Destinos Improváveis escrita por Nara


Capítulo 59
Futuro - O melhor show da sua vida


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, é com muito prazer que eu apresento um dos capítulos mais emocionantes escritos até aqui... E mais divertidos também



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Shara acordou, uma… duas, três vezes… mas ela não conseguia manter os olhos abertos, ela sabia exatamente onde estava, as sensações, a cama confortável, as cobertas que realmente esquentavam, o barulho da lareira o cheiro de ingredientes de poções misturados, ela se sentia em casa ali… mas então ela foi arrastada outra vez, sabendo que não tinha forças para lutar contra aquilo, ela se entregou novamente a aqueles sonhos turbulentos, a praia violenta, o vento forte, a tempestade, aquela sensação de dor e o vazio, lugares e sentimentos completamente opostos, e ela desejou pela primeira não estar ali. 

Sua mãe a olhava a uma certa distância, e quanto mais o vento soprava em seus ouvidos, mais nebulosa ficava a visão, o seu porto seguro, Shara queria mas não podia correr, ela havia congelado naquela cena, mais uma vez a tempestade a paralisava e sua mãe estava cada vez mais longe e inacessível, a sensação de medo e abandono se fez presente com bastante êxito, fazendo com que Shara começasse a chorar, sentindo que seu corpo doía a cada pequeno movimento, respirar doía… quando então ela sente uma mão firme sobre o seu ombro, era ele… seu pai, ela sabia… ela podia sentir a vibração daquele toque físico, finalmente... sim ela havia esperado por esse momento a tanto tempo, ele havia chego no meio daquele caos, por que ele tinha demorado tanto assim?… A tempestade parecia ficar em segundo plano agora, ela queria tanto vê-lo, conhecer a sua identidade… ele era o seu pai, ela se vira, mas é desperta por algo… ela abre os olhos… onde ela estava? 

—Epson - era o professor Snape, ele estava com a mão sobre o seu ombro, sim ela sabia exatamente onde estava, e ela estava chorando ali, ele parecia preocupado, embora não tenha dito - pesadelo? - ele perguntou, e ela sentiu o peso do seu corpo outra vez, a dor de cabeça dilacerante, a dor na garganta a cada vez que ela tentava engolir a saliva… ela tentou se sentar, mas todo e qualquer movimento era ruim, muito ruim. 

—Eu… eu não estou me sentindo bem - ela conseguiu dizer, ele ainda a encarava, como ela havia parado ali? Como ela estava de pijama?... A última coisa que ela se lembrava era de ter levantado da cama em seu dormitório por estar se sentindo mal e então ela havia ido até o banheiro, onde ela... dormiu? Era estranho. 

—Eu posso ver isso - ele disse, se movendo para pegar uma poção de cima de uma bancada de apoio, Shara notou, haviam outros frascos ali, alguns vazios, ela havia tomado aquilo? - Uma infecção, Pomfrey poderá explicar melhor mais tarde - ele disse em tom neutro - deveria ter ido a enfermaria assim que manifestou os primeiros sintomas - ele havia dito.

—Eu estive na enfermaria? - ela perguntou confusa - oh céus por quantos dias eu dormi? - aquilo era tudo que ela precisava, mais matéria perdida e mais matéria para ser colocada em dia, além de não estar se sentindo bem, ela também estava se sentindo bastante descomposta ali, ela havia chorado enquanto dormia? Por que ele havia a acordado assim?

—Apemas algumas horas… agora são quase 18:00 hrs - ele respondeu vagamente, certo não parecia tão ruim, mas ainda assim ela havia perdido Transfiguração, e ela havia combinado de encontrar Gina para revisar o conteúdo que elas deveriam ter apresentado juntas naquela aula, ela certamente ficou sem entender sua ausência, ele também não havia respondido sobre a enfermaria, mas tudo indicava que não… ela não foi levada a enfermaria, por que ela estava ali ao invés da enfermaria? Espera... ela se lembrou que o estava evitando, ele deveria estar muito bravo com ela, por ela ter faltado em todas aquelas detenções, embora ele não parecesse estar incomodado com isso no momento - Precisa comer - ela o ouviu dizer, mas a simples menção de comida fez seu estômago embrulhar.

—Não posso - ela admitiu, ela não queria sujar o banheiro dele, mas aquele desconforto estomacal era igualmente ruim.

—Sem opção Epson - ele se aproximou com uma bandeja, havia um prato fundo de sopa, ele iria deixar ela comer no sofá? O que havia de errado com ele… por que ele não estava gritando com ela? Ou coisa do tipo...

