Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 19
Ryuho cai no Mundo Subterrâneo




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Nesse momento, algumas coisas estavam a acontecer no Mundo Subterrâneo.  Dois jovens adolescentes, um casal, praticamente, estavam a correr, e com os Soldados Angla a sair em sua perseguição.  Certamente eram fugitivos desertores de Zeba!  O alarme soava, com uma voz a ecoar nos autofalantes. 

 

VOZ:  Fugitivos...  não deixem escapar! – diz a voz nos autofalantes. 

 

Os jovens corriam o máximo que podiam, gritando por socorro, mas, aos poucos, começavam a demonstrar sinais de cansaço, e os Soldados Angla, por sua vez, cada vez mais perto deles chegavam, e se eles fossem pegos, seria o seu fim, pois Tube não perdoa desertores.  O alarme de alerta de desertores não parava de soar. 

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam na superfície.  Naquele instante, Ryuho, o Cavaleiro do Dragão vindo do futuro, com o intuito de auxiliar seu pai, Shiryu, a salvar sua mãe, Lita, do gelo onde era mantida prisioneira por Zeba, estava a treinar no parque, pois sabia que ia precisar de muito mais do que tem para um novo enfrentamento contra Igan, Barrabás ou qualquer outro servo de Zeba.  Treinava com um par de espadas de kung fu.  Num dado momento, olha para um retrato do lado de fora da mochila.  Era a foto de sua querida mãe, que estava prisioneira no castelo de Zeba.  Sorri ao ver a foto, mas também sente um grande aperto no coração, pois tudo que mais deseja é salvar sua amada mãe, para que seu pai volte a ser feliz, e para que sua existência não seja comprometida.  Sem Ryuho notar, do outro lado, Paradox, futura discípula de Shiryu – e também sua maior dor de cabeça – o observava, sorridente, na esperança de ter o seu amor. 

 

PARADOX (pensando):  Ryuho...  ele continua a treinar duro para salvar sua mãe daquele gelo.  Quem dera ele correspondesse aos meus sentimentos...  mas eu não desisto! 

 

Nisso, eis que bate um vento forte, e o retrato de Lita sai voando, deixando Ryuho espantado. 

 

RYUHO:  Essa não...  MAMÃE!!! 

 

E sai correndo atrás do retrato de sua mãe, que vai parar do outro lado, próximo a uma pequena brecha aberta no solo.  Paradox, ao ver Ryuho correr, vai atrás dele. 

 

PARADOX:  Ryuho...   o que houve? – indaga, correndo. 

 

O jovem Cavaleiro chega, enfim, ao local onde o retrato de sua mãe caiu. 

 

RYUHO:  Mamãe... que bom... – sorri, pegando o retrato. 

 

No entanto, ouve gritos de socorro vindo de dentro da fenda.  Encosta a cabeça para melhor escutar os gritos.  Coincidentemente, ele estava perto do local no Mundo Subterrâneo, onde os adolescentes fugitivos estavam a correr para escapar de Tube, mesmo sabendo os tipos de punições que lhes estavam reservadas, pois quem trai Zeba não tem vida longa.  Os jovens conseguem achar umas rochas atrás de uma coluna para se esconder, e se embrenham nelas, enquanto os Soldados Angla passam batidos, em sua perseguição, e assim, os perdem de vista.  Por hora, o perigo passou, mas por quanto tempo?  Na superfície, Ryuho ainda não entendia nada do que ouviu, mas sente que uma investigação minuciosa se faz pertinente.   

 

RYUHO:  Estranho...  tenho a certeza de ter ouvido gritos de socorro – e pega um radiocomunicador, para chamar seu pai e os demais – pessoal, perigo!  Ouvi vozes vindo debaixo da terra, e pediam socorro. 

SERENA:  Vozes debaixo da terra...  pedindo socorro? – indaga. 

ARTEMIS:  E onde foi isso, Ryuho? 

 

Enquanto Ryuho dava as coordenadas de onde está, no Mundo Subterrâneo, os jovens fugitivos, um casal adolescente, respiravam, tomando fôlego, para o caso de precisar novamente correr dos Soldados Angla.  Nisso, o garoto pega um retrato de umas crianças a brincar alegremente na superfície. 

 

MENINA:  Tem certeza que existe este lugar? – indaga. 

MENINO:  Sim, tenho certeza que existe uma saída daqui – responde. 

