- Amor vamos embora, acho que Gabriel está com sono. – Já havia uns cinco minutos que ele estava deitado no sofá.

- Claro amor, acho que todos vão entender. E nós podemos voltar aqui outra hora, ou até mesmo podemos deixá-lo aqui para curtir a nova família.

- Com certeza.

Nos despedimos de todos, e Esme só nos deixou ir pois prometemos voltar com Gabriel o mais rápido possível. Meu pequeno conquistou a todos.

Coloquei-o na cadeirinha, e percebi que ele logo pegou no sono, tombando a cabecinha para o lado.

- Edward poderia ir um pouquinho mais rápido?

- Você me pedindo para correr? Está com febre amor.

- Estou abrindo uma exceção. Gabriel dormiu, e não quero que ele fique dolorido.

- Tudo bem senhora Cullen, em breve estaremos em casa. – Para que eu fui pedir isso? Edward começou a dirigir do jeito que ele gosta, em alta velocidade. 

O bom foi que chegamos em casa muito rápido. Edward então pegou-o no colo, levando-o para nosso quarto enquanto o pessoal não acabava de montar as coisas.

- Então Lourdes, tudo certo?

- Sim dona Bella. Eles já instalaram o guarda-roupa, cama, prateleiras, só falta nós colocarmos os restos de acessório, e arrumar as coisinhas dele.

- E o quarto de brinquedo?

- Ficou lindo! Tudo muito bem organizado, e esquematizado.

- Fico muito feliz, tenho certeza que Gabriel vai amar.

- Impossível uma criança não gostar de tanto brinquedo. Parece que estamos entrando na própria loja, e mais uma coisa, eu tomei a liberdade de fazer algumas guloseimas que crianças gostam.

- Não tem problema algum, nós precisamos comemorar. Mais não será sempre em Lourdes, se não ele fica mal acostumado.

- Sim senhora. Agora se me da licença, tenho algumas coisas a fazer.

- Obrigada por supervisionar tudo.

- Que nada, fiz apenas meu trabalho. – Mais uma vez agradeci, e fui arrumar o quarto do meu jeitinho.

Realmente havia ficado maravilhoso. A mobília havia sido escolhida minuciosamente, para que tudo se encaixasse perfeitamente. Como pedido de Gabriel, fizemos o quarto todo esquematizado em torno do Bob Esponja.

Foram colocados na parede, varias bolinhas representando o fundo do mar, e todos os personagens do desenho. Pedi apenas que deixasse um lugar de destaque reservado, para que quando tirássemos uma foto em família, pudesse colocá-la ali.

Perdi a noção do tempo, enquanto dobrava todas as roupinhas, e só me dei conta do mundo, quando ouvi uma gritaria no corredor.

- HÁHÁHÁ EU PASSEI NA FLENTE.

- NÃO POR MUITO TEMPO. – Cheguei à porta e fiquei observando os dois brincando com um carrinho de controle remoto. No minuto que Edward passou na frente, Gabriel parou.

- PAPAI ISSO NÃO VALE. VOCE PLOMETEU QUE EU IA GANHA.

- Prometeu filho. Mas não fica triste, no dia que você for brincar com a mamãe, eu juro que te deixo ganhar.

- EBAAAAAA. PO LISSO QUE EU AMO VOCÊ. – Teria de levar Gabriel o mais rápido possível, em uma fonodiologada. A convivência com as outras crianças menores, teve ter deixado-o mal acostumado.

- Então também te amo fofinho. Agora que tal se nós formos conhecer seu quarto em?! – No mesmo instante ele se jogou no meu colo.

Quando Edward abriu a porta, parecia que Gabriel estava em choque, ele não se mexia e nem dizia nada.

- Você gostou meu amor?

- Uhum. – Ele saiu correndo, e ficou andando de um lado pra o outro do quarto.

Abriu a porta do banheiro, pulou na cama, pegou o boneco de pelúcia do Bob Esponja, e por fim veio nos abraçar, dizendo que tudo era lindo.

Mostrei também, todas as roupinhas, os dvd’s de desenhos, entre muitas outras coisas. Mas ainda faltava a parte principal, o quarto de brinquedos.

Fizemos quase o impossível para conseguir pessoas pra que montassem isso tão rapidamente, e graças a Deus e um pouquinho ao dinheiro nós conseguimos. Quando abríssemos uma das portas do guarda roupa, entraríamos direto no quarto ao lado, onde encontraríamos uma mega coleção de brinquedos.

