainda estava em choque?

 

- Conseguiu o que? Adotar uma criança?

 

- Ainda não. A assistente marcou uma entrevista conosco amanha, mas eu entenderei perfeitamente se você não quiser continuar com minha idéia.

 

- Por que não aceitaria? Nós somos loucos por crianças, e não há nada melhor que cuidarmos de uma, enquanto não temos o nosso. Se esse é seu desejo, eu apoio inteiramente.

 

- Você está falando serio?

 

- Por que mentiria? – Puxei-a para um beijo caloroso.

 

- Bella eu te amo. Você me faz o homem mais feliz deste mundo.

 

- Você que me surpreende a cada dia, e me faz ficar ainda mais apaixonada.

 

[..]

 

 

Na manha seguinte quando acordei, notei que Edward estava visivelmente nervoso.

 

- Acalme-se amor, não há motivo para não conseguirmos a guarda da criança.

 

- Eu sei Bella, mas não consigo me controlar. Vou te esperar lá em baixo ok?

 

- Vá sim e tente relaxar, eu não demoro.

 

Como prometi, tomei um banho rápido, coloquei uma roupa digamos “mais comportada”, afinal, se tudo desse certo, em breve seria mãe de família.

 

Depois de tomarmos café, fomos rapidamente para o orfanato. Enquanto esperávamos nossa vez, ficamos sentados próximos a algumas crianças que ali corriam.

 

- Pala, você ta me machucando. Me solta. – No momento que Edward ouviu o garotinho gritando, correu para ajudá-lo. Eu obviamente fui atrás.

 

- Hei você ai, por que estava batendo nele? – Edward já segurava o menino em seus braços, e secava suas lagrimas.

 

- Ele é um idiota, bastardo, e ainda por cima pirralho.

 

- Olha pro seu tamanho garoto. Você não deve ser nem três anos mais velho que ele, e agora seria uma boa hora para nos dar licença. – Não precisava de mais nada, Edward apaixonou-se por aquele garotinho. – Não precisa mais chorar, agora nós estamos aqui com você.

 

- Ma-s m-a-s, ele me bateu. E agola ta doendo – E começou a chorar de novo.

 

- Já já passa. Meu nome é Edward, e essa aqui é minha esposa Bella.

 

- Oi. – Ele disse levantando um pouquinho a cabeça, e corando assim como eu.

 

- Como é seu nome, pequeno? – Perguntei, sentando-me ao seu lado.

 

- Gabriel.

 

- Belo nome, e quantos anos você tem? – Ele fez gesto com os dedinhos, indicando que eram três.

 

- Vocês vão ser meus papais? – Nenhum de nós esperávamos por essa pergunta, mas foi Edward que respondeu.

 

- Nós ainda não sabemos Gabriel, precisamos conversar com algumas pessoas. Mas eu te prometo que virei um dia para te levar para passear.

 

- Ahh. – Ele abaixou a cabeça novamente.

 

- Hei, não é para ficar triste. Agente vai fazer um passeio super legal Gabriel.

 

- Mas eu quelia uma pai, assim como você.

 

- Eu também gostaria muito de ter um filho como você. Quem sabe um dia agente não consiga né?! Agora eu preciso ir conversar com a moça, e prometo que depois nós voltamos aqui. – Ele assentiu, e nós saímos, mas com uma dor imensa no coração.

 

- Isabella e Edward Cullen, é um prazer recebe-los.

 

- O prazer é todo nosso. Gostaríamos que soubesse que faremos de tudo para conseguir essa adoção.

 

- Não será preciso muita coisa. – Nos olhamos com surpresa. Como assim não será preciso muita coisa? – Eu vi como vocês se relacionaram bem com Gabriel, percebi que ambos se aceitaram. Seu advogado também já me passou todas as informações necessárias, e vocês não poderiam ser melhores para cuidar dele.

 

- Isso é maravilhoso. E quando podemos levá-lo para casa? – Era visível a felicidade de Edward.

 

- Peço um pouco de calma Sr. Edward.

 

- Como pode pedir calma, se eu acabo de descobrir que vou conseguir a adoção?

 

- Desculpe, eu imagino a felicidade de vocês. Mas nós precisamos conversar um pouquinho sobre Gabriel. – Assentimos, e ela continuou. – Gabriel está conosco desde que nasceu. Quando a mãe dele ainda estava grávida sofreu um acidente de carro, que matou ela e o marido, mas os médicos conseguiram salva-lo. Desde então a família que não aceitava o casamento dos dois, não quiseram o menino, e ele está aqui com agente.

 

- Que história. – Me limitei a falar, só isso.

 

- Devo avisar também que Gabriel nunca foi escolhido, pois já foram varias as vezes que ele alterou seu quadro psicológico, principalmente com medo excessivo.

 

- E vocês não sabem o que ele tem?

 

- Infelizmente nunca fomos atrás.

 

- Desculpe-me, mas isso é um absurdo. Pode ter certeza que nós faremos os exames necessários, procuraremos os melhores psicólogos.

- Fico feliz em saber disso. Então prontos para terem ele como filho de vocês?

 

- Com certeza. – Respondemos juntos.

 

Gabriel estava sentado isolado das outras crianças, e de cabeça baixa. Quando viu Edward saiu correndo, e meu amor rapidamente abaixou apara pega-lo.

 

- Você voltou.

 

- Eu não prometi que voltaria. E tenho uma surpresa muito boa, para te contar.