 

No entanto, chega um homem, e com raiva, arranca o retrato da mão do garoto.  Devia ser pai dele. 

 

HOMEM:  De novo vendo isso? – indaga, furioso – Já lhe falei para jogar fora! – e tenta rasgar a foto, possesso da vida. 

MENINO:  Papai, entenda...  existe um lugar como esse – pegando a foto de volta. 

MENINA:  É verdade, existe sim! 

MULHER:  Parem de dizer bobagens!  Se alguém vir isso, serão castigados – tentando chamar à razão. 

HOMEM:  Rápido, vamos voltar, se não quiserem ser punidos – diz, tomando de volta a foto. 

MENINO:  Não!  Vocês não entendem isso!  Eu não quero – fazendo birra. 

 

Enquanto a família brigava por causa de uma reles foto, eis que são ofuscados pela luz de um farol.  Eram os servos de Zeba, que os encontraram.  No entanto, os adolescentes conseguem fugir, deixando seus pais para trás.  Os pais chamam os filhos de volta, indignados com eles.  Nisso, eis que ouvem um som que parece ser o rugido de uma fera, seguido de uma misteriosa sombra.  Era outro monstro subterrâneo!  O monstro vinha a passos lentos, procurando pelos fugitivos.  O casal, então, se esconde atrás de uma parede, para não serem achados.   

 

Na superfície, Ryuho, ainda tentando observar através da fenda, chamava aos gritos, na esperança de ser ouvido.

 

RYUHO:  Ei...  tem alguém aí?? 

 

O monstro ouve o grito de Ryuho, e com um raio dos olhos, o agarra, fazendo-o cair no Mundo Subterrâneo.  Paradox, que viu tudo, se alarma e faz contato com demais. 

 

PARADOX:  RYUHO!!!!  Essa não...  amigos...  venham logo!  Ryuho caiu no subterrâneo... 

SHIRYU:  O quê? – indaga, perplexo – Ryuho...  será que foi capturado por Zeba?  Primeiro Lita...  agora ele...  NÃO!!  Não vou perder meu filho, assim como perdi minha mulher.  Vamos todos! 

TODOS:  SIM!!! 

 

Enquanto isso, no subterrâneo, Ryuho nota que há uma grande escada, que dá acesso à superfície.   

 

RYUHO:  Eu estou no Mundo Subterrâneo...  melhor ficar atento... 

 

Nisso, eis que surgem os Soldados Angla, comandados por Oyubu.   

 

OYUBU:  Bem-vindo ao Mundo Subterrâneo, jovem Cavaleiro – diz. 

RYUHO:  Você deve ser um dos guerreiros de Zeba!  

OYUBU:  Sou Oyubu, o mestre das chamas e da velocidade.  E aqui será o seu túmulo! 

RYUHO:  Pois tente, se puder! 

 

Os Soldados Angla se armam com seus bastões de luta, que servem também rifles, prontos para o combate, mas Ryuho, mesmo sem sua armadura, consegue surrar os guerreiros mequetrefes da linha de frente de Tube.  Primeiro, enche-os de murros e pontapés, e em seguida, saca suas espadas de kung fu, danando-se a picotar os inimigos.  Eis que Oyubu, cansado da ousadia de Ryuho, chama o monstro subterrâneo. 

 

OYUBU:  Akamedogla...  ataque!! 

 

Obedecendo à ordem de Oyubu, Akamedogla dispara raios de seus olhos, criando várias explosões que atordoam Ryuho, e também aos Soldados Angla que ele estava a combater.  Com isso, Ryuho se vê obrigado a correr para despistar os inimigos, enquanto procura ganhar tempo. 

 

Nesse momento, outras coisas se passavam na superfície.  Shiryu, acompanhado de Shura, Haruka, Rei, Ikki, Hyoga, Ami, Camus e Michiru, procuravam por Ryuho.   

 

SHIRYU:  Então? – indaga. 

MICHIRU:  Procurei, mas não o achei em lugar nenhum... 

CAMUS:  Estranho isso...  sumiu como gota d’água no ferro quente. 

 

SHIRYU:  Será mesmo possível que o Ryuho possa estar debaixo da terra? – indaga – não quero imaginar que ele possa ter sido capturado por Zeba.  Já não basta a Lita, e ele também...? – se preocupa por seu futuro filho. 

 

SHURA:  Se ele estiver mesmo no subterrâneo, eu irei procura-lo abrindo caminho com meu punho afiado. 

