Um belo dia, Giluke, agora renascido como Super Giluke, se encontrava num lugar sombrio.  Eis que Ahames aparece diante dele.

AHAMES:  MORRA!!!! – o ataca com uma rajada de seu cajado.

GILUKE:  Espere! – bloqueia o raio com a mão nua – neste momento, mais uma vida vai surgir.

Havia algo no chão, que era o corpo de um monstro.  O corpo brilha, até que tal monstro, que parecia, até então, morto, volta a viver. 

???:  Monstro espacial Zadoz...

Eis que nessa parte, ele relembra sua passagem pelo cemitério do universo, após ser vencido pelos Flashman em batalha. 

GILUKE:  Um dia, fui enviado ao cemitério do universo...  e lá, eu tomei o corpo do monstro espacial Zadoz, nos tornamos um só e voltamos a este mundo.  Banhei-me na poderosa Aura Energética, que permitiu-me voltar, e enfim, o monstro Zadoz também renasceu. 

Eis que surge o holograma de Bazoo para eles.  Todos se ajoelham perante o demônio intergaláctico.

GILUKE:  Senhor Bazoo...  veja só as forças que adquirimos, após retornar do cemitério do universo.

BAZOO:  Fez ressurgir até Zadoz...  isso é fantástico.  Muito bem! 

AHAMES:  Senhor Bazoo...  – tenta protestar.

BAZOO:  Se lamenta tanto, então conquiste logo a Terra, Ahames!

Ahames sentia-se como se estivesse sendo deixada de lado, uma vez que, até agora, todas as suas tentativas de dominar a Terra foram infrutíferas. 

Enquanto isso, em algum lugar, Sara e Lu corriam, mas ambas estavam de roupas trocadas, uma vestindo a roupa da outra. 

SARA:  Lu, me espere!  Já falei pra esperar!  Devolva as minhas roupas!

LU:  Ah, dá um tempo, Sara, que tem de mais?  Deixe-me dar uma volta vestindo sua roupa, depois trocamos. 

SARA:  Lu...  devolva minhas roupas agora! – diz, zangada.

No entanto, a perde de vista.

SARA:  Lu...  por favor...  onde você se escondeu?

Nisso, nota que tem algo estranho no ar.  Do nada, vários homens, a maioria deles vestidos de cowboy, vão surgindo e cercando-a.  O que quererão?  Nesse momento, do outro lado, Lu, que estava escondida, observava a tudo.  Um dos homens, que por sua vez, estava vestido de indígena, saca uma enorme faca de dentro da calça, na intenção de atacar Sara.  Outros também sacam facas.  Vendo que precisa lutar, Sara os enfrenta, conseguindo imobilizar um deles. 

SARA:  O que está havendo...  o que querem, afinal? – indaga.

Para surpresa dela, um deles se transforma em monstro.  Mas peraí...  ele se transforma no monstro espacial – e também aquático – Shyla??  Mas ele não tinha morrido?

SHYLA:  Monstro espacial Shyla!

SARA:  O que...  Shyla?

O homem que ela tinha imobilizado a agarra no pescoço e vira o monstro roqueiro Hara Ross.

ROSS:  Monstro espacial Ross!!!

LU:  Sara...  cuidado!

Nisso, ela leva um golpe e desce as escadas rolando, vindo a perder os sentidos, diante de um grupo de Soldados Hiddler. 

LU:  SARA!!! – chega num salto – Sara...  vocês aí...  Shyla e Ross...  ambos já deviam estar mortos.  Eu acabei com vocês!

Porém, lá ao fundo, numa rajada, eis que Super Giluke aparece, acompanhado de Zadoz.  Será que ambos podem reviver os mortos?

LU:  Super Giluke! – diz, espantada – O que você está a tramar agora?

GILUKE:  Um mundo de trevas, construirei o meu mundo.  Ressuscitando todos do mundo das trevas, farei uma cidade diabólica.  Ross...  Shyla...  ATAQUEM!!!

Mas quando os monstros mortos-vivos vão atacar, eis que Jin, Dan e Go aparecem devidamente transformados para lutar. 

DAN:  GLASS LASER!!!! – atinge ambos os monstros com seus socos metálicos.

JIN:  Tudo bem, Lu?

LU:  Red Flash, rápido, a Sara...  socorra a Sara! – diz, tentando enfrentar os monstros, mesmo sem transformação. 

Red Flash pega Sara nos braços, enquanto Green Flash e Blue Flash lhe dão cobertura.  Lu tenta acompanhar os amigos, mas os monstros conseguem cerca-la.

JIN:  Lu...  fuja depressa!

