Cartas para Bella escrita por Lu Cullen


Capítulo 18
Com todas as falhas


Notas iniciais do capítulo

Hey, mis bebesitos!!!
SIM, EU CHEGUE A TEMPO! Sei que está tarde, porém capítulo entregue. Esse capítulo é o maior que eu já escrevi e isso tem um motivo é o nosso penúltimo capítulo! Eu sei triste, muito triste. Meu coração está se apertando de tristeza, mas ao mesmo tempo de felicidade. Enfim, NÃO VAMOS FALAR DE COISAS TRISTES, CERTO?!
Eu vou responder todos os comentários, assim que postar aqui, me desculpem pelo atraso, sim?! Além do mais, muito obrigada a todos. Eu li já todos e me emocionei KKKk
Obrigada May linda que recomendou a história e também a Talita Martins que comentou em praticamente todos os capítulos e eu ainda não tive tempo de responder kkkk...
Enfim, esse capítulo é para todos vocês, e eu sei que estou toda emocionada aqui, uma boa leitura!



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— É um vestido muito bonito. - Seth diz. Eu concordo com a cabeça. Eu aperto os olhos, encarando o vestido azul. - Você vai mesmo não vai no baile?

Eu encaro Seth que está, como sempre, sem camisa e com uma colher na sua boca. Ele segura um pote cheio de calda de bolo. Eu fico de pé, fechando a porta do pequeno closet.

— É só um baile.

— Mas é o último! - ele retruca. 

— Eu sei. 

Nós dois nos encaramos sem saber o que dizer. Eu suspiro, indo guardar todos os meus resumos de todas as matérias dos último ano dentro de uma grande pasta, separado por matérias. Foi uma das coisas que manteve minha cabeça ocupada, além de conversar com Renée e me entupir com vídeos estúpidos da internet.

— Será que você pode largar isso por um minuto? Vamos comer! Depois você volta com essa sua mania compulsiva de deixar tudo perfeito.

Eu bufo.

— Estou deixando isso tudo para você, idiota!

— Eu sei! Mas minha barriga está implorando por pizza e Sue disse que eu não posso voltar sem você. 

— Dois minutos.

— Olha que eu vou jogar você no meu ombro.

— Você não faria isso. - eu o olho por cima do ombro.

— Quer apostar?

Ele arqueia uma sobrancelha. Não me dando opções, nós dois descemos juntos. Na cozinha, Sue retira a pizza de dentro do forno, largando na mesa. As bordas estão mais queimadas que a pizza em si. 

Seth larga seu pote na bancada para colocar três pedaços de pizza em seu prato. Eu pego apenas um. Corto em pequenos pedaços para esfriar mais rápido. Não posso deixar de notar o olhar de Sue em mim, então me esforço para abrir um grande sorriso e fingir prestar atenção em Seth. 

Meu telefone toca. Eu retiro ele de dentro do bolso do meu moletom vermelho, entrando na conversa de Alice. Eu mordo os meus lábios de raiva. 

— Alguma coisa errada com a pizza, Bella? - Sue pergunta, me trazendo para de volta à cozinha. 

Eu largo o telefone com a conversa de Alice. Ela tirara uma foto com Rosalie com cara de choro, me perguntando se eu realmente não iria para o baile. Eu apenas mandei carinhas rindo.

Eu solto a pizza no prato, suspirando pesadamente. A coisa é, eu não estou com fome. Eu não tenho vontade de fazer nada. Eu só quero ficar enroscada nos meus cobertores, assistindo algum desenho estúpido enquanto como muitos chocolates.

Mas eu não posso fazer isso.

— Não. - eu digo, encarando os olhos confusos de Sue. - Só está gelada. 

Eu pego o prato, coloco dentro do microondas e ponho para aquecer por um minuto. Escuto Seth falando algo sobre a prova final de história em como ele tinha se dado mal. Eu apenas mordo os lábios nervosamente.

Já haviam se passado nove dias desde que Edward e eu conversamos. Hoje é o dia do baile. Pois é! Eu já recebi, pelo menos, 10 fotos de Alice e todos os outros no lugar, me esperando. Eu só tenho mais uma semana até o dia da formatura e para o fim de tudo. Eu definitivamente não estou pronta! E não sei se um dia estarei. Eu tenho que decidir que faculdade entrar. Para onde ir? O que fazer? Costa leste ou Oeste?

Pior de tudo é que estive ignorando Edward de todos os jeitos possíveis. Eu não posso ficar com ele! Não tem como! Mas se eu escutá-lo, vê-lo…. Tudo vai se desmanchar e eu vou me render. Vou esquecer tudo para ficar com ele. No entanto, eu não posso deixar tudo o que eu estive planejando, tudo o que eu estudei, tudo o que eu lutei ir para o lixo!

Então, convenci a Seth para faltarmos os últimos períodos depois das provas. Quero dizer, eu já estou a um passo fora da escola. Já Seth, adora faltar uma aula para passar o dia em casa. Não foi difícil convencê-lo. Na verdade, foi muito fácil.

Depois da minha conversa com Alice, eu fiquei pensando bastante. Eu sei que ela acha que devo ir atrás dele. O meu coração grita por isso! A razão que está me ditando a não me mexer. Eu não consigo desligar ela. Muito menos minhas inseguranças! 

Pego a pizza, voltando a me sentar à mesa. Eu passo o resto da nossa refeição sem falar nada, apenas escutando Seth e Sue. Ela preparava a pequena festa depois da minha formatura, eu tentei fazê-la esquecer o assunto, não que tenha dado muito certo. Seth quer chamar alguns amigos e Sue coloca para mim decidir se eles podiam ou não vir.

— Se eles não falarem nada escroto para mim. 

Os olhos de Seth reluzem de felicidade. Ele engole a fatia de pizza na sua frente para depois sair da mesa desajeitadamente, dizendo que tem que avisar para Sam. 

Eu reviro os olhos, tomando um longo gole de refrigerante. Sue acompanha tudo com os olhos, me deixando nervosa. Eu tentei deixar parecer que tudo está bem. Eu fico todas as tardes na sala com Seth, lendo ou assistindo tv. Converso com mensagens com meus amigos. Como as três refeições do dia e tomo seis copos de água.

— Você vai me contar o que está acontecendo ou eu vou ter que arrancar a força?

Eu arregalo os olhos.

— O que?

Ela faz uma cara de tédio. Sue puxa sua cadeira para mais perto da minha. 

— Você acha mesmo que eu não sei que você tem um lindo vestido de baile lá em cima? Que eu sei que você matou aula para comprá-lo com Alice? Vocês tinham combinado de irem juntas! Você ia dormir na casa dela e, de repente, você bate o pé dizendo que não?!

