Callen acordou na cama naquela manhã. Geralmente ele dormiria em um colchonete, mas agora ele havia comprado uma cama melhor.

Sim, ele tinha uma nova namorada e apesar de Elisa estar mais do que disposta a compartilhar seu saco de dormir, ele queria tratar ela com toda a pompa que ela merecia.

— Bom, dia, querida. – Callen se virou para a garota ao lado dele e beijou ela. – Você está linda.

— Hum, eu estou com mau hálito. – Elisa sussurrou. – E além disso, sem maquiagem.

— Eu adorei você ao natural. – Ele ergueu o queixo dela e a beijou. – E quanto ao mau hálito, eu também tenho todas as manhãs.

— Bem, nesse caso. – Elisa montou sobre ele e os dois começaram outra rodada de sexo, acabando no chuveiro. – Temos que fazer mais isso.

Callen sorriu quando Elisa usou sua camisa para vestir e andou como se fosse natural para ela, sem calcinha cobrindo seu belo traseiro.

— Eu estava pensando em algo. – Callen se virou para ela durante o café da manhã. – Faz mais de uma semana que você dorme na minha cama.

— E? – Ela sabia exatamente onde ele estava chegando. – Eu quero morar com você. Pode parecer muito precipitado, mas acredite em mim, não é.

— Não é nada precipitado, meu amor. – Elisa deixou a torrada sobre a mesa. – Mas, e quanto a essa casa? Quero dizer, se um dia eu vier a ser a senhora Callen, eu vou querer um lugar onde podemos criar nossos filhos.

Callen sentiu seu peito explodir de emoção. Elisa estava fazendo planos a longo prazo e para ele era perfeito.

— Bem, eu posso falar com Sam. – Callen a beijou. – E então alugamos e quando o primeiro bebê chegar, podemos voltar e vender seu apartamento, se quiser.

— Que tal eu olhar nas suas panelas nesse final de semana? – Elisa sorriu enquanto começava a se vestir. – O que acha?

— Que eu estou caidinho por você, garota. – Callen a beijou e a deitou na cama. – Na verdade, eu tenho certeza. Você fez meu coração palpitar desde o primeiro momento em que eu te vi.

— Que bonito. – Elisa colocou os sapatos próprios para dirigir. – Guarde um pouco para hoje à noite, sim?

— Pode deixar. – Callen sorriu quando a viu sair e mandar um beijo para ele.

Nos dias seguintes, Elisa e Callen começaram a selecionar coisas para a mudança. As panelas de Callen, os dois bules e o fogareiro elétrico foram para o apartamento.

Movendo uma cristaleira da parede, Callen viu dois livros caírem e foi até os dois, curioso sobre o que tinha neles.

Abrindo ambos, Callen notou que eles continham fotos sobre ele. Eram fotos de quando ele estava em lares de acolhimento. Callen estava completamente ignorante sobre quem bateu aquelas fotos, mas ele tinha uma leve suspeita que era Hetty.

— Callen? – Elisa chegou por trás do namorado distraído. – É você?

— Sim. – Callen deu um sorriso para a namorada. – Mas sempre me disseram que não tinham fotos sobre essa época. Eu os encontrei quando movi a cristaleira.

— Você não parece feliz. – Elisa sorriu, pegando uma das fotos do álbum. – Mas eu vou ficar com essa.

— Mesmo? – Callen estranhou o comportamento dela. – Devo me preocupar com o que você vai fazer?

— Segredo de namorada, Grisha. – Elisa deu um beijo nele e colocou a foto na bolsa. – Eu tenho que ir trabalhar. Se eu quero a sexta-feira de folga, eu tenho que entrar cedo hoje.

— Está bem. – Callen sabia que ela estava planejando algo.

Elisa estacionou o carro na frente de uma loja de fotografia. Ela foi direto para a sessão de “faça você mesmo” e procurou os materiais que precisaria. Pegando a foto, ela escolheu uma moldura em branco e começou a trabalhar.

Poderia ser um gesto piegas, mas ela queria dar ao namorado algo que ele se lembraria mais tarde. E com sorte, mostrar aos filhos.

Callen entrou na NCIS, com a cabeça feliz. Ele estava planejando uma festa da mudança. A cristaleira iria para um deposito até que ele pudesse usar ela novamente.  Casal que alugou a casa por seis meses jurou que não estragaria a casa.

— Então, eu achando que eu era impulsivo comprando aqueles ingressos para daqui a seis meses e você me surpreende. – Sam sorriu. – Morar com a namorada na primeira semana de relacionamento.

— Sam, você acredita em amor à primeira vista? – Callen perguntou, intrigado. – Elisa foi a primeira mulher com quem eu fiz essa coisa de morar com uma semana e nunca pareceu tão certo.

— Eu vou lhe dizer que me apaixonei duas vezes à primeira vista. – Sam deu um olhar conhecedor para o amigo. – Sim, somos dois bobos apaixonados.

— Eu comprei aquela cerveja que você gosta, vamos ouvir Celine Dion e fazer a mudança. – Callen jogou um pacote de salgadinhos. – Amanhã a gente vai ter uma pequena festinha.

— Sabe que eu tenho uma bela coleção de cd’s de música. – Deeks ofereceu. – E quem sabe a pode fazer churrasco.

— Deeks, você sempre quer comer, não é? – Kensi sorriu. – Ajude sua esposa grávida a carregar a bolsa dela.

— Sim, esposa. – Deeks sorriu. – Eu estou adorando demais te ver gravida, sabia?

— Eu sei, querido. – Kensi olhou para Callen. – Quando Elisa engravidar, deixe que ela segure a própria bolsa.

— Elisa me bateria com a bolsa se eu tentasse colocar ela numa redoma. – Callen brincou. – Um pouco de proteção é boa, mas demais é exagero.

— Sim, e eu carrego uma arma. – Kensi olhou para Deeks.

No dia seguinte, apesar de Kensi estar grávida, todos apareceram para ajudar. Ela se sentou com Elisa, que sorria enquanto via os meninos levarem as panelas, roupas e a cama para a van.

Callen encontrou a família que alugou sua casa e deu a eles a chave dela. As recomendações foram passadas e ele e Elisa foram para a casa de Elisa. Ele adorava o terraço dela e sempre foi diferente do restante dos homens.

— Então é isso, querida. – Callen beijou Elisa no segundo que a porta foi fechada. – Nossa casa. Mais sua do que minha.

— Ela é nossa por igual. – Elisa tirou um pacote de presente da bolsa. – Meu presente de boas-vindas.

Callen rasgou o pacote, acreditando que era apenas um daqueles quadros de “Casa, Doce casa”, mas quando abriu o pacote, ele sorriu. a foto que Elisa lhe deu era a mesma que ele havia deixado ela retirar do álbum.

O quadro estava decorado com pequenas estrelas com cola Glitter e corações vermelhos. “Meu amor” estava gravado no meio embaixo da foto.

— Lise, é lindo. – Callen a beijou. – Eu também tenho algo para você.

— É? – Elisa apenas sorriu. – E o que seria?

— Vou te mostrar lá no quarto. – Callen segurou a mão de Elisa na sua e a levou para o quarto deles.

E que presente foi. Elisa nem acreditaria no quão especial seria.