Ryuho conclama os prisioneiros de Tube a fugir, mas eles, amedrontados, relutam. 

RYUHO:  O que houve? – indaga. 

MULHER:  Nós fomos criados no Mundo Subterrâneo.  De forma que suportamos qualquer sofrimento, por pior que seja.  Em vez de nos arriscar a fugir, preferimos ficar quietos aqui.   

Diante da negativa de sua família e seu povo, o jovem rapaz os encara com um olhar profundamente duro. 

MENINO:  Covardes...  vocês são todos uns covardes! – e foge correndo, com Ryuho indo atrás dele. 

Enquanto isso, Haruka e Shura escavam o solo, juntos, usando o poder do fio de suas espadas, como se fossem garras de tatu.  Para enxergar na escuridão, usam chapéus de mineiros de carvão, e máscaras antigás, para proteger as vias respiratórias dos detritos subterrâneos. 

HARUKA:  AFF não me agrada nada fazer isso...  me sinto um tatu – reclama. 

SHURA:  Nem eu gosto disso, meu bem...  mas é pelo bem do nosso amigo.  Shiryu jamais nos perdoaria, se perdêssemos seu filho, assim como perdemos a Lita.   

Cansados de procurar, sem sucesso, entram em contato com Shiryu. 

SHURA:  Não conseguimos acha-lo, Shiryu...  Ryuho literalmente sumiu – diz, com voz frustrada. 

SHIRYU:  Não é possível, ele não pode ter sumido assim, sem mais, nem menos!  Ryuho está debaixo da terra, perdido em alguma parte do Mundo Subterrâneo, e procurando uma saída, qualquer que seja.   

SEIYA:  Shiryu...  e se formos novamente ao local onde isso começou? – em referência à fenda onde Ryuho caiu. 

PARADOX:  Sim!  Temos que ir lá, pelo Ryuho...  pelo MEU Ryuho! – diz, com voz um tanto aflita. 

Aquilo deixa todos ali surpresos.  Paradox, pelo visto, estava mesmo a amar o filho de Shiryu. 

Enquanto isso, Ryuho e os dois irmãos do Mundo Subterrâneo continuavam a procurar uma saída.  Procuravam o lugar onde tem uma escada que liga o subterrâneo à superfície, mas, por mais que procurem, dão de cara com becos sem saída. 

MENINO:  Sem saída... – diz, frustrado, até que, desesperado, soca as paredes – Onde é a saída?  ONDE??? 

Ryuho fica comovido com a frustração e desespero do jovem subterrâneo.  Até que, para surpresa deles, a parede se abre, revelando uma passagem secreta. 

RYUHO:  Olhem...  uma passagem! – e vê a escada de ligação entre os dois mundos – e a escada...  encontramos! 

MENINO:  Finalmente... – diz, emocionado. 

No entanto, quando eles começam a correr até a escada, para voltar à superfície, os degraus começam a explodir de cima para baixo, causando um grande desmoronamento.  Passadas as explosões, para frustração de Ryuho e seus novos amigos, eles veem a escada totalmente destruída. 

RYUHO:  A escada...  ela foi destruída! – diz, frustrado. 

MENINO:  Logo agora, que poderíamos sair daqui... – soca a pedra, revoltado.

Na superfície, Shiryu, Seiya, Serena e todos os demais procuravam por Ryuho no mesmo local onde ele desapareceu; perto da fenda.  Mas não sabiam, até o momento, da existência de tal brecha no chão, entre as rochas.  Estavam aflitos, imaginando que ele possa estar até mesmo prisioneiro de Barrabás, sofrendo torturas.  Eis que, enfim, param diante da tal fenda, e encontram um pertence de Ryuho; o retrato de Lita, sua mãe. 

SHURA:  O retrato de Lita... – diz. 

SHIRYU:  É de Ryuho! – e acaricia a foto – Lita, meu amor...  minha flor...  o que lhe fizeram? – em meio às lágrimas. 

No Mundo Subterrâneo, eis que Ryuho e os jovens irmãos são acossados por Oyubu e pelos Soldados Angla. 

OYUBU:  É o fim da linha para vocês, seus intrometidos – ameaça. 

Lá em cima, Shiryu e os demais finalmente observam a tal fenda. 

SHIRYU:  Uma fenda...  mas como pode ele ter passado por uma fenda tão estreita como essa? – indaga. 

E um facho de luz os pega, levando-os para o subterrâneo, onde Ryuho estava.  Ryuho vê seus amigos, e se alivia. 

RYUHO:  Shiryu...  amigos...  

SHIRYU:  Ryuho!!!  Enfim o encontramos – o abraça. 

OYUBU:  Sejam bem-vindos ao Mundo Subterrâneo, seus intrometidos – diz, sarcasticamente. 

SHIRYU:  Oyubu...  sabia que tinha dedo seu nessa história – diz, apontando o dedo. 