— Eu não gosto de bailes. - respondo simplesmente.

— Você está horrível, Isabella! - ela exclama. - Olheiras fundas, olhos sem brilho. Achei que tudo estava bem! Afinal, sua mãe vem para cá na formatura, você foi aceita em várias universidades.

Eu engulo em seco. A cada coisa a mais que ela listava, eu me sentia horrível. Eu sei que não devia estar triste pelos cantos. Tenho tanta coisa boa para aproveitar… mas...

— São só o final das provas, Sue. - respondo com a voz embargada. - Estou emotiva que tudo acabou. So isso!

Ela me puxa para um abraço forte. Eu agarro seus ombros, me sentindo desnorteada.

— É aquele tal de Correspondente Secreto?

Eu assinto devagar. 

— Sim. 

— O que aconteceu? Ele não respondeu a sua carta? 

Respiro fundo, tentando acalmar o choro que queria sair. Eu me afasto de Sue, encarando meu colo. Eu estou fazendo a coisa certa!

— Na verdade, Sue, eu descobri quem ele é.

Os olhos de Sue se abrem. 

— Ah, meu Deus! Isso é incrível! - ela exclama. Eu assinto com um sorriso triste. - No entanto, qual o problema? Não é quem você esperava? Ele é ruim? É alguém estranho?

— Não! Não! - digo rapidamente. - Não é isso! Eu acho que estraguei tudo, Sue.

Ela batucava os dedos na mesa, analisando-me de cima a baixo.

— Como?

Passo as mãos pelo o cabelo. Meu estômago revira de nervoso.

— Eu fui uma cadela escrota com ele!

— Que quer dizer?

— Todo aquele papo de respeitar barreiras, você se lembra?! - ela assente. - Bem, eu joguei a merda fora! Eu fui tão evasiva e… Eu estava desesperada para escutar tudo, cada coisinha! E ele não falou nada! Ele ficou tão quieto… Eu achei que tudo era uma brincadeira… Mas. - engulo em seco, respirando fundo. - Nos olhos dele eu posso te dizer que não é! 

— Eu entendo toda a sua ansiedade, Bella. - Sue diz. - Mas você fica tão nervosa e anseia tanto por respostas que deixa qualquer um assustado!

— Eu sei… - suspiro fundo. - Foi então que eu pedi um tempo. - falo. - Para pensar. Para absorver tudo!

Ela assente com a cabeça.

— Ok… E qual o problema disso?

— Eu pedi um tempo, não porque eu precisava absorver quem ele, mas sim porque eu não acho que nossa relação vá muito longe! A gente tem dois, três meses, no máximo, até o início da faculdade?! Eu nem sei se ele foi aceito em uma faculdade. Nós dois somos machucados internamente e como nós estaremos prontos um para o outro?! 

— Se você já pensa que uma relação que nem iniciou, já está fadada ao fracasso, talvez você realmente não esteja preparada.

Eu respiro fundo, sentindo cada palavra de Sue.

— Ou você está se deixando levar pelas suas inseguranças.

— Eu não sei o que fazer! Você sabe o quanto eu batalhei para conseguir entrar nas universidades, em como estou tentando seguir em frente. Ou eu deixo tudo isso de lado, ou eu fico com….

Para a frase no meio do caminho. Eu não quero falar em voz alta. Sou tão estúpida!

— Bella! - Sue me chama. Ela pega minha mãos, trazendo para o seu colo. - Você não acha que consegue fazer os dois? Eu sei que você foi ensinada a sempre pensar no futuro. O que fazer para chegar em um determinado objetivo. O que você não foi ensinada é aproveitar o momento em que chegar no tal objetivo. - ela diz calmamente. - Você estava atrás do seu garoto e o achou! Agora, está se preocupando com coisas do futuro e não aproveitou nada!

Eu abaixo a cabeça envergonhada.

— Ele disse que me ama. - sussurro, sentindo meu coração se apertar. - Eu não respondi de volta.

— Talvez, você deva quebrar suas próprias regras e seguir o seu coração uma vez na vida. 

Seus olhos brilham. Eu me remexo na cadeira, me sentindo desconfortável. Respirando fundo, eu falo o que está entalado na minha garganta, há muito tempo.

— Eu estou com medo, Sue! - desabafo. - Não! Eu estou apavorada! Eu nunca me senti assim antes! É tão intenso…. Tão bom! Mas ao mesmo tempo, tão estranho. Eu quero estar com ele, quero abraçá-lo, beijá-lo e deixar ele saber as coisas  mais mínimas sobre mim! E eu quero saber tudo sobre ele! Qual sua comida preferida ou quantos animais de estimação ele já teve! Eu sinto que estou enlouquecendo!

Ela abre um sorriso pequeno.

— Sabe, Bella?! Eu sei como se sente. O primeiro amor é algo extraordinário. Não existe beijo mais intenso e mimo mais carinhoso do que com a primeira pessoa que conquistou nosso coração. Não existe nada tão forte como o amor que você sente pela primeira pessoa que nos apresentou a um mundo novo e cheio de sensações e sentimentos desconhecidos. Então, é completamente normal você estar aterrorizada.

Eu assinto nervosamente.

— Achei que estava ficando maluca. - murmuro.

Sue gargalha para valer. Ela chega a colocar a mão na sua barriga.

— Bem, maluca você não está!

— É que eu nunca fiquei tão dependente de alguém. E eu não sou assim!

— Eu sei querida. - ela fala, passando a mão em meu cabelo. - É realmente uma confusão. Imagino o quanto para você!

Eu suspiro pesadamente. 

— É só que… Eu não tinha ninguém. Agora, tenho você, Alice e Seth. Mas com ele… É algo que eu não sei explicar.

Suas feições são duras. Sue assente com a cabeça, antes de dar um suspiro leve.

— Eu não quero deixá-lo ir. Mesmo sabendo que é o melhor.

— E por que seria o melhor?

— Bem… É o certo, não? Nós vamos seguir em frente, eventualmente.

Sue abre um sorriso triste.

— Acredite em mim, Bella, é muito melhor se arrepender por coisas que você fez, ao invés daquelas que você não fez. Então… - ela diz se levantando da cadeira. - Eu não posso fazer nada, minha querida. Você tem que decidir: ou ficar presa nas suas amarras, ou fazer o que te deixará feliz! 

Feliz. O que me deixa feliz? Chocolate quente me deixa feliz. Seth e Sue com seus jeitos malucos, mas encantadores. Alice e sua mania de sempre estar arrumada. Emmett com suas brincadeiras idiotas. Ler um livro. Assistir um filme. Ficar com os meus amigos. Conversar com o Correspondente. Passar tempo com Edward.

