Oneshots De Séries escrita por Any Sciuto


Capítulo 46
O Pedido De Casamento Perfeito - Jisbon - The Mentalist




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A garota de cabelos escuros e curtos caminhava pela rua a noite, sozinha e totalmente inconsciente de seu companheiro que tinha como única intenção, lhe fazer mal.

Seus saltos ecoavam pelas lajotas da calçada como se fossem pedras se batendo. Ela tinha fones de ouvidos, conectados ao celular tocando música pop neles, quase como se fosse a única coisa que salvasse a vida dela depois do dia de trabalho tediante.

— Oi, Julie. – Ela cumprimentou a amiga assim que entrou no restaurante. – Desculpe a demora.

— Sem problemas. – Julie olhou para a jovem, que parecia preocupada. – Algo errado?

— Não, só estava passando e decidi parar para conversar. – A jovem observou o homem que a seguia continuar a andar. – Desculpe. Eu não sabia mais onde entrar.

— Está tudo bem. – Julie sabia que ela estava preocupada. – Quer que eu chame um táxi?

— Eu não tenho dinheiro. – A garota suspirou.

— Isso não importa. – Julie abriu o caixa e entregou cem dólares a garota. – Me pague quando tiver, mas se tem algo que aprendi é que aquele homem está seguindo você e eu pretendo manter você viva.

— Obrigada. – A garota apertou a mão de Julie e a viu chamar um táxi. – Eu estou indo.

Julie foi agradecer, mas sentiu seu braço formigar e logo estava caída, com baba pela boca, claramente morta por envenenamento.

A garota olhou para a garçonete, jogou um pouco de uísque e saiu do lugar, beijando o homem que era um cumplice.

— Eu nunca vou adivinhar o que você me comprou de presente? – Lisbon protestou. – Poxa, eu te impedi de comprar uma jiboia para o Cho. Você deveria me contar.

— Não, eu me recuso. – Jane sorriu para ela e a beijou. – Tudo o que vou dizer é que não é uma cobra.

— Talvez seja um cavalo como você fez uns anos atrás? – Lisbon ganhou um olhar neutro dele.

— Você deu um cavalo de aniversário para ela? – Wylie olhou para Jane. – O que aconteceu com ele?

— Eu o vendi depois. – Lisbon sorriu. – E guardei o dinheiro na minha poupança. Acho que se eu quiser, posso me aposentar.

— Você quer se aposentar? – Jane perguntou a ela. – Você quase me bateu quando eu pensei nisso.

— Sem detalhes íntimos aqui. – Cho entregou um arquivo para eles. – Julie Alencastro. Morte por envenenamento. Ela estava sozinha no restaurante dela e hoje de manhã foi encontrada morta.

— Sinais de picada na mão. – Lisbon olhou para Jane. – Neurotoxina?

— Talvez. – Cho respondeu. – Mas não temos as imagens da câmera. Elas foram apagadas remotamente.

— Isso cheira a assassinato de aluguel. – Jane deduziu. – Acharam uma bolsa feminina no balcão?

— Sim e não era de Julie. – Wylie disse. – O conteúdo dela foi verificada. Identidade falsa, batom qualquer, sem digitais.

— Rigsby e Van Pelt estão na cena do crime. – Cho determinou. – Vamos.

— Você vai me contar sobre o presente? – Lisbon tentou uma última vez antes de iniciar esse caso. – Vamos, Patrick. Apenas uma dica.

— Está bem. – Jane entregou a ela uma folha de papel. – Está é sua dica.

— Vestido de festa, saltos altos e cabelo solto? – Agora Lisbon estava confusa.

— Acho que ele vai te levar uma boate. – Cho olhou para os dois. – Eu tenho direito a um chute.

— Muito bem. – Patrick olhou para o chefe. – Mas não é uma boate. Seria muito Méh.

Lisbon e Cho olharam para Jane quase com descrença. Teresa ficou ainda mais curiosa, mas se ela precisasse de uma emoção, talvez ela esperaria sem torturar o homem.