 

- Conta, conta. – Ele já pulava no colo de Edward.

 

- Gabriel é bem esperto para um garoto de três anos. – Comentei com a assistente social.

 

- Na verdade ele já está quase fazendo quatro. O aniversario dele é mês que vem.

 

- Que boa noticia. Assim poderemos fazer uma festa para ele. – Voltei a prestar atenção na conversa dos dois.

 

- Você vai se meu pai?

 

- Sim meu anjo, e Bella sua mãe. – Me aproximei e o peguei no colo.

 

- É isso mesmo fofinho, nós seremos a sua família agora. Quer conhecer sua nova casa?

 

- Uhum. – Nos despedimos da assistente social, agradecemos por tudo, e saímos do orfanato.

 

Edward e eu decidimos ir ao shopping, passear com nosso filho. Compramos vários brinquedos, roupas, e utensílios para montar seu quartinho.

 

Depois passamos em casa, mostramos tudo para Gabriel, que ficou encantado. Deixamos com Lourdes as coisas para o quarto ser montado, até a hora de chegarmos, e fomos para casa dos Cullen.

 

No caminho Edward ligou para todos, mandando-os ir para casa o mais rápido possível. É claro que ninguém entendeu nada, mas prometeram que estariam logo em casa.

 

- Meu amorzinho, agora nós vamos à casa da vovó e conhecer todo mundo lá.

 

- Sela que eles vão gosta de mim?

 

- Mas é claro que vão. Você é lindo, fofinho, e nosso filho agora.

 

- Eu já te amo mamãe.

 

- Eu também te amo meu amor. – Dei um beijinho em sua bochecha.

 

- Não acham que estão esquecendo de alguém não? – Pedi a Gabriel que também falasse com Edward.

 

- Você é o melho papai do mundo.

 

- Melhor, filho. – Já tinha que começa-lo a corrigir.

 

- E você é o melhor filho do mundo.

 

Chegando tirei-o da cadeirinha, que havíamos comprado no shopping, e peguei-o no colo.

 

- Pronto meu amor?

 

- Plonto mamãe.

 

Entramos na casa, e logo Maria veio nos atender.

 

- Bom dia filhos. Que criança linda, quem é? – Gabriel era lindo mesmo, cabelinhos loirinhos, olhos azuis, e pele clarinha.

 

- Nosso filho Maria. – Ela fez cara de espanto, obviamente não entendeu nada. – Nós conseguimos a adoção, e estamos aqui para contar para todos.

 

- Que maravilha! Então mocinho, quer comer alguma coisa? – Gabriel se escondeu atrás dos meus cabelos.

 

- Pode pedir meu amor, que Maria faz para você. – Ele continuou sem se mexer. – Maria que tal um bolo de chocolate.

 

- Bolo?! Eu quelo. – Maria então foi para cozinha preparar o bolo, para meu menino. Já estava acostumando com a idéia de ter Gabriel em minha vida agora.

 

Ficamos na sala, vendo t.v enquanto o resto da família não chegava.

 

- Irmãozinho querido chegamos. – Alice veio saltitando para nosso lado, e mais uma fez Gabriel se escondeu em meus cabelos. – O meu Deus, que coisinha linda é essa?

 

- É sobre isso que gostaríamos de conversar com vocês All.

 

- Não me digam que vocês.. O MEU DEUS é melhor que eu imaginava.

 

- Calma All, agente não disse nada ainda.

 

- Mas eu já entendi tudo Ed.

 

- Então você se contenha, para gente poder contar para todos. – Ela sentou-se ao lado de Bella, e começou a mexer com Gabriel.

 

- Filho o que aconteceu, para você nos fazer voltar tão rápido para casa?

- Mãe, eu tomei uma decisão há algum tempo, e graças a Deus Bella me apoiou. Hoje finalmente nós conseguimos: Gabriel é o mais novo membro da família Cullen.

 

- Serio? Eu vou ser avó? – Esme começou a chorar, e também se aproximou de Bella. – Oi Gabriel, sou Esme e vou ser sua mais nova avó.

 

- Filho fala oi com a vovó.

 

- Oi. – Ele parecia meu filho de sangue. Que vergonha toda era aquela?

 

- Gabriel, fala direitinho com eles meu amor.

 

- Mas e se eles não gostalem de mim? – Ele disse baixinho no meu ouvido.

 

- Como eu não podia gostar do meu próprio neto, sem contar que ele é lindo.

 

- Você me achou lindo?

 

- Claro meu amor. Vem aqui me dá um abraço.

 

  E assim ele fez, pulou do meu colo, e correu para os braços de Esme. Depois passou no colo de cada um presente ali, até mesmo sem saber quem era cada um deles.

 

- Mamãe e quem é meu vovô?

 

- Filho, o seu avô morreu já faz um ano. Mas o Giuseppe vai ser seu novo vovô.

 

- E aquele moço grandão?

 

- Aquele é Emmet, e a mulher dele Rosalie, eles são amigos da família. – Gabriel então chegou perto de Emmet.

 

- Eu gostei muito de você. Posso te chama de tio?

 

- Claro garotão, nós ainda vamos aprontar muito juntos. Que tal começarmos jogando vídeo-game? Chama seu pai, Giuseppe e tio Jasper para ir com agente.

 

 

Gabriel convenceu todo mundo a ir com ele, enquanto eles se divertiam, nós ficamos conversando e ajudando a Maria no preparo do almoço.

 

Graças a Deus todo mundo aceitou bem nossa decisão.