— Deixar todo esse estado robótico que você tem para amar. Amar a vida. Amar os momentos. Amar as pessoas. Mas principalmente se amar. 

Eu amo quando não preciso estudar. Eu amo quando posso ficar no meu canto lendo. Amo ver a paisagem quando estou andando de carro, Eu amo passar tempo com os meus amigos. Maratonar séries com Seth. Sentir o vento no meu rosto ou o sol queimando cada centímetro da minha pele. Amo Sue e seu jeito carinhoso. Amo Alice e o jeito intuitivo que ela tem. Amo Seth e sua comilança. 

— Você ama esse garoto?

Eu encaro Sue, abrindo os meus olhos.

Bem, eu amo o modo brincalhão que ele tem. Também amo o jeito que ele sempre se preocupa comigo. Como está disposto a me ajudar. Como ele consegue tirar um sorriso, quando ninguém consegue. Inclusive, amo sua letra e o modo que ele se expressa. Amo até mesmo sua moto ridícula. Amo seu sorriso de canto. Amo seus olhos verdes. Amo sua família. Eu…

— Acho que você tem sua resposta, não é?!
— O que eu faço, Sue? - pergunto, sentindo meu coração palpitar rápido demais. 

— Acho que você tem que ir atrás do seu Correspondente, garota!

— E se ele tiver desistido de mim?

— Isabella! - escuto a voz de Seth. Eu viro a minha cabeça em direção a sala. O garoto saí de lá de braços cruzados e cara séria. - O cara te escreveu cartas de amor, pelo o quê?! Dois meses?!  Te disse milhões de vezes que te ama! Você realmente acha que em uma semana ele vai ter te esquecido? Não é assim que funciona essa história de amor!

Sue tem a cara perplexa. Eu coço a nuca, não acreditando que estou levando um esporro de Seth!
       - Mas..

— Nem vem com “mas, Seth”! Você sabia que Edward veio atrás de mim para eu ajudá-lo a bater em Jacob, mas não tanto?! - eu abro a boca, surpresa. - Pois é! Ele ainda o ameaçou que se ele fizesse mais uma merda, o cara estava fodido! Ele deu dois murros no cara! Foi incrível! - vejo Sue arquear a sobrancelha. Seth abre um pequeno sorriso. - Ele está sempre te protegendo! Seja pelas suas costas, ou até na sua frente! O problema é que você é cega! E se você não vê que ele te ama, bem, você é a garota mais estúpida que eu já conheci! Não! Desse planeta inteiro!

— Seth! - Sue o reprende.

— Eu estou certo! - ele rebate. Respirando fundo, Seth se ajoelha a minha frente. 

— Como você sabe sobre tudo isso?

— Digamos que eu consigo me fazer de surdo e burro muito bem. Talvez eu vire ator. - ele coça o queixo como se realmente estivesse considerando a ideia. Ele põe suas mãos em meus joelhos, encarando-me nos olhos. - Agora, eu vou perguntar mais uma vez e a última. Você ama Edward?

Eu não preciso pensar duas vezes antes de assentir em concordância.

— Então, Isabella Marie Swan, você vai fazer exatamente o que eu falar, certo?! - sua expressão é séria. - Você vai subir essas escadas, colocar aquele vestido lindo para caralho, que você me fez quase quebrar minha outra perna por ele, enfiar uma maquiagem nessa sua cara branca, se arrumar, se encher de perfume chique. Basicamente, minhas ordens são: fique uma gostosa e vá atrás da porra do seu badboy com aquela lataria que você chama de Pulga!

Eu olho para Sue e Seth me sentindo meio abobada. 

— O que está esperando, sua idiota? Vai logo! - Sue diz, empurrando meus ombros. 

Eu saio correndo da cozinha escutando Seth dizendo “Graças a Deus”. Eu tropeço na escada, quase caindo de cara no chão. Me endireito, correndo para dentro do quarto. Abro o closet, respirando fundo. Ainda sem acreditar em mim mesma, agarro o vestido colocando em cima da cama. Pego meu telefone checando as horas. Certo, eu não tenho tempo para ir até a escola. Teria que ir direto para a casa dos Cullen para a after party. 

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, tentando não surtar completamente. Retiro minhas roupas confortáveis. Passo a mão pelo lindo vestido azul. Sem esperar mais tempo, coloco-o. Me dou um tapa mental ao ver que minhas maquiagens são apenas algumas bases e rímel. Eu abro a porta do quarto para gritar por Sue, mas para a minha surpresa ela já está na minha frente com duas maletas roxas e grandes.

— Eu estive esperando esse dia por meses!- ela guincha. - Senta a bunda nessa cadeira, garota.

Eu sorrio sentindo borboletas no meu estômago. Sue abre as duas maletas, eu espio por dentro vendo muitas paletas de sombras, blush e delineador. Sue não deixa de sorrir um minuto enquanto me prepara. Logo, ela passa para os meus cabelos, não levando muito tempo. Suas mãos são rápidas e não nego que às vezes achei que ela fosse arrancar a minha cabeça fora.

Voilà! — ela diz se afastando. Sue me entrega os saltos, eu os calço e ela me ajuda a colocar um colar.

Nervosa eu me levanto, caminhando em direção ao espelho. Paro em frente a ele em estado de choque. Aliso a saia do vestido encarando-me de cima a baixo. Olho torto para o meu reflexo. Não se parecia nada com a Bella do dia a dia. O vestido cai perfeitamente bem, acentuando minhas curvas e até mesmo aumentando meus peitos. Ele é ombro a ombro com o decote em coração cheio de pedras brancas. Sua saia, diferente do busto, é mais solta sendo que a parte da frente fica um pouco abaixo do meio das minhas coxas, enquanto a parte de trás vai até os meus joelhos. 

Meus pés calçam um salto muito alto, entre doze ou quinze centímetros, numa mistura de glitter azul com rosa. Os olhos estão pintados com uma mistura de preto, rosa e glitter. Na boca, um batom rosa claro, quase a cor da minha boca. O meu cabelo está com uma metade presa em um rabo de cavalo despojado com fios soltos. Nas orelhas tenho lindos brincos de diamantes que Sue decidiu me emprestar de última hora.

 - Acho que toda princesa tem a sua fada madrinha, não é?! - escuto Sue. Viro-me para ela, sorrindo fraco. Ela aproxima-se de mim, colocando suas mãos em meus braços. - Agora, vá atrás do seu príncipe!

