No quarto ao lado escrita por FJaque


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas! Boa leitura.



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POV EDWARD

Sou Edward Cullen, tenho 30 anos e sou o presidente geral da Enterprise Cullen’s, cargo que eu tive por mérito e esforço. Estava viajando para o Canadá para resolver uns problemas que surgiram na empresa de lá, então ficaria por aproximadamente uns 20 dias, assim contratei um serviço para mexer na sala do meu apartamento e depois pedi que minha secretária Jane contratasse uma ou mais diarista para limpar, eu deixaria as chaves na portaria para que elas pudessem ter acesso. O serviço da minha casa ficou pronto em 4 dias, mas a minha secretária disse que as diaristas cancelaram então ela arrumaria outras, só que para o meu azar eu já estava voltando para Nova York e chegaria sábado a noite então na segunda pediria que a Jane arrumasse o mais rápido possível uma pessoa para limpar, sorte que meu apartamento é enorme e meu quarto fica na cobertura premium no segundo andar do prédio, que sou praticamente dono, já que meu apartamento ocupa uma escala completa.

O sábado chegou e estava chovendo bastante em Nova York e eu estava muito cansado, cheguei na portaria do meu prédio e cumprimentei o porteiro da cabine.

— Boa noite Ronald, tudo bem? Pode pegar minhas chaves extras por favor. – Eu pedi as chaves que deixei para fazerem os serviços na minha casa.

— Boa noite S.r. Cullen estava fazendo falta já, suas chaves extras não estão aqui, está sem nenhuma? - Ele disse.

— Estou com as minhas, mas sempre pego as que deixo aqui, mas como assim elas não estão aí?

— Isso que o senhor ouviu, não estão aqui comigo, tem uma mulher na sua casa há uns 15 dias que ela vem e dorme aí, até pensei que fosse alguma conhecida sua. – Eu não estava entendendo nada.

— Ronald, por favor eu não estou entendendo, a única pessoa que autorizei na minha casa foi a diarista, além dos funcionários que estavam mexendo na minha sala.Por acaso não é a minha irmã Alice? – Alice me falaria com certeza.

— Não, eu sei quem é a Sra. Cullen. Essa moça que está aí veio aqui dizendo que era a diarista, então como o senhor tinha autorizado eu dei as chaves, mas ela não me entregou e tem uns 15 dias que age como se fosse a dona da casa, tentei falar, mas ela nem me dava ideia. Agora que sei que o senhor não a conhece, vou imediatamente ligar para polícia.

— Não precisa, eu resolvo isso, obrigado Ronald.

Subi até meu apartamento não acreditando no que acabei de ouvir, isso só pode ser coisa da Alice, querendo arrumar amigas delas para mim pois segundo ela eu não sei escolher namorada legal, a Alice dessa vez foi longe demais, deixar uma estranha na minha casa por 15 dias, isso não vai ficar assim. Abri a porta e parecia tudo tranquilo, mas ouvi um barulho de música na cozinha e fui até lá. Eu sou um cara muito tranquilo, mas se tem uma pessoinha que me tira do sério se chama Alice Cullen.

Quando cheguei na cozinha encontrei uma garota mediana com uma blusa apenas e com as lindas pernas de fora, com o aquecedor que minha casa tem, ela provavelmente não estava com frio, ela tinha os cabelos longos em um tom castanho parecido com chocolate, ela estava dançando e cozinhando alguma coisa, eu segurei o meu riso, ela era muito bonita, até que ela se virou e porra! Bonita pra caralho, seus olhos realçavam com o tom de seus cabelos. Ela gritou perguntando o que eu estava fazendo na casa dela, é só o que me faltava. Explicou que tinha um contrato e alugou a casa de um tal de Augusto Cullen a doida ainda tentou me atacar com faca, ela com um metro meio achava que podia mesmo me atacar com uma faca de serra?

