The Hurting. The Healing. The Loving. escrita por Minerva Lestrange


Capítulo 23
Capítulo 22




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Ela estava inquieta. Desde que a tempestade começara, ainda durante o dia, Wanda parecia não saber o que fazer para gastar o tempo. Passara algumas horas em seu próprio quarto, viera até a sala se preocupar com as velas da casa após tomar banho e colocar uma roupa mais quente, se preocupara com a louça suja usada no almoço e, por fim, a vira enxugar as mãos numa toalha mantendo um olhar preocupado e pensativo. 

— Há algo errado, Wanda?

A ruiva levantou os olhos para ele num átimo de segundo e ainda teve de pensar, o que pareceu deixá-la incomodada enquanto meneava a cabeça, incerta, e pensava nas palavras corretas. 

— Er… Eu não sei. Sinto que há algo estranho… - A observou gesticular com as mãos e franzir o cenho para o campo além da janela sempre aberta da sala. - Como se algo estivesse crescendo ao meu redor e não conseguisse… identificar de onde vem. 

Da poltrona mais próxima à janela, Bucky também se voltou para a firme escuridão do lado de fora, quebrada apenas por relâmpagos seguidos por trovões e estalos muito fortes, além da chuva que seguia firme por horas. A olho nu não era possível enxergar nada dois metros à frente, mas sabia que a ruiva não se referia a algo tão visível assim. 

— Tem problemas com tempestades? 

Wanda pareceu surpresa pela pergunta e deu de ombros, deixando a toalha sobre a mesa e se aproximando do encosto do sofá onde ele costumava dormir para se acomodar ali. 

— Às vezes. - Ela cruzou os braços, encolhida em si mesma de maneira pensativa, embora a tensão que a acompanhava desde o fim da tarde, quando retornaram à cabana antes da chuva começar, não a deixara. - Não lembro de me acostumar a elas quando era criança e… Na H.Y.D.R.A… Usavam muita água para fazer diversos tipos de testes comigo. 

A viu se arrepender no instante em que começou a detalhar sobre a H.Y.D.R.A, mas terminou cuidadosamente, o analisando a cada palavra. Sabia muito bem como a julgava antes por ter se juntado à organização quando tinha escolhas enquanto ele - e, possivelmente, diversos outros - foram mentalmente torturados para quebrar e obedecer. 

Eram situações diferentes, Bucky sabia. No seu caso, o Soldado Invernal era resultado de um acidente muito infeliz do destino e uma boa combinação de experimentos que deram certo, enquanto Wanda vinha de um lugar totalmente propício para ceder ao discurso fácil de anarquia e revolução. Além disso, agora que a conhecia um pouco melhor, especialmente sua fragilidade, também entendia que não precisava de fato aprovar seu passado. 

Naquele momento, quis revirar os olhos para si mesmo, pois era algo que sequer cabia a ele - não relacionado à Wanda Maximoff. Tudo em sua própria história era feio o bastante para ter consciência de que não estava em posição de julgá-la, de qualquer forma… Até que algo o intrigou. 

— Quando se juntou à H.Y.D.R.A, eles sabiam dos seus poderes? - Ela meneou a cabeça, cruzando os braços de maneira pensativa, quase distante. - Tinham conhecimento de que tudo isso vinha de você… E não dos experimentos? 

Ele não imaginava a quais tipos de testes Wanda havia sido submetida já que os poderes dela eram bastante diferentes dos seus, assim como o que se exigia de cada um. A ruiva não precisava ser atlética ou expert em todos os tipos de armas e lutas, nem ter qualquer treinamento em espionagem para ser útil: sua mente bastava e, da mesma forma que fizeram a Bucky, provavelmente a dela havia sido bastante traumatizada também e não apenas pelo discurso da Organização. 

— Eu penso muito a respeito… Fico imaginando se haveria como eles saberem qualquer coisa sobre o passado, que não estivesse relacionado aos meus pais. Se conheciam a história sobre Natalya… Não seria uma grande surpresa, não é? Que eles usassem a jóia da mente para me levar ao limite e testar a extensão dos meus poderes… - Ela suspirou, agora torcendo os dedos de ombros baixos. - Mas… Eu não sei e… Essa constante busca pelo passado? Sinto que está me levando ao fundo do poço mais rápido. 

