Scorose - Quase sem querer escrita por Aline Lupin


Capítulo 24
Voltando para Hogwarts




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Voltamos para Hogwarts e estava mais do que ansiosa para falar com Scorpius. Alvo não tive notícias dele e não poderiamos culpa-lo, estavamos incomunicaveis devido ao nosso castigo. Abracei David, dizendo que queria vê-lo vivo e bem em uma nova oportunidade. Ele sorriu e disse que nada poderia matá-lo. Alvo entrou no meio da nossa conversa, é claro, exigindo sua capa de invisibilidade novamente. David devolveu, a contragosto. Ele não iria precisar disso agora que teria que voltar para o covil de Adrian. Sai da Toca, com o coração apertado, pensando no meu amigo e também no meu pai e no Tio Harry. Os dois estavam no caso, para prender Adrian por seus crimes e também tentavam inocentar Draco, quer dizer, meu tio queria inocenta-lo. Se dependesse de papai, o senhor Malfoy poderia mofar em Azkaban. Não conheço o pai de Scorpius, mas não gostaria disso para ele, na verdade não desejo isso para ninguém. Tio Harry havia contado que seu padrinho, Sirius, havia passado treze anos em Azkaban e havia sofrido tanto. O ambiente era insalubre e os dementadores sugavam toda a sua felicidade. Isso realmente é crueldade com o bruxo que é preso. É claro muito vão para Azkaban, já fizeram coisas bem piores, mas eu tenho coração mole, não consigo pensar em alguém passando por isso.
Encontramos Meri e Sophie no trem, para voltar a escola. Elas fizeram várias perguntas, perguntando quem era o meu amigo misterioso, no caso David e como tudo foi resolvido. Contei tudo para elas, o que as deixou surpresas e ao mesmo tempo orgulhosas. Queriam também ter sabido disso antes.
— Poxa, Rose, somos amigos. Por que nunca me contou isso? - Meri pergunta, em tom magoado.
Dou um sorriso amarelo.
— Desculpe, é que David era um segredo meu e de Alvo.
Alvo deu uma piscadela para Meri. Ela revirou os olhos.
— Querida Meredith. Eu adoraria ter compartilhado esse segredo, qualquer segredo - ele disse, em tom malicioso.
Bato em seu ombro, o que faz ele me fulminar com seus olhos. Dou risada e ele me aperta.
— Você é muito traquinas, Rose - ele diz, fazendo um cascudo na minha cabeça.
Nosso briga diária havia começado, mas foi interrompida pela entrada de Scorpius na cabine. Meu coração acelerou, parecia que ia sair pela boca. Ele nos cumprimentou, mas permaneceu quieto e distante. Sinti meu olhos pinicarem, como se estivesse prestes a chorar. Por que ele estava assim, me ignorando? Alvo puxou ele para conversar, os dois sairam da cabine, me deixando sozinha. Logo em seguida, Hugo e Lily entraram. Meu irmão corou ao ver Sophie. A mesma parecia em um mundo aleatório, pois estava lendo um livro, sem prestar atenção em nada.
— Rose, o que foi? - Meredith perguntou, sentando ao meu lado.
Lily fez o mesmo, segurando minha mão. Ela me olha, como se soubesse o que estou sentindo. E realmente sabe, pois sempre contei tudo a ela. Hugo aproveitou e sentou ao lado de Sophie, tentando chamar sua atenção.
— Eu...- comecei a dizer, mas minha boca ficou seca e senti algumas lágrimas escaparem.
Meri meu abraçou pelo ombro.
— É o idiota do Malfoy, não é? - ela perguntou.
— Ele não é idiota, os dois só precisam conversar - Lily interveio.
Tento segurar as lágrimas, mas minha garganta queima.
— Se ele não fosse idiota, Lily, por que ele não veio cumprimentar a própria namorada? - rebatou Meri.
Ela sempre foi muito esquentada em seu temperamento.
— Você sabe o que ele vem passando? - Lily perguntou, irritada.
Meri riu, sarcástica.
— Ele é um playboy mimado, Lily. Vê se cresce - ela retorquiu.
Lily estava prestes a abrir a boca, para falar algo que iria se arrepender, mas eu falei:
— Por favor, não briguem. Eu não sei realmente o que está acontecendo com Scorpius, mas vamos tentar ser racionais.
As duas se calam, consentindo.
— Bem, se ele fizer você sofrer - Meri murmurou - Vou quebrar aquela cara de palhaço dele.
Dou risada.
— Meri, só você mesmo - eu digo, fungando.
