Hoje à Noite O Mundo Acaba escrita por Adnoka


Capítulo 3
. 02 Bem vindo a nossa família.


Notas iniciais do capítulo

Vamos aos desenrolos? Espero que curtam! =)

⚠️As falas pelo rádio estarão todas entre "..." aspas, e em itálico para facilitar a leitura.⚠️

Boa leitura amores!



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Seungmin’s Point of View

Depois de uma leve tontura que senti fiquei encarando aquelas duas figuras na minha frente. Um deles era mais alto que eu, já o outro mais pequenino e os dois possuíam... Hum... como posso dizer isso? Estilo? Acho que era essa a palavra que queria usar e cara esses dois malucos bem na minha frente mesmo em um mundo como o nosso está; eram de fato muito estilosos.

...

— Tudo bem pequeno gafanhoto? Está entre nós?

— Você está assustando ele Jinnie.

— Impossível Lix, o cara estava nitidamente enfrentando aqueles birutas no hospital, vai ter medo de mim?

— Infectados, amor.

— É é isso... que seja.

Fiquei olhando aqueles dois e meu deus eles são muito loucos.

— Vocês vão ficar me olhando como se eu fosse um animal em uma jaula mesmo?

— Ops! Não foi nossa intenção te chatear.

— Tudo bem, desculpe ser tão direto, mas onde eu estou?

O menor deles veio mais perto e em um movimento de reverencia ele começou a falar.

— Você está no nosso forte, muito prazer eu sou o Lee Felix e aquele ali é o Hwang Hyunjin, moramos aqui, só nós dois, somos a nossa família e agora você está aqui com a gente.

O Chamado de Hyunjin o encarava como se tentasse decifrar o rapaz ali com eles.

— Então, por que você estava escondido daquele jeito lá no hospital?

A pergunta dele trouxe a consciência de volta ao Seungmin e ele se lembrou de seus amigos o que o fez se sentir ansioso.

— Eu estava buscando remédios com meu grupo, os infectados apareceram e...

— Ah os matusquelas... eles são um porre mesmo.

— Infec...

— Lix eu sei, e o mocinho aí também já sabe. — Ele olhava o Seung com a máxima atenção. — Qual o seu nome pequeno gafanhoto?

O pensamento do Seungmin era apenas um: Esses dois aí são doidos mesmo, no mínimo, chutando bem baixo.

— Bang Kim Seungmin.

— Muito prazer.

— Certo, vocês estão sozinhos aqui desde quando?

— Aqui tem uns cinco meses, mas sozinhos por aí desde o início.

Esse Felix tem uma voz intensa, e o Seungmin se perguntava como eles chegaram em Pound Creek pois estava mais que na cara que eles não eram de lá.

— Entendi...

— Seu grupo te abandonou Seungmin?

— Não, eu mandei eles irem embora.

— Te abandonaram, mas você era o líder então acredita que o que fez foi necessário... entendi...

Aquele Hyunjin estava começando a irritar o Seungmin.

— Você ia querer que o Felix ficasse com você para morrer?

— Claro! Só temos um ao outro, e do mesmo jeito eu morrerei ao lado dele se preciso for, se os lunáticos vierem e não tiver como fugir eu irei garantir que nosso último beijo seja épico.

— Vocês são dois loucos? — Ele sem querer riu da insanidade das palavras do mais alto. — Sobrevivendo sozinhos desde sempre, porque não se juntaram a um grupo?

— Os não matusquelas que encontramos por aí eram piores do que os próprios vai por mim, não valeria a pena nos juntar a eles, pelo menos os lunáticos te matam por estarem doentes e não terem o controle, agora os que se dizem sãos – Ele apertou um pouco os olhos — Esses colocaram para fora seu pior lado depois que o mundo acabou.

— E por isso vocês estão em Pound Creek? Por que assim, vocês não são daqui né?

— Olha só ele é espertinho amor!