As investigações começaram. Julie tinha um caso antigo com um homem de máfia e ela havia terminado com ele para ficar com o atual namorado. Ambos foram chamados.

Finalmente depois de muita escavação, depoimentos e de um momento de descontrole na sala de depoimentos, houve o progresso que eles tanto queriam.

A mulher que envenenou Julie apareceu e se entregou, quase como se tivesse remorso do que fez. Mas na verdade, ela se entregou porque ela queria colocar o mandante na cadeia.

— Jack O’Connor. – Wayne entrou na sala de interrogatório. – Então, quer confessar ou vamos ficar aqui jogando conversa fora?

— Eu mandei matar minha namorada. – Ele confessou. – Julie estava se tornando sentimental e todo aquele Blábláblá de namorada. Eu queria ser livre, mas eu nunca tomei um fora.

— Então, você mandou matar sua namorada por medo de ganhar um fora? – Cho olhou para o homem a sua frente. – Bem, eu acho que tomar um fora não tem nada a ver e sua reputação seria de um cachorro abandonado.

— Agora ela é de um assassino a sangue frio. – Wayne bateu as folhas na mesa. – Eu nunca vou entender.

— Tomei tanto fora na escola que eu faria um caderno inteiro com os nomes. – Wylie comentou. – Mas teve uma que me humilhou.

— Eu sempre pensei em você com carinho. – A namorada dele chegou. – E eu acho que isso aqui é para você, Teresa.

Lisbon abriu o embrulho e encontrou dentro um vestido preto com brilhos e um cartão, que era claramente de Jane.

— Feliz aniversário, Lisbon. – Grace deu um abraço nela. – Divirta-se.

Saindo do prédio federal vestida com o vestido, Teresa sorriu para Jane que tinha vindo com seu carro antigo lhe buscar.

— Você está perfeita. – Ele a beijou. – Vamos, precisamos chegar logo.

— Sem strippers, certo? – Lisbon apenas conferia.

— Eu sou o único que você verá nu daqui para frente. – Jane piscou para ela e lambeu os lábios. – Espero que tenha proteção extra hoje.

Eles logo chegaram a um restaurante praticamente vazio. Teresa quase hesitou em entrar, mas quando ela cruzou a porta, o lugar se iluminou com velas por onde ela passava. Era uma sala cheia de pequenas velas pelo chão.

Ela viu Jane parado e ele deu um passo até ela, ficando em sua frente e se ajoelhando.

— Patrick... – Teresa sorriu para ele.

— Teresa, estamos juntos a quase um ano e embora eu pense que eu esteja indo rápido demais, meu coração apenas precisa fazer isso. – Ele puxou uma caixinha vermelha de cetim. – Teresa Lisbon, eu sou altamente e inegavelmente apaixonado por você. Você me faz o homem mais feliz do mundo. Então, aqui nesse lugar cheio de velas e no dia do seu aniversário eu te pergunto: Teresa Lisbon, aceita me fazer um homem ainda mais feliz e se casar comigo?

Ela não sabia que estava chorando até que sentiu uma lágrima. Era perfeito demais e ele havia arrumado o mais pequeno detalhe.

— Patrick, eu seria louca se eu não aceitasse. – Ela se aproximou dela e o beijou nos lábios. – Sim! Eu quero ser sua esposa.

Deslizando o anel, Jane sentiu uma parte de seu coração aumentar.

— Você está chorando querida. – Jane limpou a lágrima.

— É de emoção. – Ela o beijou. – Eu juro.

— Acho que a gente deveria ir comemorar. – Jane a beijou. – O que acha?

Teresa não respondeu. Ela pegou a mão dele e literalmente o levou para fora.

Duas coisas deixaram tudo melhor. A primeira era saber que Patrick tinha um lado romântico e a segunda era que ele agora seria dela para sempre.

E isso fez o aniversário dela ser perfeito.


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