Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 2
Os Generais Marinas e as Bruxas Espaciais




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809367/chapter/2

Enquanto isso, no Santuário Submarino, o espírito de Poseidon, que devia estar dormente numa ânfora, onde fora aprisionado por Atena, desde que esta o venceu, sente que Ares quer dar início a seu levante contra a Terra, e que o mesmo tem intenções ainda mais nefastas para com o mundo.  Sente que terá que deixar sua vaidade e orgulho de lado, uma vez que confiara a Camus a proteção de sua filha que está perdida na Terra, a Princesa Netuno.  E sente também que precisará, mais uma vez, de sua linha de frente, os marinas.  Será que ele pretende trazê-los de volta à vida, já que foram todos vencidos e mortos pelos Cavaleiros de Bronze, na antiga grande batalha oceânica? 

 

POSEIDON:  É chegada a hora...  Ares pretende dar início a seu levante contra a Terra, e ainda mais mortal que antes.  Terei que trazer de volta meus valorosos guerreiros, os generais marinas.  Muito bem... 

 

E usa toda sua força cósmica para trazer de volta os marinas à vida.   

 

Naquele momento, em Atenas, na altura do Cabo Sounion – onde fica a prisão na qual Atena aprisionava seus inimigos, e onde Saga prendeu Kanon, quando este era malvado – um jovem de cabelos violeta estava a tocar flauta.  Era Sorento, que outrora foi um dos soldados de Poseidon.  O mesmo tocava sua flauta de forma majestosa, como sempre.  Às vezes tinha lembranças da antiga batalha oceânica, onde foi um dos poucos sobreviventes.  Lembrava de seus demais companheiros de batalha, mortos naquele conflito. 

 

SORENTO (pensando):  Estranho...  de repente me lembrei de meus antigos companheiros dos tempos em que era um marina a serviço de Poseidon.  Será que...  que o Imperador...  pode retornar? 

 

Eis que sente o cosmo de Poseidon a emanar diretamente do oceano.  Mais que isso; o Imperador também o chamava. 

 

POSEIDON:  Sorento...  pode me ouvir? - indaga. 

SORENTO:  Esse cosmo...  essa voz...  Imperador Poseidon?  Mas...  mas como...? - estava confuso. 

POSEIDON:  Sorento...  em breve as coisas vão mudar.  Ares, o deus da guerra, pretende dar início a seu levante e arrasar com tudo.  E para que isso não aconteça, os generais marinas deverão reviver e somar forças com os Cavaleiros de Atena e as Marinheiras Lunares. 

SORENTO:  Marinheiras Lunares...  aquelas da mitologia, que tinham um reino na lua? - indaga, perplexo. 

 

Pelo visto, Sorento já ouvira falar a respeito do Milênio de Prata. 

 

POSEIDON:  Exatamente!  Venha até o meu templo, general marina de Sirene – diz. 

SORENTO:  Sim, meu nobre Imperador, como ordena. 

 

Um grande rodamoinho se abre na superfície do mar, e Sorento mergulha nele, indo parar diretamente no Santuário Submarino.  Lá, dirige-se até o templo do Imperador. 

 

SORENTO:  Aí está...  o templo do Imperador – e entra – Imperador Poseidon, eu, Sorento de Sirene, aqui estou novamente para servir-lhe. 

POSEIDON:  Bem-vindo de volta, General de Sirene – diz a voz, saindo do trono em forma de cosmo. 

SORENTO:  Aqui estou eu, mas...  e os demais generais, eles vão voltar a viver? - indaga. 

POSEIDON:  Sim!  Você os verá diante de si tão logo. 

 

Usando sua força cósmica, traz de volta os demais generais, que estavam presos no vale dos mortos.  Em pouco tempo, todos os generais – Bian de Cavalo Marinho, Krishna de Krysaor, Isaak de Kraken e Yo de Scylla – estavam diante do trono de Poseidon, juntos de Sorento.  Mas e Kasa de Lymnades...  onde estará ele?  Por que não ressurgiu ali, vivo? 

 

SORENTO:  Bian...  Krishna...  Isaak...  Yo...  vocês voltaram...  que bom! - sorri. 

