— Mamãe! – Sophie chamou Elisa de sua cama. – Vem aqui!

Elisa deixou a louça sobre a pia. Ela havia terminado de lavar e retirando as luvas ela subiu para o quarto da filha.

Faziam quase quatro anos desde que ela e Callen tiveram Sophie e ela estava na fase de não conseguir dormir. Chris já estava dormindo e as gêmeas estavam dormindo também em seus berços.

— O que foi, querida? – Ela se sentou na cama da filha. – Outro pesadelo?

— Não, eu só não consegui mais dormir depois de usar o banheiro. – A menina deu um sorriso. – Mas agora eu quero dormir e não consigo.

— Quer que a mãe conte uma história para você? – Elisa se inclinou e pegou um livro.

— Que tal a história de como você e papai ficaram noivos? – Sophie sorriu. – Eu amo essa história.

— Certo. – Elisa guardou o livro de volta e se sentou na cama da filha. – Bem, todos os casais se casam antes mesmo de terem filhos, mas seu pai e eu somos uma exceção.

Quatro anos atrás...

— Eu não acredito que estou grávida. – Elisa olhou para Callen. – Não que seja uma surpresa. Com o tanto que fazemos sexo, era provável.

— Não é uma coisa muito ruim. – Callen sorriu. – Na verdade, acho que podemos fazer nossa viagem agora.

— E vamos para a Irlanda? – Elisa se sentou sobre ele, o fazendo gemer. – Ver aquele lugar lindo da proteção de tela do meu computador?

— Tudo o que você quiser, gata. – Callen gemeu. – Mas acho que eu preciso aliviar um pouco a tensão.

— Como quiser. – Elisa o beijou e eles fizeram amor ali mesmo na cozinha da casa.

Depois de um banho, Callen foi até o trabalho. Hetty havia enviado uma mensagem para o agente e ele foi até lá.

Entrando na sede, ele se espreguiçou, sentindo seus ossos doerem e ele se lembrou de como aconteceu.

— Senhor Callen. – Hetty o viu voltar para o lugar. – Desculpe atrapalhar sua lembrança, mas eu lhe chamei aqui por um motivo.

— Ah, sim. – Ele corou. – É sobre as passagens?

— Isso. – Hetty colocou o envelope sobre a mesa. – Nesse envelope, você achará duas passagens de ida e duas de volta, para você e Elisa, acomodação no hotel Royal da Irlanda, próximo ao parque nacional de Killarney. E as entradas para o parque.

— Eu vou precisar.... – Callen foi interrompido quando Hetty levantou a mão.

— Mandei Eric enviar para seu telefone. – Hetty sorriu. – E não se esqueça das alianças na gaveta da sua mesa.

— Nunca iria. – Callen sorriu, mandando uma mensagem para Elisa fazer as malas. – Vocês vão ficar me rastreando?

— Você sabe que é uma precaução. – Hetty explicou. – Afinal, se a gente pensar que você está em perigo, a gente tem como ligar.

— Boa sorte, Romeu. – Sam sorriu para o amigo.

— Eu já tenho. – Callen sorriu.

Chegando em casa, as malas já estavam prontas. Callen entrelaçou as mãos com as de Elisa e a beijou. Eles foram para o aeroporto e pegaram o voo na hora marcada.

Hetty havia fretado um jatinho, mas eles ainda precisavam das passagens, afinal era uma empresa que controlava até o último momento.

Eles pegaram um táxi e se hospedaram no hotel indicado. As arvores estavam tomando uma cor avermelhada, como na foto. Era outono e Callen ficou tão feliz.

— Não esqueça de levar um par de salto alto. – Callen disse. – Tem uma ponte e eu quero uma foto sua lá.

— E você ama meus saltos de onça. – Elisa os colocou dentro da bolsa. – Feito.

Callen conferiu tudo antes de sair. Ele tomou um gole de uísque apenas para relaxar. Ele parecia estar pronto para se atirar da ponte de tanto nervosismo.

