Enquanto isso, em Asgard, algumas coisas acontecem no vistoso Palácio Valhalla.  Hilda, a representante de Odin na Terra, sente a energia cósmica de seus guerreiros, que pereceram na guerra suicida contra os Cavaleiros de Atena, voltar a este mundo. 

HILDA (pensando):  Esses cosmos...  não pode ser...  SIEGFRIED?!  Mas...  como???  Como podem ele e os demais terem voltado do sono eterno da morte? 

FREYA:  Irmã, o que está havendo? - indaga – noto você tão aflita... 

HILDA:  Mana...  os cosmos de Siegfried e os demais estão de volta.  Eles voltaram de seu sono eterno da morte, e estão agora mesmo em ação na Grécia.  Será que eles foram atrás de Atena e seus Cavaleiros em busca de vingança, mesmo sabendo que não há nada a ser vingado? 

FREYA:  Oh, não!  E se for isso? 

HILDA:  Eu mesma irei pra lá averiguar.  Preciso que você fique aqui e assuma em meu lugar.  Eu tive uma ideia... - e se retira. 

FREYA:  Hilda... - se preocupa pela segurança da irmã mais velha – o que será que ela tem em mente?  Será mesmo que Siegfried, Hagen e os demais possam ter ressuscitado?  Se sim, quem fez isso? 

Nisso, eis que Hilda chega diante da grande estátua de Odin, e exibe as místicas safiras, outrora protegidas por seus soldados. 

HILDA:  Ó nobre Odin...  eu, Hilda de Polaris, por meio de suas safiras, convoco a poderosa armadura, para que eu possa usá-la na luta contra o mal.  Ó poderoso Odin...  atendei ao meu apelo... - e levanta a mão com as safiras. 

Eis que a estátua se estremece, e emana um poderoso brilho de luz, fazendo a mística armadura aparecer diante dela.  Tal armadura, que já fora usada por Seiya para libertar Hilda da maldição de Nibelungo, e por Aiolia, quando este enfrentou Loki, volta a aparecer.  No entanto, eis que a própria Hilda veste a armadura do poderoso deus asgardiano.   

HILDA:  Muito bem, agora sim, estou pronta – diz, empunhando a Espada Balmung.   

RAINHA SERENA:  Hilda...  que bom ver-te novamente – surge diante dela, em sua forma espiritual. 

HILDA:  Sua Majestade Rainha Serena...  já faz tanto tempo!   

RAINHA SERENA:  Hilda...  fui eu que permiti que seus Guerreiros Deuses pudessem voltar. 

HILDA:  O quê?  Você...  os trouxe novamente? - se emociona – puxa vida, que bom... 

RAINHA SERENA: Sim, para que possam ajudar Atena e os demais a vencer Ares. 

HILDA:  Ares, o deus da guerra...  então é ele quem está por trás de toda essa agitação mundo afora...  isso pede medidas drásticas, e já!  Obrigada, Rainha Serena, vou agora mesmo pra junto de meus guerreiros e dos demais.  Até breve!  

Que surpresa não terá ela, quando ver que aquele a quem tanto amou, está vivo... 

Nesse momento, outras coisas se passavam no santuário de Ares.  Os heróis estavam a avançar, após derrubar novamente Alberich.  Seus ex-parceiros, revividos pela Rainha Serena, bem como as Sailors Aninamates, também trazidas de volta pela Rainha Serena, avançam rumo ao confronto final contra o deus da guerra, sem fazer ideia do que o mesmo lhes reservara. 

ARES:  Maldição...  eu sabia que esse reles asgardiano não ia segurá-los por muito tempo, por maior que fosse seu desejo de vingança.  Mas que venham eles!  Não escaparão de todo meu poder supremo. 

Melhor não cantar vitória antes do tempo, Ares, pois quanto maior sua sede de poder, maior sua ruína. 

Shiryu, Seiya, Serena e todos os demais, agora acompanhados dos grupos de Siegfried e Aluminum Siren, prosseguiam à procura de Rei, sem fazer ideia do que Ares lhe fizera.   

IKKI:  Com mil demônios...  onde estará esse covarde? - bradava de ódio - quero arrancar pessoalmente a cabeça deste bandido, por ousar tocar na minha amada... 