O tom cansado e meio arranhado da jovem o fez querer consolá-la novamente, pois era simplesmente angustiante vê-la cambalear entre o que, realmente, era; o que poderia ser; e o que havia sido no passado; todas as particularidades de Wanda se colidindo e repelindo ao mesmo tempo, ainda que tentasse se encontrar em meio àquilo que parecia um labirinto de possibilidades muito poderosas e perturbadoras. 

— Este momento em que tudo vai se encaixar… Irá chegar. E então, não haverá mais busca. - Elaborou lentamente. - Você merece alguma… Contemplação, Wanda. 

Ela levantou os olhos de forma brilhante, como que agradecendo pelas palavras, embora fosse mais cética do que qualquer outra coisa, pois, apesar disso, parecia… Muito vazia, muito cansada de tudo aquilo, que a rodeava sem qualquer resposta, tentando domá-la em nome daquela energia mais poderosa e pungente que vinha de si própria, de repente fazendo Bucky temer por suas escolhas. 

Até que ponto Billy e Tommy não eram uma pequena distração, um pequeno ponto de esperança e suavidade, antes do Caos completo? Antes que ela, de fato, abraçasse todo o seu potencial mágico e se tornasse ainda mais distante da garota silenciosa e séria que havia sido, mais entidade e menos humana?

Nunca tiveram qualquer tipo de relação próxima e mal se conheciam, mas sentia sobre ela um senso de dever que nutria por pouquíssimas pessoas no mundo. Antes, atribuía aquilo a toda estima de Steve, que vez ou outra comentava como Wanda precisava ser guiada em direção e propósito, como tentava despertar nela um senso de pertencimento a algo maior de uma maneira mais estável do que ela experimentara antes. 

No entanto, mesmo o Capitão se foi e lá ficara a ruiva, sem o apoio de ninguém, alimentando um propósito irreal que tinha a ver mais com sua dor e solidão do que com a realidade desse desejo. Acompanhá-la todos os dias definhando em si mesma em nome disso o levava à certeza de que, agora, tudo tinha a ver mais com ela do que com o que lhe havia sido dito sobre ela e isso o confundia, o fazia temer e estremecer por dentro mais do que gostaria de admitir. 

Wanda se levantou e ensaiou algo a dizer, mas pigarreou e hesitou parecendo sem jeito, escondendo as mãos nos bolsos da calça lisa que usava enquanto corria os olhos para o corredor da cabana. 

— Então, eu… Estive pensando… Você está dormindo no sofá desde que chegou aqui. - Ela moeu os lábios entre os dentes e voltou a olhá-lo, os olhos esverdeados sobre a pouca luminosidade parecendo inseguros. - O quarto de hóspedes está fechado e vazio. Realmente vazio agora. Se quiser, posso arrumá-lo para que durma lá… 

— Er…

Estreitou os olhos para a porta do quarto de hóspedes, não conseguindo evitar uma careta enquanto forçava sua mente a trabalhar em milhares de desculpas que não poderiam envolver ter vontade alguma de entrar lá depois do que vira. Ao mesmo tempo que aquela era uma versão curiosa de Wanda, totalmente manifestada em Feiticeira, desejava nunca mais presenciá-la naquele estado - como projeção astral, ela disse. 

Não se comparava a vê-la manusear seus poderes, usando um uniforme vermelho relativamente comum entre os Vingadores… Não, aquilo era macabro em um nível muito alarmante. Poucas eram as coisas que realmente temia depois de tantos anos enfrentando todo e qualquer tipo de adversidade, mas, naquele momento, temera o que ela poderia fazer com ele com apenas um comando de voz, de mão ou mesmo sem que notasse.

— Você teria mais privacidade e a cama de lá, posso garantir, é muito melhor do que este sofá. 

Ela insistiu de uma forma que, imediatamente, soube que também teria mais privacidade, se Bucky aceitasse a sugestão e quase cedeu em solidariedade, mas novamente a projeção no meio quarto, emanando toda aquela energia escarlate etérea em torno do ambiente, voltou à sua mente. 

