Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 21
A ação de Anagumas




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Dias depois, algumas coisas estavam a se passar no Mundo Subterrâneo.  Na sala do trono de Zeba, Anagumas, o monstro conselheiro e procurador do próprio imperador de Tube, estava a realizar uma espécie de ritual de magia negra, uma vez que o mesmo é também feiticeiro (parece que Sailor Marte tem um rival à altura nessa parte).  Estava diante da grande tocha que fica à direita do trono de Zeba, com sua pérola em mãos, invocando sua bruxaria. 

 

ANAGUMAS:  Mundo diabólico...  mundo de chamas...  mundo de fantasmas...  mundo diabólico...  mundo de chamas...  mundo de fantasmas... 

 

Nesse momento, Igan, Barrabás, Oyubu e Fuumin, notando que o clima estava pesado na sala do trono, e ouvindo a voz agourenta de Anagumas, vêm correndo ver o que se passava, e se surpreendem com o que veem. 

 

BARRABÁS:  Anagumas...  o que significa isso? – indaga, apontando a espada. 

ZEBA:  Como vocês, até agora, falharam em tentar vencer os Cavaleiros e as Sailors, chegou a hora de Anagumas agir – diz, e convoca outro monstro – Monstro Igaradogla... 

 

Eis que vem o monstro subterrâneo Igaradogla, recém-descongelado da câmara refrigeradora.   

 

ANAGUMAS:  Deixarei a minha super força diabólica com vocês – e faz aparecer três bolas de luz. 

 

Em seguida, bate nas bolas de luz com seu martelo de hóquei, que lhe serve também de bengala. 

 

ANAGUMAS:  Recebam-na com gratidão! 

 

As bolas de luz entram nos corpos de Igan, Barrabás e Igaradogla.  E agora, que tipo de super força eles terão recebido de Anagumas?  Sabendo muito bem que se trata de um ser maquiavélico e ardiloso, melhor não subestimar sua perspicácia e inteligência.  Mesmo não sendo muito forte, como os demais guerreiros de Tube, Anagumas, por ser um estrategista, chega a ser mais perigoso que aqueles que vão às trincheiras de batalha. 

 

Poucas horas depois, os heróis, sentindo a força cósmica de Tube a se manifestar numa pedreira, vão averiguar qual o próximo passo de Zeba e sua caterva.  No entanto, quando lá chegam, até o momento, nenhuma movimentação de Igan e os demais.  

 

SEIYA:  Não estou gostando disso...  está quieto demais – diz. 

SERENA:  Concordo, amor.  Em se tratando desses monstros, podemos esperar tudo deles. 

 

No entanto, para surpresa deles, eis que a mão de Anagumas, segurando sua pérola energizada, sai do chão, fazendo vários disparos energéticos na direção deles, que são atingidos e caem para trás.  O inimigo, enfim, decide agir!  Anagumas, então, faz sua aparição, causando uma enorme avalanche de rochas, até que Igan, Barrabás e o monstro Igaradogla saem de seus esconderijos, prontos para lutar.  Cercam os heróis, determinados a tudo ou nada. 

 

BARRABÁS:  Igan...  Igaradogla...  ataque conjunto! – diz. 

 

Os vilões, cercando os heróis, fazem um ataque conjunto, onde disparam várias rajadas, que os atordoam por algum tempo.   

 

HYOGA:  AAAAAAAA  que força nova é essa...? – indaga, ofegante. 

AMI:  Eu não sei...  eles parecem mais fortes que antes... 

SEIYA:  Isso não vai ficar assim!  Agora sim, sentirão todo o meu poder. 

 

E desenha as estrelas de sua constelação com os braços, determinado a atacar com sua principal ofensiva. 

 

SEIYA:  Espero que gostem disso...  METEOROS DE PEGASUS!!!! 

 

No entanto, os meteoros resvalam em Igan, Barrabás e Igaradogla, sendo lançados para os lados, para espanto de Seiya e dos demais. 

 

SEIYA:  Mas como isso é possível?  Eles conseguiram rechaçar meu ataque sem ao menos piscar...  que força tenebrosa é essa? 