BIAN:  Mas...  como...  como podemos estar de volta...  e vivos? - indaga, confuso – me lembro de ter caído vencido pelos meteoros de Seiya. 

KRISHNA:  Verdade.  Eu me lembro do momento em que Shiryu partiu meus chacras ao meio com seu punho afiado. 

YO:  Também me lembro de ter sido atingido pelo Nunchako de Libra, usado por Andrômeda. 

ISAAK:  E eu me lembro de quando lutei contra meu ex-parceiro de treinos, o Hyoga, e ele me venceu. 

SORENTO:  Vocês todos foram trazidos de volta pelo Imperador Poseidon, meus amigos – nisso, nota que faltava um – mas espere!  Onde está Kasa de Lymnades?  Por que ele não foi revivido? 

POSEIDON:  Bem-vindos novamente, meus bravos guerreiros! - diz, por meio de seu cosmo a emanar do trono – um novo e terrível perigo em breve há de se manifestar no mundo, e por isso os trouxe de volta.  Vocês terão que unir suas forças aos Cavaleiros de Atena e às Marinheiras Lunares. 

KRISHNA:  Marinheiras Lunares...  as da mitologia?  Já ouvi falar...  viviam num belo e majestoso reino na lua.  Mas, como disse antes o Sorento...  por que o Kasa não foi revivido também? 

POSEIDON:  Infelizmente a conduta do antigo general de Lymnades foi a mais suja e reprovável possível, e por isso não o trouxe de volta.  Mas não se preocupem!  Há, na Terra, uma pessoa que poderá ocupar o lugar dele como general de Lymnades. 

ISAAK:  E quem é essa pessoa, meu Imperador? - indaga.  

POSEIDON:  Na hora certa, saberão.   

SORENTO:  E Kanon, aquele que conspirou contra Vossa Majestade, por onde ele anda? 

POSEIDON:  Kanon se redimiu de seus pecados, e hoje vive na Terra, ao lado de seu irmão gêmeo, e dos demais Cavaleiros de Ouro, revividos pelo poder da Rainha Serena. 

KRISHNA:  Rainha Serena...  a antiga soberana do Milênio de Prata... 

 

Todos ali estavam surpresos, mas também felizes por terem recebido uma nova oportunidade por parte de Poseidon.  Será que eles terão chance de vencer os berserkers de Ares, numa vindoura batalha? 

 

Mais tarde, os generais estavam de volta em seus respectivos templos.  Todos os obeliscos que outrora haviam nesses templos estavam reduzidos a escombros, já que os Cavaleiros de Bronze os destruíram usando as Armas de Libra.  Estavam pensativos sobre a nossa missão que receberam.  No templo do Ártico, Isaak pensava em seu ex-inimigo, Hyoga, e também em Camus, seu ex-Mestre.   

 

ISAAK (pensando):  Hyoga...  espero que tenha me perdoado por ter feito o que fiz...  Mestre Camus...  será que pode estar vivo?  

 

No entanto, não se sabe por quê, sente algo a incomodá-lo.  Era o peso da solidão. 

 

ISAAK:  Não sei como...  mas gostaria de alguém aqui comigo, agora...  pode ser meu velho amigo...  até meu Mestre...  ou então...   

 

Sentia que a companhia de uma moça lhe fazia falta.  Nunca se queixara disso antes, mas agora, parece que seu coração estava diferente, quando da ocasião em que sacrificou sua visão esquerda para salvar Hyoga da morte, há muitos anos.  E ele não era o único!  Curiosamente, nos demais templos, todos os demais também se sentiam solitários.  Nunca antes sentiram-se assim, mas agora, parece que as coisas estão a fluir diferentes.  Os generais marinas estavam a demonstrar seu lado mais sentimental.  Afinal, por mais que sejam guerreiros natos, determinados a dar suas vidas em combate, são seres humanos.  Poseidon, por sua vez, sente que seus comandados estavam a sentir-se só. 

 

POSEIDON:  Meus generais estão muito tristes.  Nunca os vi assim antes...  já sei!  Acho que conheço as pessoas corretas para ajudá-los. 