— Acredite, já dormi em lugares muito menos confortáveis que um sofá com manta e travesseiros limpos numa cabana, mesmo que no meio do nada. - Se levantou para deixar sobre a mesinha de centro o livro que lia antes de ela rodeá-lo em completa ansiedade. - Não se preocupe, eu vou ficar por pouco… 

Contudo, notou que a postura e o semblante dela mudaram, se tornando tensos à medida que se concentravam no espaço escuro à frente da janela sempre aberta da sala, como que tentando enxergar ou identificar alguma coisa. Bucky seguiu seu olhar, não conseguindo ver ou ouvir nada além da chuva pesada que quebrava no telhado, nem mesmo perto da varanda estreita que rodeava a lateral da cabana, onde a pouca luz ainda alcançava. 

— Mãe. - O soldado franziu o cenho, preocupado. Ela estreitou os olhos e a postura insegura se foi, se tornando mais intrigada e definitivamente emocionada do que antes, se escondendo completamente de sua presença. - Mãe? 

Olhou novamente para o campo escuro que se seguiu janela à fora, mas nem mesmo o relâmpago iluminando todo o espaço foi capaz de mostrá-lo algo que, definitivamente, não deveria estar ali. 

— Wanda, o que está fazendo? 

Perguntou em tom baixo, tentando chamar a atenção da ruiva, que agora tinha os olhos marejados. Não sabia se ela se referia à sua verdadeira mãe ou se se referia à outra, chamada Natalya; não sabia nem mesmo se ela, de fato, via alguma coisa ou se era uma alucinação, algo que estivesse relacionado aos seus poderes. 

— Mãe, o que faz aqui? - Ela se aproximou mais da janela, o tom manhoso o lembrando a uma criança desconsolada de fato, o que apenas acompanhou incrédulo. - Porque está me deixando de novo? Mamãe… Porque está indo embora? 

Se lembrou daquele episódio ainda inexplicado e, até aquele momento, quase esquecido, quando Wanda freou o carro bruscamente na estrada após ter visto algo na estrada, questionando-o com convicção se tinha visto ou não e a verdade era que não conhecia o suficiente da extensão de sua magia para saber se era capaz disso. Os olhos já estavam vidrados e doloridos naquele algo intangível e inalcançável para Bucky, que a ladeou segurando o ombro dela.

— Não há nada lá fora, Wanda. - Disse mais firmemente. - Apenas a tempestade. 

— Não! - A ruiva negou rapidamente, a convicção fazendo com que os fios lisos se soltassem do coque malfeito para cair sobre seus dedos. Olhos verdes lacrimejantes o olharam com convicção, mas duvidava que realmente o vissem. - Não, ela está bem ali, eu… 

Ao voltar a atenção para fora novamente, Wanda paralisou. A emoção e vulnerabilidade em seus olhos deram lugar ao rápido desespero enquanto firmava os olhos em várias direções na escuridão parecendo procurar algo. Sem sequer ouvi-lo, a ruiva abruptamente se distanciou de sua mão e deu as costas à janela, seguindo rapidamente para fora, a energia escarlate fluindo de seus dedos para abri-la potencializando o efeito da tempestade lá fora e do que quer que fosse que acontecia ali.

Praguejou com um analisar relutante à escuridão. Mais cedo, ela descrevera a sensação de algo não identificado a rodeando, parecendo temerosa, além de ter detectado algo estranho na tempestade que se formava antes de voltarem à cabana. Em sua cabeça, não havia como todos aqueles pequenos fatos não estarem conectados, mas não via como conectá-los à mãe de Wanda - alguém que estava, definitivamente, morta. Sabia que ela não falaria daquele jeito sobre Natalya: havia sentimento e saudade demais em todos os seus tons naquele breve e estranho diálogo de apenas uma via. 

Com um suspiro resignado, fez o mesmo caminho que ela em direção à varanda e, antes de se embrenhar na tempestade atrás de Wanda, ainda a ouviu chamando novamente pela mãe. O vento era forte o bastante para dispersar a voz dela e, logo, sua visão se encontrava embaçada pela chuva o encharcando em segundos. Sem poder ver muito à frente, tentou fazer seus sentidos trabalharem mais afiadamente. 