SHIRYU:  Nada de se levar pelo ódio, Ikki!  Lembre-se do que lhe aconteceu daquela vez, na Ilha da Rainha da Morte – adverte. 

KANON:  Não se preocupe, Ikki, logo iremos salvar Rei, Ares não levará a melhor. 

Ikki procura se acalmar, diante das palavras de seus amigos.  No entanto, mal imagina ele a surpresa desagradável que terá, ao ver que Rei, graças a Ares, agora está do lado maligno.  E Hilda, chegará ela a tempo ali, para ajudar naquela batalha?  Eis que Siegfried, do outro lado, discretamente, pega de dentro da armadura um objeto que parece ser um relicário e o abre.  Era um retrato de Hilda, por quem o Príncipe do Dragão Bicefálico é apaixonado. 

SIEGFRIED (pensando):  Hilda...  quando isso terminar, quero muito poder rever-te, declarar todo meu amor por ti... 

HAGEN:  Não se preocupe, Siegfried, você ainda terá tempo para estar com Hilda – diz, em voz baixa. 

SIEGFRIED:  Hagen...? - se surpreende pelo que diz o parceiro. 

MARK:  Nossa, isso aqui não tem fim?  Já percorremos tantos corredores, e nada de chegar até Ares – diz o Príncipe da Cruz. 

MIME:  Paciência, meu amigo cristão.  Logo pegaremos Ares e lhe daremos o merecido castigo – diz o Príncipe da Harpa. 

Nisso, eis que os heróis são surpreendidos por algo estarrecedor.  Era uma risada bem diabólica a ecoar por toda parte. 

“HEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHE” 

SERENA:  Que risada é essa?  Me dá arrepios... - diz, abraçada a Seiya. 

SEIYA:  Ares!  Só pode ser ele, querendo debochar de nós.  Maldito... 

IKKI:  Ares...  você vai devolver a minha amada, por bem ou por mal, ou eu não me chamo Ikki! - cerra os punhos. 

SHIRYU:  O som da risada vem daquele lado – aponta à esquerda – vamos por ali! 

E lá vão os heróis até a fonte de origem de todo mal.  O que será que os aguarda, quando lá chegar? 

Nesse momento, do lado de fora do santuário de Ares, aparece alguém.  Era Hilda, e trajando a armadura divina de Odin.   

HILDA:  Muito bem, Siegfried e os demais estão aí dentro, junto com os Cavaleiros e as Marinheiras Lunares.  E também os Marinas de Poseidon e as Bruxas Espaciais juntos deles estão...  realmente, será preciso toda a força de um exército divino para vencer um mal tão poderoso quanto Ares, o satânico deus da guerra. 

???:  Olá, nobre representante de Odin na Terra, posso acompanhar-te nessa jornada? - indaga uma voz feminina. 

Era ninguém menos que Sailor Galaxy, a quem Serena e seu grupo enfrentou no passado, quando possuída pelo Caos. 

GALAXY:  Sou a Sailor Galaxy, representante de todo o Cosmos.  Vim ajudar nessa guerra contra o deus da guerra. 

HILDA:  Sailor Galaxy...  sim, a Rainha Serena já me contou a seu respeito, certa vez.   

GALAXY:  Minhas guerreiras também aí estão, mais um bom motivo para que eu esteja junto delas. 

HILDA:  Sim!  Vamos nessa, e agora!  

Com um golpe da Espada Balmung, derruba a porta do santuário de Ares.  Ambas entram no templo.   

Instantes depois, os guerreiros chegam até uma sala, cuja porta estava fechada.   

THOR:  Deixem comigo – e a derruba com um golpe. 

SEIYA:  Muito bem, Thor...  Ares...  apareça, onde quer que esteja! - ordena. 

SHIRYU:  Viemos salvar nossa amiga Rei, e daqui não sairemos sem ela, miserável. 

IKKI:  Isso aí.  Devolva agora mesmo minha amada, bandido! 

CROW:  Não temos medo de você, vilão. 

Eis que uma poderosa força cósmica ali se manifesta, e com um grande lampejo, os heróis são lançados para trás, indo ao chão.  Era Ares! 

SHINA:  Cuidado todos...  ele é muito poderoso... 

