Uma fagulha de esperança escrita por AndyWBlackstorn


Capítulo 16
Capítulo 16




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Os acontecimentos se passaram tão rapidamente que Bruce mal teve tempo de processar o que realmente se passou. Selina estava ao seu lado por um momento e no outro, ele estava à espera dela, o que era agonizante, apesar de saber que toda aquela correria resultaria em algo bom.

Tirando-o dos pensamentos de preocupação por um breve momento, uma enfermeira veio procurá-lo.

—Sr. Wayne, eu vou precisar que o senhor traga algumas roupas limpas para a sra. Wayne e a criança - ela pediu - vocês tinham uma mala pronta antes de virem para cá?

—Hã, não, acho que não... - ele murmurou uma resposta incerta - eu vou providenciar, não se preocupe.

—Está bem, o senhor pode manter a calma, apesar da criança ter se adiantado, tudo está correndo bem - ela fez questão de avisar.

—Ok, obrigado - ele disse em resposta, a vendo partir.

Enquanto avisava a Alfred o que estava acontecendo, Selina enfrentava o trabalho de parto. Estava anestesiada, mas não desacordada. Até aqui, a trataram com toda delicadeza e cuidado do mundo, e, mesmo num momento tenso como aquele, em que sua mente estava voltada para Helena, conseguiu registrar esse gesto de bondade.

Ela não sentiu muitas dores além das próprias contrações. A seguir, só vieram os esforços para ajudar o próprio corpo a trazer a criança ao mundo. Depois de pouco mais de uma hora, Helena chorava forte, e junto com ela, sua mãe.

Aquele pequeno ser esperniando que estava sendo limpo e cuidado agora era a prova viva de que a vida poderia valer a pena, ser mais do que sobreviver. Helena era a razão concreta para a vida de Selina ter mudado para sempre. Ela queria que Bruce estivesse ali para compartilhar o momento, mas mesmo assim, apreciou ter um breve instante para vivenciar aquelas emoções que presenciar Helena chegando lhe trouxe.

Colocaram a menina nos seus braços finalmente, já um pouco mais calma dessa vez, e Selina pôde olhá-la pela primeira vez. Era uma menininha perfeita, com grandes olhos claros, o queixo e o nariz com certeza vinham de seu pai, mas todo o resto vinha dela.

—Você é perfeita, Helena! - exclamou Selina, admirada.

Helena por sua vez, a olhou extremamente curiosa.

—Será que o Bruce poderia nos visitar agora? - ela perguntou, sabendo que era importante ele presenciar tudo aquilo.

—Claro, vamos chamá-lo - garantiu uma das enfermeiras.

Ele veio com pressa até o quarto assim que soube e se deparou com sua família ali na frente. Família, algo que ele tinha voltado a ter, algo inacreditável e extraordinário. Selina não o notou chegar, ainda absorta ao admirar a filha, mas a própria Helena a avisou da chegada dele, se virando para olhar o homem que até então lhe era estranho.

—Bruce - Selina o chamou, um convite a chegar mais perto.

—Olá - ele deixou escapar, sem ter muito o que dizer, também vidrado em Helena.

—Essa é sua filha, chegou mais cedo que o esperado, mas aqui está ela - a sra. Wayne a apresentou.

—Minha filha, está aqui, agora sim tudo se torna tão real mesmo - ele olhou para a esposa agora - acha que estamos prontos pra isso?

—Acho que é um pouco tarde demais pra voltar atrás - ela riu - não se preocupe, Bru, nós estamos, conversamos tanto sobre isso e o que não sabemos, vamos aprender ao longo do caminho.

—Está bem, me parece um bom plano - ele se deu por satisfeito e chegou até a sorrir por isso.

—Você não quer pegar ela no colo um pouco? Seria bom vocês se conhecerem - Selina o incentivou.

—O que? Eu... bom, faz parte desse trabalho, dessa missão, não é? - ele se assustou inicialmente, mas depois notou que era o certo a se fazer.

—Sim, pode começar treinando - ela entregou Helena nos braços dele, sem muito tempo a perder.

Bruce fez seu melhor para não se mover bruscamente e segurá-la firme, ele a observou com seriedade, tendo o mesmo olhar curioso devolvido a ele. Sentiu a pequenez e fragilidade dela, aquela pequena vida contava com ele, com seu amor, dedicação, proteção, era o que faria todos os dias.

—Viu? Não é tão difícil - Selina comentou, o tirando dos pensamentos profundos.

—Não, não é - ele concordou - achei que ela ia espernear e chorar bem alto.

—Não, eles... se sentem seguros quando sabem que estão com os pais - Selina deduziu, um pouco emocionada por isso.

—Entendo - ele disse quietamente.

Se aproximou de Selina e a beijou sem aviso, ainda segurando Helena.

—A que devo a isso? - ela perguntou, um tanto curiosa pelo gesto espontâneo, mas não menos agradecida.

—Obrigado por ter decidido ficar, obrigado por ter me dado uma família - ele explicou seus sentimentos mais profundos.

—E eu te agradeço, por isso e por muito mais - Selina suspirou - minha vida tem mais sentido porque vocês dois fazem parte dela.

—Eu amo você, vocês duas - Bruce declarou mais uma vez, como se nunca se cansasse de repetir.

—Eu amo vocês também - ela respondeu na mesma intensidade.

Trocaram mais um beijo apaixonado e agradecido, com a filha como testemunha.

 


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