Eu concordo me sentindo nervosa. Quer dizer, ele estava falando no sentido literal?

— Mas e se for tarde demais? Se ele não me quiser mais?

 Sue coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Ela me entrega uma pequena bolsa prata, com meu telefone e batom. Além de um casaco branquinho.

— Então, estaremos te esperando aqui com potes de sorvete.

Concordando, nós duas descemos as escadas. Na sala, Seth larga seu telefone no sofá vindo para perto de mim. Ele assobia.

— Você está gata! - ele diz. - Eu não sou seu primo de verdade, então, não fica tão restranho quando eu falo isso!

Eu rio nervosa.

— Corre, Bella! Está esperando o quê?

— Huh, certo! - digo incerta. Pego as chaves de Pulga no meio da mesa de centro. Corro para fora da casa, literalmente. Eu piso em um buraco quase caindo no chão. 

— NÃO ME QUEBRE O TORNOZELO PELO AMOR DE DEUS, BELLA! - escuto o grito de Sue. Eu definitivamente não sou a pessoa mais confiável com estes saltos!

Jogo a bolsa de qualquer jeito no banco do carona. Reviro os olhos, tentando ligar Pulga, mas meus pés parecem não saber o que fazer com esses saltos. Respirando fundo, eu os arranco fora, colocando-os no chão do banco do carona. 

Certo! Vamos fazer isso! Olhando pelo retrovisor, eu mexo na marcha, saindo de ré do pequeno jardim. Ao chegar na estrada, eu paro o carro, arrancando o telefone da bolsa. Disco o número de Alice.

— Bella! - escuto Alice, depois de dois toques. - Eu estava prestes a te ligar.

— O baile já acabou? - pergunto. Escuto murmuros e Alice gritando por silêncio.

— Sim! - eu olho o horário no painel da caminhonete: 23 hrs e 15min. - Emmett ganhou rei do baile e Lauren como rainha, você acredita?

— Ainda vai ter a after party na sua casa, não é?!

— Já está tendo, sua bobinha. - ela diz, afastando-se do lugar barulhento, indo para um mais quieto. - Você está vindo? - sua voz sobre pelo menos três tons.

— Eu tenho que resolver algumas coisinhas… Talvez depois eu possa me divertir um pouco.

— PUTA MERDA EU ACHEI QUE VOCÊ NÃO IA SE TOCAR!

— O Edward está?

— Trancado no quarto dele. A festa está sendo no jardim, ele é o único aqui dentro.

Eu respiro fundo. Tudo bem! Tudo bem!

— Ele está acompanhando?

Escuto Alice bufar.

— De uma garrafa de Vodka.

Bem, eu não conseguia ficar com ciúmes disso.

— Vejo você logo.

Desligo o telefone, colocando-o de volta dentro da bolsa. Respirando fundo, eu encaro a casa atrás de mim. Eu podia voltar para dentro, esquecer toda essa loucura. Colocar meu pijama junto de meias quentinhas para assistir algum filme do Harry Potter. Não ter meu coração quentinho. Esquecer de tudo. Eu volto a olhar para frente com uma decisão tomada. 

Eu não ia voltar atrás. Não dessa vez! Nunca mais.

Engato a marcha, decidida a pelo menos tirar todo o peso das três palavras que estão sobre os meus ombros. Para ele saber que sim, eu sentia aquilo. Que ele não está sozinho, que nunca esteve, nesse barco

Durante todo o trajeto, cada minuto, cada milha, meu coração decide bater cada vez mais rápido. Minha respiração está tão desregulada que parece que eu acabei de sair de uma maratona! As inseguranças tentam me abalar. Tentam entrar na minha cabeça: ele não quer mais você. Essa batalha está perdida. Esqueça-o!

Eu luto contra. Não! Ele me ama! Eu posso ter cometido muitos erros. Mas eu não cometeria o pior deles, deixar Edward escapar das minhas mãos, apenas assistindo. 

Um milhão de pensamentos rondam minha cabeça. A única certeza que tenho é que escutarei o meu coração. Sempre estive andando na linha, sem rebater, apenas fazendo o que eu era mandada, e, eu estou cheia disso tudo! Está na hora das coisas mudarem. 

Eu estou aterrorizada, nervosa e incrivelmente bem com isso! O passado está no passado, o futuro é amanhã, eu tenho que aproveitar o presente! Aproveitando cada respiração, cada risada, cada pitada de amor.

Edward me ensinou isso. Ele traz o melhor de mim. Ele me faz querer superar tudo. E isso é o que eu tenho que fazer. Eu preciso fazer. Tanto para eu começar dar atenção às coisas certas, como também para não perder a vida que está à minha frente.

Foda-se Charlie! Foda-se Yale! Foda-se meu estúpido avô! Foda-se ser a filha, sobrinha e pessoa perfeita! Foda-se tudo isso! Como Emmett diria: que tudo se exploda. Porque a partir de agora, eu farei meu próprio futuro, fazendo o que é melhor para mim, não ligando para o que os outros irão dizer. Apenas, fazer o que meu coração e a paixão disserem. 

E meu coração grita por Edward. 

Eu estaciono minha lataria na calçada oposta da casa do Cullen. A primeira coisa que percebo é a bela decoração na frente da casa. Uma mistura entre enfeites azuis com branco. Além da gritaria e a música super alta. É uma coisa boa que as casas dessa parte sejam bem afastadas umas das outras.

Eu volto a calçar os saltos altos, pego minha bolsa jogando sobre o ombro e desço do carro batendo a porta com um pouco mais de força do que o necessário. Respirando fundo, eu forço as minhas pernas a se moverem. Elas prefeririam ficar paradas, ou até mesmo voltar para dentro de Pulga. Elas tremem como duas varas. Eu tento acalmar meu coração, da mesma maneira que minha respiração ofegante.

Eu passo as mãos pelo rosto, descansando a palma da minha mão na testa, me sentindo quente demais. Sentindo tudo demais. Eu poderia sentar um pouco antes de… Não! Eu não vou voltar para trás! Eu tenho que fazer isso! Eu consigo, certo?! É só eu falar o que eu sinto. Mas e seu eu falar algo que não devo? Algo estúpido?! Ou após tudo ele apenas disser que já está seguindo em frente?!

Balançando a cabeça violentamente, eu afasto todos esses pensamentos negativos para algum canto do meu cérebro trapaceador. Não importa o que aconteceria, eu devo a ele uma explicação, mas principalmente uma resposta diferente da que eu dei dias atrás. Uma desculpa. Uma declaração.

