O dia começou com o céu incrivelmente azul no belo estado do Havaí. Apesar de tudo ter começado com Steve correndo escada a baixo em busca de uma ferramenta para terminar de montar o berço para a pequena que logo nasceria, eles estavam bem.

Anna se levantou, sentindo que estava pronta para deixar sua filha nascer. Ela foi ao banheiro, tomou um belo banho e desceu, pronta para comer um pouco.

Sua mãe, Jenny, colocou uma fatia de pão com nata na frente dela juntamente com o suco de laranja.

Seu pai, Gibbs, estava lendo o jornal com total curiosidade sobre uma atualização de um dos casos que seu genro estava investigando.

— Pai, pode me levar para o trabalho? – Anna perguntou. – Estou um pouco mais grávida hoje.

— Que isso, querida. – Jethro sorriu para a filha. – Vamos. Eu quero conhecer onde meu lindo genro trabalha e pôr as mãos naquela gracinha.

— Eu deveria ficar com ciúmes? – Jenny olhou por cima de seus óculos. – Querida?

— Estou bem, mãe. – Anna segurou a bolsa de sua futura filha como fazia nas últimas semanas. – Podemos ir antes que a estrada fique muito congestionada?

— Claro, querida. – Gibbs olhou para Jenny, quase adivinhando que hoje seria um dos dias mais agitados.

Ele pegou uma das tesouras que Steve guardava para caso tivesse que cortar algo importante e colocou na carteira.

Steve sorriu enquanto se virava e via sua esposa incrivelmente linda e totalmente grávida chegando. Ele foi até ela, a deixando junto com seus sogros em seu escritório.

Anna deu uma puladinha no trabalho, dois andares acima para pegar o último relatório quando a vontade de ir ao banheiro tomou conta dela. Seu corpo estava brincando com ela naquela manhã e talvez Stella estivesse pronta para sua estreia.

Nem bem se sentando no vaso, Anna sentiu uma dor lancinante quando sua bolsa rompeu. Ela se levantou, olhando para todos os lados e abençoando quem teve a ideia de banheiros ao lado do elevador e mesmo em dor, ela apertou o andar da Five 0.

Steve sorriu para o elevador, sabendo que talvez Anna estivesse voltando, mas seu rosto perdeu a cor assim que a viu gemendo, mal conseguindo caminhar.

— Amor! – Ele deslizou ajoelhado na frente dela, com o telefone já nas mãos. – Bebê... O que está acontecendo?

— Dói, Steve. – Anna gemeu de dor e se apoiou contra uma das colunas no trabalho. – Acho que estou em trabalho de parto.

— Filha. – Jenny correu para ela. – Steve, atrás dela agora!

— Eu sabia que havia algo de errado hoje de manhã. – Anna se deitou contra o marido. – Não deveria ter vindo.

— O resgate está há vinte minutos daqui. – Groover se ajoelhou junto. – O que vamos fazer?

— Tani, pegue o carro e corra até a HPD. – Danno assumiu o controle. – Diga para Duke apressar o resgate.

A agente saiu voando do lugar, descendo as escadas correndo e de salto.

— Junior, pegue o kit de primeiros socorros na minha sala! – Danno pegou um par de luvas dentro da caixa. – Agente Gibbs, pegue a toalha da sala de festas. Ela está limpa.

Gibbs correu enquanto Jenny segurava a mão da filha.

— AHHHHH MEU DEUUUUS! – Anna gritou quando uma contração a atingiu, Steve quase roxo, sentindo seus dedos esmagados. – Oh, la vem mais uma!

— ANNAAAAA! – Steve sentiu seus dedos prestes a se tornarem apenas pós. – Está tudo bem.

— Acho que não. – Danno se levantou de debaixo da toalha enrolada em Anna. – Acho que temos que fazer o parto.

— APENAS TIRE ESSA COISA DE MIM! – Anna gritou, sem sequer prestar atenção. – AHHHHH!