Mas Super Giluke, com sua espada-tridente, invoca um objeto do céu, parecido com um campo de força, que forma uma grande cúpula a cobrir todo o lugar.  Quando os Flashman dão por si, Lu ficou para trás, presa naquela grande cúpula.

DAN:  A Lu...  cadê ela? – indaga.

GO:  Olhem, o que é aquilo?  Que cúpula é aquela?

E agora?  Que sorte aguarda nossa heroína? 

Lu, dentro daquela grande cúpula, vê que tudo ali se mexia, mudando de cenário, era como se estivesse numa cidade cenográfica, dessas usadas para a gravação de filmes.  No caso, era como se ela estivesse na gravação de um filme de faroeste.  Por toda parte, homens vestidos de cowboy, armados, andando a cavalo, um cowboy havia capturado um índio no laço e o arrastava pelas ruas, enquanto galopava.  Em outra parte, cowboys atiravam uns nos outros.  Era como se Lu estivesse dentro de um filme de John Wayne ou de Clint Eastwood.  Como ela cresceu em outro planeta, e não acompanhou de perto o entretenimento terráqueo, todas as culturas diversas da Terra, isso lhe soa muito estranho.  Mas, uma vez lá dentro, sente que é seu dever investigar todos os passos de Super Giluke e Zadoz. 

Enquanto isso, num outro canto daquela cidade cenográfica, alguns cowboys andavam tranquilamente pelas ruas, bebendo, fumando e tocando música.  Um cowboy, que vinha a caminhar, era atacado por um índio que o queria escalpelar, mas o alveja primeiro, seguido de outro que o tenta balear do alto de uma mercearia, e o tiro pega na vitrine de uma loja de artigos de casamento.  Lu estava lá dentro, disfarçada de noiva, fingindo ser um manequim.  Com o tiro, se assusta, achando que a bala ia acerta-la.  

LU (pensando):  Nossa...  mas o que está acontecendo com essa cidade?

Nisso, o tal cowboy – que aparecera para Lu como o monstro Shyla – olha para a vitrine da loja e a vê vestida de noiva, enquanto ela se mantinha imóvel, fingindo ser um boneco de manequim.

COWBOY (pensando):  Estranho...  acho que a conheço de algum lugar... – e sai.

Enquanto isso, algumas coisas aconteciam em uma paróquia.  E na frente dela, dois Soldados Hiddler parados, como se estivessem de sentinela.  Dentro dela, no altar, estava – pasmem – Super Giluke, como se fosse um padre.  Mas que diabos é isso?  Uma missa negra?  A paróquia estava repleta de gente.  Do outro lado, estava o monstro Zadoz.

GILUKE:  Ordeno que ressuscite monstro espacial... – e dispara uma rajada no monstro.

ZADOZ:  Maldição de Zadoz!

A cara do monstro se transforma numa espécie de portal dimensional, e dela, saem vários Soldados Hiddler e até mesmo monstros.  Na verdade, eram os espíritos de soldados e monstros espaciais já mortos, que estavam sepultados no cemitério espacial.  Suas almas encarnam nos corpos das pessoas.  Qual será a intenção de Giluke, usando pessoas inocentes como hospedeiros de monstros já mortos?  Seja lá o que for, é uma trama bastante maligna.  Eis que acima dele, aparece o holograma de Bazoo.

GILUKE:  Senhor Bazoo...  eu e o monstro espacial Zadoz temos o poder de ressuscitar os monstros e Soldados Hiddler já mortos no cemitério do universo.  Somos capazes de transferir qualquer um para um corpo humano. 

BAZOO:  Fantástico!  Transforme a Terra num mundo de putrefação e corrupção!

GILUKE:  Sim, senhor...

Enquanto isso, os demais Flashman sobrevoavam em torno da grande cúpula com o Star Condor.

JIN:  Muito bem, ao ataque!  RAIO STAR CONDOR!!!

No entanto, o laser da nave resvala na cúpula, sem arranhá-la. 

JIN:  Não adianta!  Isso é balium, muito resistente.

GO:  Que droga!  Não há um meio de destruir essa porcaria – reclama.

DAN:  E a Lu...  como será que ela está?

Da Round Base, Mag falava com os demais:

MAG:  Lu deve estar presa nesse lugar, e investigando por conta própria.  Ela corre perigo!  Precisamos achar um meio de atravessar esta cúpula, e salvá-la imediatamente.

Sara estava ao lado de Mag, com o braço enfaixado.  Nisso, eis que o Dr. Tokimura, por seu turno, aparece ali, trazendo notícias.