—Eu… não… - o cheiro fez tudo piorar, ela tentou se levantar com pressa… mas seu corpo doía, seus reflexos estava péssimos, mas ela conseguiu se apoiar e sem tempo ela vomitou ali mesmo… agora ele teria um ataque de fúria, não teria? - me desculpe… isso foi horrível… eu... - ela sentiu tanta vergonha ali, ela se encolheu esperando o sermão, enquanto ele bania as cobertas sujas, e limpava o lugar com magia, ela sentiu muito frio, um frio intenso, aquela sensação era horrível, ela se sentou, se encolhendo contra si mesma, mas apenas alguns segundos foram suficientes para se sentir aquecida novamente, ele estava colocando uma coberta sobre ela, ele mesmo estava fazendo isso… honestamente algo muito errado estava acontecendo ali, por que ele estava agindo daquela maneira?

—Eu estou morrendo? - ela perguntou, se dando conta de que devia ser isso… ela estava em seus últimos momentos de vida e ele deveria estar lhe proporcionando um final de vida mais confortável, ela notou uma expressão de diversão se formar no rosto dele, que ele tentou disfarçar, mas não teve muito sucesso, obviamente que ele estaria feliz em estar se livrando de uma aluna problemática como ela, e ela sentiu seus olhos marejarem… com a percepção de que ele poderia estar se sentindo feliz em se livrar dela.

—Srta. Epson – era evidente que ele estava tentando se controlar para não rir... Ela estava confusa, aquilo estava passava longe do normal e ele não deveria rir de algo assim – Certamente não está morrendo, acredite... suas aventuras, elas costumam ser muito mais letais e perigosas que um quadro de infeção como esse que está enfrentando no momento e interessante, mas não lembro de tê-la visto se preocupar tanto, como estou vendo agora, penso que seria bom rever seus conceitos sobre isso - ele respondeu sem perder a oportunidade de trazer à tona algo que pudesse a provocar – tome a poção vai ajudar a amenizar o desconforto no estômago – ele explicou, mudando de assunto, enquanto mostrava o vidro que ele segurava em sua mão - e então poderá se alimentar, afirmo que se alimentar adequadamente é tão importante no processo de recuperação, como o uso da própria medicação, portanto espero que coma tudo, sem objeções – ele disse sério, ela olhou para o prato de sopa, ainda não parecia bom… mas ela pegou a poção, mesmo assim, dando uma chance para aquilo, ela sentiu suas bochechas quentes ao aproximar as mãos do rosto, se ela não estava morrendo, o que estava acontecendo com ela então? 

—Por que estou me sentindo assim?  - ela perguntou, como aquilo ficou tão ruim.

—Me parece ter adquirido algum tipo de resfriado nos últimos dias, que por falta de tratamento evoluiu para um quadro clinico pior, como tenho dito uma infecção - ele trouxe a bandeja até ela, e assim que ela terminou de tomar a poção, ela sentiu fome apesar de que a comida ainda não fosse em nada atrativa, mas ela resolveu seguir as orientações dadas por ele e tentar comer aquilo, ela também queria evitar qualquer sermão desnecessário... um resfriado, ela pensou… se dando conta de que aquilo começou no dia que ela correu para a parte externa da escola, a noite, estava frio e ela estava mal agasalhada ali e aquilo a fez lembrar do motivo pelo qual ela vinha o evitando a semana toda, ela congelou.

—Como o senhor... me achou? – ela perguntou tentando camuflar aqueles pensamentos, ela colocou uma colherada de sopa na boca e o sabor até que não era tão ruim, ela achou que poderia comer tudo com bastante facilidade, o único empecilho, era sua garganta, pois cada vez que algo passava ali, ela sentia uma dor parecida com micro agulhas perfurando todo o canal, a sopa desceu rasgando – dói – ela colocou a colher no prato.

—Preciso que se esforce, do contrário ficara mais tempo aqui do que deveria – ele disse a analisando, o que ele queria dizer com aquilo? Que ele esperava que ela se curasse rápido para sair dali o quanto antes.

—Se o senhor se incomoda comigo... – ela sentiu dificuldade em dizer aquilo, ela estava muito mais sensível ali, do que de costume – por que me trouxe para cá? – ela não entendia, por que ele estava cuidando dela, ao invés de Madame Pomfrey ou Antony?

—Posso ver que tens muita aptidão em tirar conclusões precipitadas sobre algo que desconhece Srta. Epson– ele disse com certa ironia principalmente ao soar tão formal – se não se alimentar corretamente, estará fraca e ficará de cama, por muito mais tempo do que de fato seria necessário, preciso ser mais especifico? – ele pediu, reformulando aquilo que havia dito anteriormente e ela gesticulou negativamente com a cabeça, se sentindo constrangida com o equívoco – acredito que nem eu e nem você – ele enfatizou – queremos isso – ela assentiu, pegando a colher outra vez – da mesma forma que aquilo que você viu, com a Sra. Diaz em minha sala de aula, outro dia também não corresponda em nada com o que a sua mente fantasiosa a tenha feito acreditar – ele disse, enquanto se sentava de forma despretensiosa em uma das poltronas a sua frente, novamente ele parecia estar se divertindo ali, já que o seu desconforto com aquele assunto era mais que evidente, o que havia de errado com ele? E ela não havia fantasiado sobre aquilo, ela havia visto, era diferente, não havia equívoco algum nisso.