Danno se abaixou conferindo Gibbs e Jenny enquanto Steve agora enfaixava seus dedos antes de novamente ir para trás da esposa.

— Quando eu disser para empurrar, empurre com toda a força que conseguir. – Ele fez o sinal da cruz e se preparou. – Empurre Anna!

— AHHHHHHHHHHH! – Tanto Anna quanto Steve e Gibbs gritaram.

Danno olhou mais uma vez e percebeu que a cabeça do bebê estava quase para fora.

— Isso, Anna. – Danno nem se importou com o sangue em suas mãos. – Empurre de novo. Com força.

— AHHHHHHHHHHHH! – Anna gritou enquanto Jenny limpava a testa da filha com um pano.

Tani correu com Duke e um par de paramédicos para cima, mas a quantidade de curiosos no prédio os impedia de subir, mesmo sendo da equipe médica.

Pegando sua arma, Tani atirou em um relógio em uma parede de aço balístico.

— NÓS PRECISAMOS SUBIR AGORA! – Ela viu a passagem se abrindo como o mar e todos a viram bufar.

— Oh, meu Deus! – Anna gemeu mais uma vez enquanto empurrava. – Não vou fazer sexo com você por mil anos!

— Tudo o que quiser, amor. – Steve fez um rabo de cavalo no cabelo dela e a viu empurrar mais uma vez. – Danno!

— Está pronta para um último empurrão? – Ele se arrumou de um jeito que fizesse o bebê nascer com saúde. – Agora. Empurre!

— AHHHHHHHHHHHH! – Anna empurrou, sentindo as dores cada vez maiores e algo escorregar de suas partes intimas.

Ela caiu para trás, sentindo que suas regiões inferiores estavam completamente esticadas e não de um jeito bom.

— Steve, quer cortar o cordão? – Danno deu a tesoura cirúrgica e como sabia o que fazer, ele fez o espaço. – Corte ente esses dois grampos, ok?

Fazendo o que o amigo lhe pediu, Steve o viu dar uma palmadinha no traseiro de sua filha e então, ele ficou fraco de emoção.

Stella Dóris McGarrett começou a chorar pela primeira vez. Ele estava totalmente rendido. Ela tinha sido envolvida em um manto próprio e térmico. Ele deixou as lágrimas caíram, ouvindo sua pequena.

— Meu amor, ela é totalmente nossa. – Steve entregou a menina para a esposa. – Eu já sou todo dela.

— Eu também, amor. – Anna olhou para ela e sorriu. – Me desculpe por ter gritado com você.

— Senhora, vamos levar você e sua pequena para o hospital. – O paramédico sentiu a felicidade de todos. – Bom trabalho, detetive.

— Eu sei. – Danno sorriu. – Mas hoje a estrela aqui é aquela garotinha.

Anna e Stella foram levadas para o hospital apenas para a checagem de rotina. O lugar onde a pequena Stella nasceu ganhou uma mesinha com fotos dela.

Gibbs e Jenny estavam de mãos dadas enquanto olhavam para a primeira neta deitada confortável na maternidade. Ela vestia um macacão de oncinha cor de rosa que Abby havia feito sob medida.

— Eu achava que não podia amar mais. – Gibbs deixou as lágrimas rolarem. – Eu acho que já estou no dedo dela.

— Eu também. – Jenny tocou o colar que havia comprado para celebrar o nascimento de sua neta. – Essa garotinha é perfeita, assim como nossas filhas e nosso genro.

— Steve é o melhor genro que eu consegui – Eles voltaram para o quarto e deram flores para a filha.

Logo a pequena Stella se juntou a todos no quarto de Anna. Danno foi declarado padrinho e Tani a madrinha, uma vez que ela deu um jeito na bagunça.

Quando a pequena fez cinco anos, Jenny deu o colar que comprou para a neta e sorriu quando Stella deu um super abraço nela.