Penelope Garcia deixou as sacolas com suas novas roupas sobre a cama e decidiu guardar elas antes que Luke visse que mais uma vez ela exagerou.

Tinha se tornado um vício cada vez maior na sua vida. As roupas já haviam ocupado parte do guarda-roupas do quarto de hospedes da casa que ela e Luke dividiam. Eles nem estavam oficialmente noivos, mas ele insistiu para que ela viesse morar com ele em sua nova casa.

Colocando as roupas no armário, ela rasgou as bolsas de papel e colocou para reciclar. Ela inventaria uma desculpa qualquer depois.

Luke sabia que algo de errado estava acontecendo com sua namorada. Ele precisou pedir para que a companhia do cartão enviasse uma notificação quando uma compra fosse feita.

— Dave, tem um momento? – Ele bateu na porta de Rossi, pai de Penelope e provavelmente seu futuro sogro. – Eu preciso falar com você.

— Ah. – Ele sorriu, sabendo o que a conversa poderia significar. – Você finalmente vai pedir a Penelope para casar com você?

— Sim, porém eu preciso de um conselho antes. – Luke sorriu. – Ultimamente Pen tem comprado muita roupa. Eu sei que isso pode ser considerado vicio em compras e preciso de ajuda com ela e tudo isso.

— Eu sei porque isso está acontecendo. – Rossi pegou uma foto em sua mesa. – A mãe E o padrasto de Penny foram mortos por esses dias. Na verdade, daqui há uma semana.

— Eu sabia que era esse mês, mas me esqueci do dia. – Luke olhou para uma foto de Pen com sua mãe e padrasto. – Ela sofreu demais.

— Eu vou conversar com Emily sobre uma folga para Pen. – Rossi sorriu. – E podemos chamar os primos dela para animar.

— E sobre a coisa das roupas? – Luke olhou para ele. – Ela comprou quase um guarda-roupas novo. Ela gastou uma fortuna.

— Que tal conversarmos com nossa garota favorita e então, podemos fazer algo a respeito? – Rossi sorriu para ele. – E então, podemos escolher um anel de noivado.

— Eu vou fazer Pen muito feliz. – Luke sorriu e mostrou uma foto. – O que acha desse anel?

— Eu acho que ela vai adorar isso. – Dave enviou a foto para sua joalheria. – Tenho certeza que amanhã ou depois já fica pronto.

— Eu quero pagar isso. – Luke viu Rossi fazer uma careta. – Ou talvez não.

— Faça minha menina feliz e considere pago. – Dave olhou para JJ saindo. – Onde você vai com tanta pressa?

— Com Penelope fazer compras. – Ela sorriu e alcançou Pen a tempo.

— Vou providenciar isso hoje. – Rossi disse e voltou para dentro pronto para ligar para os sobrinhos em Los Angeles e no Havaí.

Chegando em casa, Luke se surpreendeu ao ver sua namorada já em casa. Como adivinhado, ela tinha um monte de sacolas.

— Pen? – Luke a viu andar com mais sacolas para o quarto de hospedes. – Pode parar aí mesmo, garota.

— Querido, eu... – Ela viu quando ele tomou as sacolas dela. – Por que fez isso?

— Porque eu tenho certeza que é hora de termos uma boa conversa sobre elas. – Luke colocou as sacolas na cama do quarto e a levou para o quarto deles. – Sente-se, querida.

— Luke, eu posso explicar. – Ela parecia envergonhada e Luke odiou aquela expressão.

— Querida, precisa relaxar. – Ele a beijou. – Não estou aqui para uma bronca. Estou aqui porque preciso conversar com a minha garotinha.

— Eu não queria comprar todas essas coisas, mas quando as vi, era como se elas me chamassem. – Penelope disse, olhando para as sacolas. – Acho que tudo está chegando a mim rápido.

— Pen, olhe para mim. – Ele a viu olhar para ele com um pouco de hesitação no começo. – Eu acho que sei porque você está assim. O aniversário de falecimento da sua mãe e padrasto.

— Sim. – Ela deixou uma lágrima escorrer. – Desculpe, eu geralmente sou feliz, borbulhante e tudo, mas quando se trata deles ainda quebra meu coração. Mesmo tendo meu pai, Emilio era perfeito comigo.

— Oh, amor. – Luke a beijou e a abraçou. – Vou te ajudar com seu vício em compras. E não aceito um não a tudo isso.

— Vai me ajudar a recuperar o dinheiro? – Ela estava animada. – Só que as notas foram destruídas.

— Bem, eu acho que você leu o livro que eu te dei de natal. – Luke a viu sorrir.

— Eu amo esse livro, Luke. – Ela estava de volta. A megera loira. – Os delírios de compra de Becky Bloom.

— Em uma parte do livro, ela decide se livrar de tudo para pagar as contas que fez comprando as roupas. Muitas ela nem usou. – Luke sorriu para ela. – Sabe no que eu estou pensando?

— Fazer um bazar das roupas que eu comprei por impulso para pagar as dívidas? – Pen sorriu. – Posso ficar com uma peça ou duas?  Eu comprei algo para uma ocasião em particular, então...

— Claro, querida. – Ele a viu pegar um vestido vermelho, um par de saltos altos e um conjunto de lingerie. – Coisas boas, eu imagino.

— Se você souber jogar certo. – Ela guardou as peças e voltou para o quarto. – Que tal eu chamar Callen, Elisa, Thomas e Juliet para ajudar nesse bazar? Sei que meu pai vai se oferecer para pagar o cartão, mas vou usar meus olhos para impedir ele de fazer isso.

Luke estava orgulhoso de Penelope. Seus primos e suas respectivas esposas vieram junto com todos os amigos para ajudar no bazar de Penelope.

A equipe também ajudou. Rossi chamou Luke de canto, uma vez que a feira era em sua mansão.

— Isso aqui é seu, Luke. – Dave sorriu. – Faça bom uso disso e cuide dela. Ou eu faço você sumir.

Ele sorriu. Rossi tinha direito de ameaçar ele.

— Com licença? – Luke olhou para Penelope com um sorriso no rosto. – A bela dama pode me dar cinco minutos da sua atenção?

— Com certeza, apenas me deu dois segundos. – Pen se virou e Luke agarrou uma borboleta em sua mão, logo acima do anel.

Penelope o viu com uma das mãos fechadas e sorriu. Ela pensava que receberia uma recompensa por ter feito de seu vício algo mais saudável.

— Penelope, eu simplesmente não aguento mais essa situação. – Ele olhou para ela, que estava chocada e se ajoelhou, a deixando muito mais chocada.

Abrindo a mão, ele revelou uma borboleta colorida que bateu suas asas sobre o anel e voou.

O coração de Penelope se encheu de amor vendo o anel de diamantes em forma de coroa na mão de Luke. Ela sentia que ele faria...

— Penelope Grace Rossi Garcia, aceita ser minha linda esposa para a vida eterna? – Luke sorriu para ela, o anel em evidencia.

— Oh, Deus! – Ela o beijou em resposta. – Sim! Mil vezes sim!

Luke colocou o anel em seu dedo e a beijou.

Rossi observou de longe como Pen estava feliz nos braços de Luke. Ele sentiu que o aniversário de morte de Barbara não o matava pela primeira vez. Sua filha com ela iria se casar com um homem que a respeitava.

E ele mal podia esperar para ver isso.

Além disso, o bazar foi um sucesso. Penelope vendeu todas as peças compradas por excesso e conseguiu pagar a fatura e ainda dar uma festa de noivado. E Luke, bom, ele estava feliz por finalmente ver o conjunto de lingerie que ela comprou.