—Não me importo – ela disse, enquanto olhava para o prato de sopa a sua frente, achando os legumes bastante interessantes ali.

—Não é o que me parece – ele cruzou as pernas, ela estava se sentindo desconfortável com aquilo e ele podia ver, então por que ele estava insistindo nisso? se não fosse pela poção que ela havia acabado de tomar, ela certamente estaria vomitando por todo o seu tapete agora – por que não compareceu as detenções? – ele perguntou, ela sabia que teria que discutir aquilo em algum momento, mas ela estava emotiva por sei lá quais motivos, o pesadelo talvez? Ou quem sabe todas aquelas dores? Ou toda a tensão da última semana? Enfim, simplesmente aquele não parecia ser o momento mais apropriado para isso.

—Eu... – e sem falar que era difícil transformar aquilo em palavras, palavras que fizessem algum sentido, ela se lembrou de Beta, e da forma como ela teve facilidade de expor o que sentia, com tanta clareza e objetividade aquele dia, e como aquilo foi importante e a fez entender e ter empatia, mas ela não, além de não querer parecer tola na frente dele – eu... – ela estava gaguejando, isso era ridículo, mas ele não pressionou, não dessa vez... – me senti perdida – ela disse enfiando mais uma colher de sopa na boca, aquilo era o máximo que ela conseguiu elaborar.

—Perdida? – ele perguntou, mantendo a expressão neutra de sempre, ela suspirou, tentando organizar seus sentimentos, já que ele não a deixaria em paz com aquele assunto, então que pelo menos ela pudesse fazer alguma lógica ali, se Beta conseguia, por que não tentar?

—Sim... eu me senti, perdida, confusa... já que ela, a Sra. Diaz é.... – Shara o olhou nos olhos dele e ele estava ali, prestando atenção em cada palavra que ela dizia – bem, ela é alguém que deseja o meu mal... A minha cicatriz, ela me lembra disso, sempre... em casos assim, você sabe e então, o senhor estava... tão – Por Merlin como era difícil elaborar aquilo sem parecer uma criança tola de 5 anos de idade – a vontade ali com ela... e eu pensei, como o senhor poderia ter um... caso – ela engoliu seco – com alguém que deseja me machucar, quando tem se esforçado tanto para... me proteger – ela sentiu os olhos encherem de lagrimas, Draco havia dito que ele a estava protegendo, sim ela podia ver isso em tantas coisas, mas definitivamente não naquilo, ela não queria chorar ali – e então, não fez sentido pra mim... apenas por que simplesmente não tem como... o senhor e ela... e então eu me senti, muito mal com isso… machucada eu acho, de alguma forma… e por mais estranho que possa ser… também traída - ele ainda a encarava, certamente deveria estar pensando em o quão carente e estupida ela podia ser, ela tentou melhorar aquilo - eu não deveria me importar, e eu sei que isso não tem nada a ver comigo e não deveria me sentir assim, me desculpe... mas ainda assim ela é casada  - ela disse essa última parte de forma completamente atropelada tentando encerrar aquilo de uma vez, mas fazendo todas as considerações que achava importante.

—Então você acha que eu e a Sra. Diaz temos um caso? – ele perguntou tentando instigar aquilo.

—Algo assim – ela admitiu, voltando sua atenção para o prato de sopa outra vez.

—Tens razão – ele disse, chamando sua atenção, ele estava admitindo aquilo, para ela... como ele poderia... ela não segurou as lagrimas, deixando com que elas descessem pela sua bochecha quente livremente, e aquilo era quase um refrigério... ela sentiu uma dor no peito, e aquilo não tinha nenhuma relação com as dores físicas – sobre não fazer sentido – ele enfatizou parecendo analisa-la, ela não entendeu...  – não temos um caso, aquilo que você viu foi um equívoco, do qual por mais que eu tenha tentado evitar, infelizmente não consegui ser bem sucedido, embora eu devesse esperar algo assim vindo dela, a Sra. Diaz costuma jogar muito baixo, e isso diz respeito a coisas das quais você não entenderia, por hora basta saber que ela, pode ser uma pessoa muito desagradável e invasiva – era estranho que ele estivesse lhe contando algo assim, Shara confiava nele, algo que ela havia decidido a algum tempo atrás, e isso justificava o por que aquilo havia doido tanto nela, justificava o por que ela se sentia traída, justificava muitas outras coisas que ela vinha sentindo, ela sentiu seu colar esquentar.

—Então... aquilo... não... – ela soava confusa, mas ele pareceu entender.

—Não, aquilo não é o que pareceu – ele disse tentando ajuda-la – posso oferecer um lenço? – ele pediu, ela aceitou melhor aprimorar esse hábito – você ainda é muito nova para conseguir entender certas coisas, mas se existe uma lição que poderá tirar disso tudo, eu diria para não acreditar em tudo que vê – ele resinificou.