Como podíamos imaginar, nosso garotinho amou ainda mais o outro quarto, e ainda fez Edward prometer que brincariam todos os dias juntos. Depois de mostrarmos tudo, ficamos assistindo a um filme, enquanto Lourdes não terminava nossa janta.

Confesso que voltei a ser criança, essa sensação de felicidade era inigualável. Jantamos, e comemos muiiito brigadeiro.

- Filho, acho que está na hora de dormimos.

- Mas mamãe, eu to sem sono.

- Mas o papai ainda vai te dar banho, pode ler uma historinha se você quiser.

- Sélio?

- Sério meu amor. E depois a mamãe também passa lá pra te dar um beijinho. – Ele assentiu e já foi subindo.

- Bella como eu faço isso?

- Edward não acredito que você não consegue dar banho em uma criança. Eu juro que iria, mas eu realmente preciso organizar umas coisas, inclusive sobre a escola de Gabriel.

- Tudo bem, mas qualquer coisa eu te chamo.

- Fique tranqüilo, você vai conseguir. – Pisquei pra ele, e entrei no escritório.

______________________________________________________________________

 E agora, o que eu iria fazer? Nunca dei banho em uma criança. Chegando ao quarto vi que Gabriel já estava no banheiro, por isso entrei rapidamente lá.

- Filho você vai ter que ajudar o papai ta bom? Pode parecer que eu não sei, mas na verdade falta pratica. – Preferi omitir alguns fatos. Imagina se eu chego para meu filho, e digo que não sei dar banho nele.

- Eu te ajudo papai. Plimelo..

- Eu sei, primeiro nós vamos lavar sua cabeça, depois passamos creme, e ensaboamos certo?

- Celto.

Comecei a fazer tudo bem devagar, para me acostumar com a idéia. Depois que acabamos, o sequei colocando-o na cama para mudar sua roupa. E agora o que eu fazia?

- Papai você tem que coloca a flauda.

- Frauda? Você sempre usa frauda? – Ele apenas abaixou a cabeça, e nada respondeu. – Filho não tem problema, talvez você ainda não consiga ficar sem, mas nós vamos te ajudar, agora só espere um pouquinho ok?! – Ele assentiu, e eu sai para chamar Bella.

- Edward quem tomou banho, você ou Gabriel?  - Foi ai que percebi, que estava todo molhado, ou melhor, ensopado.

- Bella é serio, como se troca um frauda. Me ajuda, pelo amor de Deus.

- Vamos lá que eu te ensino.

Quando voltamos, Gabriel estava do mesmo jeitinho que eu o havia deixado.

- Filho não acredito que papai não conseguiu colocar frauda em você. Por que você não disse a ele que era fácil?

- Ele saiu daqui.

- Então tudo bem. Agora deixe-me ver essa bundinha linda. – Bella segurou suas perninhas, e antes de colocar a frauda, passou algum tipo de pomada para assadura. Como ela conseguiu saber de tudo isso em menos de 24 horas. – Aprendeu amor? Fácil fácil.

- Para você falar é fácil, há te convir que mulheres tem muito mais habilidades que os homens.

- Isso não tem nada haver amor. Agora leia uma historia para ele, porque já esta na hora de criança estar na cama. – Assenti, e sentei-me do lado de Gabriel.

- E ai garotão, gostaria de ouvir que historia?

- Pode se do pequeno plincipe? A tia semple contava pla gente.

- Vamos lá então. – Comecei a ler, mas logo percebi que Gabriel já havia dormido. Deixei o quarto em silencio, indo encontrar Bella em nosso quarto.

- Saiu vivo?

- Pode parando de rir. Você sabe que eu não tinha experiência com crianças.

- Nem eu amor.

- Nesse quesito eu admito que mulheres sempre sabem o que fazer.

- Obrigada. Obrigada.

- Vou tomar um banho, mas volto logo, pra gente namorar um pouquinho.

_____________________________________________________________________

Depois que Edward saiu para o banho, eu queria esperá-lo, pois sabia se dormisse ele viraria uma fera, mas não agüentei e dormi.

Acordei no meio da noite, pois jurei ter ouvido alguém me chamando.

- Edward, amor, acorda. – Balançava ele, e nada. – Amor, acorda.