 

Que será que o Senhor dos Sete Mares tem em mente?  Nisso, eis que um grande resplendor se manifesta do templo principal.  Os demais generais, em seus respectivos templos, veem o clarão se manifestar. 

 

BIAN:  Que luz misteriosa e poderosa é essa que emana do templo principal? - indaga – Melhor ir averiguar pessoalmente. 

 

No templo do Oceano Índico, Krishna também avista o fulgor misterioso a vir do templo principal. 

 

KRISHNA:  Que luz poderosa e misteriosa é essa?  Algo não me cheira nada bem – e corre em direção ao templo principal. 

 

Nisso, passado o fulgor, eis que aparecem cinco mulheres.  Mas espere um momento...  essas não são...?  SIM!!!  Tratam-se das “Cinco Bruxas” que faziam parte dos maléficos Caçadores da Morte.  Mas por que Poseidon as trouxe de volta?  E com que intento?  Aos poucos, Mimete, Eudial, Villuy, Tellu e Ciprine recobravam suas consciências. 

 

EUDIAL:  Hã...  onde...  onde estou?  Eu estou...  VIVA?? - se impressiona. 

 

Eis que as outrora bruxas se entreolham. 

 

EUDIAL:  Você! - aponta para Mimete – foi você quem tirou os freios! 

MIMETE:  Eu?  Você me lançou no espaço cibernético, que eu sei! - aponta de volta. 

VILLUY:  Também me lembro de ter sido atacada por meus próprios nanobots... 

TELLU:   E eu?  Fui atacada por minhas próprias plantas! 

CIPRINE:  E eu fui atacada por meu outro eu...  mas como pode...? 

EUDIAL:  Tenho assuntos a tratar contigo – aponta para Mimete. 

MIMETE:  Também tenho contas a prestar contigo – devolve a ameaça. 

 

Mas antes que comecem a brigar, Poseidon, por meio de seu cosmo a se manifestar em seu trono, as detém. 

 

POSEIDON:  Sem brigas aqui! - diz, com voz firme. 

VILLUY:  Hã...  quem...  quem nos fala? - indaga. 

POSEIDON:  Sou Poseidon, o Imperador dos Oceanos.  Fui eu que as trouxe de volta, para que possam ter uma nova vida, e encontrar a sua redenção. 

 

Impressionadas com tamanho poder, as bruxas se curvam em reverência. 

 

EUDIAL:  E em que podemos servi-lo, ó nobre Imperador dos Mares? - indaga. 

POSEIDON:  Sei que vocês, no passado, fizeram parte de um grupo chamado Caçadores da Morte, que tentou dominar a Terra, mas esse mesmo grupo já foi vencido há muito tempo. 

TELLU:  Quer dizer que o Faraó 90 foi destruído? - indaga. 

POSEIDON:  Isso mesmo!  E eu, a partir de agora, concedo essa nova vida a vocês, para que possam consertar seus erros.   

EUDIAL:  Muito...  muito obrigada, Imperador Poseidon.  Daremos o melhor de nós para servi-lo. 

BIAN:  Que clarão foi aquele que nós vimos há pouco, Imperador?  E veio direto daqui! - grita, chegando no local. 

 

Quando os generais marinas entram, eis que se deparam com as bruxas que faziam parte dos Caçadores da Morte.   

 

BIAN (pensando):  Nossa...  que lindas moças!  Principalmente essa de cabelos da cor do fogo... - em referência a Eudial. 

ISAAK (pensando):  Lindas...  principalmente essa de cabelos prateados – em referência a Villuy. 

KRISHNA (pensando):  Essa de cabelos esmeralda...  como é bela – em referência a Tellu. 

SORENTO (pensando):  Como é linda...  parece até uma professora universitária - em referência a Mimete. 

YO (pensando):  É linda...  ainda mais com esses cabelos de cor celestial – em referência a Ciprine. 

 

As cinco bruxas também ficam fascinadas pelos generais marinas ali presentes. 

 

EUDIAL (pensando):  Nossa...  que lindos!  Esse de longos cabelos castanhos, então... 

MIMETE:  Vocês são guerreiros a serviço do Imperador Poseidon, sim? - arrisca uma pergunta. 

SORENTO:  Exatamente! - responde, sorrindo. 

