Depois de seis meses de namoro com Penelope Garcia, também conhecida com a irmã mais nova de Aaron Hotchner, Luke decidiu que era a hora de finalmente fazer o pedido que poderia mudar tudo em sua vida.

Ele sabia que ele era seu chefe em um nível total. E Penelope era uma das pessoas mais protegidas de todo o FBI, especialmente por causa de todos os criminosos que seu irmão prendeu ao longo de sua vida.

— Tem certeza que deseja fazer isso? – Emily perguntou a Luke quando eles estavam longe de todos os outros, em uma loja de alianças. – Quero dizer, você não precisa da aprovação do irmão de Pen.

— Eu sei, mas parece ser certo. – Luke sorriu para um anel com um diamante médio. – Eu fui criado assim. E ela é a primeira mulher com quem sinto à vontade de dar esse passo especial.

— Oh, parece um homem da idade antiga. – Emily o viu pagar pela joia. – Mas de um jeito bom.

— O que acha do anel? – Luke perguntou, mostrando a Emily. – Será que Penelope não vai achar demais?

— Luke, acho que ela vai amar. – Emily sorriu. – Penelope usa coisas muito maiores, mas todos aqueles colares são bijuteria. Duvido que ela iria querer mostrar um anel grande demais.

— Sim, eu também acho. – Luke passou na seção de uísques para presente e comprou uma garrafa para dar ao seu futuro cunhado. – Hotch vai adorar.

Na verdade, era apenas uma convenção. Se Hotch o impedisse, ele teria que atirar nele para impedir que Luke se casasse com Penelope.

Penelope saiu para o trabalho mais cedo por causa de uma pesquisa para um segundo time do FBI. Isso deu a Luke a oportunidade perfeita para chegar em Aaron de uma forma mais discreta antes de fazer seu plano funcionar.

Ele deixou o apartamento dos dois e foi em direção ao apartamento de Hotchner e Emily. Ele sabia que ele estaria lá por causa de ser sábado e os agentes haviam recebido dias de folgas, mas para sua futura noiva parecia ser sempre diferente.

Luke subiu as escadas para o apartamento de Hotchner e recebeu alguns olhares de um casal mais antigo. Ele tinha uma caixa de uísque nas mãos, que ele cobriu com seu casaco.

— Apenas indo visitar um amigo. – Luke disse pouco antes das portas se abrirem e ele ir em direção ao apartamento do cunhado.

Ele tocou a campainha e suspirou com medo do que poderia acontecer em seguida.

Quando a porta se abriu, Hotch percebeu que o cunhado estava realmente tentando fazer bonito com ele por algum motivo e ele tinha quase certeza que Luke queria algo em especial naquele momento.

— Luke, estou surpreso que tenha resolvido vir ver seu cunhado no sábado. – Hotch adorava apavorar o namorado da irmã – Penelope foi chamada novamente?

 - Eu a teria deixado dormir se ela não tivesse sido chamada. – Luke saiu com um pacote de presente. – Essa conversa eu prefiro que seja apenas entre mim e o senhor.

— Prevejo uma conversa animada esta manhã. – Emily saiu com sua bolsa. – Vou deixar os cavalheiros conversando e me encontrar com JJ e depois ir buscar minha bela cunhada para um brunch. Garanta o tapete limpo quando eu chegar.

— Posso garantir, Emily. – Luke disse sem medo. – Porque não tenho intenção de ser morto.

Hotch balançou a cabeça convidando Luke para entrar dentro de sua casa. Ele podia ouvir um jazz baixo dentro da casa e se perguntou se era a trilha sonora de sua morte.

— Admito que estou curioso, Alvez. – Hotch colocou dois copos de suco na mesa. – Eu não pensei que esta conversa importante seria nesse momento.

— Eu decidi que não posso mais esperar para fazer de Penelope uma mulher casada. – Luke engoliu em seco. – E decidi que eu adotaria uma abordagem mais antiga. Eu vim pedir a mão de sua irmã em casamento.

Hotch olhou para ele e continuou normal. Era quase como se ele já soubesse sobre os planos de Luke.

— Você pode me garantir que não vai partir o coração dela? –Hotch começou. – E que se ela tiver algum problema você não vai deixar ela ainda mais encrencada?

— Eu juro que vou ficar ao lado dela, aconteça o que for. – Luke disse e entregou a caixinha do anel. – Estou disposto a abrir mão de tudo por essa mulher.

— É um anel lindo. – Hotch pegou por um momento o anel. – Parece o da nossa mãe.

— Eu sei. – Luke nem se deu conta de que já tinha uma meta. – Penelope já tinha o da mãe então, eu achei que era hora de ter um anel só para ela.

— Luke, estou confiando a você o bem mais valioso que eu tenho. – Hotch o olhou sério. - Se você alguma vez pensar em trocar minha irmã, se você levantar a mão para ela do jeito errado, se a magoar, eu prometo que nunca vão encontrar um fio de cabelo seu.

— Se eu pensar em machucar Penelope, eu mesmo fujo e nunca mais volto. – Luke sorriu. – Eu trouxe algo para o senhor.

— Você, Luke. Me chame de você. – Hotch revirou os olhos. – Não sou tão velho assim. E logo seremos família.

— Certo, eu trouxe essa bebida. – Luke entregou a Hotch a garrafa de uísque. – Talvez a gente devesse tomar uns goles enquanto você me dá o sermão de irmão mais velho.

— Será preciso? – Hotch cruzou as pernas. – Você sabe que eu te contratei pessoalmente na época da fuga. Fiz sua análise de crédito, tenho todos os seus históricos. Não que eu seja enxerido. Considero-me precavido.

— Eu entendo. – Luke olhou com expectativa. – Então? Eu passei?

— Se Penelope disser sim, eu fico feliz pelos dois. – Hotch apertou a mão do futuro cunhado. – Apenas lembre-se que não é de mim que você deve ter medo.

— Sim, disso eu sei exatamente. – Luke saiu do apartamento de Hotch, se certificando de ter o anel com ele.

Penelope e Emily estavam paradas conversando sobre tudo e nada. Luke olhou para a futura esposa e percebeu que ela tinha feito o cabelo e as unhas.

— Oi, amor. – Luke a beijou. – Está pronta para vir comigo em um lugar?

— Claro, querido. – Penelope entrou no carro de Luke. – O que fazia aqui?

— Eu vim falar com Hotch. – Luke tocou a mão dela e então eles entraram em um parque que estava completamente iluminado. – Quer dar uma volta comigo?

— Com certeza, querido. – Penelope não entendeu o porquê, mas logo eles entraram em uma espécie de galpão com um lago artificial, todo cheio de flores em casa superfície que comportava um vaso. – Luke, o que...

Ela mal se virou e viu Luke ali na frente dela, ajoelhado.

— Seja minha. – Ele começou. – Divida sua vida comigo.

— Sim. – Penelope sorriu para ele.

— Casa comigo? – Ele olhou para o sorriso dela.

— Eu me caso com você. – Ela sorriu assim que ele se levantou.

Luke colocou a aliança e segundos depois, fogos começaram a explodir. Eram do tipo sem barulho e Penelope estava apaixonada pela preocupação dele em não ter som.

— Eu te amo, Luke. – Pen sorriu. – Agora, acho que é hora de comemorar.

Luke a pegou nos braços e Penelope deu uma risadinha, sentindo a ereção de seu noivo.

Sim, alguém estava prestes a se dar bem hoje à noite.