— Jinnie, para de implicar vai. — Ele vai até o outro ali e senta do seu lado. — Não somos daqui, e sim, viemos para cá para sair de perto da podridão que se formou lá fora. Não liga para o Jinnie ele tá assim porque ainda não te conhece, mas sabe, foi ele que salvou minha vida, então assim, ele é legal e uma pessoa incrível pode acreditar em mim.

— Eu entendo, ele só não confia em ninguém além de você, e ele não está errado.

— Esperto.

— Eu preciso voltar pro meu grupo, ou pelo menos tentar avisar que... — Ele procura seu celular ou rádio e não encontra nenhum dos dois ficando inquieto. — Merda!

— Está procurando seus aparelhos? — Ele recebe uma encarada, mas nem liga. — O Lix pegou pra você, mas parece que você caiu em cima deles e os quebrou, o celular já era mesmo e o rádio eu estou tentando concertar, mas sem sucesso ainda.

— Entendi, droga.

— Não fique assim gafanhoto, vamos dar um jeito de arrumar isso.

— Eu preciso voltar, eles vão sair para me procurar e vão se colocar em perigo, eu não posso deixar.

— Hey amigo, se acalme... — Eles trocaram olhares e depois voltaram olhando para o Seungmin. — Nós estamos bem longes de onde encontramos você e agora está ficando tarde, então deixe o Jin tentar concertar seu rádio, coloque esse pé para cima e aqui, — Ele joga um pacote de salgadinho e um suco de caixinha em sua direção. — Pegamos na máquina de snacks daquele hospital, coma isso por enquanto, vou tentar preparar algo mais decente para você.

— Obrigado aos dois, pela ajuda e por me deixar aqui com vocês.

Ele pegou o lanche improvisado e começou a comer, o que o fez lembrar que estava mesmo com fome.

— Devagar gafanhoto, pode se engasgar assim e você tem um lar para voltar, a não ser que queira mesmo fazer parte da nossa família.

— E vocês me aceitariam na família de vocês? — Ele fala de boca cheia e o som saiu mais engraçado fazendo os outros dois rirem.

— Já não o fizemos? Acredite em mim, nem teríamos o trazido conosco se não fossemos aceitar você, mostrar nosso esconderijo a um estranho? Nos dias de hoje é pedir para ser atacado depois.

— Exatamente, então por que me resgataram?

Um breve silêncio ficou ali entre eles.

— Por que um soldado não abandonaria um civil machucado.

Assim que o mais alto deles falou o Seungmin pôde ver a plaquinha de identificação comumente usada pelo exército pendurada em um cordão de prata no pescoço do mais alto.

— Você é um soldado? Então está muito acostumado com essas porcarias todas.

— Mas do que gostaria gafanhoto.

— E você Felix? Também do exército?

O Seungmin não se manifestou sobre, mas sentiu uma tensão vinda dos dois por conta de sua pergunta.

— Sou apenas um médico recém formado, tudo isso de guerra é novo para mim, tudo que sei sobre auto defesa e sobrevivência foi meu Jin aqui que me ensinou.

Ele sorria fraco e o Seungmin não podia negar, ficou curioso pois com certeza eles escondiam algo.

— Sei que pode parecer ironia minha, porém não é acreditem, mas acho que vocês deram sorte então, — Ele recebeu os olhares atentos dos dois e continuou — Vocês têm um ao outro afinal.

— Ah sim, meu sobrevivente aqui é a razão de eu não ter enfiado uma bala na minha boca...

— Jinnie...

— É a real, ele diz que eu o salvei gafanhoto, mas esse doutor aqui que me salva todos os dias, sabe como é né? A cabeça de um soldado pira ao ver tantas perdas em massa como eu vi, e de tão perto.

— Eu definitivamente não sei como deve ter sido isso, mas eu sinto muito Hyunjin.

O soldado apenas acenou para ele e voltou para sua tentativa de concertar o rádio, e o Seungmin pensou em tudo que aqueles dois já passaram até chegar ali, eles sim viram com seus próprios olhos o terror que foi o fim do mundo e no fundo o Seungmin acreditava ter muito mais ali, mas é claro que não confiariam nele para contar algo assim.