Paro em frente a grande porta. Sentindo o vento bater contra os meus cabelos soltos, bato na porta com os nós dos dedos, sentindo um nervosismo percorrer meu corpo. Não que ele seja uma coisa ruim. Eu me sinto energética! Minha perna não para de balançar, assim como eu não consigo parar de estalar os dedos.

Um tempo se passa e ninguém vem até a porta. Apesar de nenhuma alma viva passar pela rua sem saída, o silêncio é quebrado pela gritaria vinda do jardim de Alice. Eu aperto no botão da campainha, me ligando que ninguém escutaria minhas batidas. Clico uma, duas, três vezes. O som é meio abafado pelos gritos dos adolescentes na parte de trás de casa. Esme e Carlisle estariam lá? Ou teriam deixado a casa para os filhos aproveitarem, praticamente, seu último dia na escola? Eu cruzo os dedos, esperando que ele escute.

Aos poucos, eu começo a sentir toda a minha energia, toda a minha coragem se esvaindo do meu corpo. Ele atenderia a porta? Ou ele apenas ignoraria? Ele sabia que sou eu e estava esperando para eu ir embora?

Respiro fundo, trocando o peso da minha perna esquerda para a direita, começando a sentir dor nos pés por conta dos saltos. Eu ataco as minhas unhas. Roo elas para descontar a minha ansiedade. Quando ele abrir, e se abrir, o que eu faria? PUTA MERDA! 

Eu me dou um tapa mental. O que caralhos eu falaria para Edward? Eu deixei o garoto oito dias sem nem mesmo um “oi”. Então, Seth e Sue me fizeram abrir os olhos sobre tudo! Me fazendo perceber que tudo o que você falou é verdade, que eu fui uma idiota… Não, muito ruim. Talvez, eu só diga direto as palavras. Jogar tudo para fora, sem mais nem menos, ser direta…. Não, não, não! Mordo os lábios. O que eu diria? Gritar de amor? Pedir desculpas? Os dois? Eu não sei!

Perdida em pensamentos, eu levo um susto ao escutar um barulho na porta. Arregalo os olhos quando a porta se abre. Eu tranco a respiração, ignorando a vontade insana de dar a meia volta e correr para a Pulga estacionada a apenas alguns metros de mim. Para voltar para casa. Para me esconder.

A primeira coisa que noto em Edward, é seu rosto denunciando estar meio alterado. Por conta dos meus saltos, ele está apenas poucos centímetros mais alto que eu. Meus olhos percorrem dos pés descalços de Edward até seu rosto. Ele veste calças jeans escuras, uma camisa social bordo e uma gravata preta afrouxada em seu pescoço. Ele está de pés descalços e segurando a tal garrafa de vodka pela metade. 

Ele arqueia uma sobrancelha ao me encarar, desacreditando que estou diante de si. Ele pisca duas vezes com força. Eu abro a boca para dizer o que eu tinha que dizer, no entanto nada sai. Assim como Edward, eu também não acredito que estou de pé em sua frente, pronta para enfrentar meu medo para finalmente dizer que o amo mais do que tudo. 

Os olhos verdes de Edward percorrem meu corpo de cima a baixo. Eu sinto um calafrio na espinha que definitivamente não é devido ao vento. Ele leva a garrafa até seus lábios, tomando um pequeno gole.

— Você pode entrar pelo lado esquerdo. Não é para passar pela casa. - seu tom é seco.

— Edward! - eu o chamo. Ele começa a fechar a porta, mas eu o impeço colocando minha mão contra. - Eu vim conversar com você.

Ele volta a abrir a porta com um sorriso zombeteiro.

— Não se preocupe. Eu entendi o seu recado.

— Não, você não entendeu!

— Então, o que quer dizer você me ignorar por uma semana, Isabella?

— Significa que eu estava assustada!

— Assustada? Por que você estaria assustada? - ele pergunta, alguns tons mais altos. 

Eu inspiro fundo, acalmando meus nervos.

— Deixe-me explicar, Edward. - eu peço sussurrando. - Depois disso, você pode chutar a minha bunda para fora da sua casa.

Ele aperta os olhos.

— Você sabe que eu nunca faria isso.

Sua voz é rouca. Eu assinto com a cabeça.

— Eu sei!

Grunhindo, Edward abre a porta completamente.

— Que seja!

Ele torna suas costas para mim, caminhando em direção às escadas. Eu engulo em seco, respirando fundo quando entro dentro da casa. Fecho a porta para, em seguida, seguir Edward. Já não tem mais volta! Agora, é só continuar.

Eu chego na altura da escada, enxergando o jardim cheio de adolescentes alcoolizados. Vejo Emmett sendo segurado por alguns caras, tomando o que eu acho ser cerveja por uma mangueira. Eu sorrio de canto ao ver Alice dançando junto de Rose na pista improvisada com canhões de luz. O ambiente todo está sendo iluminado por vários deles. As árvores estão decoradas com luzes LED, deixando o lugar lindo.

— Você não vem? - escuto a voz de Edward.

Eu desvio os olhos do jardim para encarar Edward. Ele me espera no fim da escola. Eu torço o nariz ao ver os degraus brancos. Encaro os meus saltos e subo as minhas maiores inimigas praticamente colada ao corrimão. Vejo um sorriso nos lábios de Edward. Eu arqueia a sobrancelha, não acreditando que ele está achando isso engraçado!

Ao finalmente chegar no topo das escadas, Edward passa em minha frente, guiando para seu quarto. Eu sinto minhas bochechas esquentarem, recordando-me das minhas últimas e únicas lembranças desse lugar. Edward senta-se na ponta de sua cama enquanto eu continuo parada na porta.

— Por que isso é tão familiar? - escuto Edward perguntar ironicamente.

Eu rio nervosa. Por onde começar?

— Olha, Edward… 

— Por que você não fica confortável, huh? -ele pergunta, bebendo um pouco mais.

Eu caminho robóticamente para largar minha bolsa na cadeira de sua escrivaninha. Eu viro-me para Edward. Ele olha ironicamente para os meus saltos altos.

— O que?

— Apesar de você estar realmente muito linda, Bella, eu acho que você deva tirar esses altos ou amanhã não irá conseguir andar.

Eu arregalo os olhos, mas faço o que ele diz. Eu retiro os meus saltos voltando à minha altura média. Meus pés entram em contato com o carpete felpudo. Eu quase gemo de alegria ao tirar os sapatos. Vejo um sorriso triunfante nos olhos do garoto. No entanto, aos poucos o sorriso vai se fechando até ficar uma cara seria.

— Então, o que quer dizer, Swan?

— Voltamos a nos chamar assim, Cullen? - pergunto irônica. 