—Eu fugi... eu não pude ficar, sabe a minha cicatriz... eu não queria que ela percebesse isso – ela voltou a olhar para ele – embora ela pode ter notado, ela tinha um olhar diferente – ela disse, notando algo mudar em sua expressão, parecendo preocupado, quem sabe?

—Entendo – mas ainda assim ele não estava brigando com ela – porém, isso não justifica sua ausência nas demais detenções da semana – sim, ela sabia que não justificava, mas se tinha algo que ela fazia bem, isso... era fugir de situações desconfortáveis. 

—Me desculpe professor, eu não sou boa em lidar com situações difíceis – ela admitiu, será que Beta sentiria orgulho dela ali? Ele pareceu considerar aquilo.

—Percebo – ele disse pegando um livro de uma pilha, ele não iria mesmo brigar com ela? E então era isso? ela podia se sentir infinitamente mais aliviada agora, eles haviam mesmo resolvido aquilo? mas ainda faltava algo... algo que ela queria muito dizer, agora sem se importar em como aquilo poderia soar ali.

—Por que não me procurou? – ela perguntou, sentindo um nó na garganta se formar outra vez – eu achei que viesse... eu meio que esperei por isso – ela estava sendo completamente transparente ali – e isso reforçou minha teoria fantasiosa de que... talvez o senhor não se importasse mais... 

—Eu deveria ter ido – ele a interrompeu, espera... ele disse isso mesmo, ele conseguiu entender aquilo que ela estava lhe dizendo? e ele disse que deveria ter ido? Certo ela estava emotiva, ele estava soando errado... o que era aquilo? ela sentiu algo novo, talvez fosse bom ficar doente de vez em quando – teríamos evitado isso – ele gesticulou para ela na cama – espero ter me redimido, ao salva-la naquele banheiro frio e hostil do seu dormitório, a propósito, local bastante inapropriado e incomum para pegar no sono – ela sentiu que estava corando, ela havia mesmo dormido ali? - e então tê-la trazido para os meus aposentos pessoais, correndo o risco eminente de ao despertar ser  bombardeado com perguntas, das quais eu detesto, e assim me arrepender de não ter feito o que deveria ter sido o óbvio que seria leva-la até a ala hospitalar, ciente de que Madame Pomfrey estaria muito mais preparada para esse tipo de cuidados e sem levar em consideração um ponto importante, que ela certamente está nesse exato momento questionando minha sanidade mental – ele sorriu com o canto da boca, mas estava sendo sarcástico o tempo todo – principalmente por nunca antes ter demonstrado interesse pelos cuidados pessoais de aluno algum nessa escola, mesmo que este esteja em estado terminal, o que bem, passa longe de ser o seu caso, por mais que você tenha acreditado estar morrendo ao sentir uma simples embora desagradável dor de garganta... – ele finalizou, voltando a abrir o livro, ela notou que havia uma porção de livros espalhados por ali, pelo menos ele se manteve bastante ocupado, ela adorou a forma como ele havia dito tudo aquilo, simplesmente por deixar o clima muito mais ameno, depois de tudo que eles tinham discutido ali, e mesmo que ele estivesse diminuindo a sua dor de garganta, ainda assim ela podia perdoa-lo por isso, já que ele estava cuidando dela, e honestamente ela preferia mil vezes estar ali com ele do que na ala hospitalar.

—Talvez o senhor... se importe um pouquinho – ela sorriu de forma discreta, terminando de comer o que ainda restava da sua sopa.

—Não faça muito caso sobre isso Epson e trate de ficar melhor logo, pois pretendo caprichar nas próximas detenções, para compensar de forma justa as que foram perdidas e portanto, acredite será necessário muito vigor físico – ele disse segurando o livro aberto na sua frente e isso soava como o esperado – motivo pelo qual faço questão que melhore bem e logo – ele tentou soar desinteressado, mas ela achou engraçado, já que não tinha funcionado – ah e peço que pare de implorar para eu não ir embora – ele havia dito - não pretendo sair, já que esses são os meus aposentos – o que? Sua mente disparou um sinal de alerta.

—Eu... o que? Eu nunca disse isso professor – ela se sentiu envergonhada, aquilo fazia parte do seu sonho, mas por favor... diga que ela não tenha dito aquelas coisas em voz alta.

—Algumas vezes Epson, nas últimas horas, além de outras coisas é claro – ela podia sentir o quanto aquilo o divertia também, sim ela queria morrer, ela desejou imensamente estar em estado terminal agora... ela baixou a cabeça, continuando a comer, aquilo era o melhor a se fazer, já que isso era algo que ela não iria discutir com ele, seu pesadelo.