...

Na busca.

— Min, se acalme amor nós vamos encontrá-lo, só voltaremos com ele eu prometo a você.

O Minho estava tão aflito que nem as doces palavras de seu amor o confortaram.

— Ele já deve ter morrido Bin, ou pior já deve ter virado um deles.

— Não pense assim amor, e por favor não diga que a culpa é sua está bem? Aquele garoto é muito bom e esperto, ele deve estar escondido ou algo do tipo.

— Minha sorte é que eu tenho você Changbin hoje foi mais um daqueles dias que eu podia jurar que perderia a sanidade, então muito obrigado por estar comigo gatinho.

Os dois chegaram ao hospital, e o silencio reinava ali.

— Vamos Min, vamos rastrear nosso garoto.

...

O hospital estava particularmente quieto, o que para aquele casal não era um bom sinal.

...

— Acha melhor nos separarmos Bin?

— Não, — Ele o encarou e em sua cabeça passaram mil e uma possibilidades do que uma separação pela busca poderia acarretar e nenhuma delas era boa. — Juntos podemos demorar mais, mas será mais seguro caso os infectados apareçam.

— Certo, um dando cobertura para o outro.

— Sim gatinho.

...

Eles já tinham passado do lado de fora provavelmente onde o Seungmin tinha caído e o Changbin saiu rastreando dali.

...

— Sério que ele veio até a máquina de snacks?

— Você acha que ele passou aqui Binnie?

— Passou, e quer saber?

— Hum?

— Ele encontrou alguém, vê aqui?

O Minho olha mais atentamente para onde o outro está apontando.

— O que tem?

— Não foi ele quem mexeu na máquina, foi alguém menor que ele.

— Entendi.

— Bom seja com quem for que ele esteja parece ser esperto o bastante.

...

Eles continuaram com os rastros, o Minho também encontrou pistas que acabaram levando-os para a outra saída do hospital.

...

— E daqui eles se foram e provavelmente seguiram para o norte.

— Então estão bem escondidos.

— Sim, quase ninguém vai para lá, mas isso também é perigoso.

— É eu sei.

— Vamos gato, pegar o carro e seguir para o norte.

...

Eles foram indo contornando pelo lado de fora mesmo do hospital, lá dentro poderia ser mais perigoso e eles não iriam arriscar.

...

— Shiiiu, abaixe Lino, bem devagar.

O Changbin viu um movimento próximo ao carro deles e quis ter cautela.

— Infectados?

— Ainda não sei, mas tem alguém próximo ao carro.

— Binnie, Lino? São vocês?

— Yang?!

— Garoto que diabos você está fazendo aqui?

Eles se aproximaram do carro e o jovem estava ali sozinho e aparentemente desesperado.

— Foi a So-hee Bin, ela fugiu enquanto eu fui ao banheiro, acho que ela veio pra cá, mas não a encontrei em canto algum!

— E ao invés de nos avisar apenas você decidiu que seria prudente vir sozinho para cá? Está maluco Jeongin? Quer morrer?

— Me perdoe Lino, eu não queria fazer alarde, ou tirar vocês de sua rota.

— Claro, morrer sozinho ou virar um deles é uma opção bem melhor mesmo.

O Changbin e o Minho tinham um grande amor pelo Yang e vê-lo ali deixou os dois apavorados.

— Podem me perdoar?

“— Lino, na escuta?”

— Droga, é o Channie.

“— Sim Channie pode falar.”

“— Alguma novidade do Seung?”

“— Rastreamos ele, ao que tudo indica ele foi para o norte e estamos indo para lá agora.”

“— Vivo?”

“— O Changbin tem certeza que sim.”

“— Ótimo, se o Binnie diz... Bom temos mais problemas.”

“— O que houve?”

O Yang encara os dois ali com ele e eles o encaram de volta.