A coitada estava assustada pensando que eu faria alguma coisa com ela, então foi até algum lugar pegar um contrato que falava que meu apartamento estava sendo alugado por 2 mil dólares, resumindo ela caiu em um golpe.

— Como eu vou saber se você está falando a verdade? – Embora abalada aparentemente, a garota empinou o nariz e colocou as mãos na cintura e se ergueu tentando ficar maior para me encarar. Ela era muito bonita, só que muito atrevida.

— Então, como está escrito aqui nesse contrato fraude, Isabella Swan. Você deveria me agradecer por eu não chamar a polícia, a única errada que tem aqui entre nós é você. Ou por acaso você ainda acha que está certa e realmente alugou esse lugar? – Embora a situação estava tão engraçada eu tinha que manter a postura, até porque essa garota é uma desconhecida.

— Eu peço desculpas, eu ... agora faz sentido eu caí mesmo em um golpe, mas aquele homem pareceu tão desesperado.

— Desesperado por seu dinheiro, roubar vítimas como você. – Ela me encarou novamente e fez uma cara brava e mais linda.

— Como assim, como eu? – Ela empinou o nariz e se ergueu como tinha feito antes e foi inevitável eu não olhar para seu corpo que a propósito só estava com uma blusa e uma calcinha e sem sutiã. Porra! Ela percebeu meu olhar e seu rosto assumiu uma cor vermelha, que a deixou mais linda.

— Uma garota que não verifica as coisas e já vai assinando um documento e dar dinheiro para um desconhecido, me explique Sra. Swan, como aconteceu tal proeza?

— Eu posso subir para colocar uma roupa apropriada pelo menos, sei que não tenho direito, já invadi seu espaço, mas eu posso explicar antes que você pense que tenho algo a ver com esse golpe.

— Ótimo, a melhor coisa é fazer isso. – Ela assentiu e se retirou e claro eu não tirei os olhos do corpo maravilhoso dela até que ela sumiu.

Minha porta se abriu e vejo Felix e Raymond, meus seguranças.

— S.r. Cullen, onde está a meliante? O porteiro nos avisou agora. – Tinha que ser o Ronald, droga.

— Podem se retirar a garota é problema meu. Não tem meliante aqui, foi um engano e já está tudo sob controle, podem ir, obrigado. – Eles assentiram e foram. Quando me virei a garota estava atrás de mim de calça e a mesma blusa, porém colocou um sutiã, ótimo, assim eu conseguiria conversar sem perder atenção.

— Estou pronta, posso começar a te falar. – Ela disse e pareceu que estava chorando.

— Vamos até a sala, você já deve conhecer. – Dei passagem para ela. Chegando na sala ela começou a narrar os fatos.

— Primeiro quero te pedir desculpas, Edward. Eu estava desesperada, não tinha mais condição de ficar pagando hotel, mesmo sendo um lugar mais simples de Nova York, você deve saber é tudo muito caro, eu tenho 10 meses que moro aqui, fui demitida de um trabalho, acabei de ser contratada por outra empresa, então deixei um anúncio que queria uma colega de quarto, e esse cara me ligou. Eu achei que estava com sorte, a principio achei que era uma pessoa que queria uma colega de dividir a casa.

— Você aceitou se encontrar com um homem que poderia te oferecer um quarto? – Ela só pode ser louca.

— Qual o problema? Um cara ou uma mulher, eu só preciso de um lugar, um apartamento para alugar com um preço legal, mas é difícil, por isso coloquei no anúncio alguém que tenha um quarto para me alugar.

— Uma garota de um metro e meio, atrevida, não deveria fazer isso. É arriscado você colocar seu telefone em um anúncio procurar colega de quarto, tem pessoas mal intencionadas por todos os cantos no mundo, aqui em Nova York principalmente, imagine se esse golpista te oferecesse o quarto, poderia ter acontecido algo pior do que perder 6 mil dólares e parar na casa de uma pessoa que você não conhece, aliás invadir uma casa que não é sua é crime.