—__

Shara havia conseguido fazer uma refeição completa e depois de discutirem alguns pontos ele notou que ela havia adormecido outra vez, muito mais tranquilamente agora, era divertido provoca-la e ele descobriu ali um novo esporte, ela ficava envergonhada com bastante facilidade, além de se importar muito com a forma como era interpretada, já estava ficando tarde, e ele tinha conseguido elaborar um plano de ação bastante coerente sobre como proceder com o clube de duelos, entre feitiços a serem praticados e boas práticas de defesa, Lockhart certamente não se preocuparia com nada disso, afinal ele deveria estar muito ocupando escolhendo qual seria a melhor capa para exibir diante de todos, sim Dumbledore tinha motivos mais que o suficientes para colocá-lo nessa empreitada, ele suspirou, dando uma última olhada na criança que ressoava aparentemente sem nenhum pesadelo a sua frente, aquela não tinha sido uma conversa tão ruim, quem sabe... talvez eles pudesse fazer isso mais vezes.

No dia seguinte Shara acordou aparentemente muito melhor e visivelmente mais descansada, a febre não havia voltado mais, então aquela que poderia se tornar uma preocupação, havia cessado, ele passou a manhã toda trabalhando no cronograma com a programação de como seriam os duelos e a criança passou o resto do tempo entretida lendo, eles interagiram muito pouco, ela parecia não querer incomoda-lo e como ele tinha responsabilidades que precisam ser concluídas, aquilo foi algo que ele apreciou.

Severo tinha alguns assuntos para serem tratados com Pomfrey, haviam algumas poções pendentes e ela estava fazendo testes com as Mandrágoras também, mas aparentemente pelo que ela havia relatado, aquelas eram plantas ainda muito jovens e não surtiam o efeito esperado, Pomfrey tinha algumas considerações pertinentes nesse sentido, então ele optou em ir até a ala hospitalar logo após o almoço, assim ela poderia aproveitar para dar uma olhada na criança, afinal uma caminhada de leve não faria mal algum, Shara não se opôs pelo contrário, ela parecia bastante animada em sair um pouquinho. Como ele precisava parar para explicar e entregar o cronograma para o diretor, ele combinou de encontrar com ela lá, já que era evidente que ela preferia fazer o trajeto sozinha.

—____

Shara se sentiu muito melhor ao acordar, embora ainda com certa dificuldades ao engolir a comida e algumas dores bem chatinhas pelo corpo, mas o fato de conseguir levantar dali e de se sentir disposta, ajudava e muito, o professor Snape, ela notou, estava concentrado e trabalhando na maior parte do tempo em algo que parecia mesmo ser importante, ela não quis perguntar, mas teoricamente ele deveria estar em sala de aula, com a sua turma naquela manhã, será que ele havia pedido uma folga? Enfim aquilo não era algo que lhe cabia, e ela decidiu ignorar, aproveitando aquele momento de paz, que era raro, ela encontrou uma leitura que a agradasse e que fez com que aquela manhã passasse com uma certa rapidez.

Shara ficou animada quando ele avisou que ela poderia ir andando e sozinha até a ala hospitalar depois do almoço, e que eles se encontrariam por lá mais tarde, ela não gostava de ficar tanto tempo assim reclusa, principalmente deitada sem nada para se ocupar, por mais que ela gostasse dali, gostasse daquele sofá e gostasse até mesmo da companhia dele, sair para um ar fresco era estimulante. Shara fez o percurso sem aquele incomodo de se sentir exausta e ter que parar de tempos em tempos, não, muito pelo contrário ela se sentia bem, aquelas poções haviam mesmo feito um bom trabalho, ou quem sabe tenha sido a sopa, ou quem sabe seja a sensação de ver que parte de todo aquele peso que ela carregava tinha se dissipado tão facilmente, ela achava que poderia ser um pouco de tudo.

Ela parou em frente a grande porta de madeira ornada que dividia os ambientes, a abrindo com muita facilidade, certamente era encantada para parecer mais leve, e sendo pega completamente de surpresa ao se deparar com aquela cena inesperada... Antony, sério ele não era mesmo alguém normal. Shara nunca conheceu ninguém que pudesse ser mais empolgado do que ele, ainda mais por que ele estava... bem varrendo o lugar? Com uma vassoura? Claro ele não tinha magia... era assim que pessoas sem magia limpavam as coisas, e aquela não era exatamente a cena que a surpreendia, mas sim pelo fato de como ele estava fazendo aquilo, ela abriu um sorriso largo, ao entender que estava diante de um espetáculo, ele estava cantando e improvisando uma espécie de dança bastante excêntrica ali, ela notou que o lugar estava completamente vazio, então ele não tinha exatamente uma plateia, o que ajudava, havia apenas uma exceção, uma das macas se encontrava com as cortinas fechadas, e ela sabia que era onde Colin estava, ela se sentiu triste por ele estar passando tanto tempo naquele estado, será que ele podia ouvir toda aquela cantoria? 