“— A So-hee fugiu e provavelmente o Innie foi atrás dela e isso se não foi com ela, sem nos dizer nada Lino, ele está sozinho por aí e...”

O Changbin pegou o rádio para acalmar o amigo.

“— Channie, o Yang acabou de nos encontrar, e ele está bem.”

“— Graças a Deus. Mas e a So-hee?”

“— Ele não a encontrou.”

“— MERDA!”

“— Channie me ouça bem, não saia daí, está me ouvindo?”

“— Mas Binnie a So-hee…”

Um silêncio do doutro lado do rádio deixou os três agoniados.

“— Sunguie está aí com o Chan?”

“— Sim Bin, ele está tentando se acalmar, estou com ele, não vou deixar que saia.”

“— Sei que não vai, vou atrás da So-hee, o Lino vai com o Yang atrás do Minnie.”

“— Certo Bin, cuidem do nosso Yang, mas pelo amor se cuidem também, e voltem vivos, todos entendeu?”

“— Pode deixar Sunguie, cuide bem do Channie.”

— Bom vocês me ouviram, vão para o norte e procurem por algo não muito grande, tenho a impressão que o Seung foi levado por um grupo pequeno de pessoas.

— Mas nem fodendo que vamos nos separar Binnie.

— Não tem outro jeito Lino, não podemos esperar para ir atrás da So-hee, e muito menos deixar o Yang sozinho, também não podemos voltar com ele então está decidido.

— INFERNO!

— Me perdoem. — Ele estava com um semblante entristecido e abaixou a cabeça sem conseguir encará-los.

— Hey, Innie você não tem culpa, foi meio maluco, mas eu sei que só quis ajudar, — O Changbin se aproxima dele e deixa um selar nos lábios do garoto e depois vai até o Minho que está nitidamente transtornado e faz o mesmo. — Se acalme meu amor; e cuide do nosso pequeno sim? Promete que vai manter vocês dois vivos e que vão voltar pro seu Binnie?

— Não estou gostando nada disso Changbinah, nada, nada mesmo.

— Voltem para seu Binnie me entenderam? — Os dois acenaram para ele e ele os abraçou os beijando mais uma vez. — As chaves da moto Innie.

O garoto as jogou para ele que as pegou no ar.

— Se cuida amor, por favor sim? Eu amo você.

— Também te amo coelhinho marrento, amo você também raposa astuta.

— Te amo Changbin.

Eles se olharam mais uma vez e o Changbin foi até a moto, montou nela e saiu dali sem olhar para trás.

— Ele vai ficar bem não vai Lino?

— Vai sim amor, o nosso dwaekki sempre fica, vamos, temos que achar o Minnie o mais rápido possível.

...

Faculdade Life Linne

— Chris, temos um problema na dispensa e precisamos de você lá antes que a coisa fique feia.

— O que houve agora?

— O Woon causando problemas lá, querendo pegar coisas a mais do que ele pode, ele está falando que a liderança está roubando deles e tem algumas pessoas concordando com ele.

— Vou dar uma surra nesse imbecil.

— Ainda não Hannie, vamos até lá falar com ele.

...

— Vocês acham mesmo que a liderança não dá regalias para a patota dele? o caralho que não, aqueles mimados estão nos roubando na cara dura e vocês ainda babam o ovo deles.

— Então com certeza você deveria se tornar o novo líder não é mesmo Woon? É o que sugere?

Eles se aproximaram enquanto o Bang Chan falava e o que fazia todo o alarde se encolheu um pouco.

— Ah você foi chamado Christopher.

— Responda a minha pergunta, você acha que deve ser o líder aqui?

— Não seria má ideia e com certeza estaríamos comendo melhor.

— Ah é? Entendi, você faria um trabalho muito melhor que o meu nas divisões de provisão estou certo? Seria bem mais justo também e provavelmente aquele grupinho seu bem ali não teria regalias como supostamente o meu grupinho que é quem garante a proteção de todos nós aqui tem pois eu os favoreço lesando assim os demais certo?