POSEIDON:  Esses são os meus generais marinas.  Marinas, essas são as cinco bruxas, que outrora foram membros dos Caçadores da Morte. 

KRISHNA:  Caçadores da Morte...  aqueles que tentaram reviver um demônio no passado? - indaga, surpreso. 

POSEIDON:  Sim, Krishna.  No entanto, elas viram o erro que cometeram ao servir o Faraó 90, e eu resolvi dar-lhes a oportunidade de encontrar a redenção.   

EUDIAL:  Muito obrigada por confiar em nós, Imperador.  Não vamos decepciona-lo – diz, em reverência, fazendo um juramento. 

 

Parece que agora, os marinas também terão suas respectivas companhias. 

 

Mais tarde, as cinco bruxas estavam em companhia dos generais marinas em seus respectivos templos.  No templo do Pacífico Norte, Bian de Cavalo Marinho, seu guardião, estava acompanhado de Eudial.   

 

EUDIAL:  Sem dúvida, é um lugar maravilhoso esse reino submarino – diz – o oceano, acima de nós, lembra o céu da Terra. 

BIAN:  Sim, o reino de Poseidon se assemelha com os reinos terrestres, onde o mar fica disposto como se fosse o céu.  Isso nos permite respirar debaixo do oceano, e andar pelo reino com os corpos secos. 

 

Nisso, no templo do Ártico, Isaak de Kraken estava acompanhado de Villuy. 

 

VILLUY:  Quer dizer que você perdeu um olho? - indaga, perplexa. 

ISAAK:  Sim.  Foi salvando a vida de um amigo meu.  Cheguei a culpa-lo por isso, até tivemos um embate, mas ele, no entanto, conseguiu me convencer da verdade.  E graças a isso, não guardo mais mágoas dele. 

VILLUY:  Que bom saber que você e seu amigo estão de boa novamente – diz, sorrindo - porém, imagino o quão deve ter sido terrível perder a visão de um lado... 

ISAAK:  De início, foi, mas já me acostumei com esta condição. 

 

No templo do Índico, Krishna de Krisaor se encontrava em companhia de Tellu, a cuidadora de plantas. 

 

TELLU:  Você retira sua energia para o combate de sua meditação?  

KRISHNA:  Sim.  E isso também me ajuda a ter paz de espírito nas horas mais turbulentas. 

TELLU:  Bem, se não se importa, posso meditar junto de ti? 

KRISHNA:  Sem nenhum problema – responde, sorrindo. 

 

No templo do Pacífico Sul, Yo de Scilla estava acompanhado de Ciprine. 

 

CIPRINE:  Então você possui o poder das seis feras? - indaga. 

YO:  Exato!  É um trunfo que uso em combate, mas tenho também o poder dos tornados.   

CIPRINE:  Eu também possuo uma técnica semelhante.  Posso me multiplicar.  Tenho um outro eu, que muito me ajuda quando preciso. 

 

No templo do Atlântico Sul, Sorento de Sirene se encontrava acompanhado da intelectual Mimete.  O guerreiro músico tocava sua flauta. 

 

MIMETE:  Muito linda sua música, é um excelente flautista – elogia. 

SORENTO:  Obrigado.  Minha música é também uma arma para paralisar os inimigos, tal qual um canto de sereia.  Acalma os bons, mas destrói os maus. 

MIMETE:  Nossa, é mesmo uma poderosa arma... 

 

No templo principal, Poseidon avistava seus generais marinas e as cinco bruxas, e vê que todos estavam a se dar bem. 

 

POSEIDON (pensando):  Foi uma decisão acertada trazer de volta as cinco bruxas.  Elas e os generais marinas estão se dando muito bem.   

 

Parece que as outrora bruxas espaciais já esqueceram de seu nefasto passado, e agora, estavam dispostas a levar uma nova vida, ao lado dos generais marinas de Poseidon.  No entanto, quem será que Poseidon pretende escolher para vestir a escama de Lymnades?  E Kanon?  Há uma chance dele poder voltar a ser o Dragão Marinho, mesmo que esteja de volta ao Parthenon?  Só o tempo há de nos dar essas respostas, pelo visto. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Neo Saint Moon Ares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.