Oneshots De Séries escrita por Any Sciuto


Capítulo 228
Candy Crush - NCIS LA




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Um par de óculos de sol e uma bandana era suficiente para que G Callen conseguisse despistar Elisa em sua busca pelo seu paradeiro entre as duas primeiras horas da tarde.

Ele detestava ter um vício, ainda mais esse vício, mas nem ele conseguia evitar. Afinal, ele não era o homem de ferro.

— Sim? – A garota do caixa se virou e viu o homem que vinha até a loja nas últimas quatro semanas. – Deseja mais um saco de doces?

— Sim. – Callen entregou duas notas de vinte e pegou a sacola e saiu da loja, entrando em uma casa que a equipe costumava usar para operações e que estava desabitada no momento. – Olá.

Elisa foi até a NCIS desconfiada de que Callen estava escondendo um segredo dela. Ela não se intrometia na vida dele, e sabia que era pouco provável que ele estivesse traindo ela de qualquer forma, porém ele estava estranho de qualquer forma.

— Sam? – Ela entrou e olhou para o amigo. – Onde Grisha está?

— Eu não faço ideia. – Sam a fez se sentar. – Você também acha que há algo de errado com ele?

— Eu tenho certeza, mas não sei o que. – Elisa olhou para a barriga de quase seis meses de gravidez. – Eu tenho quase seis meses de gravidez, pés inchados e nem me pergunte quantas vezes eu já fui ao banheiro hoje.

— Nem vou. – Sam ofereceu a ela um pedaço de chocolate. – Espere. Callen desaparece quase todos os dias nas primeiras duas horas da tarde.

— Estou achando que ele está tendo uma aventura. – Elisa olhou para o doce em suas mãos. – Com doces.

— G? – Deeks chegou para escutar a conversa. – Não pude deixar de escutar.

— Callen nunca teve problemas com doces antes. – Kensi disse. – Quero dizer, um pirulito aqui, uma jujuba ali. Fora isso, nada.

— Eu tenho certeza que se ele está se entupindo de doces, ele não está pagando com o cartão. – Elisa disse. – Quero dizer, quase três meses nesse esquema. Eu teria notado.

— Amor, você está aqui. – Callen se sentou e todos perceberam que ele deixou uma sacola no lixo. – Fico feliz que esteja aqui.

— Sim, eu tenho que ir para minha sala. – Elisa iria dar um tratamento de gelo por um tempo. – Caso alguém precise de mim, estarei lá.

Callen olhou para os amigos e se sentou. Ele estava com os olhos vidrados por causa da quantidade de doces que ele havia comido.

Sam se cansou e se levantou, puxando o amigo com ele. Se Callen estava afim de se matar de diabetes, ele não iria permitir que isso acontecesse.

— Sam, que diabos? – Callen sabia para onde eles estavam indo de qualquer forma. – O que está rolando aqui?

— Estou levando você para terminar de uma vez por todas com a desconfiança da sua esposa. – Ele soltou o braço do amigo. – Ela pensa que você está tendo um caso.

Callen olhou para ele e abaixou a cabeça. Sam sabia que era um truque sujo, mas ele não permitiria que Callen se entupisse de doces.

Elisa abriu a porta e fez um sinal para que ambos entrassem na sala. Sam colocou Callen sentado e fechou a porta. Ele também se sentou. Any, que estava trabalhando, se juntou aos três.

Talvez três pessoas colocassem o juízo na cabeça de Callen.

— Muito bem, Grisha. – Elisa o viu prestar atenção nela, ainda mais se fosse possível. – Vamos fazer isso antes que eu tenha que te internar.

— Eu só estou um pouco emocionado com a gravidez, querida. – Callen desembrulhou uma bala e a colocou na boca. – E por isso, mergulhei no vício.

— E você acha isso saudável? – Ela perguntou, uma sobrancelha para ele. – Eu não sei se você sabe, mas quando fez seu último exame há quase um mês, sua glicose estava em quase 300.

— Isso é alto demais, G. – Sam falou. – Quantos doces você come por dia?

— Quase 100. – Ele cuspiu a bala fora da boca. – Está bem, 200.

— Estou determinando o fechamento daquela loja. – Elisa olhou para Any. – Pode enviar esse oficio.

— Não precisa fechar a loja, querida. – Callen olhou para ela. – Eu só preciso que alguém fique comigo o tempo todo.

— Vou fazer melhor. – Any trouxe um oficio. – Vamos mudar a loja de lugar. Assim, você nem vai saber onde.

— Acho uma boa opção, Any. – Elisa redigiu o processo e olhou para Callen. – Quanto ao senhor, eu vou colocar em um regime de açúcar zero. Nada de doces, refrigerantes. Uma maçã por dia, e é claro, muito exercício físico.

— Me sinto como em uma escola militar. – Callen tentou brincar. – Desculpe.

— Querido, eu não sou uma sargenta. – Elisa sorriu para ele. – Só me preocupo com você. Essa garotinha precisa de seu pai com ela.

Callen olhou para a gaveta de sua mesa. Ele havia deixado a sala de Elisa com a promessa de deixar os doces longe. Isso fazia muito sentido.

Tanto Kensi como Deeks, Nell, Eric e Sam deram a ele artigos sobre o que poderia acontecer caso ele se machucasse com o sangue cheio de açúcar.

Ele decidiu que por mais difícil que fosse, ele faria.

O primeiro dia foi de alivio. Elisa fez um pote para o dinheiro de doces. Ele colocou os primeiros 40 dólares que gastaria lá dentro e nunca pareceu tão satisfatório.

Sam deu a Callen um copo cheio de chá de camomila com duas gotas de adoçante. Ele sorriu para o amigo e bebeu. A camomila era doce por si. Era como se o corpo dele estivesse mais alerta.

— Esse saco de pancadas foi vestido como um doce gigante. – Kensi disse a Callen. – Seu objetivo é bater nele como se fosse a pior coisa da sua vida.

Callen imaginou uma barra de chocolate no saco de pancadas e de repente sentiu a repulsa. Ele sentou o objeto na porrada e se sentia pronto para finalmente deixar os doces de lado.

Quatro semanas se passaram e o vício de doces de Callen estava sob controle. Ao todo no pote do doce tinham nada menos que 2.000 dólares economizados dos doces. Ele sorriu, sabendo que levaria Elisa e Sophie para viajar assim que a filha nascesse.

Hetty havia dado a ele um monitor de glicose portátil. Ele se sentou e fez um pequeno furo e colocou o sangue na tira reagente.

— 100 Mg/dl? – Elisa estava feliz com o resultado. – Acho que finalmente você a fez ficar menor.

— Com a sua ajuda, meu amor. – Ele a viu estremecer. – O que foi?

— Bem, eu vim aqui por isso. – Elisa gemeu de novo. – Preciso ir ao hospital. Minha bolsa estourou.

— Certo, eu vou pegar sua bolsa e a da bebê. – Callen olhou para ela. – Vamos finalmente conhecer a nossa princesa.

E eles conheceram a pequena Sophie May Pride-Callen. Ela estava em perfeito tamanho e peso.

E Callen preferiu uma maçã ao invés de um chocolate.


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