— Está tudo bem, querido? – Elisa se aproximou dele e o beijou. – Não vejo você tão nervoso desde o dia que você conheceu meu pai.

— Eu acho que estou nervoso porque estamos indo para uma floresta. – Callen mentiu. – A gente pode encontrar uma onça ou um urso.

— Não esquenta, Baby. – Elisa o beijou. – Eu protejo você.

Callen teve que sorrir com aquilo. Ela era maravilhosa e aquelas palavras o fizeram relaxar. Mais uma vez ele se lembrou o motivo de estar pedindo Elisa em casamento. Ela era a melhor pessoa e a primeira que ele realmente sentiu vontade de contar tudo.

Os dois sorriram enquanto caminhavam pelas calçadas do parque. Logo elas acabaram e eles começaram a caminhar por estradas que poderiam literalmente deslizar. Callen a segurava e Elisa o segurava.

Eles finalmente chegaram a ponte e Elisa sorriu por conhecer o lugar que a inspirou a fazer essa viagem.

— Esse lugar é lindo! – Elisa parecia uma criança com seu brinquedo novo. – Vou pegar o meu salto e você pega a câmera.

— Sim. – Callen estava hipnotizado pelos quadris de sua provável noiva. – Você é perfeita.

— Obrigada. – Elisa sorriu trocando a bota de caminhada pelos saltos. – Pronto?

— Como sempre. – Ele viu Elisa se escorando sobre a proteção da ponte e olhando para ele. – Você é perfeita demais.

Elisa deu um sorriso e Callen capturou uma série de fotos dela. Ser um agente e ter que lidar com fotos de cenas de crime o fez ser um bom fotografo.

— Eu preciso pegar uma folha. – Elisa se virou e Callen deixou a câmera de lado, se ajoelhou na frente dela e sorriu. – Callen?

— Lise, eu trouxe você aqui porque eu tinha outra intenção. – Ele tirou um anel de seu bolso e sorriu. – Elisa, não pense que estou fazendo isso apenas pelo bebê. Estou fazendo isso porque pela primeira vez eu tenho alguém para compartilhar meus segredos íntimos. Você é uma mulher linda. Eu te amo e é por isso que eu te pergunto. Elisa McGee Pride, aceita ser minha esposa para todo o sempre?

— Oh! – Elisa sorriu e começou a chorar de felicidade. – Sim! Deus, sim! Eu aceito sim!

Callen colocou o anel no dedo dela e se levantou a puxando devagar para um beijo apaixonado. Nem era necessário dizer que eles mal deixaram o quarto do hotel. Apenas para fazer uma foto ou outra no parque.

Agora...

— Quer dizer que papai tem uma veia fofa também? – Sophie perguntou. – Eu não poderia imaginar.

— Bem, seu pai sempre teve uma veia fofa, Sophie. – Elisa sorriu. – Ele só a deixa guardada para nós. Seu irmão, suas irmãs, você. E talvez os amigos dele. Eu sei que você é nossa primeira filha e assim como todos, amada do mesmo tamanho.

— Eu te amo, mãe. – Sophie beijou Elisa e se afundou nas cobertas. – E mãe? Eu adoro o jeito fofo do papai.

— Eu também. – Elisa deu um beijo na filha, que adormeceu. – Boa noite, princesa.

Elisa fechou a porta e sentiu os braços de Callen a envolverem. Ela se virou e o beijou.

— Olá, meu marido. – Elisa o beijou. – Você está em casa.

— Finalmente. – Callen a fez subir nele. – Está pronta para ser levada ao céu?

— Sim, mas antes eu tenho que dizer, que vou comprar mais um berço. – Elisa sorriu.

— Oh! – Callen a abraçou. – Bebê número 5?

— Aham. – Elisa desceu dele e abriu o vestido que estava usando. – Acho que isso merece uma comemoração.

Callen sorriu enquanto correu atrás da esposa e a alcançou no quarto, fechando a porta e a amando como ela merecia.

Eles tiveram um menino 7 meses depois. Seu nome era Steve e junto com Brenda, Isabella, Sophie e Chris faziam uma família grande e feliz.