Elisa e Callen sorriram enquanto iam para o consultório do doutor James. Eles haviam descoberto recentemente a gravidez.

Callen estava nas nuvens e cada momento de folga era gasto com a esposa ou preparando o quartinho de seu bebê.

Claro que eles ainda não tinham ideia se seria um menino ou menina, mas ele deixaram a parede pintada de um bege, assim depois do exame daquela tarde eles pintariam da cor certa.

— Eu mal consigo esperar o momento de descobrir o que estamos tendo. – Callen sorriu para o ventre rechonchudo de sua esposa. – E se for uma menina?

— Achei que você queria um menino primeiro. – Elisa ficou apenas chocada quando percebeu que Callen estava querendo uma menina. – A maioria dos homens sempre quer meninos.

— Não eu. – Ele a beijou. – Contanto que venha com saúde, o sexo do bebê não é importante.

— Onde você esteve a minha vida toda? – Elisa beijou o marido. – Chegamos.

A clínica do médico tinha várias tecnologias novas. Centenas de pôsteres estavam nas paredes, mostrando desde como funcionava uma gravidez, a decisão de gênero do bebê até mesmo o caso raro de uma mulher que teve gravidez durante uma gravidez.  

Ajudando a esposa a desembarcar, Callen a beijou nos lábios. Era verdade o que ele havia dito a ela sobre não estar brigando por um sexo especifico.

— Obrigada, gentil cavalheiro. – Elisa o beijou assim que ele a ajudou a descer do carro. – Eu adoro ser paparicada.

— Sim, e eu adoro esconder seus saltos. – Callen a provocou. – Mas eu sei que você não se importa com eles agora.

— Eu finjo que eu não sei onde eles estão. – Elisa brincou. – Mas admito que sapatilhas são estilosas também.

Abrindo a porta para a noiva, Callen a ajudou a entrar e a fez se sentar na cadeira enquanto ia fazer a ficha de atendimento.

— Sabe, eu estou grávida, mas não doente. – Elisa brinco com ele. – Apenas nunca ouse me provocar sobre cafeína.

— Eu não fui educado para ser superprotetor. – Callen sorriu. – Seria engraçado se acontecesse esse fenômeno raro de gravidez na gravidez.

— Aí, Callen. – Elisa revirou os olhos. – Sabe que não deveria falar esse tipo de coisa, não é?

— Por que? – Callen não acreditava no poder das palavras.

— Você atrai o que fala. – Elisa apenas revirou os olhos.

— Elisa McGee Pride? – O Doutor James chamou Elisa. – Olá, muito prazer.

— Prazer, eu sou Elisa e esse é meu noivo superprotetor Grisha Callen. – Elisa disse. – Ele anda falando coisas que não deveria.

— Poder das palavras? – O médico ergueu uma sobrancelha. – Sei como é.

— Será que alguém vai ficar do meu lado? – Callen disse e ouviu risadas. – Vamos fazer esse ultrassom?

— Claro. – O médico mostrou a Elisa o avental que era usado. – Estarei de volta em cinco minutos.

Callen ajudou a noiva a se trocar e se sentou, chateado por não poder brincar lá dentro. Elisa se deitou na maca, pronta para ver o bebê. Era ainda pequeno, mas ela queria ver e tornar tudo real.

— Certo, vamos começar. – James sorriu para os dois. – Então, decidiram se querem saber o sexo hoje?

— Sim, a gente vai querer saber o sexo. – Elisa viu o médico escanear e fazer uma carranca. – Doutor, algo de errado?

Callen se levantou, preocupado.

— Senhorita Pride, você é sexualmente ativa nesse período? – James perguntou.

— Hã, sim. – Elisa corou, lembrando de onde fizeram anteriormente. – Mas onde quer chegar?

— Eu vejo uma sombra no seu ultrassom. – O médico se virou e tirou os óculos. – Estava lá no primeiro e segundo mês, mas parecia ser apenas uma sujeirinha, mas agora, nos três meses, eu já não tenho como dizer que é uma sujeirinha.

— Pelo amor de Deus, doutor. – Callen estava quase pirando. – O que você quer dizer?

— Senhorita Pride, acho que o que temos aqui é, em termos leigos, uma gravidez na gravidez. – O médico olhou para Callen. – Como no caso lá da....

O médico não teve tempo de terminar antes de Callen capotar no chão.

— CALLEEEN! – Elisa pulou da mesa e correu com o médico para o noivo. – Meu amor!

— Eu preciso de uma ajuda aqui! – James pegou o travesseiro e o colocou sobre a cabeça de Callen.

— Eu vou pegar uma maca. – A enfermeira correu e voltou com uma maca e dois homens fortes. – Com cuidado.

Elisa estava tentando não dar risada da cena, porque ela estava preocupada com o desmaio de Callen, mas ao mesmo tempo, ela achou hilário.

— Vamos terminar o exame enquanto eles o examinam. – James se sentou. – Como eu ia dizendo, você tem um fenômeno raro. O Nome original é superfetação. Apenas uma em 1 milhão de gestações será dessa forma e aparentemente você foi a sorteada. Um segundo feto é gerado alguns dias ou semanas depois do primeiro. Eles serão tecnicamente gêmeos, mas ao mesmo tempo não serão. E sim, eles precisam nascer no mesmo dia. Eu sei a sua posição sobre o parto natural, mas acho que é melhor por cesariana.

— Acho melhor mesmo, não é? – Elisa deu um sorriso quando a porta se abriu e Callen entrando com um curativo na cabeça. – Graças a Deus você está vivo.

— Também acho. – Callen sorriu. – Embora eu tenha levado seis pontos na cabeça.

— Eles já explicaram para você? – Elisa estava preocupada.

— Sim, com médicos, enfermeiras, desfibrilador e um copo de cachaça. – Callen brincou sobre a cachaça, mas não sobre os outros. – Então, superfetação?

— Sim, superfetação. – Elisa sorriu. – Acredite em mim, eu não vou dar entrevistas para meio mundo.

— Eu estava pensando em você dar apenas a uma emissora. – Callen disse. – Se você quiser, é claro.

— Eu quero sim. – Elisa sorriu. – Embora depois você não vai poder sair de perto nos meses restantes da gravidez.

— Acho que eu tenho algemas já, então posso ser seu guarda-costas. – Callen brincou. – Desculpe ter desmaiado.

— Tudo bem. – James deu um sorriso. – Você não é o primeiro a desmaiar. Especialmente quando eles descobrem que vão ser pais de gêmeos ou trigêmeos.

— Eu realmente queria saber sobre o mais doido. – Elisa adorava o Dr James.

— Teve um que descobriu que a esposa estava esperando trigêmeos e ele fugiu pela janela. – James riu. – Graças a Deus que estamos no primeiro andar ou ele teria se quebrado todo.

— Callen aqui, é a segunda vez que desmaia. – Elisa sorriu. – A primeira vez foi quando soube que eu estava grávida.

— Mas, e qual vai ser o sexo dos bebês? – Callen perguntou, não querendo que ela contasse onde ele desmaiou.

— Bem, vocês vão ter duas meninas. – O médico sorriu para a animação de Callen. – Boa sorte e se puder, eu quero ver você e as bebês de duas em duas semanas.

— Obrigada, doutor. – Elisa sorriu. – Vamos para casa, papai?

Elisa segurou a mão de Callen e os dois amantes mal tinham entrado no carro antes de começarem a se beijarem.

Elisa dirigiu para casa, sabendo que uma gravidez dupla a deixava com mais tesão pelo noivo.