Eu abri a porta e ele ficou me olhando.

—O que você está fazendo aqui? –eu o olhei com nojo.

—A gente precisa conversar! –ele respondeu naturalmente.

—Sobre? –eu perguntei. –Porque para mim, todos os nossos assuntos morreram ontem, quando você ficou ou sei lá o que com aquela garota na festa! Eu não tive coragem de ficar lá, assistindo aquela cena idiota! –cruzei meus braços sob o peito.

—Eu preciso te explicar... –ele começou a dizer.

—O que?  Explicar-me que você me traiu? Disso eu já sei! Não preciso que você gaste o seu tempo para vir aqui me dizer.

—Não seja tão ridícula! –ele disse.

—O que? Você me trai e depois vem na minha casa pra me dizer que ficou com outra e a ridícula sou EU? –franzi a testa. –Passar bem Tom! –tentei fechar a porta, mas ele me impediu.

—Nós precisamos conversar! Algumas coisas de ontem tem que ser esclarecidas!

—Não tem nada para esclarecer Tom! Ficou tudo muito claro para mim! Não perca seu tempo tentando me explicar o que eu nunca vou entender! –empurrei a porta, mas ele era bem mais forte do que eu.

—Pára com isso! –ele empurrou a porta e entrou no meu apartamento.

—Você está invadindo a minha propriedade! Eu vou gritar até esse prédio inteiro escutar! –ameacei-o

—Pode gritar! Mas antes preciso que você me escute! E se você chamar a policia não vai adiantar de nada! –ele fechou a porta arás dele.

—2! –eu fiz o numero com meus dedos da mão direita.

—Você não vai gritar! –ele me disse.

—1!-desci um dedo.

—Nem que eu precise te segurar, Amannda! Primeiro você me escuta e se depois você ainda achar que tem motivos, você pode gritar.

—0! –enchi meus pulmões de ar e quando eu fui gritar o Tom tapou a minha boca.

—Não vou deixar você gritar! Primeiro você me entende e depois você pode me socar, me xingar e me odiar! –ele tirou a mão da minha boca e eu consegui respirar de novo.

—Você veio aqui para me machucar fisicamente também, não é? –minhas lágrimas começaram a cair.

—Eu nunca te machucaria e você sabe disso! Eu te protegeria até com a minha própria vida se fosse preciso!

—Tom eu não sinto mais nada por você! Se você ainda consegue sentir algo por mim, você esta perdendo seu tempo!

—Você sabe por que eu beijei aquela menina ontem?  —ele perguntou se aproximando de mim e parecendo ignorar totalmente o que eu tinha dito.

—Não! Eu não sei e acho que nem quero saber! –respondi me distanciando dele.

—Mas mesmo assim eu vou te contar! –ele pegou o meu braço e me puxou para mais perto dele. –Senta ai que eu vou te dizer o porquê de tudo aquilo ter acontecido ontem! –ele me empurrou no sofá se sentou no da frente-Foi assim... –ele começou.