Ficamos sentados no sofá por cerca de vinte minutos. Até que um médico apareceu segurando uma prancheta.
-Quem é Amannda? -ele olhou para mim e para a Júlia.
-Eu. -me levantei
-Amannda seu avô ele..
-Morreu. -eu interrompi. -Ele me falou adeus. Ele me disse que morreria.
-Bom, então... adeus -ele se virou e eu o chamei.
-Você sabe me dizer se meus pais estiveram aqui?
-Eles vieram ontem a noite e me parece que hoje eles voltaram hoje para o Canadá, antes de vocês chegarem!
-Ah, tá! Obrigada! -o moço saiu e eu olhei para os meus amigos. -Eu vou ali rapidinho!

Eles estranharam mas mesmo assim eu sai de perto deles.

Fui até a enfermaria e o médico que estava lá me disse que eu já estava pronta para tirar a faixa. Como eu não havia quebrado o tornozelo, não havia necessidade e ficar mais de dois dias com aquela faixa.

Pedi para ele tirar e depois voltei para a sala de espera.

-Vamos? -eles me olharam assustados - Eu estou bem!

-Então tá! - a Júlia se levantou e o Tom fez o mesmo.

Saímos do hospital e fomos para a rua.

-Você está com fome, Dinha? -foi a Júlia que perguntou, mas eu sabia que com certeza não era ela que ia pagar o que eu ia comer.

-Está! -o Tom respondeu por mim. -Você não comeu nada desde que embarcamos ontem! Você vai ficar doente!

-E daí?

-E daí que EU não vou deixar!

-NÓS, né Tom? - a Jú me fez rir.

-É, nós! -o Tom respondeu.

-Tá, eu vou comer! Mas antes, Júlia você compro as passagens de volta para a Alemanha?

-Já! É hoje as três da tarde!

-Graças a Deus! Eu preciso ir embora desse país!

Ninguém comentou nada. Acho que essa era a vontade de nós três.

Fomos para um restaurante almoçar as 11 e meia da manhã. Era muito cedo, mas fazer o que?

Depois de almoçarmos, fomos para o aeroporto. Apesar de ainda ser uma da tarde.

-Não sei o porque dos meus pais não esperarem eu chegar para eles irem embora.

-Dinha, a sua mãe e o seu pai tem muito o que fazer no Canadá!

-Ah claro, Jú! Eles nem se lembram mais de mim, isso sim!

-Isso não é verdade! -minha amiga tentou me convencer. -Eles te amam como a gente te ama! -ela apontou pra ela e pro Tom.

-Sem vocês dois não sei o que seria de mim! -eu disse e o Tom beijou a minha bochecha.

-Sem você, nós não saberíamos o que seria de nós! - o Tom era muito.... carinhoso (acho que é essa a palavra certa) -Eu não poderia perder a melhor coisa que eu já tive até hoje!

-Nem eu a minha amiga! Amo você Dinha! -eu sorri pra eles.

-Obrigada! Também amo vocês! -apoiei a minha cabeça no ombro do Tom e fechei os olhos.