A performance de Antony era algo muito engraçado de se ver e por vezes ele usava a própria vassoura com o intuito de que ela se parecesse com um microfone de palco, e o mais divertido é que ela conhecia aquela música, e aquilo tornava tudo ainda mais inusitado, pois era uma música de uma cantora trouxa de música popular, ele ouvia música trouxa? Como ele sabia a letra? Ele estava tão concentrado em performar aquilo que sequer notou a sua presença e ela amou vê-lo se divertido ali daquele jeito tão descontraído, enquanto ele ia de maca em maca, fingindo estar em algum tipo de apresentação musical, e sem falar no fato de que ele cantava muito bem, ela se escorou no batente da porta apenas para observa-lo. E foi então que ele a notou, ela sorriu animada, não querendo desmotiva-lo ou deixa-lo constrangido por estar ali, então ela fez uma reverencia sinalizando o quanto ela tinha gostado de assistir a tudo aquilo, ele retribuiu, sorrindo e aparentemente não se importando por ter sido pego em flagrante em algo assim, pelo contrário, ele se aproximou dela, ainda cantando e agora ele cantava diretamente para ela, enquanto a puxava pelo braço, em um pedido mais que explicito para que ela fizesse parte daquele show com ele, ela gargalhou com aquilo.

—Não minta, tentando me convencer de que não conhece a letra da música – ele disse animado – pois eu sei bem que esse é o tipo de coisa que vocês escutam nessa idade – ela riu com aquele comentário, quantos anos ele tinha mesmo? 

—Antony – ela disse seu nome com muita ênfase – não sabia que cantava tão bem e muito menos que gostava desse estilo de música – ela riu dele.

—Tudo depende do seu estado de espirito – ele a puxou para o meio do salão – vamos aposto que esta mais do que tentada a fazer isso comigo... Ah e duvido superar a minha dança, por que a voz, admito essa eu já sei que você supera – ele disse... ele tinha uma energia muito boa.

—Estou me recuperando de uma infecção – ela informou, mas estava animada com o convite – não sei se devo.

—Está com medo, isso sim – ele a provocou – obviamente, por que sabe que não poderá superar todo esse meu potencial - ela mostrou a língua para ele, bem não havia mesmo ninguém ali, por que não tentar e se soltar um pouquinho, ele tinha razão aquilo dependia muito do estado de espirito, e o dela era o melhor possível, e sem falar que ela amava cantar, por céus como ela sentia falta de cantar. Ela puxou sua varinha do coldre para parecer que era seu microfone, já que era assim que ela costumava treinar no lar, não com uma varinha é claro, normalmente ela usava utensílios de cozinha, e ela costumava improvisar um show que Catie organizava, com as demais meninas. Antony também era muito divertido, havia conectividade entre eles e ele estava mesmo disposto a encoraja-la a ter um pouco de diversão, ele a cutucou de forma provocativa – e aí vai encarar? – ele perguntou, esperando que ela dissesse sim. 

—Preparado para sua maior humilhação? – ela pediu, enquanto ria para ele, ela também era boa de improvisos, e ele fez cara de estou esperando para ver, e então ela se soltou, aquela música era muito contagiante, e poucos segundos foram suficientes para ela imaginar um espetáculo sobre um palco e com uma plateia gigante, ela amava isso, e eles tinham mesmo sintonia juntos, os melhores momentos eram quando ele tentava imitar seus passos, e eles pareciam estar ensaiando uma coreografia, fazia tanto tempo que ela não se sentia tão leve e tão feliz se é que um dia ela realmente se sentiu assim... Ela até havia se esquecido de qualquer dor no corpo que por ventura ainda estivesse sentindo. Ele rebolou para ela, que gargalhou com vontade.

Ambos estavam tão engajados e animados com aquele show imaginário, que nem notaram os dois novos expectadores que tinham acabado de ocupar o recinto. Um deles não parecia muito animado.

—___

Severo havia decidido se encontrar com Pomfrey na estufa ao invés da enfermaria, assim eles fariam juntos uma triagem mais adequada das Mandrágoras disponíveis e que seriam necessárias para aquele tipo de poção e com o auxílio da professora Sprout, que era responsável e cuidava do cultivo e do crescimento de todas aquelas plantas, mas infelizmente nenhuma delas atendia os requisitos básicos, não por não serem boas o suficiente, mas sim por que precisariam de mais tempo de preparo, até adquirirem uma certa maturidade, Pomfrey tinha mesmo razão sobre isso, então no caso eles teriam que esperar.

Ao voltar para a ala hospitalar, tanto ele como Poppy foram surpreendidos, com aquilo que ele custou a entender e definir, mas se parecia muito com um tipo de algazarra infantil, ele suspirou, inacreditavelmente ali estava aquela ave ridícula se comportando como um adolescente sem nenhum juízo e claro e aquilo em nada o surpreendia o envolvimento dela, Shara. O que eles estavam tentando fazer ali? ele fez menção de que iria intervir, já que ambos estavam tão envolvidos naquele espetáculo de horrores, que sequer notaram que estavam sendo observados, mas Pomfrey o puxou pelo braço, o impedindo.