- O que foi Bella, ta sentindo alguma coisa? - Ele disse ainda meio sonolento.

- Eu acho que escutei alguém me chamando, vê se é Gabriel.

- Amor isso é coisa da sua cabeça, eu não estou ouvindo nada.

- Tudo bem, se você não vai, eu vou.

- Espera eu vou. – Nisso eu já tinha me levantado. Como previ, ao abrir a porta do quarto encontrei Gabriel sentado na nossa porta chorando baixinho.

 - O que aconteceu meu amorzinho? – Ele estava abraçado ao ursinho do Bob Esponja.

- Ma- ma-mãe eu to com me-edo de fica so-ozi-nho.

- Vem aqui filho. – O peguei no colo, voltando para quarto. Edward já estava sentado na cama. – Não precisa ter medo, agente está aqui pertinho do seu quarto.

- Vem aqui com o papai filho. Quer que eu durma com você?

- Uhum.

- Então vamos lá pro quarto. – Edward o pegou no colo, saindo do quarto. Outra coisa que teria de fazer logo, marcar um psicólogo, com certeza Gabriel tinha um medo excessivo.

[..]

Logo de manha desci para arrumar o café dos meus dois amores, já que Edward havia pegado no sono, junto com Gabriel.

- Acordem dorminhocos, já está na hora. – Percebi que eles iriam fazer hora com a minha cara. – Acho que eu vou ter de fazer cosquinhas para acordá-los.

- Não mamãe, já acodei. Mas acho que papai ainda não.

- Mas é claro que eu acordei, e o que temos para o café?

- Varias coisinhas. Vamos atacar então? – Eles assentiram, e começamos nosso primeiro café da manha em família.

Quando terminamos, Edward foi tomar banho, e eu dar banho no meu bebê. Logo também me arrumei, e estávamos pronto para ir trabalhar.

- Filho agora agente vai trabalhar, e você pode ficar com a Lourdes, enquanto você não é matriculado na escola.

- Mas mamãe, eu não quelo fica sozinho.

- Querido você não vai estar sozinho, Lourdes fica em casa o dia todo.

- Pai.

- Filho eu e mamãe precisamos trabalhar, mas agente jura que volta logo. – Juro que vi uma lagrima escorrendo nos seus olhinhos.

- Vamos fazer assim meu amorzinho, você vai comigo para a agencia, depois nós conhecemos a empresa do papai, e mais tarde vamos ao parque.

- EBAAAAAAAAAAAAA. – Se eu continuasse com esse coração mole, deixaria Gabriel mimado.

Coloquei uma roupinha super estilosa nele, e saímos em família.

- Bom dia dona Isabella.

- Bom dia Camila. Esse aqui é Gabriel, meu filho.

- Oi lindinho. Tudo bem com você?

- Uhum.

- Ele tem um pouquinho de vergonha, não ligue. Agora fazendo favor, leve todos os contratos em minha mesa, e os recados que tiveram enquanto estive fora.

- Levo em instantes.

- Obrigada. Filho se você quiser, pode brincar aqui na sala da mamãe ta bom?

- Posso ver t.v ?

- Claro vou ligar para você.

Como ele se distraiu com a televisão, comecei a repassar a papelada, mas logo meu telefone tocou.

- Fala All.

- Beliinha onde você está?

- Na Swan, por quê?

- Gabriel ta com você? Passei aqui na sua casa, mas Lourdes disse que ele havia saído com vocês.

- Ele disse que não iria ficar em casa sozinho, e decidi traze-lo comigo.

- Posso passar ai para pega-lo? Mamãe e eu gostaríamos de passear com ele.

- Me deixa perguntar, ele tem um gênio forte.

- Filho você quer ir passear com tia Alice e com a vovó?

- Você vai?

- Infelizmente eu não posso meu amor, mas você pode ir com ela.

- Mas você plometeu que agente ia vê o papai.

- Mas nós podemos ver ele. Façamos assim: você vai com elas, nós marcamos de almoçar juntos, e vamos todos ver o papai, pode ser?

- Pode.

- All, pode passar aqui.

- Não acredito que vou passear com meu sobrinho.

- Agente conversa mais aqui então.

Alice não demorou a chegar. Deixei todas as recomendações com ela, até que Esme disse que já tinha cuidado de dois, não seria muito difícil ficar três horas com meu filho.

Também combinamos de almoçar por ali mesmo, para que pudéssemos ir ver Edward.