SHIRYU:  Vamos ver se resistem a isso... – e aponta as mãos para a frente – CÓLERA DOS CEM DRAGÕES!!!! 

 

Dispara seu exército de dragões, mas, para seu azar, mesmo sua mais poderosa ofensiva, a última que Dohko lhe ensinara, não surte efeito.  Os vilões a recebem, como se fosse uma simples picada de mosquito.   

 

SHIRYU:  Mas isso é impossível...  a técnica mais forte do Dragão...  que meu Mestre me ensinou...  não funcionou contra eles...  o que está acontecendo, afinal de contas? – indaga, sem nada entender. 

BARRABÁS:  Não adianta insistir, nada do que fizerem funcionará conosco, seus imprestáveis – zomba. 

MICHIRU:  Como pode isso acontecer?  Nem os meteoros de Seiya, nem os cem dragões de Shiryu foram fortes para derrubar esses caras...  

CAMUS:  Eu nunca vi nada assim, a não ser com os deuses olimpianos! 

MINA:  Já chega de ficar observando...  CORRENTES DE VÊNUS!!! 

 

E laça os vilões com suas correntes.  No entanto, em seu esconderijo, Anagumas continua a invocar seus poderes diabólicos. 

 

ANAGUMAS:  Mundo diabólico...  mundo de chamas...  mundo de fantasmas... 

 

E dá mais poder a seus aliados, que conseguem quebrar as correntes de Sailor Vênus numa boa, o que a deixa perplexa. 

 

MINA:  Mas como isso é possível?  Nem minhas correntes, uma das mais poderosas do universo, consegue segurá-los.  O que é isso, afinal? 

IGAN:  Não adianta, suas armas são inúteis contra nós, miseráveis.   

 

Nisso, eis que chegam Fuumin, Oyubu e os Soldados Angla.  Os vilões fazem diversos disparos, que dispersam os heróis.  Shun, por seu turno, se segurava à beira do abismo, usando suas correntes para não cair.  Eis que chega Barrabás. 

 

BARRABÁS:  É persistente para resistir antes de morrer, moleque?   

 

Tenta golpeá-lo com a espada, mas o herói dá um salto por cima, e vai parar bem na caverna onde Anagumas invocava sua magia negra.  Eis que o herói fica frente a frente com o inimigo. 

 

ANAGUMAS:  Não me atrapalhe, intruso! – o ataca, mas ele recua. 

SHUN:  Quem é você, afinal de contas? 

ANAGUMAS:  Sou Anagumas, do mundo diabólico.  Barrabás e Igan receberam minha super força diabólica.  Agora é a sua vez de sentir parte da minha super força diabólica. 

 

O ataca com uma veloz bola de luz, que o atinge, e o faz cair no penhasco.  No entanto, lá no fundo, havia um rio a correr, o que o salva de uma morte certa.   

 

ANAGUMAS:  Atrás dele!  Andrômeda não pode escapar! – ordena que Igan e Barrabás aniquilem Shun o quanto antes. 

 

Nesse momento, haviam três crianças à beira do rio, montando algo que parece uma jangada.  Um dos meninos chama os amigos, outro menino e uma menina. 

 

MENINO 1:  Ei amigos, me ajudem aqui!  Tem um homem caído à beira do rio. 

MENINO 2:  O quê?  Já estamos indo! – e corre junto da menina que estava com ele. 

 

Quando vão ver, era Shun, sem sua armadura, e inconsciente.  

 

MENINO 1:  Ei...  mas esse aí...  é o Shun!  Nosso amigo lá do orfanato da Fundação Graad. 

 

Eis que ele, aos poucos, recobra os sentidos. 

 

MENINO 2:  Está acordando...  que bom! 

MENINA:  Tudo bem?  O que aconteceu, afinal?  Você sumiu há muito tempo, e ficamos preocupados.   

SHUN:  Que...  quem são vocês? – parecia não conhece-los, ou reconhece-los. 

MENINA:  Quem sou eu?  Eu sou Kaori!  Você me salvou uma vez, não se lembra? – indaga, segurando suas mãos, mas ele não se lembrava. 

MENINO 1:  Shun...  sou eu, o Soichi! 