Os Soldados Angla os atacam, mas são rapidamente destruídos.  Ryuho invoca sua armadura, pronto para o combate.  Os jovens irmãos fugitivos, ao vê-lo vestir seu traje, ficam surpresos, pois nunca viram antes um Cavaleiro de Atena trajando sua armadura, pronto para o combate.  Ryuho parte com tudo pra cima dos Soldados Angla que restaram.  Nisso, do lado de cima, pela abertura, duas correntes descem até elas.  Elas as Correntes de Andrômeda e de Vênus.  Shun e Mina...  eles também vieram! 

SERENA:  São as Correntes de Vênus e de Andrômeda...  

SEIYA:  Shun e Mina...  eles vieram! – sorri.  

SHUN:  Rápido, pessoal, agarrem-se às correntes! 

MINA:  Nós os içaremos. 

SHIRYU:  Certo...  vamos, amigos, segurem-se nas Correntes de Andrômeda e de Vênus! 

No entanto, Oyubu estava disposto a atrapalhar os heróis. 

OYUBU:  Não vão a lugar nenhum! – dispara suas bolas de fogo, mas eles esquivam. 

SEIYA:  METEORO DE PEGASUS!!!! 

Causa um desmoronamento, visando atordoar os inimigos. 

SHIRYU:  Seiya...  vamos logo! – ordena. 

SEIYA:  Já é pra anteontem... 

Todos se seguram às correntes. 

SHUN:  Muito bem!  Correntes de Andrômeda... 

MINA:  Correntes de Vênus... 

SHUN e MINA:  Puxem!! 

Depois que as correntes os puxam à superfície, os irmãos fugitivos ficam encantados em ver a beleza da Terra. 

RYUHO:  Vejam que lindo céu azul!  E é da mesma cor da minha armadura. 

MENINA:  Azul? 

Eis que Shiryu e os demais chegam. 

SERENA:  Ryuho...  tudo bem com você? 

RYUHO:  Sim, Sailor Moon.  Graças a Deus, tudo acabou bem.   

Ainda era cedo para comemorar!  Eis que mais Soldados Angla pintam no pedaço, prontos para brigar.   

SHIRYU:  Vocês dois, fujam logo!  O resto aqui é conosco – diz. 

O combate dos heróis contra Oyubu e seus sequazes tem reinício, com os Cavaleiros e as Sailors descendo a lenha pra cima dos Soldados Angla.  Ryuho, enquanto enfrentava um grupo de Soldados Angla, é agarrado e dominado pelo monstro Akamedogla. 

TODOS:  RYUHO!!! 

Mas Oyubu entra na frente deles, disparando chamas e rajadas. 

OYUBU:  Não darão um passo, seus miseráveis! – diz, de braços abertos. 

Akamedogla golpeava Ryuho, que caía ofegante.  Será o fim do filho de Shiryu? 

Nisso, eis que alguém consegue surpreender Akamedogla, e o golpear, de forma que ele solta Ryuho.  Era Paradox! 

PARADOX:  Ninguém lhe fará um mal!  Eu vou proteger Ryuho sempre! – diz, determinada. 

Todos ficam surpresos com a determinação de Paradox, em proteger Ryuho.   

RYUHO:  AFF  Obrigado, Paradox...  Akamedogla...  você me paga! 

O monstro se dana a disparar rajadas contra ambos, que se esquivam.   

RYUHO:  DRAGÃO VOADOR!!!! 

O ataca se jogando com tudo contra ele.  Akamedogla, atingido, cai pra trás. 

PARADOX:  Minha vez... 

Desfere vários socos e chutes violentos no monstro, que cai ainda mais ferido e atordoado, soltando fumaça pelo corpo.  Em seguida, os dois se unem para usar uma espécie de ataque combinado, manifestando suas energias cósmicas.  Qual será o trunfo especial de Paradox e Ryuho?

RYUHO e PARADOX:  CÓLERA EXPLOSIVA DO DRAGÃO GALÁCTICO!!!! 

Disparam um ataque especial, que consiste em diversas explosões atômicas, em forma de um poderoso dragão de energia, que atinge Akamedogla em cheio, fazendo o monstro explodir.  Outra fera de Tube era destruída!  Oyubu, furioso, observa a tudo. 

OYUBU:  Seus malditos...  não pensem que ganharam...  Okelamp!!! 

E lá vem o monstro híbrido com inseto e seres marinhos, mancando do alto de uma colina, e fazendo sons semelhantes aos de um peru. 

OKELAMP:  AAAAAAAAAAAAA  Okelamp!!! 

Abre sua concha na cabeça, disparando o raio expansor, que aumenta Akamedogla, fechando-a em seguida. 

OKELAMP:  Eu estou cansado... – e vai embora. 

Akamedogla, agigantado, se dana a urrar e rugir. 

RYUHO:  Deus Guardião do Zodíaco Astral...  venha a nós!!! 

E o Deus Guardião do Zodíaco Astral surge voando entre as nuvens brancas do céu azul, emanando toda sua energia cósmica. 