—Estão se divertindo – ela disse baixinho enquanto sorria para ele – deixe que o façam.

—Divertindo? – ele disse sério, olhando para aquela bagunça sem nenhum propósito a sua frente, mas ao observar com cuidado a fisionomia de Shara, ele percebeu algo ali que ele ainda não tinha visto nela, ela parecia mesmo feliz, ela sorria para o pássaro como se estivesse vendo algo muito significativo em tudo aquilo, ali, e gargalhava de tempos em tempos quando ele fazia algum passo engraçado – Pomfrey, ela sequer podia se levantar da cama ontem à noite e agora está se mexendo de forma deliberada - ele ponderou tentando ser racional nada bom poderia vir daquilo – talvez não seja apropriado...

—Ah isso apenas nos prova uma coisa Severo – ela disse, ao interrompe-lo, e ela parecia completamente despreocupada com aquilo que estava vendo ali - de como crianças, como ela podem se recuperar muito bem e com uma certa rapidez, quando estão sendo bem cuidadas – ela sorriu para ele novamente – fez um bom trabalho, então aproveite o espetáculo – ela orientou - afinal não é todo dia que temos um show desse nível a nossa disposição – ela chamava isso de show? Ele bufou, Antony segurava uma vassoura velha e se mexia de maneira ridícula já a garota usava sua varinha, o ritmo da música era agitado demais para o seu gosto, a letra da canção era péssima, mas ao observar atentamente aquilo, quase que em câmera lenta, ele se deu conta de que aquela era a primeira vez que ele a via agir como uma criança de verdade, fazendo coisas que uma criança da sua idade faria, e isso de forma totalmente despreocupada, sem todo aquele peso que ela carregava, como se não houvesse um passado ruim e nem um futuro duvidoso. Aquilo era inocente e era infantil, e também não era assim tão ruim, ele admitiu, quem sabe seus ouvidos até poderiam se acostumar com aquela cantoria toda se aquilo a fizesse sorrir com mais frequência, como parecia a fazer sorrir ali, ele cruzou os braços, admirando algo que no passado ele jamais toleraria, ele havia mudado, ele sabia, e então ele esperou ser notado, Shara foi a primeira a perceber sua presença ali, mas ela não deixou com que aquilo a intimidasse, pelo contrário... e isso chamou sua atenção, pois se algo a deixava constrangida, como facilmente acontecia, certamente não era aquilo, ela sorriu para ele, ele podia ver que ela não se importava com a sua presença, era como se ela se sentisse completamente à vontade na sua frente para ser aquilo que ela realmente queria ser, uma criança, e aquele sorriso, ele quase podia ver Maeva sorrir para ele ali, então ele retribuiu, se sentindo estranhamente bem por faze-lo, talvez aquele não fosse mesmo um espetáculo musical do estilo que o agradaria, mas era o melhor espetáculo que ele já tinha visto na sua vida. Talvez ele tivesse paralisado naquela cena, por que ele sentiu Antony o encarar de uma forma diferente, certamente estranhando aquilo que via ali, Severo quase podia acreditar nisso, se não tivesse notado o semblante dele mudar de forma significativa, algo havia acontecido e para provar sua teoria, Severo percebeu quando ele tirou algo do seu bolso, visivelmente emocionado.  

—Antony – Shara chamou – você está bem? – ela ainda sorria para ele e não parecia ter notado a mudança.

—Sim – ele respondeu, retribuindo o sorriso – sabe eu acho que você venceu Shara – ele disse bastante animado – sobre a performance e tudo mais. – Antony se virou para encara-lo – você venceu – ele repetiu, quase que trazendo um duplo sentindo para aquela colocação.

—Eu disse – Shara gargalhou – mas não fique triste, você também se saiu muito bem, só precisa treinar mais um pouquinho – ela piscou para ele.

—Shara querida – Pomfrey chamou a atenção da criança – vamos, agora quero que venha comigo, preciso avalia-la, já se esforçou o bastante – e o mais estranho era que Pomfrey agia como quem podia entender aquela necessidade, dando espaço para os dois, Shara também não estranhou aquilo, pois ela sabia que havia vindo para essa finalidade então não se opôs, mas ele não... ele não era tão ingênuo assim, ele sabia que havia algo acontecendo ali.

—O que significa isso? – ele pediu, assim que elas saíram, enquanto encarava o pássaro a sua frente, ele não gostava de surpresas, e aquilo o estava deixando visivelmente incomodado, Antony estendeu o papel que  havia retirado do bolso e agora o segurava em uma das suas mãos, ele estava visivelmente emocionado, mas Severo não pegou, de alguma forma ele sabia o que aquilo poderia significar e ele não queria... não podia...

—Significa... – o pássaro o encarou - que está preparado para isso agora – ele sinalizou novamente para que ele aceitasse o papel, ele fez, custando a olhar para aquela caligrafia no topo do envelope, caligrafia que ele conhecia muito bem. 

