É amor! Tô certo! escrita por RanyHoney


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oii, tudo bem? Espero que sim!

Essa é a minha primeira história e como você chegou a ela, torço para que goste e tenha uma ótima leitura!
Obrigada pela atenção, divirta-se! :)



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— Talvez seja um amigo.

— Hm, acho que não. – comentou desconfiado. – Eu conheço todos os amigos dela e nunca vi esse cara.

— Eles podem ter se conhecido recentemente.

— E já estão cheio dos abraços? Duvido muito. Preciso descobrir quem é.

— Como pretende fazer isso, meu anjo? Mesmo que seja menor de idade, perseguir alguém parecendo um stalker é crime.

— Eu… Espera, isso é sério?

— Sim.

— Droga. – resmungou. – Nesse caso, vamos para casa. Eu vou ficar esperando no quarto dela. Assim que chegar, vou obter minhas respostas.

Daniel o olhou de maneira séria, mas logo suspirou ao perceber que nada o faria mudar de ideia. Caminhou até Alana e Sabrina que se encontravam sentadas numa das mesas do pátio enquanto os aguardavam.

— Seu cabelo é lindo. – Alana comentou, encantada. – A cor rosa te destacou ainda mais. Quando você decidiu pintar ele?

— Obrigada. – respondeu com um sorriso. – Para falar a verdade, eu sempre quis deixá-lo dessa cor, mas achava que não combinaria já que sou negra e tenho vitiligo. Depois que vi Madagascar 3 e escutei a fala do Vitaly, me senti inspirada e decidi pintar.

— Qual fala?

— “Então, se eu tiver que me queimar, que seja.” – sorriu. – Se todos olham para mim por ser diferente, vou dar razão para me olharem.

Daniel se aproximou das garotas, trocaram algumas palavras, despedindo-se, e caminhou junto ao namorado até o portão do colégio. Não demorou para que saíssem de seu campo de visão.

— Pronto. Vamos?

— O que disse para elas?

— Falei que faremos o trabalho na minha casa e que ainda combinaremos o dia e o horário pelo grupo para nos encontrarmos. – explicou. – Agora vamos ou você vai perder a chance de fazer sua aparição no quarto da sua irmã.

— Você tem razão. Vamos!

Eric começou a caminhar em direção ao portão da escola enquanto permanecia encarando o local onde havia visto sua irmã e o rapaz com quem conversava. Estava tão focado em pensar como a “interrogaria” que nem percebeu que algo estava faltando.

— Sua mãe está no trabalho, certo?

— Sim. Até ela chegar será somente eu e Hana.

— Para entrar em casa, você tem que estar com as chaves, não é verdade?

— Óbvio! – exclamou.

— E você está com elas aí, não é?

— Estão dentro da minha mochila.

— Entendi. E onde ela está?

— É óbvio que nas minhas… – tocou em seus próprios ombros a procura das alças. – Cadê a minha mochila?

Daniel o olhou de maneira séria logo deixando um suspiro escapar. Eram momentos como esse que o fazia questionar a razão de serem amigos e agora se questionava sobre o motivo de ter sentimentos por ele que os tornaram namorados. Porém, apesar de não entender a capacidade do namorado de esquecer algo tão importante, seu desespero em encontrar e até em pensar que estragou o próprio plano o fazia rir e achá-lo ainda mais adorável.

— Serve essa aqui? – mostrou a mochila pendurada em um de seus ombros.

— Você pegou ela para mim…

— É óbvio que peguei. Se não tivesse pego, teríamos que voltar e isso arruinaria o seu plano.

— Já falei que te amo? Pois amo, viu?! Não sei o que faria sem você.

— Possivelmente seria o garoto que fica trancado do lado de fora da própria casa.

— É. Provavelmente. – concordou rindo. – Agora, vamos rápido. Não quero que ela chegue antes de nós.

Eric agilizou o passo, quase como uma corrida lenta enquanto Daniel continuava carregando ambas as mochilas e tentava acompanhar o ritmo do garoto que já estava cerca de dez passos a sua frente.

Minutos depois, os garotos finalmente haviam chegado em frente a casa da família Martins. Após tentar abrir a porta de sua casa e ter a certeza de que ainda estava trancada, o rapaz se certificou de que a irmã ainda não havia chegado.

— Ótimo. As chaves estão dentro do segundo bolso, pode pegar elas para mim?

— É sério?! – Daniel o encarou.

Retirou a mochila de seu ombro e estendeu para o namorado que logo abriu o bolso indicado e começou a procurar pelas chaves. Mexeu de um lado e do outro, todavia nenhum sinal de onde elas estariam.

— Droga.

— O que foi?

— Eu deixei elas em cima da mesinha do corredor. – bufou.

No mesmo instante, pôde ver Daniel abaixar a cabeça enquanto balançava a cabeça em negação ao que havia acontecido.

“Mas é uma anta mesmo…” Kimura pensou.

— E agora? Como vai entrar?

— Já sei. – comentou. – Vem!