— Mãe? - Ela chamou à frente já um tanto desesperada e chorosa, embora não pudesse realmente vê-la. Do ponto em que estava, notou que não seguia na direção da estrada normal e, sim, diretamente para a montanha, enorme e obscura, que ladeava a cabana como um grande e pesado bloco, o que o preocupou. - Mãe! 

Um raio cortou alto no céu ao longe, iluminando todo o perímetro ao redor dele por segundos o suficiente para conseguir enxergar a silhueta pequena da mulher, metros à frente, parecendo confusa, pois não seguia para qualquer lado. 

— Wanda. - Chamou, esperando que ela realmente ouvisse enquanto corria para, talvez inutilmente, alcançá-la. Contudo, ela não ouvira e também não parecia se importar muito, considerou ao conseguir alcançá-la com uma breve corrida. - Wanda, está me ouvindo? 

Não conseguia visualizar exatamente suas feições, mas conseguia ver os olhos de brilho escarlate lutando contra as gotas da tempestade que escorriam por seu rosto, fazendo com que o cabelo se tornasse uma massa colada na pele e nos ombros. Sem cerimônias, segurou ambos os ombros tentando fazer com que o olhasse enquanto ainda parecia tentar encontrar forças para respirar, olhando ao redor. 

— Ela se foi. - Murmurou ela quase tão baixo que, sob todo o pandemônio causado pela chuva em conjunto com o vento, quase não a ouviu. - Estava bem aqui e então… Nada. Não consigo senti-la mais…

Quanto a isso, não ousou discutir. Aquela era uma seara totalmente nova e completamente obscura pra ele, de forma que a breve explicação de Wanda, embora tão improvável quanto tudo o que a rodeava, soava credível - no mínimo. Apesar disso, não deixava de preocupá-lo, pois a mãe dela estava morta.

— Ei. - Apertou os dedos em seus braços, notando-a fria em razão da chuva enquanto os fios ruivos jaziam colados ao rosto e ao pescoço, descendo na direção dos ombros molhados. Desejou sacudi-la para que retomasse ao normal, deixando de lado aquele súbito transe que a tomara desde a cabana. - Não há nada aqui, é uma ilusão. 

— Não. - Ela soluçou em um quebrado, olhando ao redor. - Eu a vi, eu, eu… Senti. Da mesma forma que a sentia antes… Estava indo para a montanha, não foi uma ilusão, eu saberia se tivesse… 

— Wanda. - Antes que pudesse se impedir, segurou o rosto dela sem cerimônias de maneira séria, fazendo com que o olhasse, de verdade. Apesar de manter a teimosa convicção, parecia perdida nela própria até aquele momento. O rosto era pequeno em comparação às suas mãos, mas ainda assim podia constatar a pele arrepiada pela chuva fria que não arredara um milímetro desde que saíram da cabana, os cabelos compridos facilmente se embaraçando aos seus dedos e a musculatura tensa. A ruiva estava inquieta antes, sobre a tempestade, e se mantinha tensa agora. Algo parecia fora de lugar naquela noite e a distância entre eles era uma dessas coisas. - Nunca houve ninguém aqui fora, apenas a tempestade, e sinceramente, acho que deveria se preocupar com… 

Antes que pudesse terminar de falar, a dor lancinante fez com que se encolhesse contra si mesmo. Partia diretamente de um ponto em suas costas e se espalhava por todo o abdômen, roubando sua expiração num milésimo de segundo e retirando qualquer reflexo que poderia ter mantido do Soldado Invernal ante o que deveria ser uma lâmina comprida e definitivamente afiada, firme e inesperadamente fincada na altura de seu pulmão. 

Wanda ofegou quando voltou a apertar novamente os ombros dela e, dessa vez, o olhar assustado sobre ele era, definitivamente, muito real e presente. Não era normal, sua cabeça girou pela dor incomum que não era capaz de sentir há muito tempo e ele ofegou, parecendo assustá-la ainda mais, embora agora parecesse olhar ao redor, tentando enxergar algo. Sua mente girou se perguntando de onde aquilo viera, pois não ouvira nada, mesmo sob o ruído alto da tempestade que os cercava de todos os lados de maneira implacável. 