TOKIMURA:  Mag, Sara...  o conserto do Flash King está concluído.

SARA:  Verdade? – sorri – Mas isso é muito bom!

MAG:  Flashman...  o conserto do Flash King foi concluído, graças à ajuda do Dr. Tokimura.

GO:  Maravilhoso!  Agora sim...  mas antes, precisamos salvar a Lu.

Enquanto isso, algumas coisas se passavam dentro de um saloon.  Uma moça, vestida de espanhola, e com leque, estava a dançar, enquanto um cowboy tocava violão.  Do outro lado, outros homens aplaudiam para dar ritmo, e nisso, alguns deles se transformavam momentaneamente em Soldados Hiddler, e um deles chegava a dar forma ao monstro Shyla.  O músico que estava a tocar dava forma ao monstro Hara Ross, mas só por uns segundos, até voltar a ser humano novamente.  Nisso, Lu, que estava a dançar, se aproxima dele, se abanando com o leque. 

MÚSICO:  Nossa, você está uma graça – galanteia.

LU:  Ah, obrigada...

Lu se aproveita da situação e faz charme para o músico, sabendo que havia um monstro encarnado nele, como forma de descobrir quais os próximos passos de Super Giluke.

LU:  Escute...  não gostaria de dançar diante de Super Giluke, não acha uma boa ideia?

MÚSICO:  Oh yeah...  boa ideia!

Nisso, o cowboy que tinha o espírito de Shyla encarnado nele se levanta e se dirige até Lu, que estava dançando vestida de hispânica. 

COWBOY:  Olá, jovem, não gostaria de dançar comigo? – indaga.

No entanto, ao olhar direito para Lu, parece tê-la reconhecido.

COWBOY:  Ei...  acho que a conheço de algum lugar.

Lu se sente como se tivesse sido descoberta.  E agora?  Estava sozinha, sem seus amigos a ajuda-la.  E como eles conseguirão chegar ali?

MÚSICO:  Saia do meu caminho! – empurra o cowboy.

LU:  Não conheço você não! – e corre.

COWBOY:  Ei, espere! – e vai atrás dela.

Enquanto isso, algumas coisas se passavam debaixo da cidade cenográfica.  Havia uma movimentação estranha numa espécie de túnel, que, originalmente, devia ser ligado à rede de esgoto.  Quem serão eles, e o que querem?

Nisso, Lu assume outro disfarce; dessa vez, se vestira de índia. 

LU (pensando):  Onde estará Super Giluke, aquele covarde? – e passa por um grupo de Soldados Hiddler – Ah, olá!

Nisso, vê um grupo assar um churrasco no espeto.  Como há dias não comia algo decente, sem ser as pastilhas de energia que a Mag lhe obriga a comer, resolve se servir.

LU:  Hummm  posso pegar um? – pergunta.

MOÇO:  Claro, sem problema...

LU:  Obrigada – agradece.

E sai a caminhar, comendo churrasco de coração de galinha.  Nisso, o cowboy que tanto a assediava no saloon aparece.

COWBOY:  Agora eu te peguei! – grita.

Lu pensa que é com ela, mas o mesmo passa ao seu lado incólume, em direção a uma outra moça, que estava vestida de dama de antigamente, com direito a um sombreiro.  

COWBOY:  Não adianta disfarçar não...

Mas quando vai ver...  era SHIMA!!!  Sim, ela estava ali, infiltrada por ordem de Ahames.  O sacana, por sua vez, a olhava com uma cara de espertinho.

SHIMA:  Que atrevimento!  O que pretende? – e lhe dá um chute nas partes baixas, que o tomba dolorido.

Ao cair com o chute, o mesmo dá forma ao monstro Shyla.

SHYLA:  O que...  você é Shima?

E tenta ataca-la, mas é repelido.  Nisso, aparecem Gata e Buba, todos vestidos a caráter, como num filme de faroeste. 

LU (pensando):  Buba, Shima, Gata...  o que fazem aqui?

Mas são surpreendidos por explosões.  Era Super Giluke, acompanhado de Zadoz.

BUBA:  Super Giluke...

GILUKE:  Vocês aí...  digam a Ahames que não adianta me vigiar.

Com uma rajada de raios disparados do peito, envolve os três em bolas de energia, que saem voando de volta para a Nave Gozma.  O vilão ri, de forma cínica.  Enquanto isso, um outro cowboy parecia observar tudo de um buraco, como se estivesse saindo do esgoto.  Será mais um inimigo?  Como os Flashman conseguirão ali entrar e resgatar sua amiga Pink Flash?  Super Giluke, de fato, é um inimigo extremamente perigoso!