— É, é isso, você entendeu o que estou falando, pelo menos burro não é.

O Han já estava perdendo a paciência e o líder sabia disso.

— Guen por favor pode nos falar de acordo com o relatório de retiradas quando foi a última vez que eu ou alguém do meu grupo fez uma reposição de suas provisões particulares? Coloque no telão por favor.

A citada sorriu satisfeita pois ela sabia que era com fatos que o líder acabaria com o Woon e assim como pedido ela colocou os dados na tela para que todos ali vissem.

— Mais de quinze dias?

As pessoas em volta começaram a cochichar entre si, nem eles demoravam tanto para se abastecer, e os dados ali só estavam diferentes para o Minho que pegou da ração apenas pois estaria fora, e a ração não fazia parte do alimento interno então nada interferiria nas provisões deles.

— Isso aí é mentira!

— Agora Guen, por favor coloque a última retirada do Woon e dos de seu grupinho reclamão.

— Dois dias atrás!!!

Os dados eram comuns a todos os membros do grupinho de falastrões e as pessoas ali se revoltaram pois o tempo mínimo para retiradas pessoais estabelecido eram sete dias e com dois eles já queriam fazer uma nova? Um grande absurdo na opinião de todos.

—Bom como vem do jeito que agem estaríamos zerados em um mês, ou menos pois hoje já querem pegar mais provisões para si. — Ele olhou para todos ali que se revoltaram com os fatos apresentados. — Meu grupo e eu somos treinados, conscientes e preparados para cuidar de toda nossa estrutura, e muito me aborrece vocês ainda darem ouvidos a pessoas como o Woon, se o querem na liderança votem no conselho mensal quando ele com certeza vai se candidatar, e façam uma troca justa, dentro das leis pré estabelecidas, agora não incentivem motins ou coisas do tipo, somos todos privilegiados por ainda termos uma vivencia de sociedade que se assemelha em muito com o que éramos, sem perder nossa identidade ou dignidade como todo o resto lá de fora e no momento que deixarmos coisas assim nos contaminar estaremos fadados a um fim tão ruim ou pior que o dos demais.

Silêncio e nada mais foi ouvido no lugar.

— Vão circulando todos vocês, nosso líder já falou, querem mudanças? Façam direito, mas depois também não se arrependam por terem escolhido um verme desses para os liderar, querem ser cuidados por um grupo de hienas? Vocês me decepcionam!

Todos saíram dali e o Woon tinha ódio estampado em seu olhar.

— Mais alguma coisa Woon?

— Babaca!

— Certo, Guen até que passem quinze dias não dê nada para eles, eles comerão as refeições comum a todos e mais nada, só será liberado remédios em caso de pedido do nosso Dr. Jonin.

— Sim Chris.

— Você não pode fazer isso Christopher.

— Posso sim, você e seu grupo vão passar pelo mesmo tempo que meu grupo e eu passamos nos racionando para manter o melhor bem estar para todos aqui, quem sabe não te ajude a crescer um pouco.

— Você me paga Bang Kim!

O Han vai para cima do Woon.

— Qualquer tentativa de fazer mal a ele ou a qualquer um aqui dentro eu mato você e quem quer que se coloque em sua defesa.

O ameaçado quase se borrou todo, todos ali sabiam que o Han Jisung era alguém a se temer, e acreditem, todos o temiam.

— Pode deixá-lo aí Han, ele não vai aprontar nada agora.

— Seu verme! — Ele solta o Woon que perde o equilíbrio e cai sentado no chão — Guen, qualquer coisa me chame na mesma hora.

— Pode deixar Jisung.

Eles saem dali deixando um Woon completamente irado e prometendo se vingar.

...

