É amor! Tô certo! escrita por RanyHoney


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oii, tudo bem? Espero que sim!

Essa é a minha primeira história e como você chegou a ela, torço para que goste e tenha uma ótima leitura!
Obrigada pela atenção, divirta-se! :)



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Mais tarde, quando a Lua marcava presença no céu estrelado, Eric adentrava sua casa transbordando de alegria. Seu dia havia sido mais que perfeito e nada poderia estragá-lo. Subiu para seu quarto tão distraído em seus pensamentos que nem sequer percebeu quando sua irmã o cumprimentou assim que saiu do banheiro enquanto secava seus cabelos.

— Pirralho? Tá me escutando?

O garoto permaneceu calado enquanto entrava no próprio quarto. Hana caminhou até a porta, porém logo sentiu o vento em seu rosto e o rápido susto com o som da batida. Por um instante, agradeceu por não ter dado mais um passo, caso contrário a madeira teria ido ao encontro de seu rosto.

— Filha? Aconteceu algo? Por que está parada aí?

— Ah, oi mãe. Não aconteceu nada. O Eric chegou e me ignorou por completo, ou nem percebeu minha presença. – bufou. – Ele só entrou e fechou a porta na minha cara.

— Ele devia estar distraído…

— Claro que estava… – revirou os olhos. – Vou dormir. Amanhã falo com ele.

Hana foi para o próprio quarto.

Foi a vez de Flora deixar algumas batidas na porta e aguardar que Eric a abrisse. A ansiedade tomava conta de seu corpo, desejava falar uma coisa importante com seu filho e, quando finalmente viu a porta diante de si ser aberta, um olhar sério surgiu.

— Precisamos conversar.

— Aconteceu alguma coisa, mãe?

Antes mesmo de responder, Flora adentrou o cômodo e se sentou na cama. Mesmo sem falar uma única palavra, o garoto entendeu que era algo relacionado ao seu primeiro e recém iniciado relacionamento.

— Como foi?

— O quê?

— Você o que eu quero dizer. Vocês dois passaram o resto do dia juntos…

— Ah… – o rosto do garoto recebeu uma coloração a mais. – A gente ficou um tempo no parquinho e depois fomos para o riacho. Lá conversamos sobre o que aconteceu mais cedo e… E nos declaramos um para o outro. – sorriu e levou sua mão até seus lábios enquanto sua mente se recordava do ocorrido. – O Dani me pediu em namoro. E eu, obviamente, aceitei.

— Tão fofos.

Flora o envolveu em um abraço apertado que automaticamente foi correspondido. Tudo estava dando certo. Um amor de infância que havia nascido como um pequeno broto estava finalmente desabrochando para o mundo.

— Eric… Eu tenho preciso que você me faça um pequeno favor.

— Claro, mãe. O que seria?

— No futuro, bem mais para frente. Obviamente que será no futuro, agora você só tem 15 anos. – comentou distorcendo por completo a ideia inicial, o que resultou nas risadas do filho. – Se desejar casar com ele…

— Isso irá acontecer, mas bem no futuro mesmo. – riu. – Eu quero ele na minha vida inteira. — fez uma breve pausa. — Continue.

— Quando achar que for a hora de se casarem… Por favor, peça você ele em casamento.

— Mas por quê? – questionou. – Não me diga que a senhora e o pai dele apostaram de novo?

— Talvez… – respondeu enquanto ria de maneira culposa.

— MÃE! – Eric a repreendeu. – Quanto foi dessa vez?

— Não foi muita coisa. – desdenhou. – Só quatrocentos reais.

— O QUÊ?

— A gente ia apostar quem pediria em namoro e eu sabia que ia perder, então apostei com ele quem vai pedir em casamento. – riu. – E como eu sei que corro o risco de perder essa também, vim avisar desde já.

— Isso não seria uma trapaça?

— Ele não precisa saber que eu estou fazendo isso.

— Certo…

Depois de algumas risadas pela pequena “trapaça”, Flora se direcionou até a porta do quarto, contudo antes de sair comentou sobre Hana.

— Sua irmã queria falar com você. Disse que te chamou, mas você a ignorou.

— Sério? Droga, não queria ter ignorado. Eu estava distraído… Vou falar com ela. – levantou-se.

— Fale amanhã. Ela deve estar dormindo e sabe que a apresentação daquele trabalho dela é importante. Hana precisa estar descansada.

— Tinha esquecido disso. Vou falar com ela assim que a aula acabar.

— Isso aí. – deu uma piscadela. – Agora vá tomar um banho para ir dormir. Você também tem aula amanhã cedo.

— Sim, senhora.

Na manhã seguinte, Eric arrumou-se para ir a escola com a maior animação que existia. Estava ansioso para contar a novidade para Alana e para qualquer um que quisesse escutar. Ele estava namorando a pessoa que amava e que sempre o apoiou.

— Vamos? – Daniel questionou com uma das mãos esticadas.

— Claro! – segurou-a.

E assim foram para a escola. Suas mãos permaneciam unidas a todo momento, não só durante o caminho como quando adentraram o local. Em instantes, puderam sentir os olhares sobre si, alguns de aprovação e outros de rejeição.

