Procura-se Outra Mediadora escrita por LillyLupin, SabrinaMM


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sim, aqui está o post!! Agora é exclusividade Sabrina M M productions, pq a LillyLupin, Lian para os amigos, está com problemérrimos (se isso existe), então se ausentou do mundo por uns tempos...

Desculpem o "micro-tamanho", ok?



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Carmel parece um lugar quente. Se eu fosse viva, adoraria andar no sol, mergulhar, e conhecer alguns surfistas californianos. Mas eu não estou viva, então só me resta flutuar o mais rápido possível rumo ao primeiro mediador que achar.

 

E o grande escolhido foi... O CARINHA DO APARTAMENTO NO CENTROO!!!!

 

Explicações: dos "pontinhos" que piscaram na minha mente, dois estão em uma mansão isolada, um em um colégio antigo, um em uma casa mais antiga ainda, outro em um super-mega-hotel-de-luxo, e o último em um apartamento no centro. Como não quero "dois-em-um", professores, pessoas-antigas-que-moram-em-casas-mais-antigas-ainda, ou riquinhos-mimados-do-hotel-de-luxo, resta o apartamento.

 

Segui a "luzinha", atravessando as pessoas e paredes, até chegar em um prédio quadrado ao extremo. Fui até o segundo andar, e entrei sem bater na porta (obviamente). Me surpreendi. 

 

O que mais se via, por todos os lados, eram livros. Muitos sobre medicina, mas haviam representantes de todos os assuntos. Na mesinha de centro redonda, no sofá branco, nas estantes que pontuavam a maior parte das paredes, no hack de madeira maciça, e até em cima da TV. Um homem bem novo, mas com algo "antigo" (não sei explicar!) estava sentado em uma poltrona, lendo.

 

Ele parecia meio hispânico, e como estava tão absorto, resolvi olhar algum livro, até ser notada. Escolhi um sobre mitologia nórdica, e estava terminando a terceira história, sentada no tapete, quando ouço uma exclamação de susto. Calmamente, largo o livro, e me viro para o mediador.

 

Rapidamente ele se recompôs. Era moreno, como olhos escuros, e  me disse, solícito:

 

— Olá. Meu nome é Jesse, e estou aqui para te ajudar a encontrar o "próximo estágio". Posso te ver, porque sou um...

 

— Um Mediador. - cortei, 'quase' gentilmente - Certo, Jesse, eu sei o que é um Mediador, já aprendi o que é viver como fantasma, conheço a passagem pro "próximo estágio", que não passa de um corredor, e preciso de ajuda. Não, você não é o primeiro a quem recorro. Sim, eu sei que tenho MUITOS assuntos inacabados. É, não nasci nos EUA, sou francesa. Aham, minha morte não é recente. Meu nome é Noelle. Mais alguma dúvida?

 

O coitado pareceu ainda mais confuso, e quase senti pena. Quase. Não tenho tempo pra covardes, já estou vagando há anos demais. Mas logo ele voltou a si, me convidou pra sentar (tirando antes os livro do sofá), e sorriu agradavelmente.

 

— Dios, um caso difícil. Deixe-me ver... Pelas suas roupas, você não é muito antiga... morte em 1995? No, 1999! Ano difícil, vários suicídios... Mas pra alguem tão bem informada, ou foi morte natural, ou o mais provável: assassinato!

 

Foi minha vez de ficar pasma.

 

— E você é francesa, certo? Paris, bem arrumada demais para o interior. Para já ter sido dispensada tantas vezes, não era um pessoa muito pacífica... E então, acertei?

 

— Brilhantes deduções, meu caro Watson. Sim, você acertou. Morri na virada de 1999 para 2000, e fui assassinada pelo espírito da minha irmã. Meus assuntos inacabados envolvem diversas pessoas, tanto vivas quanto mortas, por isso estou sozinha. Digamos que os fantasmas me conheciam como "a boxeadora"...

 

Ele começou a rir, e acabei acompanhando. Há SÉCULOS não conseguia rir de algo então acho que foi algum progresso.

 

— Hum, uma Mediadora... Minha noiva, Suze, vai gostar de você, ela também tem uma certa má fama, por não ser muito tranquila. Não se preocupe, vamos te ajudar. O que não falta em Carmel são mediadores, e a Suzannah conseguiu resolver o meu caso, que era realmente difícil,não vai ter problemas com você.

 

— Seu caso...?

 

— Sim, sim. - falou, entediado - Eu era um fantasma, até dois anos atrás. Mas ela me trouxe de volta, e agora estou aqui.

 

— Por isso o o seu ar "antiquado", certo?

 

Continuamos conversando por um bom tempo, enquanto caminhávamos rumo ao casarão antigo. Ele devia parecer louco, falando "sozinho". Foi divertido, contei minha história, e Jesse falou dos "acontecimentos" dos anos anteriores, desde a chegada de Suzannah Simon, seus problemas com Paul, a descoberta do deslocamento, etc. Adorei a história do Padre Dom, alguem religioso e mediador, sem enlouquecer! Realmente surpreendente.

Já estávamos chegando à casa antiga, e me peguei distraidamente mexendo no anel. Era de ouro, com uma pedra verde translúcida. soltei o que teria sido um suspiro, caso ainda respirasse. Jesse ouviu, e me perguntou:

— O que houve, Noelle?

— Nada... Só lembrando.

— Tem algo a ver com esse anel?

Óbvio que sim!

— Não, nada, deixe pra lá. Olha, já chegamos. É aqui que ela mora, certo?

— Como você...

— Dons de ex-mediadora, ignore...

Ele tocou a campainha, e resolvi ser educada, esperando. Um garoto com cara de nerd, óculos, e um livro enorme nas mãos, atendeu. Cumprimentou Jesse animadamente, e parece ter sentido minha presença, pois pareceu intrigado, como se presentisse que eu estava ali. Fomos até o andar superior, e entramos em um quarto com vista linda. Lá, uma garota falava ao telefone, e nos olhou curiosa.

— Certo, Cee-Cee, está combinado. Claro que não, é só pra nós duas! Aham... Ahn, tenho que desligar, Jesse chegou, com uma "convidada translúcida"... Isso mesmo, criatura! Tá bom, chega, menina! Outro pra você. Tchau.

Ela me parecia familiar, mas... Já sei!

— Suzannah? Suzannah Simon, é você mesma?

— Não acredito, até aqui, Noelle?

No segundo seguinte eu estava indo até a janela, e procurando um outro mediador.


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Notas finais do capítulo

DON'T KILL ME, PLEASE! Ficou pequeno o capítulo, eu sei, mas sozinha eu não funciono muito bem...

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