Eric segurou no braço do namorado e o puxou. Em poucos instantes estavam diante da árvore que ficava próxima a janela de seu quarto. Bastou um olhar para que Dani entendesse o que ele desejava fazer. Em um movimento atrapalhado, ajudou o namorado a subir em um dos galhos, enquanto torcia internamente para que ele não quebrasse.

— Consegui. A janela estava entreaberta. – comentou. – Eu sempre deixo ela assim para caso ocorra alguma emergência.

— Eu não vou nem comentar sobre isso. – murmurou Daniel.

— Pode jogar a minha mochila. Eu pego.

— Certo…

Confiando em suas palavras, ele arremessou a mochila em direção a janela torcendo para que Eric a pegasse, caso contrário teria que correr para algum lado com a intenção de evitar ser atingido quando ela voltasse.

— Peguei!

— Ufa! Ainda bem. Agora eu vou para casa, depois me conta o que descobriu.

— Pode deixar. – sorriu. – Cuidado com a rua.

— Tomarei.

Mesmo que somente a rua os separassem, Daniel amava o fato de que Eric sempre pedia para que tomasse cuidado no caminho para casa, não importando o quão pequena fosse a distância. Ambos tinham personalidades completamente opostas, mas também muito parecidas. Um tanto caótico e isso era o que mais amava.

— Espero que esse plano dê certo. — comentou assim que adentrou o quarto. — Caso contrário, teremos um namoro que não chegou a completar vinte e quatro horas e um cadáver. — riu da própria fala. — Hana sempre detestou que entrassem em seu quarto sem permissão. Boa sorte, meu anjo.

Enquanto aguardava uma mensagem de seu namorado explicando sobre o garoto misterioso, Daniel decidiu voltar a fazer suas anotações sobre a crisálida que observava. Dessa vez, ela estava em um estágio mais avançado. A cor já havia mudado, o que indicava que não demoraria muito para que uma linda borboleta saísse para conhecer o mundo de um novo ponto de vista.

Assim que finalizou suas anotações, o rapaz olhou para a janela e pôde ver uma bicicleta sendo parada em frente a casa dos Martins. De sua garupa, Hana desceu com um belo sorriso enquanto conversava com o garoto que a acompanhava. Ela deixou um beijo em sua bochecha e caminhou até a porta. Assim que ela adentrou, o rapaz foi embora.

— Agora, é só esperar as atualizações do Eric. – comentou enquanto jogava-se na cama no aguardo das mensagens.

Hana estava feliz com sua manhã. Para ela, naquele momento, nada poderia estragar o seu dia.

Quando adentrou o quarto e acendeu a luz, assustou-se ao ver o irmão sentado na cama, encarando-a. O susto foi tanto que pegou a própria mochila e arremessou em sua direção.

— Ai! Não me mata.

— Eric? O que está fazendo no meu quarto? Quer me matar do coração?

— Eu só queria fazer uma cena. – resmungou. – Quem é aquele cara que estava com você?

— O Tiago?

— Eu lá sei o nome dele?! Estou falando do garoto que você saiu abraçando no final da aula.

— Então. – riu. – É ele. Ele é o meu namorado.

— Seu o quê? Quantos anos ele tem? Onde se conheceram?

— Sim. Meu namorado. – sorriu. – Ele tem 19 anos, ou seja, um ano mais velho que eu. Eu o conheci graças ao Ícaro. Com quem você acha que eu fui tomar sorvete outro dia depois do trabalho? Enfim, ele vai vir hoje jantar com a gente. Vou apresentar para a mamãe.

— Sério?!

— Hurun. A propósito, traga o Daniel. Será bom os dois se conhecerem. Vai que nossos namorados queiram fazer uma surpresa para nós no futuro?!

— Sim… – sorriu. – Peraí, como sabe que estamos juntos?

— Eric, ontem você chegou com um sorriso bobo no meio da sua cara. Achou mesmo que eu não ia notar?

— Eu ia te contar ontem, mas acabei esquecendo.

— Eu também ia falar do Tiago para você ontem, mas você chegou todo bobo alegre, então não quis estragar sua vibe. Estamos quites. — sorriu e deu uma piscadela.

Para a alegria de todos os presentes aquela noite, Flora aceitou muito bem o relacionamento de Hana e Tiago.

Os dias que se seguiram foram tranquilos. Daniel e Eric resolveram os últimos detalhes do trabalho com as meninas e assim que receberam suas respectivas notas tiveram a confirmação de que mais um ano letivo havia sido concluído com sucesso.

Naquela mesma semana, enquanto Eric mexia em suas redes sociais, encontrou um sorteio que garantia dois ingressos para o evento de cosplays que sempre desejou participar. O destino colaborou e foi o sorteado. Finalmente teria a chance de realizar um de seus sonhos, poderiam ir de Shino Aburame e Kiba Inuzuka, personagens que deram início a nova fase de seu relacionamento. Depois de muito insistir, conseguiu a aprovação de sua mãe, contanto que Hana fosse como responsável, o que não era uma má ideia já que ela ansiava por um momento a sós com seu namorado sem sua mãe desconfiar de que esteja aprontando algo.