— E daí, seus idiotas? – um grito que vinha um pouco a frente os surpreendeu. – Quero ver se vão continuar falando isso quando eu chamar o meu irmão aqui. O Ícaro vai acabar com vocês.

— Essa voz é do… – Daniel começou.

Bruno? – Eric o encarou, surpreso.

Logo puderam visualizar Matheus afastando-o de outro garoto.

Daniel e o namorado se entreolharam surpresos e caminharam até os dois.

O garoto de cabelos loiros e altura mediana sorriu ao vê-los, porém não conseguiu cumprimentá-los. Permanecia em frente a Bruno, tentando acalmar o moreno com seu clássico rabo de cavalo.

— Tá tudo bem? – Kimura questionou.

— Esses garotos estavam nos provocando por estarmos de mãos dadas… – Matheus respondeu.

— Mesmo que estejamos somente segurando a mão um do outro ou até mesmo nos abraçando, isso não é desculpa para serem preconceituosos. – Bruno rebateu.

— Calma, amor. – o loiro falou. – Não ligue para eles. Nós estamos juntos e isso que importa.

Bruno encarou os garotos que estavam implicando com eles. Quando estava prestes a correr em sua direção, sentiu a mão de Daniel sobre seu ombro. Mesmo que sua maior vontade fosse bater em quem o zoava, sabia o que aquela ação de seu amigo significava. A única pessoa que poderia resolver aquela situação era alguém responsável. Portanto, mesmo que não quisesse, teve que se acalmar.

— Por que eles estavam implicando com vocês? – Eric questionou.

— Nós estávamos fazendo o que namorados fazem. – Matheus respondeu. – Todos pareciam aceitar até aqueles três aparecerem.

— Foi aí que começaram a fazer piadas preconceituosas. — Bruno bufou. — Acabei me descontrolando e perdendo o meu tempo brigando com esse imbecis.

— Eu sinto muito, meninos.

Uma voz feminina chamou atenção dos quatro e, assim que direcionaram seus olhares para a dona, perceberam que era Alana. Eric e Daniel sorriram ao ver a amiga e, apesar de todo o ocorrido, estavam ansiosos para lhe contar a novidade.

— Matheus… Está tudo bem?

— Está sim, mas eu e o Bruno temos que ir. Vamos contar tudo o que aconteceu para o professor João Paulo. Aposto que ele já passou por algo parecido com o marido dele. Talvez saiba nos dizer o que podemos fazer. – comentou com um leve sorriso no rosto. – Vamos, amor.

Enquanto os dois caminhavam em direção a sala do professor, Daniel e Eric olhavam para a garota que aparentava estar chateada. Mesmo que nunca tivessem passado pelo mesmo ou por algo parecido, podiam sentir a dor que estava sentindo apenas olhando em seus olhos.

— Alana… – o moreno sussurrou.

— Está tudo bem… – esbanjou um sorriso carregado de tristeza, logo mudando de assunto. – A propósito, vocês falaram no grupo que queriam me contar algo. O que era?

— Bem… Nós dois…

Eric começou a falar, porém se sentiu inseguro com a situação. Sua melhor amiga havia acabado de ver o garoto de quem gostava anunciar que está namorando. A notícia de seu namoro poderia ser uma grande surpresa, não? Apesar de desejar que fosse uma, não seria bem da maneira que gostaria.

— Nós estávamos pensando que seria uma boa ideia chamar a Sabrina para fazer parte do nosso trabalho em grupo. – Daniel interveio. – O que acha?

— Acho uma ótima ideia. – respondeu com um sorriso meigo. – Vou perguntar se ela ainda está sem grupo.

— Certo. – responderam em uníssono.

Alana sorriu e seguiu em direção a sala de aula onde tinha a certeza de que Sabrina estava. Eric olhou para o namorado e suspirou. Nenhum dos dois tinha coragem de contar para ela. Não naquele momento, talvez quando terminassem de fazer o trabalho ou após a apresentação do mesmo, mas não depois daquilo que presenciaram.

— Vamos contar para ela em outra hora.

— Ótima ideia, meu anjo. – Daniel concordou. – Ela literalmente acabou de descobrir que o Matheus está namorando e sabemos o quanto ela gosta dele. São seis anos gostando de uma única pessoa. Deve estar doendo...

— Eu sei como ela se sente. Quando tinha uma queda por ela, fiquei do mesmo jeito quando descobri que ela gostava dele…

— Bom, a única coisa que podemos fazer agora é ir para a sala de aula e torcer para que o dia seja bom.

— Concordo plenamente.

As aulas fluíram bem assim como nos demais dias da semana. Quando o último sinal tocou, todos os alunos foram liberados. Eric, Daniel, Alana e Sabrina conversavam animados sobre suas ideias e planejamentos para a execução do último trabalho.

Enquanto caminhavam pelo corredor em direção saída da escola, os olhos do moreno passeavam pelo pátio. Haviam vários grupos de alunos conversando em diferentes extremidades, porém algo chamou sua atenção. Era Hana mais afastada e com um sorriso no rosto, parecia animada com algo. Ela correu até um rapaz que a envolveu em um abraço.

— Quem é aquele?

— De quem está falando, meu anjo?

— Daquele cara. – apontou.


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