Em busca

O Changbin já estava bem longe do hospital onde deixou seus amores que eram em quem seus pensamentos pairavam agora, ele era namorado oficial do Minho pois os dois se apaixonaram a primeira vista e decidiram ficar juntos o mais depressa possível, afinal a qualquer momento desde aquela primeira noite tudo poderia ruir e eles não morreriam sem antes se amar de todas as formas possíveis, já o Yang não era oficialmente de ninguém, mas ele ficava tanto com esse casal quanto com o Chan e o Han, e ele amava a todos os quatro assim como era também amado por eles da mesma forma mas por serem casais distintos ele não poderia escolher apenas um para se juntar oficialmente e em uma conversa com todos ficou acordado que o Yang era de todos eles e todos eles eram do Yang.

...

— Onde será que você se enfiou So-hee?

Ele olhava tudo em volta buscando alguma pista da garota para rastrear e depois de muito tempo assim ele avistou algo que o fez gelar por dentro.

— Sangue... — Ele parou a moto e se aproximou do lugar onde havia uma poça de sangue que rapidamente ele notou estar bem fresco. — Droga!

Tinha um rastro e ele seguiu com o olhar este que dava para uma loja de roupas mais a frente, com cuidado e com sua arma em punho ele foi indo até lá.

— Que não seja a So-hee, e que se for que não seja nada grave.

Ele chegou bem perto da loja e ouviu, aquele barulho infernal que a muito não ouvia e ele temeu, não exatamente por ele, na verdade em nada por ele pois em sua cabeça seu pensamento era que ele iria matar a porra toda se for preciso, mas sim por quem estava ferido.

— Seja quem for, por favor não tenha sido mordido.

Ele entrou na loja e tinham três infectados ali procurando algo e aparentemente não encontrando.

— Seus bandos de filhas da puta por que não pegam alguém que não esteja indefeso?

Os infectados na mesma hora se viraram para ele e foram pra cima com tudo e o Changbin jurou que eles estavam muito mais rápidos do que da última vez que enfrentou os de sua laia.

POW

— Morre demônio!

POW

— Zumbi de merda!

POW

— Volta pro inferno seu arrombado.

Três tiros certeiros no meio da cabeça de cada um deles que agora estavam caídos no chão.

— Quem está aí? Eles morreram e eu posso te ajudar.

— Binnie?

— So-hee? Caralho garota esse sangue todo é seu?

Ele seguiu a voz e a encontrou escondida embaixo do balcão e ela ainda sangrava.

— Merda So-hee, merda! — Ele pegou uma camiseta e agradeceu por estarem em uma loja de roupas, rasgou ela e foi logo estancando o corte na perna da menina. — Me fala a real So-hee, você foi mordida? Entrou em contato com sangue contaminado?

— Graças a Deus não Binnie, se tivesse eu mesma teria me matado, aí...

— Desculpe, mas tem que apertar.

— Eu sei obrigada.

— E como você se machucou assim?

— Correndo dos três que você matou, acabei me cortando em uma barra de ferro que não vi.

— Porcaria hein.

— É... — Ela abaixou sua cabeça pois sabia que a bronca viria agora.

— Agora me diz, o que deu na sua cabecinha oca para sair sozinha So-hee? Não sério? Nem pra chamar o Yang pra te acompanhar nessa merda? Caralho garota você poderia estar morta e como o Seungmin ia ficar sem você?

— Vocês o encontraram?

— Eu achei o rastro dele, o Yang foi com o Lino atrás dele e pelo que vi ele ainda está vivo mocinha, agora vamos voltar, vou deixar você e tentar encontrar com eles, se não tiverem achado o Minnie ainda posso ajudá-los no rastreamento.

Ele a pegou no colo e atento no caminho até a moto ele foi o mais rápido que pôde.

— Vamos dar o fora daqui.

...

No forte.

— Falem que sou um gênio!

— Você é um gênio amor!

— Eu não vou falar nada não!

— Ah gafanhoto vamos, não quebre a tradição.

— Que tradição seu maluco?