SETSUNA:  AFF deu pra notar... 

DOHKO:  Ares...  nossa luta acaba aqui, e agora! 

ARES:  Então vocês vieram aqui só para morrer, não é, guerreiros? - zomba. 

Só se ouvia a voz de Ares, mas o mesmo não estava ali presente. 

IKKI:  Onde está você, bandido?  Apareça!  Quero muito a sua cabeça, miserável! 

SHUN:  Irmão, mantenha a calma.  Ares quer ver você de cabeça quente, não faça o que ele quer. 

MINAKO:  Meu amado está certo.  Não podemos fazer o jogo deste bandido. 

Eis que os heróis, recuperados do ataque cósmico de Ares, tornam a ficar de pé.  Mas por quanto tempo mais resistirão contra as investidas do deus da guerra? 

SHIRYU:  Sabemos que é você quem está aí, Ares, portanto, pare de se esconder e apareça, se for homem! - ordena. 

ARES:  Como queira, jovenzinho tonto! 

Eis que a figura do deus da guerra se materializa diante deles, vestindo sua Kamui da cor do fogo, e empunhando sua zagaia e seu escudo.   

HAGEN:  Então esse aí é Ares... - diz. 

CROW:  E pela aparência e pelo cosmo, é muito forte, por sinal. 

SAORI:  Cuidado todos!  Agora sim, a verdadeira batalha vai começar. 

ARES:  Falou tudo, irmãzinha - diz, com cinismo na voz – hoje vamos terminar o que começamos lá atrás.  E também terei o que mais quero; o Cristal de Prata e sua joia irmã. 

SERENA:  Pode tirar o cavalinho da chuva, bandido!  O Cristal de Prata jamais será seu, nem por cima de todos nós aqui. 

AMI:  Isso mesmo.  Jamais lhe daremos nada, vilão! 

IKKI:  Em vez disso, você vai devolver a minha amada, por bem ou por mal – cerra o punho. 

ARES:  Ah, então você é o cara que se diz namorado da minha filha...  ela foi estúpida demais em se envolver com a ralé - menospreza. 

IKKI:  CALE A BOCA!!!  AVE FÊNIX!!! 

E lança seu ataque contra Ares, mas o tirano consegue repelir a ofensiva com seu escudo. 

ARES:  Parece que o mocinho precisa de uma lição de bons modos – e o atinge com um lampejo, o impulsionando para trás. 

TODOS:  IKKI!!! 

ARES:  Ouçam aqui!  Não permitirei que minha filha ande com vermes nojentos e abomináveis como vocês, seres imundos.  Ela não é para ser amiga de gente nojenta e desprezível como vocês.  Vocês todos serão exterminados sem a menor piedade, e terão suas cabeças mundialmente expostas, como um aviso àqueles que ousarem se opor a mim - ameaça. 

DARIEN:  JÁ CHEGA!!! - grita furioso - você não é dono do destino de ninguém, bandido maldito! 

ARES:  Você só pode ser Endymion, aquele tolo que ousou se envolver com minha irmã Atena...  é tão sujo quanto ela. 

SAORI:  Já chega Ares!  Ou você nos devolve a Rei, ou todos nós aqui vamos ter que usar a força contra você. 

ARES:  É a minha filha que vocês querem ver?  Muito bem, já que é assim... 

Eis que o vilão abre uma porta, por onde aparece o vulto de alguém.  Será Rei? 

SEIYA:  Olhem...  aquela ali... 

SERENA:  Será Rei? 

LITA:  Esperem todos...  sinto uma aura maligna emanar dela. 

SHIRYU:  Eu também sinto o mesmo, minha flor.  Será que – e se volta para o deus da guerra – Ares, maldito...  o que você fez com ela? 

ARES:  Eu não fiz nada, jovenzinho mequetrefe.  Ela apenas se aliou a mim por sua própria vontade, ao ver que eu estou certo. 

IKKI:  Mentira! - diz, se levantando – Rei jamais unir-se-ia a um demônio como você, mesmo sendo sua filha... 

ARES:  Então veja com seus próprios olhos, ser asqueroso! 