“Para o Severo Snape que conheci, para o Severo Snape que sempre esteve ai, ao verdadeiro Severo Snape, aquele que um dia eu amei ”  Maeva

Ele custou a entender aquilo... Maeva, maldita Maeva! Ele podia gritar… amaldiçoa-la em voz alta, mas ele não faria, por que fez isso comigo?

—Quando ela se foi, e quando eu acordei aquele dia, haviam três cartas, uma destinada para mim, com explicações e algumas instruções, uma para a criança e uma para você, embora eu não soubesse na época para quem seria – Antony disse enxugando as lagrimas, ele o encarou – As instruções diziam, que a carta da criança deveria ser entregue dias antes dela começar a escola, Hogwarts no caso, o que foi bastante fácil, já que acordei apenas uns dias antes desse dia, já a sua... no caso a do pai da criança, bem ela só poderia ser entregue, no dia que você estivesse preparado para recebê-la – Antony explicou – um pouco mais difícil, como pode ver.

—Preparado? – Severo tremia, era difícil dizer, talvez fosse de raiva, talvez fosse de dor, talvez fosse ambos – e o que ela define como preparado? – ele disse com muita amargura, segurando aquele pedaço de pergaminho com força na sua mão, sentindo certa dificuldade de respirar ali, aquele maldito pássaro era péssimo com segredos, como ele teve a capacidade de reter e esconder aquela informação durante todo esse tempo? Severo queria matar aquele pássaro, queria matar Maeva, se ela já não estivesse morta, o que ela estava pensando ao tramar tudo aquilo? Como ela ousava brincar com ele assim?

—Não havia nada escrito no seu envelope e como pode ver está lacrado com um encantamento, algo que desconheço, mas obviamente que apenas você poderá abri-lo – ele explicou – então mesmo que eu o tivesse entregue antes, assim que entendi quem seria o destinatario, bem você não poderia e não teria conseguido ler, eu sei que não faz sentido, mas falo sério quando digo que as palavras apareceram apenas agora – Severo o encarou que maldição era aquela? Maeva era uma bruxa formidável, ele sabia, mas como ela havia feito aquilo? ele sentiu o vazio e a dor invadir seu peito e o pressionar com força ali, aquela era exatamente a mesma sensação que ele havia sentido no dia que ele encontrou o bilhete deixado por ela... – Maeva me disse, na minha própria carta no caso, que eu saberia o momento exato, de entrega-la para você – ele disse emocionado – e isso seria no dia que eu o visse sorrir para a criança de forma genuína – Antony estava com dificuldade de completar aquilo, então ele fechou os olhos – o que honestamente eu acabei de ver aqui - então ele também sorriu - eu carrego a carta comigo, desde aquele dia, e tenho esperado por esse momento, que algumas vezes achei que nunca poderia acontecer… como pode ver eu me enganei sobre você Snape, mas ela não… ela nunca – ele disse confiante - espero que isso responda algumas de suas perguntas - Antony se virou  o deixando  sozinho ali com aquele pedaço de papel nas mãos, inúmeras possibilidades e um mundo de sentimentos em conflito. Ele olhou para o papel, Maldita Maeva, e aquele chingamento nunca foi tão verdadeiro.

 


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Notas finais do capítulo

Estou imensamente curiosa para saber o que acharam. Já que esse é um dos capítulos que entrego com lágrimas nos olhos (falo sério sobre isso)

A conversa deles no início, foi um dos momentos mais fortes e intensos dessa fic... Custei para fechar esse diálogo, espero ter acertado. (Suado viu)

Quem nunca achou que fosse morrer com um resfriado que atire a primeira pedra? Achei que ele conduziu muito bem, e essa conversa é de guardar num potinho, até pq eles sequer se mataram dessa vez

Agora literalmente temos um espetáculo musical aqui... Que show foi esse, Antony você não tem ideia de como tem sido um privilégio escrever sobre você! Ele que nos presenteou com esse show de talentos, espero que tenham conseguido sentir a vibe boa daí e imaginar a cena, deles cantando e dançando juntos por toda a ala hospitalar, assim como eu imaginei. E assim, caso tenham curiosidade, a música inspiração para essa coreografia magnífica hahaha (não riam por favor) mas precisava ser algo bem adolescente pra ficar legal hahaha (é claro totalmente fora de época, ignorem essa parte) mas foi... Call me Maybe - Carly Rae
Peguem suas vassouras, dê o play no Spotify, naquele volume da alegria e bora sair dançando pela casa hahaha

E esse final, gente... SIM por favor imaginem ele sorrindo ao vê-la feliz, pronto... Ele sorriu de verdade, Severo Snape sorrindo é para poucos heim... Epson vc VENCEU!
E isso mereceu um presente... E agora aguenta coração, por que essa carta promete, vem uma virada história aqui e ninguém, absolutamente ninguém está esperando por isso (não ela não está viva Sorry) kkkk

Curiosíssima pra saber o ponto de vista incrível de vcs!



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