Ele apenas se limita a tombar a cabeça para o lado. De repente, me sinto sem coragem. Eu olho para os quatro cantos do quarto, tentando pensar no que falar. Como falar. Eu chego perto de Edward, ele se enrijece indo levar a garrafa à boca mais uma vez. Eu o paro e pego a garrafa de suas mãos. Levo a boca até o bico, dando um longo gole que queima minha garganta.

Eu espero alguns minutos, encarando minhas mãos que seguram a garrafa de vidro. Escuto um suspiro de Edward. Pelo canto do olho, vejo Edward passar as mãos nervosamente pelos cabelos.

— Eu não sei o que te dizer. - digo, depois de um tempo. 

— Isso é ótimo! - escuto um tom de irritação em sua voz.

— Eu sou uma idiota! - falo, olhando para o rosto e Edward. - A pessoa mais idiota, cega e escrota desse planeta toda! 

Edward me encara de um jeito que eu não consigo decifrar. Eu largo a garrafa no chão, me sentindo um pouco mais leve. 

— Edward, você sabe toda a minha história. O motivo pelo qual eu tinha mágoas de Forks, meus problemas de confiança, a ansiedade que sempre me consome e minhas insegurança. Eu não estava esperando por tudo o que aconteceu. Sinceramente, as vezes parece que tudo não passa de um sonho! Afinal, vamos combinar que isso é uma imensa loucura! Dois quebrados com problemas familiares tentando enfrentar tudo juntos. Parece ser impossível!

Eu suspiro, pegando em sua mão. Seus olhos estão confusos.

— Eu fui uma estúpida com você no nosso último encontro. Eu fiquei tão feliz por descobrir que o Correspondente Secreto é você, mas ao mesmo tempo tão assustada. Por isso te enchi de perguntas, que não foram respondidas, resultando na minha própria cabeça me sabotando mais uma vez. Me fazendo recuar e ficar no meu canto.

Eu suspiro largando sua mão para começar a andar de uma lado pelo outro.

— Eu estive atrás de você por meses. Pensando em diversos garotos que não são nada parecidos. Eu não  consegui pegar os sinais na minha frente! Eu estava completamente cega ou talvez, eu sempre soubesse que era você e não estava preparada para admitir isso.

Vejo que Edward fechar as mãos. Eu sinto que vou vomitar de nervosismo.

— Uma vez você me disse que eu julgo as pessoas. Você está certo, Edward! Eu estive julgando você desde o início por conta da sua pose de garoto mal! Tanto que foi isso que me fez nem cogitar em você. - eu digo exasperada. - A coisa é: eu não me importo se você é o garoto mal. Por mim, tudo bem!

Eu volto a ficar perto de Edward, segurando suas duas mãos e olhando dentro de seus olhos.

— A cada carta, a cada mensagem, eu estava caindo em algo novo. Eu não tinha ideia do que estava sentindo. Nunca havia experimentado nada disso antes! Só tinha certeza que não queria deixar você ir, Edward. E eu fiz a burrada de deixar isso acontecer. Eu achava loucura que nós, tendo menos de uma semana e verão juntos, pudéssemos sobreviver em um relacionamento. O depois? O que aconteceria? Foi quando eu fui inundada com todas as minhas inseguranças, foi quando eu deixei de escutar você e dei espaço para a paranóia. 

Eu coço a nuca, sentindo lágrimas nos meus olhos.

— Eu estive há tanto tempo presa. De tantas formas diferentes. Por tantas pessoas diferentes. Pelo meu passado, pelos meus pais, por mim mesma. Eu estou esgotada disso tudo. Você me fez perceber isso, Edward! - eu fecho os olhos, enquanto deixo as lágrimas rolarem pelas minhas bochechas. - Você me mostrou que eu sou mais que uma simples nota da escola. Que o mundo não irá se eu não for Yale. Mas principalmente, que eu devo e mereço aproveitar as coisas boas de agora. Eu serei eternamente grata por isso.

Ao abrir os meus olhos, encontro Edward com seu rosto molhado. Eu fungo, tirando uma única gota da sua bochecha.

— Vai ser difícil no começo. Eu sei disso! Terei que ter muita paciência comigo mesma. Precisarei de apoio. Mas eu estou disposta a deixar tudo para trás. Toda a história de perfeição. Todas as amarras que me mantiveram por muito tempo quieta. Graças a você. 

Edward assente com a cabeça lentamente.

— Então você veio me dizer que é grata?

Eu sorrio de canto, vendo um olhar decepcionado. Como diria Alice, que garoto bobinho. Com minha mão direita, eu seco minha bochecha totalmente molhada. 

— Em parte. - digo. Eu ponho minhas duas mãos nas bochechas de Edward, segurando seu rosto. Ele fecha os olhos verdes, me deixando aflita. Respirando fundo, eu continuo - Sabe, o modo em que você me salvou de me afundar em meus próprios sentimentos, em meus milhares de medos… É um dos milhares de motivos que me fazem te amar. 

Edward volta a abrir os olhos. Ele franze a testa e abre a boca para falar algo, mas eu o impeço, falando primeiro:

— Eu te amo, Edward. Com todo o meu coração. Amo que a cada dez palavras, nove delas são palavrões. Amo como o seu rosto brilha ao falar de sua moto. Amo o jeito que você tentou me proteger de Jacob, mesmo que eu não devesse ficar feliz ao saber que você bateu nele. Amo até mesmo o seu rude quando está de mal humor. Amo o seu lado sensível. Amo… Eu amo tudo em você. E eu não me importo se você é um garoto mal, porque eu amo isso!

Eu olho para cima, tentando controlar minhas lágrimas.

— E eu sei que talvez seja tarde em te dizer isso. Mas eu queria… Eu queria que você soubesse que eu te amo. Que eu estava com medo de me tornar dependente de você. Isso nunca aconteceu antes! Eu estava cagada de medo com todos esses sentimentos e que não sabia se eu queria eles! - eu falo rápido, com a voz embargada. -  Eu não sabia o que fazer! Até Sue e Seth me fazerem um interrogatório, me fazendo perceber…

Edward toca em meu queixo, fazendo-me encarar mais uma vez. Seus olhos, cheios de água, transmitem uma calma que eu não sabia que poderia encontrar em um momento com este. 

— Perceber que?

— Eu amo você. Eu quero você. Eu preciso de você. 

Eu engulo em seco, vendo conflito refletirem sua face. Eu me desvencilhar das mãos de Edward, caminhando para longe. 

— Eu sei que é tarde. Mas… você merecia saber a verdade, Edward. E um pedido de desculpas sobre o outro dia. Eu sei que arruinei tudo. 