Eis que Rei, aos poucos, vai ficando cada vez mais lúcida.  No entanto, para surpresa de todos, seu traje de Sailor estava negro, seus olhos vermelhos, e sua aura totalmente maligna, já que Ares lavara sua mente para ficar perversa e esquecer seu amado e seus amigos.  Será que tal lavagem cerebral teve mesmo total efeito? 

IKKI:  REI?! - e nota que estava diferente – mas o que...  o que fizeram com você, meu amor? 

SERENA:  Rei...  ela está diferente... 

HARUKA:  Foi Ares...  ele fez alguma coisa com ela! 

SHURA:  Parece o Satan Imperial, aquela técnica que Saga e Kanon usam para dominar certos inimigos. 

HARUKA:  Satan Imperial?  Quer dizer então que... - se espanta. 

SHURA:  Isso mesmo!  Quem é possuído por tal técnica não volta ao normal, enquanto não matar alguém.   

VILUY:  Isso quer dizer então que nós...  teremos que matar Sailor Marte?! 

Aquilo deixa a todos perplexos, além de horrorizados. 

IKKI:  O que...  matar a minha amada?  NUNCA!!!  Rei não é malvada, e não deixar-se-á levar pela tirania de Ares! 

E se aproxima de Rei. 

IKKI:  Rei...  minha amada...  o que lhe fizeram? - e a abraça. 

REI:  Tire suas mãos de mim... 

E com um forte lampejo, o lança para trás. 

TODOS:  IKKI!!! 

ARES:  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA  Muito bem, minha amada filha, mostre a esses vermes imbecis que você está do meu lado, e não do lado da ralé desprezível. 

Maldito Ares!  Dessa vez conseguiu ir mais além do que podia na sua maldade. 

Naquele instante, Hilda, que trajava o Robe de Odin, e Sailor Galaxy, juntas, percorriam os corredores do santuário de Ares, à procura do deus da guerra e dos demais heróis. 

GALAXY:  Você sentiu isso? - indaga. 

HILDA:  Sim!  Foi um lampejo cósmico, e bem forte, tão forte quanto o de um deus...  só pode ser Ares em ação.  Temos que nos apressar! 

E ambas correm o mais rápido possível. 

No interior da sala do trono de Ares, o clima estava explosivo.  Rei atacou seu próprio amado, possuída pelo Satan Imperial, o que a tornava maligna.  Será mesmo que os heróis terão que matá-la, já que ela só acordará de tal possessão somente após matar alguém? 

AIOLIA:  Ares, seu maldito...  você passou de todos os limites com essa sua crueldade! - cerra os punhos, com ódio. 

AIOLOS:  Isso aí.  Não vamos poupar você de jeito nenhum! 

ARES:  Pobres infelizes...  desafiar a mim é como uma formiga querer peitar um tamanduá. 

SIEGFRIED:  Ares, maldito...  não permitiremos que leve adiante sua sanha maligna.  Seu ato de extrema covardia para com sua própria filha, a Princesa Marte, é imperdoável. 

MOUSE:  Isso aí.  Você não tem o direito de usar as pessoas conforme a sua vontade. 

ARES:  Os ratos de esgoto continuam mesmo insolentes...  muito bem, minha filha, dê a esses fedorentos uma boa lição - ordena. 

REI:  Como queira, meu pai. 

Num salto, Rei parte com tudo pra cima dos próprios amigos, uma vez que estava a ser dominada por Ares.  E agora, como eles conseguirão salvá-la daquela maléfica possessão, sem pôr sua vida em risco? 

Na lua, em meio aos destroços do Milênio de Prata, Rainha Serena estava estarrecida e também alarmada com o ocorrido. 

RAINHA SERENA:  Oh, não...  Ares possuiu mesmo Rei...  que covarde! - bradava de raiva. 

APOLO:  Sim, Ares é muito covarde, minha amada – diz, ali aparecendo. 

RAINHA SERENA:  Apolo...  será que nós não devíamos...? 

APOLO:  Intervir nessa guerra?  Sim!  Já é chegada a hora.  Nossa filha precisa de nós, bem como seus amigos. 

Ambos se dão ao mãos e desaparecem.  Teleportaram-se para a Terra.  Será que Rainha Serena, e Apolo, juntos, poderão ajudar nessa guerra contra o maléfico Ares?