— A nossa ué, sempre que um de nós nos saímos bem nós comemoramos isso exaltando nossos feitos e dessa vez eu fui um grande gênio conseguindo concertar seu rádio gafanhoto. — Ele jogou o aparelho em direção ao Seungmin que abriu um pequeno sorriso ao pegá-lo no ar. — Só não tenho certeza se ele ainda está conectado com sua base, mas isso dá pra fazer enquanto tentamos nos comunicar.

— Hyunjin; você é um gênio!

— Aaaah é assim que se fala gafanhoto.

— Por que você me chama de gafanhoto o tempo todo?

— Por que esse é seu apelido na nossa família amiguinho.

— Ah é? E qual é o de vocês?

— Se contarmos você será membro oficial da nossa família.

O Seungmin sorriu, tudo estava rumando para ele poder voltar para os seus, mas com certeza ele já estava decidido em chamar aqueles dois a se juntarem a eles.

— Vocês podem voltar comigo se quiserem, assim não precisamos desfazer a família.

Os outros dois ali sorriram felizes pela aparente aceitação, mas ficaram muito receosos, o rapaz com eles era gente boa, mas e os demais? Eles os aceitariam sem problemas?

— Não seria de todo mal ir com você, pelo que falou de onde vive é bem organizado e nós dois poderíamos trabalhar facilmente para colaborar, mas não sei não.

— Ah Felix, pense com carinho vocês me salvaram e estão cuidando de mim, eu não os deixaria sozinhos aqui.

— O gafanhoto se apegou a nós lince.

— E verdade seja dita; nós também nos apegamos a ele falcão!

O Seungmin sorriu, se aqueles dois não fossem os mais malucos que já conheceu ele não saberia dizer quem poderia ser.

— Então agora sou da família?

— Sim gafanhoto, mesmo que não nos aceitem você continuará sendo da nossa família, nós prometemos. Mas esses nomes são secretos está bem? Só nós da família podemos saber deles e usá-los uns com os outros.

— Certo falcão, entendido.

— Agora por que não tenta contato Seungmin? Seu irmão deve estar desesperado.

— Vou tentar Felix.

— Se chamem pelos nomes de família vocês dois, assim eu vou parecer menos maluco. — Ele sorria e os dois o acompanharam.

— Alguém na escuta? Seungmin falando câmbio”

Não houve resposta imediata e os três ali ficaram tensos.

— Será que eu err.. — Antes que o Hyunjin terminasse de falar o rádio tocou de volta.

“— Seung? Maninho? Meu deus onde você está?”

— Gênio! — O Hyunjin cantarolava enquanto batia sua palma com a do Felix no ar orgulhoso de seu feito e o Seungmin ria largo com aqueles dois.

“— Channie eu estou bem, e estou com amigos, eles me salvaram e estão cuidando de mim pois eu feri meu tornozelo, um deles que arrumou o rádio para eu falar com você pois ele havia se quebrado.”

“— Entendi maninho você encontrou com anjos, agradeça-os por mim, mas pelo amor de Deus onde você está?”

— Eu posso falar para ele?

— Claro que pode gafanhoto, diga a ele que estamos a norte em Pound Creek estamos no prédio da igreja católica, mais especificamente nos fundos da igreja.

— Nossa estamos aqui? Eu nem desconfiei.

— Redecoramos. — O Felix sorria apontando para o lugar que em nada parecia os fundos da antiga igreja que o Seungmin conhecia.

“— Minnie? Fale comigo mano por favor!”

“— Desculpe Chan, eles estavam me explicando onde estamos, consegue vir nos buscar na igreja do padre Jim?”

“— Nossa vocês estão aí? Bom esconderijo! — Eles puderam ouvir o Han ao fundo “do caralho” enquanto ria. — O Lino e o Yang estão a sua procura vou falar com eles no outro canal e dizer onde você está.”

O Seungmin na hora entendeu que havia acontecido algo pois se estivessem procurando por ele seria o Minho e o Changbin e disso ele tinha certeza.

“— Chan, por que o Yang está com o Lino e não o Binnie?”