Passo as mãos no cabelo, nervosa. Ele continua a ficar calado. Ele me chutaria para fora? Ele diria que íamos ficar bem? Ficamos em silêncio, cada um processando as informações dadas. Teria sido o suficiente para mostrar que eu o amo? 

Dez, quinze minutos passam. Eu suspiro derrotada. Ele precisa de um tempo para pensar. Eu caminho em direção às minhas coisas. Pego a bolsa, colocando em meu ombro e sapatos. Ao me virar, encontro Edward na porta do quarto, de braços cruzados.

— Você está indo embora? - ele pergunta. - De novo?

Eu sinto meu coração se apertar. 

— Eu não estava indo embora. - murmuro. - Eu estava indo descer para a festa. Deixar você pensar um pouco.

Escuto um bufo alto. Sinto a aproximação de Edward. Ele fica a um passo de mim. 

— Você tem certeza que quer os sentimentos que você tem por mim?

Eu dou de ombros.

— Não é como se adiantasse eu falar. Eu cheguei tarde.

Edward aproxima-se mais uma vez. Ele coloca sua mão na minha nuca. Eu tranco a respiração com o quão perto nós estamos.

— Você quer os sentimentos que tem por mim? Você tem certeza que me quer? Com todas as falhas e erros?

Eu me choco com a transparência de Edward. Sua insegurança, seu medo é refletido por seus olhos. Eu entrelaço meus braços no seu pescoço com cautela.

— Com todas as falhas. 

Sem eu nem conseguir falar, os lábios de Edward batem contra os meus. Famintos. Numa mistura de saudade e amor. Eu agarro o seu cabelo, puxando ainda mais para perto de mim, como se isso fosse possível. Minha boca se abre para a sua língua invadir-me, saboreando, brincando, procurando por cada canto da minha boca.

— Você tem alguma merda de ideia o tanto de tempo que eu esperei você falar isso? - ele pergunta com os lábios grudados nos meus.

— Eu te amo. Eu te amo. 

Meu coração parece prestes a sair da boca. Eu não consigo acreditar que eu não cheguei atrasada! Ele me ama, porra! E eu amo ele! Para mim, isso tudo basta. 

As mãos de Edward descem para a minha cintura, apertando-as com certa força. Eu mordo o seu lado inferior, arrancando um gemido abafado de seus lábios. Quando nós ficamos sem ar, Edward passa a descer uma trilha de beijos do meu queixo para meu pescoço. Eu tombo a cabeça, segurando em seus ombros para não cair.

— Eu te amo, Bella. - ele sussurra ao pé do meu ouvido. 

Eu mordo os lábios, segurando as lágrimas, segurando as emoções que aquelas pequenas três palavras causam em meu peito. Eu o puxo para encarar-me olho no olho. Nada precisa ser dito. Está mais que claro que eu o quero de todas as maneiras possíveis.

Eu volto a beijar Edward desesperadamente. Minhas mãos descem para seu abdômen, onde eu arranho com minha pequenas unhas. Atrevido, Edward desce suas mãos para minha bunda, apertando-as. Eu impulsiono meus quadris para frente, sentindo o membro duro de Edward batendo em minha barriga. Minha senhora!
— Eu achei que você queria descer para a festa. - ele murmura enquanto caminhamos em direção a sua cama.

— Eu não sou de festas. - respondo curta.

Edward e eu caímos em sua cama, eu me desgrudo de seus lábios rindo de nós dois. O garoto me puxa para sentar em seu colo com um sorriso safado no rosto. Puxando-o pela gravata, Edward endireita suas costas para ficarmos  frente a frente. Eu desço uma trilha de beijos pelo seu pescoço, escutando murmúrios.

Edward afasta os cabelos do meu ombro esquerdo e começa a beijá-lo até chegar perto da alça do vestido, onde a baixa devagar. Ele repete o mesmo com o esquerdo. Logo, meu vestido escorrega do meu tronco, ficando na altura do umbigo, expondo meus pequenos seios expostos. Eu jogo a cabeça para trás ao sentir as grandes mãos de Edward os apertarem. Eu abro os olhos, decidida a tirar a blusa de Edward. Meus dedos tremem e logo perco a paciência, rasgando a blusa que explode um ou dois botões.

— Temos alguém impaciente aqui? - ele pergunta irônico. 

Ignorando-o, eu puxo a blusa de seus ombros, deixando-o apenas de gravata e calças. 

— Eu até não me importaria de você usar gravata. - murmuro, distribuindo beijos em seu peito. - Mas eu quero cada canto seu sem uma peça de roupa.

Quase que de imediato, as mãos de Edward saem dos meus seios para desfazer sua gravata. Esta voa para longe. Edward puxa-me de encontro aos seus lábios, invadindo a minha boca com sua língua. Eu gemo ao sentir seu corpo quente contra o meu. Parecia ser perfeito!
Um pouco atrevida, eu começo a rebolar meu quadril contra sua ereção, recebendo gemidos altos de Edward. Eu mesma solto vários sentindo seu membro rígido contra a minha intimidade.  Eu brigo procurando espaço em sua boca, querendo mais, necessitando de mais.

Sem nenhum esforço, Edward nos vira, comigo ficando por baixo. Seus olhos percorrem todo o meu corpo. Eu sinto minhas bochechas esquentarem e instantaneamente, eu levo minhas mãos para cobrirem meus seios. O garoto arquea a sobrancelha.

 - Nunca se esconda de mim, Bella. - ele diz, mordiscando minha orelha. 

Sua mão cobre a minha, ele as segura, colocando ao lado do meus corpo minhas duas mãos. Edward abre um sorriso de canto que molha a minha calcinha inteira. A boca de Edward desce para meu pescoço indo em direção ao meu tronco, onde em seguida, ele abocanha meu seio direito. Eu grito de surpresa.

— Porra! - escuto ele dizendo. 

— Edward. - eu murmuro.

Ele alternava entre meus seios, os beijando, os mordiscando enquanto aquele que não tivesse a atenção de sua boca, tinha de sua mão. Ele prende meu mamilo contra seus dedos indicador e polegar, apertando-os com força. Eu aperto minhas pernas entre si, o que Edward percebe.

— Você está excitada, Bella? - eu murmuro alguma coisa como “sim.” - Vamos, Bella, você sempre usa essa boca para falar até demais. Eu consigo mais que um murmuro, certo?!

Não! Porque toda a minha capacidade de falar esvaiu-se do meu cérebro quando Edward começa a descer seus dedos por minha barriga e coxa. Ele acaricia minha coxa, apertando-a.

