Rajesh, Leonard, Sheldon e Howard entraram no prédio do FBI. Era dia visita guiada e os gênios um pouco atrapalhados decidiram que queriam fazer o passeio e quem sabe conhecer algum agente federal.

— Que tal a gente subir para o sexto andar? – Raj perguntou. – A unidade de analise comportamental trabalha por lá.

— Analise comportamental? – Sheldon revirou os olhos. – Com sorte eles podem nos dizer o que tem de errado com Howard e suas calças apertadas.

— E com sorte eles podem nos dizer o que tem de errado com você. – Howard rebateu e sorriu. – Está decidido.

— Vamos ver profilers. – Leonard ganhou olhares estranhos dos amigos. – O que?

— Em que mundo profilers é uma palavra séria? – Sheldon perguntou. – É como se eu chamasse Raj de Profiler indiano e jogasse isso em um jogo.

— Sheldon, eu vou chegar lá e pedir que eles te analisem. – Raj apertou o botão e viu a porta se fecharam.

Penelope andava pelo saguão, atirando olhares para Luke e o provocando com pequenas ações. Ela olhou para o elevador quando ele apitou e viu quatro homens diferentes.

— Eu já volto, Luke. – Penelope apenas olhou para o namorado e foi em direção ao elevador, recepcionar os homens. – Posso ajudar?

— Claro, estamos aqui para a visita guiada. – Raj se aproximou de Pen. – A senhorita é uma agente?

— Sim, Penelope Grace Garcia-Alvez. – Pen se apresentou. – Ou Penelope. Sou analista técnica para a equipe que meu marido também ajuda.

— Ah. – Raj suspirou. – Você entende de computadores?

— Eu poderia excluir o Sr Cooper com um botão. – Penelope viu Sheldon olhar para ela. – Seus nomes estão nos crachás.

— Inteligente, esperta e bonita. – Howard sorriu. – Seu marido é um homem de sorte.

— Sim, ele é. – Penelope sorriu para Wollowitz. – Bem-vindos ao mundo da analise comportamental.

Ela abriu as portas na frente dela e deu uma volta.

— A análise comportamental foi fundada por Jason Gideon e David Rossi e começou em um pequeno porão abandonado da antiga guerra. – Penelope começou. – Aqui fazemos perfis, reuniões para decidir se um caso precisa de ajuda ou não e é claro, é onde agentes ficam antes de sair para o jato.

Sheldon estava incrivelmente encantado com o layout do prédio. Ele era perfeccionista ao extremo e sorriu ao ver que tudo estava arrumado de um jeito que ficassem prefeitas.

— Senhores, esses são os agentes, Alvez, Simmons e Lewis. – Penelope sorriu. – Pessoal, esses são os doutores Rajesh Kootrapahi, Leonard Hofstadter, Howard Wollowitz e Sheldon Cooper.

— Muito prazer. – Luke apertou as mãos dos três primeiros e não de Sheldon. – Sua reputação o precede, Dr Cooper. E temos alguém que também não aperta mãos.

Penelope os deixou sozinhos por alguns minutos enquanto buscava os outros agentes. Reid olhou para Sheldon e deu um sorriso. Ele era fã do trabalho de Sheldon e talvez pudesse perguntar algumas coisas para o homem.

— Então, que tal se a gente oferecesse uma demonstração de como funciona a analise comportamental? – Luke olhou para Sheldon, que ainda era um pouco cético.

— Faça o seu melhor, agente. – Sheldon tentou manter a expressão em braço.

— Bem, você Dr Cooper tem fobia de germes. Seus atos compulsivos são reflexos de uma infância onde você provavelmente dividia a vida familiar com um irmão ou irmã. Talvez ambos. Você veio de uma gravidez de mais de um bebê. Provavelmente gêmeos. Ser garoto prodígio não te fez exatamente famoso na escola e você se sentia sozinho. – Luke olhou para ele com triunfo. – Provavelmente desenvolveu uma relação com alguém que demorou anos até o primeiro ato íntimo e ao casamento. Não porque não a amasse, mas por medo.

— É um bom palpite, agente. – Sheldon deu de ombros. – Uma busca na Wikipédia e veria tudo isso.

— Eu nem sabia que você vinha. – Luke sorriu. – Penelope e eu temos uma regra de não levar trabalho para casa.

— Eu realmente quero fazer um joguinho com você, agente. – Sheldon começou. – Palavras difíceis.

— Eu aceito. – Reid apareceu. – Dr Spencer Reid.

— Perfeito. – Sheldon pegou um livro de palavras cruzadas que tinha na bolsa e literalmente procurou algumas palavras. – Borago.

— Planta nativa do sul da Europa. – Reid respondeu nem cinco segundos depois. – Qual é o maior oceano do mundo?

— Oceano Pacifico. – Sheldon respondeu. – Quem eram os três mosqueteiros?

— Athos, Porthos e Aramis. – Reid folheou um livro. - Desista, Dr Cooper.

— Nunca. – Sheldon se sentou em uma cadeira e Reid e ele começaram uma batalha de fatos.

— Vamos, Luke. – Penelope chamou o marido para acompanhar ela. – Eles vão ficar duas horas, brigar um pouco e fazer as pazes.

— Sheldon é competitivo demais. – Leonard brincou. – Lembra aquela vez do moletom que coçava?

— Só lembro do saco de ervilhas nos mamilos que você teve que usar. – Howard deu risada. – Mas foi melhor que a disputa pelo anel.

— Eu comprei aquele anel. – Leonard protestou. – Ele invadiu o meu quarto e de Penny durante a noite.

— Sim, e ela socou ele por isso. – Leonard sorriu. – Eu acho que a vez que ele insistiu em fazer testes com seus filhos foi um pouco exagerado.

— Senhores, eu tenho um pouco de sorvete no congelador. – Penelope disse, encerrando aquela pequena discussão. – Eu me sinto uma diretora de escola.

— Uma diretora gostosa. – Luke deu um tapa no traseiro de sua esposa. – E eu acho que vou fazer uma reunião privada com você.

— É assim que eu era antes da Bernadette? – Howard perguntou baixinho para Leonard.

— Não, você era pior. – Ele deu uma risadinha e continuou a andar.

Raj olhou para uma das salas e viu uma garota morena sentada em uma das mesas e decidiu ir lá falar com ela.

— Olá. – Raj a viu olhar para ele com um sorriso. – Sou Rajesh Kootrapahi.

— Alice. – Ela deu um sorriso para ele. – O que faz aqui?

— Eu vi você pela porta e vi que estava chateada. – Raj se sentou. – Me desculpe se estou sendo inconveniente. É que eu acho que uma moça tão linda não deveria ficar assim, sozinha.

— Isso é doce. – Ela pegou um de seus cartões de visita e deu a ele. – Liga para mim quando puder.

— Eu vou ligar, sim. – Raj saiu e sorriu.

Howard e Leonard estavam olhando a sala de Penelope quando Raj apareceu. Todos olharam para o rapaz, que deu um sorriso para os amigos e se juntou a eles.

— Eu agradeço por ter mostrado o FBI para nós, Penelope. – Sheldon deu um sorriso. – E Dr Reid, um dia desses eu e você vamos ter uma segunda rodada de perguntas e respostas.

— Vou ficar esperando. – Reid sorriu.

— Vocês ganharam também os presentes? – Sheldon sorriu ao retirar um crachá de agente feito por Penelope.

— Sim. – Leonard sorriu. – Agora Penny pode ser algemada por um agente.

Todos olharam para frente e apenas sorriram. Sheldon deu um olhar aguçado ao ter essa “informação”.