A viagem foi tranquila depois disso. Nós três conversamos sobre tudo. Lily cutacava Meri, perguntando se ela já estava namorando com o irmão dela. Minha amiga ficava fula, quase arrancando sua mecha verde com os dedos, de tanto enrola-las. Ela ignorava as alfinetadas da minha prima, é claro. Nem ela sabia o que sentia, com certeza. Hugo debatia com Sophie o livro que ela estava lendo. Era um livro trouxa, sobre alguma coisa de filosofia. O que era isso, meu Merlin? Só Sophie para mergulhar nas bibliotecas trouxas e achar essas coisas. Parece que meu irmão também tem o mesmo gosto. A porta da cabine se abre e Alvo me olha. Está vestindo com o uniforme da Sonserina, mas a graveta está amorratada. Seus cabelos estão desordenados, mais do que o normal.
— Rose, precisamos nos reunir na cabine dos monitores - ele diz.
— Aconteceu alguma coisa? - pergunto.
Ele apenas nega com a cabeça. Levanto-me e me despeço de todos, levando meu uniforme. Troco-me no banheiro do trem e vou até a cabine dos monitores. Todos estão lá, inclusive Leon, que me olha de canto, mas disfarçadamente. Scorpius não deixa de perceber o olhar, infelizmente. Ele me lança um olhar magoado. Quero perguntar o que fiz, mas não na frente de todos. Todos nós discutimos como será as rondas, cada dupla irá monitorar os vagões e quando chegarmos em Hogwarts, iremos fazer um última ronda, para ver se todos já estão a caminho do castelo. Eu fiquei com Leon, o que é péssimo. Houve um sorteio para quem ficaria com quem, dos parceiros, e não pude recusar. Scorpius estava vermelho de raiva, mas não se digna a falar comigo. Alvo parece tentar acalma-lo e os dois saem do vagão, pois estão juntos como dupla. Eu e Leon andamos em silêncio, olhando as cabines, tirando produtos da Gemialidades Weasley, que podem ser perigosos, de alunos. Apartamos duas brigas, mas nem uma palavra nos trocamos. Quando menos percebo, ele me puxa para um cabine vazia e fecha a porta.
— O que foi? - pergunto, na defensiva.
Ele passa a mão pelos cabelos.
— Rose, eu sei que é loucura, mas estou apaixonado por você - ele diz, nervoso.
Fico incrédula ao ouvir isso.
— Leon, pare com isso - eu ralho com ele - Você parece obcecado.
Ele suspira.
— Eu sei. Acredite, eu sei - ele diz, em agonia, sem me olhar - É que se eu não tivesse sido tão burro, você poderia ter sido a minha namorada. E Scorpius não parece dar o valor que você merece  - ele provoca, o que me deixa muito irritada - Ele nem fala com você.
Eu levanto a mão para lhe dar um tapa, mas paro. Não quero ser uma pessoa violenta.
— Escute, Leon, cuide dos seus problemas - eu digo, com raiva. Estou tremendo por dentro, sentindo muito indignação - Agora saia da minha frente, vou trocar de parceiro.
Ele não sai, parece estar indeciso. Segura a minha mão, tentando fazer carinho. Afasto e lhe dando um tapa no seu dorso.
— Me deixa em paz! - grito e empurro ele, abrindo a porta.
Saio correndo, mas Scorpius vê toda a cena. Ele me vê saindo da cabine e Leon me chamando. O olhar de Scorpius me deixa sem chão. Ele está com ódio. Ele agarra Leon pelo colarinho, o puxando para o corredor e acerta um soco em seu queixo. Leon se desequilibra e recupera o folego, acertando Scorpius no estomago. Os dois estão rolando no chão e peço aos gritos que eles parem. Todos os alunos saem de seus vagões, olhando a cena. Vejo alguns fazendo aposta de quem irá vencer a briga. Os monitores tentam passar, ao fundo, mas a confusão já está instaurada. Os alunos estão barrando o caminho.
— Já para suas cabines! - eu ordeno.
Ninguém me escuta. Vejo Alvo tentando avançar e ele tem um olhar de suplica para mim. Pego minha varinha e lanço um feitiço immobilus em Leon. Ele estava por cima de Scorpius, tentando estrangula-lo. Leon estate-la no chão. Scorpius respirando fundo, com a cara arroxeada. Ele massageia o pescoço. Tentando ajuda-lo a se levantar, mas ele se desvencilha. Não me fita nos olhos, mas sinto a sua raiva.
— Scorpius...- sussuro.
— Me deixa sozinho, Rose - ele diz, rispido.
Ele se levanta de um salto e atravessa o corredor, passando pelos alunos. Os monitores estão tentando conter a situação e conseguem levar todos de volta para suas cabines. Desfaço o feitiço em Leon. Ele me olha com magoa, mas não parece irritado.
— Perdão, Rose - ele pede, ficando de pé.
Não olho para ele, não quero suas desculpas. Tento ir ao encontro de Scorpius, mas Alvo me barra, segurando meu braço.
— Não vai agora, ele está muito nervoso - Alvo diz em meu ouvido - Fique aqui comigo, tudo bem?
Eu assinto. Ele me abraça, deixando que eu chore em seu ombro.


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