HARUKA:  Eu também vou com você, Shura – diz. 

 

Eis que chega Paradox. 

 

PARADOX:  Ryuho...  pessoal, ainda bem que vieram.  Ryuho sumiu de repente, é como se tivesse caído no subterrâneo... 

SHIRYU:  Paradox...  já estamos cientes disso.  E já estamos indo para lá procura-lo.  Se Zeba pensa que fará com ele o mesmo que fez à Lita, está muito enganado. 

 

Nisso, Ryuho olha para os lados, escondido atrás de uma rocha, mas não havia nenhum sinal de Oyubu, dos Soldados Angla e do monstro Akamedogla.  Mas, quando ia seguir caminho, alguém o surpreende por trás, e ele, na necessidade de se defender, ataca o forasteiro, dando-lhe um golpe certeiro na barriga, que o faz voar para trás, gemendo de dor. 

 

MENINO:  AAAAAAAAA  que força – gemia. 

RYUHO:  Mas...  é um menino?? – e o acode – desculpe, acho que peguei pesado... 

MENINA:  Mano...  tudo bem? – chega, ajudando-o. 

RYUHO:  Ei, um momento...  quem são vocês, afinal?   

MENINO:  Eu é que pergunto! 

RYUHO:  Eu estava treinando, e ouvi vozes vindo do chão.  E quando fui verificar de quem é, acabei caindo aqui. 

 

Surpreso com a afirmativa de Ryuho, o jovem adolescente do Mundo Subterrâneo passa a ter ainda mais certeza de que o mundo terreno, como ele viu em fotos, existe.  No entanto, o perigo ainda não passou.  Eis que eles ouvem os rugidos do monstro Akamedogla a se aproximar, bem como os sons dos Soldados Angla.  Oyubu e seu grupo continuava a procura pelos jovens desertores, para leva-los a Zeba, e serem punidos por desacato e deserção.  Ryuho e o casal de irmãos tentam correr o quanto antes, mas são avistados pelos inimigos, que saem em sua perseguição pelas catacumbas do Mundo Subterrâneo.  Entram por uma gruta cheia de corredores, e se escondem em uma delas, enquanto os Soldados Angla, mais uma vez, perdem os fugitivos de vista, seguindo outro caminho.  Novamente, os heróis conseguem se safar de seus perseguidores.  Nisso, o jovem do Mundo Subterrâneo pega a foto que ele tem – a mesma que foi a causadora de toda aquela celeuma entre ele e seus pais, que não acreditam na existência do mundo terreno – e a mostra a Ryuho. 

 

MENINO: Então você veio de lá? – mostrando a foto a Ryuho. 

RYUHO:  Sim...  eu vim! – diz. 

MENINO:  Mana... – chamando a irmã – é como eu pensei.  Esse outro mundo realmente existe!  Existe esse mundo belo, com o céu azul. 

 

A irmã dele sorri, com as esperanças renovadas.  Ryuho, no entanto, estava meio que confuso. 

 

RYUHO:  Então vocês não conhecem a Terra? – indaga. 

 

E explica o que sabe. 

 

MENINO:  Quando éramos pequenos, isso caiu lá de cima próximo de nós... 

 

Nisso, imagens em flashback da infância do casal de irmãos do Mundo Subterrâneo, onde o retrato que causou toda aquela discórdia entre eles e sua família aparece a cair por uma brecha no teto do Mundo Subterrâneo.   

 

MENINO:  Nisso, vi que havia esse lugar com o céu azul, o brilho, a luminosidade...  era lindo!  Desde então, acreditamos na existência desse mundo.  Não aguentávamos mais ficar o tempo todo neste Mundo Subterrâneo, então resolvemos fugir.   

RYUHO:  Afinal, quem são vocês? – indaga, sem entender nada ainda. 

 

Nisso, ouvem um barulho, como se fosse um chicote a estalar.  Veem uma janela com grades, e vão observar.  E o que veem os deixam chocados; o povo do Mundo Subterrâneo sofrendo torturas, sendo açoitados, forçados a trabalhar como escravos numa espécie de mina.  Do outro lado, os prisioneiros pareciam estar cultivando cogumelos.  Na sala do trono de Zeba, Igan observa tudo, curiosa. 

 

IGAN:  Quem são essas pessoas? – indaga. 

BARRABÁS:  São os moradores da cidade cultivada do Mundo Subterrâneo. 

IGAN:  Moradores da cidade cultivada? 

