Uma fagulha de esperança escrita por AndyWBlackstorn


Capítulo 15
Capítulo 15




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—Tenente Gordon - Bruce achou melhor iniciar a conversa, demonstrando certa confiança e tentando constantemente não usar muito dos trejeitos do Batman que seriam facilmente reconhecidos - boa noite.

—Boa noite sr. Wayne, seja bem vindo ao jantar da corporação - ele apertou a mão dele de forma gentil.

—Obrigado - Bruce foi sucinto outra vez.

—É um prazer tê-los conosco, espere que goste do jantar, sra. Wayne - Jim se dirigiu a Selina.

—Ah sim, obrigada - ela agradeceu também - parece tudo muito... pomposo, não sei se essa seria a palavra correta.

—Sabe, pode até parecer, mas não é essa a intenção real - de repente, Jim começou a falar com muita franqueza - só é um jeito de reunir as forças, mostrar que Gotham pode ser unida depois de tudo que aconteceu, mas às vezes, tenho dúvidas quanto a isso.

—Que tipo de dúvidas? - Bruce perguntou primeiro.

—Se toda essa motivação é real, pra estarmos aqui, se todos que estão aqui realmente querem reconstruir a cidade e querem o melhor pra que isso aconteça - Jim elaborou mais um pouco.

—Parece que os últimos casos o abalaram, Tenente - Selina comentou, se lembrando que estava bem no meio de tudo isso, torcendo para que ele não a reconhecesse, que a fachada que usava hoje fosse convincente o suficiente.

—É, tem razão, mas eu não quero incomodá-los com esse tipo de detalhe, acho que são preocupações que não cabem a vocês - ele se deu conta de que talvez estava se estendendo mais que o necessário.

O casal Wayne apenas trocou um olhar cúmplice, mal sabia o tenente Gordon que estava falando justamente com quem mais carregava as mesmas preocupações que ele.

—O que você disse é válido, há pessoas que são prejudicadas por esse tipo de ação todos os dias, e são justamente elas que ficam esquecidas - Selina comentou - estamos tentando fazer algo quanto a isso.

—Eu soube da reforma do orfanato, parece um lugar completamente diferente do que costumava ser, estão fazendo a diferença que precisávamos, uma parte dela ao menos, ainda há muito que se fazer - Jim respondeu de volta, transparecendo um certo orgulho.

Selina notou os olhos de Bruce brilharem ao ouvir isso, sentiu que deixar Jim Gordon orgulhoso foi algo que deixou seu marido feliz, coincidentemente, o sentimento foi sentido por ela também. 

—Concordo com você, é apenas um começo, continuamos nos empenhando com outras coisas também, outros projetos - Bruce deixou escapar, se referindo a outros financiamentos da Wayne Enterprise do que qualquer outra coisa.

—Foi bom falar com vocês, seria bom nos falarmos de novo - Jim confessou, achando que a pequena conversa saiu melhor do que esperava.

—Claro, tenente, fique à vontade pra isso, sua companhia é agradável - Selina o elogiou, realmente tendo essa opinião sobre ele.

—Eu concordo com ela - Bruce disse meio timidamente, estar fora do ambiente em que geralmente trabalhava com Gordon o deixou meio desconfortável.

Ele deu mais um aperto de mão aos Wayne e foi para o seu lugar.

—Uau, isso foi um tanto assustador - Bruce acabou confessando num suspiro.

—Imagino, eu também tava assim, mas... acho que as pessoas vão nos ver como querem nos ver, dois ricaços sendo anti sociais - ela comentou sobre a situação toda.

—Nem tanto - ele deu um sorrisinho de lado - ele gostou de conversar com os ricos Waynes.

—É, talvez porque o que falamos era verdadeiro - Selina refletiu um pouco mais sobre a situação - mas resumindo tudo, nos saímos bem, merecemos nos esbaldar nesse jantar.

—Seu apetite aumentou nos últimos dias, espero que o que a Polícia tem pra nos oferecer seja o suficiente - ele acabou brincando.

—Não me culpe, culpe a Helena - ela respondeu no mesmo tom de bom humor, rindo um pouco.

O jantar então foi servido e a sra. Wayne teve que admitir que estava tudo de muito bom gosto e realmente, ela acabou aproveitando para comer um pouco a mais. Mesmo assim, ela não deixou de reparar no prato do marido. Bruce é quem tinha pouco apetite comparado aos dois, mas hoje, ele tinha comido um pouco mais. Era como se ele tivesse melhorado esse quesito da sua rotina desde que tinha se casado, Selina, no começo, o lembrava constantemente de comer. Agora, ela não precisava fazer isso tantas vezes. 

Depois de mais um pouco de conversa, decidiram ir pra casa, Selina se sentia cansada o suficiente para adormecer no carro, mas não foi isso que aconteceu. 

Helena chegaria apenas nas próximas duas semanas, no entanto, a bolsa de sua mãe tinha estourado, molhando o banco do carro de luxo e deixando seus pais preocupados.

—Isso é o que estou pensando? - Bruce tentou manter a calma.

—É, é isso mesmo - ela assentiu - dê meia volta, ligue pro médico e diga que estamos a caminho.

—Sim, senhora - ele tentou conter seu pânico e se concentrar apenas em dirigir, chegando o mais rápido possível ao hospital.

 


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