MENINO 2:  E eu sou Gun!  Puxa vida...  será que ele perdeu a memória? 

 

Se ele não se lembra daquelas crianças, que se dizem seus amigos, provavelmente não se lembrará nem dos demais amigos, tampouco de Mina, seu grande amor.  E agora?  Amnésico, Shun passa a ser um alvo fácil para o Tube.  E de fato, será, pois eis que Barrabás, alertado por Anagumas, o encontra.  As crianças se assustam com a fisionomia intimidadora do espadachim do Mundo Subterrâneo. 

 

SHUN:  Quem é você?? 

BARRABÁS:  Já não se lembra mais de mim, miserável? – indaga. 

 

Eis que tenta golpeá-lo com a espada, mas Shun consegue rolar no chão, fugindo do golpe. 

 

SHUN:  Mas o que está fazendo? – indaga, assustado. 

BARRABÁS:  Você vai morrer, maldito! 

 

No entanto, Shun consegue se levantar e fugir correndo.  Barrabás sai em sua perseguição. 

 

CRIANÇAS:  SHUN!!!  

 

Shun prosseguia com sua fuga se embrenhando na mata, na esperança de despistar seu algoz entre as moitas, mas Barrabás é ainda mais astuto que se pensa.  Eis que Shun alcança uma ponte e prossegue em sua fuga, mas Barrabás, com sua espada, faz vários disparos, que o derrubam no solo.   

 

BARRABÁS:  Que estado lamentável você se encontra, Andrômeda... 

SHUN:  Andrômeda?? – indaga, sem nada entender. 

 

Eis que Shiryu e Seiya chegam na voadora, golpeando Barrabás, mas, em função da super força que Anagumas lhe dera, recebe os chutes sem piscar, e os dois caem para trás.  Serena e Mina tentam acudir Shun. 

 

SERENA:  Shun...  que bom que o encontramos! 

MINA:  Fiquei tão preocupada com você, meu bem, achei que pudesse ter morrido – diz, emocionada. 

SHUN:  Me soltem!  Quem são vocês? – estava arredio. 

MINA:  Shun?!  O que foi que aconteceu com você, meu amor? 

SEIYA:  Shun...  o que se passa? 

IKKI:  Shun...  esqueceu de mim, seu irmão? 

SHUN:  Quem são vocês? – e se põe a correr. 

BARRABÁS:  HAHAHAHAHAHAHAHAHA  Ele perdeu a memória... – diz, de forma sarcástica. 

TODOS:  O quê?! 

 

E Shun continua sua fuga pela floresta, enquanto os demais ficam para enfrentar o Tube. 

 

BARRABÁS:  Da outra vez nos escapou, mas desta vez não escapará! 

 

Os vilões disparam várias rajadas violentas, atordoando os heróis.  A violência do impacto das explosões os derruba no rio.  E agora, será esse o fim dos Príncipes do Zodíaco e das Princesas Planetárias? 

 

Enquanto isso, Shun, desesperado, sem saber quem é, continuava com sua fuga pela floresta, escondendo-se de Barrabás e Igan, mas o cansaço começava a consumi-lo, e se fosse pego pelos bandidos, seria seu fim.  E agora, para onde fugir?  O único jeito de livrar-se de Zeba e sua malta é lutando, e lutar é o que ele não podia fazer, naquele momento, sem saber quem é, de onde veio...  exausto, para um pouco para descansar, mas sente que precisará continuar com sua fuga, se quiser se salvar.  Nisso, eis que alguém o puxa por trás.  Era Soichi, uma das crianças que o encontraram à beira do rio, desmaiado.  O levam para uma caverna que havia ali perto, esconder-se, até passar o perigo.  Barrabás, Igan, o monstro Igaradogla e alguns Soldados Angla por ali passavam, procurando por onde Shun possa ter passado, e pra onde foi, mas o perdem de vista.  Do outro lado, os amigos dele, já fora do rio, gemiam de dor, pelos golpes que levaram de Igan e Barrabás. 

 

SEIYA:  AAAAAAAAAA  que força medonha...  como eles estão tão fortes assim...? 

SHIRYU:  UUFFFFF não podemos desistir...  temos que achar um meio de destruir essa super força de Igan e Barrabás...   