 

Barrabás encara Igan com um sorriso cínico, o que a deixa furiosa por dentro.  Mas, ao mesmo tempo, perplexa e surpresa por nada saber daquilo antes. 

 

IGAN (pensando):  Como é que eu nunca soube nada sobre essa gente? 

 

Os Soldados Angla seguiam dando chicotadas nos moradores da cidade cultivada, que trabalhavam como escravos, forçando-os a dar tudo de si. 

 

ANAGUMAS:  É a cidade subterrânea que foi criada com o intuito de transformar seres humanos em criaturas subterrâneas.  As crianças, quando ainda bebês, foram raptadas da Terra, e criadas aqui.   

BARRABÁS:  Essa é uma das experiencias que o Senhor Zeba fazia antes de assumir o trono, como o Rei do Império.   

IGAN (pensando):  Rei Zeba do Império...  que pessoa medonha! 

ZEBA:  Os planos se sucedem há mais de cinquenta anos, e não podem ser descobertos pelos Cavaleiros Zodiacais, nem pelas Sailors Scouts, em hipótese nenhuma. 

BARRABÁS:  Sim Senhor Zeba!  A fuga da cidade subterrânea é impossível.  Custe o que custar, vamos encontrar e executar todos os desertores fugitivos – diz, empunhando seu sabre.   

 

Pelo visto, Zeba estava a pensar grande!  Já vinha cultivando um plano diabólico há décadas, bem antes dos nossos heróis nascerem.  E, até o momento, tudo corria conforme o planejado por ele.  Mas o que o tirano governante do Mundo Subterrâneo não sabia, até então, é que um dos heróis se encontrava em seus domínios; Ryuho de Dragão! 

 

Enquanto isso, Ryuho, em companhia dos dois irmãos fugitivos, observava àquilo tudo, completamente horrorizado com a crueldade de Tube para com as pessoas que vivem no Mundo Subterrâneo.  Maldito Zeba! 

 

MENINA:  Nosso serviço é cultivar os cogumelos que servem de alimento aos Soldados Angla... 

RYUHO:  Como...  alimento dos Soldados Angla? – indaga. 

 

Então isso explica por que essas pessoas cultivam cogumelos.   

 

MENINO:  Nosso objetivo aqui é cultivar esses cogumelos desde o nosso nascimento até a nossa morte.   

RYUHO:  Então vocês nasceram aqui? – indaga. 

 

Ambos acenam positivamente com as cabeças. 

 

RYUHO:  E seus pais também?  

MENINO:  Eles me diziam que aqui foram criados... 

 

Então os pais daqueles jovens são pessoas nascidas na Terra, mas que foram raptadas por ordens de Zeba, para a criação desses malignos cogumelos...  qualquer semelhança com um certo caçador espacial, sedento de poder, que raptara crianças da Terra para fins também bastante nefastos, não é mera coincidência.   

 

RYUHO:  Por Atena...  então esta cidade subterrânea existe há muitos anos!  Que diabos eles fazem com as pessoas que aqui vivem presas?  Basta!  Isso tem que acabar! 

 

A crueldade de Tube fazia o sangue de Ryuho ferver, tamanha sua fúria.  Nisso, os Soldados Angla prosseguiam torturando os habitantes da cidade cultivada, forçando-os a trabalhar duro para eles.  Nisso, eis que os jovens irmãos veem seus pais sendo espancados pelos Angla. 

 

MENINO e MENINA:  Papai!!  Mamãe!!! – gritavam. 

 

Aquilo deixa Ryuho ainda mais furioso. 

 

MENINO:  Eles estão recebendo essa punição por nossa culpa.  Se não tivéssemos teimado em fugir... – diz, com lágrimas nos olhos. 

RYUHO:  CHEGA!!!  Já vi o bastante! – diz, cerrando os punhos, furioso. 

 

Num salto, ataca os Soldados Angla, pondo-se a desferir violentos golpes, para proteger àquelas pessoas, que ficam surpresos pela aparição do Cavaleiro. 

 

RYUHO:  Vamos, amigos, venham comigo! – ordena. 

MENINO:  Esse jovem veio da Terra.  Lá em cima existe um mundo assim – mostra a foto, que causou toda aquela balbúrdia.  

 

Todos se levantam e veem àquela foto, perplexos. 

 

MENINA:  É verdade!  Esse jovem veio da superfície, ele sabe o que está dizendo. 


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