TODOS:  FUSÃO DO ZODÍACO ASTRAL!!!!! 

Os heróis se unem ao gigante guerreiro, para mais um combate.  Akamedogla, ao avistar o deus guardião, avança com tudo, rugindo furiosamente e desferindo vários golpes, mas o herói é muito astuto, e consegue defender os socos do monstro de Tube.  No entanto, Akamedogla resolve atacar com violentíssimas rajadas, que o atinge em cheio. 

SHIRYU:  ESCUDO DO DRAGÃO!!! 

Akamedogla dispara novamente, mas os tiros são rechaçados pelo escudo de Shiryu, e em seguida, o mesmo escudo é nele arremessado, como um frisbee de praia, atingindo-o e ferindo-o. 

SEIYA:  Alternar para a forma de Pegasus – diz. 

Deus Guardião do Zodíaco Astral vira um enorme Pegasus. 

SEIYA:  METEOROS DE PEGASUS!!! 

Batendo suas asas, Pegasus dispara vários meteoros contra o monstro, que é atingido em cheio, caindo para trás. 

SHIRYU, SHURA e HARUKA:  EXCALIBUR DO DRAGÃO DE URANO!! 

Usando o poder combinado de Dragão, Capricórnio e Urano, o Deus Guardião do Zodíaco Astral saca a poderosa Excalibur, com direito às imagens do planeta Urano e do Dragão ao fundo.  E com um golpe certeiro, corta Akamedogla ao meio, que explode.  Enfim, mais uma batalha contra Tube é vencida por nossos heróis! 

Mais tarde, Ryuho estava de volta ao local onde tudo começou, ao lado dos jovens irmãos que conhecera no Mundo Subterrâneo.  E estes, por sua vez, estavam felizes, por ver que aquilo que tanto acreditavam era verdade. 

RYUHO:  Olhem que lindo céu azul... – apontando para o céu. 

MENINO:  Sim...  e como é lindo! – sorri. 

No céu, apareciam algumas nuvens brancas.  Os jovens que antes viviam no Mundo Subterrâneo estavam felizes por ver, pela primeira vez, a superfície da Terra, que, para seu povo, até então, era considerado um mito.  Em seguida, no céu, um avião, bem lá no alto, passava em alta velocidade, deixando um rastro de fumaça a formar um rastro de nuvem, o chamado “chemtrail” (rastro de nuvem esse, até hoje, tomado por muitos teóricos da conspiração como sendo um veneno que pulverizam de propósito no céu).   

Mais adiante, os jovens vindos do Mundo Subterrâneo podiam admirar outras formas de beleza existentes na superfície da Terra; lagoas, rios, plantas, animais...  para eles, era uma nova experiência em suas vidas.  E tudo graças aos Príncipes do Zodíaco e às Princesas Planetárias, que os libertaram do julgo maligno de Tube.  Em seguida, vinham os demais habitantes da cidade cultivada de Tube, já libertos pelos heróis do triste destino que levavam como prisioneiros de Zeba, no cultivo de cogumelos que serviam de alimento aos Soldados Angla.  Todos estavam felizes e encantados com a beleza da superfície da Terra, o céu azul, o ar puro...  a felicidade era plena!  Era a libertação daquele sofrido povo, depois de séculos oprimidos pelos poderosos e malvados governantes do Mundo Subterrâneo.  O casal líder daquele povo, ambos felizes, contemplavam as belezas da Terra.  Em seguida, viram-se para os heróis, e com a cabeça, os agradecem por tudo que por eles fizeram.  Na sequência, vêm seus filhos, felizes por verem que seus pais, além de libertos, finalmente acreditaram na existência do plano terreno, e que havia vida muito além do Mundo Subterrâneo. 

SHUN:  Que bom...  conseguimos salvar essa gente de um triste destino – diz. 

MINA:  E ainda conseguimos com que eles finalmente entendessem que há vida muito além do subterrâneo. 

SHIRYU:  Verdade, amigos.  Mas Zeba não vai descansar, enquanto não conseguir o que tanto quer – diz, cerrando os punhos, ainda demonstrando certa amargura. 

Embora todos ali estejam felizes, Shiryu era o único que, embora feliz por salvar um povo de um destino de escravidão, e por salvar seu futuro filho,  ainda não estava, de todo, feliz completo.  Enquanto Lita continuar prisioneira de Zeba, naquele ataúde de gelo, o Dragão não haverá de descansar, até conseguir destruir o gelo no qual ela dorme.  E não há muito tempo a perder, pois não se sabe quanto tempo levará para que o gelo a congele por completo, e a leve à morte.  Rápido, Shiryu!  Liberte sua amada o quanto antes! 

SHIRYU:  Não vou descansar enquanto não libertar minha amada daquele gelo...  e não descansarei até libertar todo o povo do Mundo Subterrâneo da opressão de Zeba.  Eu asseguro! – diz, levantando o braço, com o punho cerrado.