— Eu não tenho um metro e meio e sei muito bem me defender, já te disse tudo que aconteceu, chame a policia se achar necessário, eu fui uma vítima. – Eu acho que fui um pouco grosso, ela estava completamente abalada, mas me deu uma preocupação com essa garota maluca procurar lugar para morar e ir parar na casa de algum maníaco ou coisa pior.

— Tudo bem Isabella, eu não queria ter falado assim com você, e não tem porque eu chamar a polícia, não para você. – Ela estava com os olhos lacrimejando.

— Tranquilo, eu que estou errada Edward, eu não tenho mais nada para falar só espero que me desculpe, eu não quebrei nada na sua casa, na verdade eu fiquei aqui 15 dias, não vi nem a metade da casa de tão grande que é, vou pegar minhas coisas para te deixar descansar em paz, e por favor me desculpe de verdade e obrigada por não tomar nenhuma medida drástica por eu estar na sua casa, com licença. – Ela estava se retirando, mas eu segurei em seu braço de leve.

— Calma, para onde você vai?

— Para um hotel.

— Está chovendo muito e eu acabei de dispensar os serviços dos seguranças e estou muito cansado da viagem. – Eu disse até que não era mentira, pois eles estavam de folga já que eu viajei, mas como voltei antes, eles também retornaram para o trabalho.

— E o que tem a ver isso? - Ela perguntou.

— Eu não vou deixar você sair daqui para um hotel sozinha e com essa chuva ainda, fique aqui hoje, amanhã vemos o que podemos fazer.

— Obrigada, mas eu não posso aceitar. Além disso eu nem te conheço e ... – Eu a interrompi.

— Você aceitou se encontrar com um marginal que te deu um golpe, ficou correndo risco por várias horas ao lado dele, e quer procurar um quarto para dormir independente de ser homem ou mulher, ficou por mais de duas horas aqui comigo, te encontrei de blusa e sem sutiã, com certeza eu não ofereço perigo nenhum a você e jamais faria alguma coisa, agora relaxe, vai terminar o que você estava fazendo antes de eu chegar e continue no quarto que está, amanhã veremos o que podemos fazer por você, mas daqui você não sai sozinha para lugar nenhum, eu não vou deixar a madame atrevidinha correr mais perigo por aí, já deu por esses dias. – Ela estava mais vermelha que um tomate e estava a coisa mais linda.

— Obrigada e me desculpa pensar algo de ruim sobre você. – Ela falou cabisbaixo mordendo os lábios.

— Está certa, tem que desconfiar de todo homem que você não conhece, mas você deu sorte, eu não mordo. – Eu pisquei para ela e ela sorriu, o primeiro sorriso que ela deu hoje, o que a deixou mais linda.

Depois eu fui para o meu quarto e ela disse que ia terminar de fazer a lasanha que estava preparando, eu desci e senti o cheiro maravilhoso. Eu estava com fome.

— Humm posso me juntar a você? – Eu perguntei, senti ela me olhando por uns segundos e corou.

— Claro, minha contribuição por você me deixar passar a noite aqui. – Ela sorriu mais uma vez.

— Não precisava, mas confesso que vou adorar.

Ela colocou os pratos e comemos. Ficamos em silêncio, a lasanha estava maravilhosa, ela era muito boa na comida. Percebi que ela me olhava de vez em quando.

— Você cozinha muito bem. Está perfeito. – Eu elogiei, mas senti ela bem tensa e quieta.

— Obrigada, a sua cozinha ajuda bastante. – Ela sorriu.

Nos despedimos e fomos para o quarto.

— Boa noite, Edward! – Ela disse.

— Boa noite, Isabella, não fique assim tensa, vai dar tudo certo. Qualquer coisa estou no quarto ao lado. – Ela assentiu e entrou no quarto.


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