— Detesto confessar isso, mas a viagem de Viola para o Rio de Janeiro valeu a pena. Digo, esse evento está realmente incrível. — Daniel comentou, mesmo odiando viagens.

— Eu só queria que as pessoas não nos olhassem estranho por seremos um casal…

— Ei, meu anjo. — olhou em seus olhos. — Eu amo você e isso já me basta.

— Eu também amo você. — sorriu logo depositando um beijo em seus lábios.

Ambos puderam sentir alguns olhares de reprovação. Sabiam que haviam pessoas extremamente preconceituosas e que não aceitariam seu amor, mas isso não importava. Eles estavam felizes, juntos. E esse fato era o único importante.

— Sabiam que vocês são uns fofos? — uma voz feminina um tanto familiar se pronunciou.

— Essa voz… — Eric comentou. — Sabrina?

— Eu mesmo. Em carne, osso e poder interestelar. — riu.

A garota aproveitou a tinta rosada de seus cabelos para fazer o cosplay que melhor combinava consigo, Estelar — a princesa de Tamaran. A cor roxa do uniforme destacou-a ainda mais. Nenhum dos dois garotos imaginava encontrá-la ali. Ela não parecia ser alguém que gostava de eventos como aquele.

— O que faz aqui?

— O mesmo que você, Eric. Aproveitando o momento para fazer meu cosplay favorito. — sorriu. — Junto com a minha namorada.

— Namorada? — questionaram juntos. — Quem?

— Vem cá, amor.

Uma garota usando uma capa roxa apareceu ao seu lado, representando Ravena, e entrelaçaram suas mãos. Instantes depois, Sabrina puxou o capuz que estava na cabeça de sua namorada e revelou quem era.

Os garotos sorriram ao vê-la. Mesmo que estivesse com a cabeça baixa, seus gestos e timidez sempre a entregavam.

— ALANA! — exclamaram.

— Oi, meninos. — sorriu.

SURPRESA! — Sabrina falou animada. — Assim como vocês nos surpreenderam no último dia de aula contando que estavam juntos, nós também decidimos surpreender.

— E surpreenderam. — Daniel afirmou.

— Agora faz sentido você ter recusado vir conosco. — Eric constatou.

— Pois é… Eu já tinha sido convidada. — ela sorriu.

— Fico feliz em ver vocês duas juntas. Não esperava por esse casal, mas bem que desconfiava das trocas de olhares. — riu.

— Obrigada, Dani. — Alana comentou. — Mas foi o melhor casal que eu poderia desejar. Além de vocês dois, claro.

— Alana, olha! — apontou para uma barraca. — Uma lojinha de funkos, vamos lá?

— Claro. — riu ao escutar a empolgação da garota. — Até daqui a pouco, meninos.

— Até. — responderam.

— Eu ainda acho que essa roupa mostra demais. — Alana comentou ao longe enquanto tentava juntar as extremidades de sua capa.

— Que nada. Ficou perfeita, amor! Ainda destaca suas lindas pernas, principalmente essas coxas fofas e gostosas de apertar.

Assim que ambas saíram de seu campo de visão, Eric direcionou seu olhar para o namorado com um grande sorriso no rosto. Tudo estava dando certo e isso era o que realmente importava.

Entrelaçaram as mãos enquanto andavam juntos. Só não esperavam serem surpreendidos por uma garotinha que os olhava de maneira animada.

— Vocês são um casal, né? — questionou com os olhos brilhando.

— Somos… — Eric comentou um pouco inseguro.

— Eu sabia. — sorriu o que fez seus olhos brilharem ainda mais. — Posso tirar uma foto com vocês? Eu achei vocês lindos. Quando eu namorar, quero ser que nem os dois. Lindos e felizes como meus papais.

— Claro.

Logo após a foto ser tirada, a pequena garotinha agradeceu e com um sorriso correu de volta para seus pais.

— Viu?! A humanidade não está completamente perdida.

— Realmente… A propósito, tenho algo para te perguntar. — Eric anunciou.

— E o que seria, meu anjo?

— Quer casar comigo?

— Nós acabamos de completar um mês de namoro. — Daniel riu.

— Eu sei, mas pense comigo, se ficarmos noivos agora, temos bastante tempo até depois da faculdade. — sorriu. — Podemos casar quando estivermos formados.

Daniel riu do raciocínio caótico do namorado, deixando um rápido beijo em sua testa. Afagou seus cabelos antes de envolver o corpo do rapaz em um abraço apertado. Eric levantou brevemente sua cabeça para que seus olhares pudessem se encontrar

— Eu aceito. — riu, beijando-o em seguida.

Como seria as coisas daqui para frente? Nenhum deles tinha a menor ideia, mas de uma coisa eles tinham certeza. Se estiverem juntos, isso já seria o suficiente. O amor pode não vencer tudo, no entanto o companheirismo, a confiança e a amizade são fortes o bastante para mantê-los unidos, não importando quanto tempo passe.


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