Silêncio, o que fez ele ter certeza de que algo estava errado.

“— Me responde irmão”

“— O Binnie estava com ele, mas teve que se separar para procurar a So-hee.”

— Ah não. Não, não...

— So-hee a sua namorada gafanhoto?

Os dois ali com ele tinham expressões tensas.

— A garota que amo.

— Merda! Eles vão encontra-la gafanhoto, qualquer coisa posso ir atrás dela também.

“— Seung, maninho? Na escuta?”

“— Sim Chan, pode falar.”

“— O Binnie acaba de chegar com a So-hee aqui.”

“— Mentiroso de merda! Não precisa disso Chan eu não v...”

“— Sou eu mesmo Minnie. Estou aqui e bem.”

O Seungmin gelou, ouvir a voz de sua amada fez uma lágrima rolar em seu rosto e os dois ali com ele se abraçaram felizes.

“— Que alívio garota. Você é maluca ou o que? Foi atrás de mim sem avisar ninguém?”

“— Deixe para dar bronca nela depois Minnie, quando estiver de volta de preferência.”

“— Obrigado por resgatá-la Binnie, te devo essa.”

“— O Channie já falou com o Minho ele está algumas horas daí espere por ele e volte em segurança, vou passar para o seu irmão.”

— Vocês vão voltar comigo, não é?

— Não sabemos ainda gafanhoto, e se eles não gostarem de nós, estávamos pensando em deixar você ir e nos mudar daqui.

— Não falcão! Nem pensar! Vocês são minha família esqueceu? Vão comigo pronto e acabou.

— Gafanhoto bravinho, tá nós vamos, mas se não gostarem de nós estamos fora.

— Combinado, mas eu duvido que não gostem, acho até que logo mais você estará dando nomes para todos do meu grupo.

Ele fala sorrindo e volta a chamar seu irmão.

“— Chan, na escuta?”

“— Sim Seung, pode falar”

“— Vou levar comigo os dois que me salvaram, o Hyunjin e o Felix, separe um dormitório para eles perto do meu e coloque o nome dos dois na lista de provisões, por favor.”

“— Perfeito maninho, vou deixar tudo pronto para eles e quando chegarem aqui eu os agradecerei como se deve.”

“— Obrigado Chan, até mais.”

“— Volte para mim maninho, eu te amo.”

“— Também te amo mano.”

Ele parou de falar no rádio e encarou os dois.

— Não vou deixar ninguém implicar com vocês, e tenho certeza que todos do meu grupo os protegerão também, podem confiar em mim nisso?

— Sim gafanhoto, nós vamos sempre te proteger também, afinal agora você pertence a nossa família.

— E vocês a minha.

— Eu vou chorar?

— Calma lince vem cá vem! — O Hyunjin puxou o seu lince para um abraço apertado — Vai ficar tudo bem meu amor.

Os dois se abraçaram e trocaram selares rápidos para não constranger o gafanhoto deles, e o Seungmin vendo aquela cena sentiu que eles pareciam aliviados por poderem confiar em mais alguém que não só os dois e ele não podia imaginar o tanto de coisa que aquela dupla de malucos já sofreu até ali.

Quem sabe um dia eles se abram com ele...

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Notas finais do capítulo

E aí o que estão achando?

Será que vai ficar tudo bem agora? Não sei!

Próximo cap. o Felix e o Hyunjin vão conhecer o restante do pessoal, como será que vão ficar?

E a So-hee com o Seungmin? ....... Não sei também.

E sim gente nessa fic o I.N vai ser namoradinho dos namoradinhos não resisti.

Esse Woon e sua galera são uns grandessíssimos babacas, e provavelmente eles ainda vão causar.

Minha cabeça ta fervilhando com algumas coisas, mas vamos com calma.

Amores se cuidem sim? Se amem muito e principalmente bebam muita água, é sério, com esse calor todo não se hidratar pode ser muito ruim, então vou confiar que vocês estão tomando bastante água!

Beijokas da Adnoka!



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