IKKI:  E agora...  o Shun perde a memória...  precisamos acha-lo...  e fazer se lembrar de tudo...   

MINA:  Shun...  por que...  por que isso foi acontecer com você...  POR QUÊ?? – grita, em meio às lágrimas, profundamente angustiada. 

SERENA:  Precisamos protege-lo...  ou ele será um alvo fácil... 

 

Passado o perigo, as crianças saem com Shun da caverna. 

 

KAORI:  Shun, venha comigo... 

SOICHI:  Kaori, o que você vai fazer? 

KAORI:  Farei o mano Shun voltar a se lembrar. 

 

E o leva até a beira do rio, onde o encontraram inconsciente. 

 

KAORI:  Shun...  foi bem antes de você ter partido.  Foi bem ali – aponta para o centro do rio – nós estávamos andando de jangada, e de repente, eu perdi o equilíbrio, vindo a cair na água, e comecei a me afogar.  Foi quando você apareceu e salvou-me.   

 

Nisso, eis que vem uma cena em flashback, onde Kaori, ao cair da jangada onde atravessava o rio com Soichi e Gun, por não saber nadar, começa a pedir socorro, antes que se afogasse, mas seus amigos também não sabiam nadar.  Nisso, Shun, do nada, aparece, se lança ao rio, nada até Kaori e a salva de morrer por afogamento.   

 

KAORI:  Enquanto eu me afogava, você se jogou dentro d’água e nadou em minha direção, salvando a minha vida.   

 

No entanto, Shun não conseguia, ainda, lembrar-se de nada.  A violência do golpe de Anagumas, com sua bola maligna, foi intensa, sem falar no tamanho da queda, após ser atingido.   

 

KAORI:  Puxa...  infelizmente ele não consegue se lembrar – diz, com voz triste. 

SOICHI:  Shun...  por favor, escute...  nós não o deixaremos ir embora de novo.  Seu lugar é aqui conosco. 

KAORI:  Shun – diz, em meio às lágrimas – venha comigo, vamos nos divertir, como nos velhos tempos. 

 

E o puxa pela mão.  Os demais vão atrás.  Escondidos nas moitas, os Cavaleiros e as Sailors veem Shun, em companhia de seus amigos que antes viviam no orfanato dos Kido.   

 

MINA:  É o Shun...  aquele é o verdadeiro Shun.  Alegre, descontraído, brincalhão...  que saudade dele aqui comigo – diz, chorando. 

SHIRYU:  Mas por que o Shun está com essas crianças? 

IKKI:  Shun me disse, certa vez, que chegou a viver aqui nas montanhas, em companhia dessas crianças, que antes moravam no orfanato da Fundação Graad.  E se bem me lembro, essas mesmas crianças foram adotadas por famílias que nessa região vivem.  E para ficar perto delas, que foram para ele como seus irmãos, enquanto eu distante dele estava, veio pra cá; para ficar perto delas.  Shun...  me orgulho muito de meu irmão.  Ele é um rapaz muito bom – diz, em meio às lágrimas. 

SEIYA:  Talvez a companhia dos amigos dos tempos de orfanato o faça recuperar a memória. 

 

Nisso, Shun estava a bordo da jangada, com Soichi, Gun e Kaori, completamente feliz, mesmo amnésico.   

 

MINA:  Se o meu Shun não tivesse sido escolhido para ser um guerreiro, talvez estivesse, até agora, com essas crianças, que tanto dele gostam.  Mas, por outro lado, talvez não estivéssemos juntos... 

SHIRYU:  Ora, que isso!  O destino pôs você e o Shun nos caminhos um do outro por uma boa razão, assim como o fez com todos aqui.   

SEIYA:  Mas, quando ele souber quem é, terá que se despedir dessas crianças, já que ele é um guerreiro, como todos nós aqui. 

SHIRYU:  Por isso precisamos protege-lo, Seiya.   

 

Eis que Shun, a bordo da jangada, assume o leme, e segue a navegar pelo rio, com seus amigos dos tempos do orfanato.  Porém, os demais precisarão ficar o mais possível perto dele, para que não caia nas mãos de Tube, ou já era!   


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