— Bucky? - Ela chamou com os olhos estreitos pelas gotas d'água, estranhando tanto quanto ele. - O que…? 

Porém, de repente, tudo dentro de si pareceu queimar, a sensação se espalhando por cada micro-célula de seu corpo a partir do que parecia muito longe de ser uma faca comum. Era altamente resistente a qualquer tipo de dor e uma simples facada não estava nem perto de causar todo aquele efeito, conseguiu raciocinar sob a dor que parecia tornar pior o peso de cada pingo de chuva sobre seu rosto encharcado. 

Levou uma das mãos trêmulas às costas, alcançando o cabo comprido do objeto firmemente preso e gemendo de dor ao puxá-lo de si uma só vez, parecendo rasgar pele, carne e o que mais tivesse no caminho novamente. Wanda seguiu seu olhar sobre a faca comprida, tentando compreender o que acabara de acontecer, embora agora estivesse preocupada com o entorno. 

Esperava mesmo que estivesse, ponderou quando seu peso pareceu demais sobre as pernas lânguidas, cedendo de joelhos perante ela, que obviamente se assustou pela imediata falta de reação que a facada causara. Havia algum tipo de veneno que o soro não preparara seu corpo para combater. 

Agora, era Wanda quem o firmava pelos ombros, os dedos fortemente fincados nos músculos sobre o moletom enquanto revezava a preocupação entre ele e a tempestade. Agora também deveria estar errado da perspectiva da Feiticeira Escarlate e só agora ele percebia. 

— Me desculpe, me desculpe, me desculpe… - Ela murmurou repetidamente, completamente culpada, quando seus olhos quiseram deixar o rosto emoldurado pelos cabelos molhados e se fechar, se revirando. Despertou, no entanto, ao sentir as mãos frias em seu pescoço, forçando-o a olhá-la, embora focá-la se tornasse cada vez mais complicado com as vistas embaraçadas. - Bucky? Bucky! Terá que me esperar aqui… Eu já volto. 

A voz se tornou decidida sob a camada de preocupação que falava com ele. Imaginava qual seria seu estado e como Wanda podia ter certeza de que estava mesmo ruim, uma vez que não conhecia a extensão de seus poderes. Contudo, não queria ficar sozinho ali, no meio da tempestade, sem qualquer forma de defesa, por isso conseguiu alcançá-la na altura dos quadris, segurando-a e segurando-se nela como podia. 

— Não…

Não soube como conseguiu dizer ou como a ruiva entendeu. Depois de todos aqueles minutos, se se concentrasse, tinha certeza que poderia ouvir sussurros e passos, que pareciam vir de todos os lados, confundindo-o, embora não soubesse se isso era real ou apenas uma ilusão de sua mente ludibriada e, ainda, a dor que se espelhava por seu corpo não o deixava pensar claramente.

O corte começava a latejar em ardência e uma vontade quase iminente de vomitar o alcançou, mas conseguiu segurar enquanto Wanda o afastava de seu corpo para, novamente, rodear seu rosto com convicção, os dedos passeando entre a mandíbula e a testa, como que afastando o cabelo que escorria na parte da frente por causa da chuva. 

— Você vai ficar bem, e-eu prometo. - Registrou uma tentativa de sorriso. Ela pediu aflita e Bucky piscou, desnorteado. No segundo seguinte, ela estava completamente diferente usando o uniforme escuro da Feiticeira junto a uma espécie de tiara na altura da testa. Franziu o cenho, confuso, agora sentindo o material da luva dela na altura de sua têmpora. - Confie em mim… Só por um momento, ok? 

Então, tudo o que viu novamente após sentir a forte presença da energia escarlate rodeando-os foi o breu vazio da escuridão, de si mesmo ou daquele lugar macabro, antes de apagar.


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Notas finais do capítulo

Eu amo esse capítulooo. Espero que tenham gostado também!

Wanda continua a ter sua mente jogada e, agora, Bucky foi vítima disso. Ou seja, os papéis entre eles vão se inverter pq eles meio que cuidam um do outro ♥

Me digam o que estão achando do ritmo da história, pois eu absolutamente, amo escrever Wanda e Bucky ♥

Até breve!



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