— Edward. - eu murmuro, pressionando meu quadril contra o seu. Edward me encara com uma cara de quem está se divertindo com o meu sofrimento. Eu inspiro fundo. - Eu estou tão excitada que nem seu nome direito.

Ele gargalha jogando sua cabeça para trás. Eu lhe dou um tapa no seu ombro. Eu gemo insatisfeita quando o garoto se afasta de mim. Ele sorri enquanto morde os lábios. Como ele podia ser mais gostoso? Edward com uma delicadeza que até agora não havia mostrado, puxa meu vestido para fora do meu corpo. 

— Eu sei que você pagou caro… Mas na próxima vez. - ele diz ficando de pé com meu vestido nas mãos. - Eu vou rasgá-lo.

Eu gemo alto me controlando para não colocá-lo de novo para presenciar a tal cena. Eu fico apenas com um calcinha pequena na sua cama e ele não deixa de percorrer seus olhos pelo meu corpo. 

Apoiando-me em meus antebraços, eu encaro maliciosamente Edward que retira sua calça jeans com uma cautela desnecessária. Meus olhos percorrem cada ponto de seu corpo. Os braços levemente musculosos, coxas grossas e ah, seu membro praticamente pulando da boxer preta. 

Edward se ajoelha na cama, agarrando meu tornozelo. Puxando-o para perto de si novamente. Eu dobro meus joelhos e os separo, fazendo um convite simples para ele se colocar entre minhas pernas, o que ele prontamente faz. Eu gemo ao pé do seu ouvido ao sentir seu membro contra a minha intimidade. 

Eu puxo Edward para outro beijo. Nós parecemos dois esfomeados, batalhando por espaço. Eu passo minhas mãos pelas suas costas, trazendo-o para mais perto. Nos separamos ofegantes, a milímetros de distância, até Edward abaixar sua cabeça, distribuindo beijos por todo meu corpo. Pescoço, barriga, rosto, até minhas coxas.

Ele me tortura, beijando minhas coxas e seu interior. Eu impulsiono meu quadril para perto dos seus lábios desavergonhadamente. Com a neblina da minha excitação impregnada no cérebro, me esqueço de qualquer vergonha na cara.

— Você quer que te toque aqui? - ele pergunta, espalmando sua mão na minha intimidade. - Na sua bocetinha?

— Pelo amor, Edward! - eu gemo. - Sim! 

— Espero que não se importe de pegar calcinha emprestada de Alice. - ele diz. Antes de eu dizer qualquer coisa, Edward segura o elástico da minha calcinha e a puxando para lados opostos. Eu grito de surpresa, vendo o que uma vez foi minha calcinha menos comportada, tornar-se apenas um pedaço de pano rasgado. 

— Agora, onde paramos?

— Na parte em que você estava prestes a parar de me tortura. - eu digo rapidamente.

— Eu achei que estávamos recém começando, amor. - ele diz, deitando-se sobre mim.

— Você não é louco. - eu quase rujo. Edward me olha brincalhão.

Minhas mãos prendem-se em seus cabelos, assim como minhas pernas em seus quadris. A mão de Edward com muita suavidez desce até o ponto onde eu estava mais necessitada. Ele encara todas as minhas reações, não perdendo nada. 

Eu arqueio as costas quando seus dedos encontram minha intimidade. O dedo indicador de Edward desliza para dentro da minha intimidade. Eu jogo minha cabeça para trás.

— Tão molhada. - ele sussurra. - Isso tudo é para mim?

Ele começa a movimentar-se. Um vai e vem lento. Eu o aperto cada vez mais, necessitando chegar ao ápice. Um calor começa a surgir em meu corpo. Eu suo debaixo de Edward. Outro dedo entra em mim. Eu rebolo contra eles, precisando de mais. 

Edward chupa meu pescoço para aumentar suas estocadas. Eu sinto que estou prestes a vir. Seu dedão chega no meu clitóres, onde faz círculos. Eu grito arranhando suas costas com minhas unhas. Eu gemo ao pé do ouvido de Edward, implorando por mais. Um terceiro dedo entra em mim e é neste exato momento que eu quebro. 

O calor no meu ventre explode e eu grito sentindo o orgasmo tomando-me para outro lugar. Minhas pernas tremem em volta  de Edward que continua a estocar seus dedos dentro de mim até a última tremedeira. Eu puxo a cabeça de Edward para trás, atacando seus lábios. 

Tomando coragem, eu coloco minha mão entre nossos corpos, levando-a em direção a boxer de Edward. Eu toco seu membro por cima do tecido. Edward fecha seus olhos e morde os lábios. Porra! As garotas da escola não estavam erradas sobre o tamanho do seu garotão. 

Infiltro minha mão dentro da cueca de Edward, segurando seu membro. Com certo cuidado, eu começo a descer minha mão para cima e para baixo. Edward esconde seu rosto em meu pescoço, gemendo e murmurando coisas que eu não consigo pegar. 

Fazendo força extra que o normal, viro Edward, deixando ele deitado, subindo em seu colo. Eu mordo a bochecha, um pouco nervosa, para enfim, puxar sua cueca para baixo, revelando seu membro. Eu seguro um impulso de arregalar os olhos e falar algo como “essa porra não tem como entrar na minha pequena vagina”. 

Eu jogo meus cabelos para as costas, pegando seu membro e voltando a fazer os mesmos movimentos. Edward agarra minha cintura com força. Levo isso como incentivo e aumento o ritmo. Instintivamente, passo meu polegar pela cabeça babada e recebo praticamente um rugido do garoto. Eu abro um pequeno sorriso, antes de lamber o lugar. 

Eu lambo a cabeça e desço pelos lados com minha língua, não deixando de movimentar minha mão de cima para baixo. Os gemidos de Edward ficam gradativamente mais altos, me deixando cada vez mais melada. Sua coxa sabe bem do que eu estou falando.

Em algum momento em que eu volto a ficar reta, Edward nos vira na cama, voltando a ficar entre minhas pernas. Seu membro enorme roça minha entrada. Seus olhos brilham de expectativa. Ele coloca uma mecha do meu cabelo para longe do meu rosto, antes de estender o braço. Eu fecho os olhos, focando em sentir seu membro duro contra minha intimidade. Gemo baixinho ao sentir uma pincelada sua.

Ao abrir os olhos, encontro Edward me encarando. Ele senta-se sobre suas pernas, abrindo com os dentes a embalagem preta da camisinha. Ele desenrola-a para colocar em seu pau. Eu fico em meus antebraços quando ele volta a se deitar por cima de mim.

Eu puxo Edward para um beijo ao sentir seu pau cutucando-me. Eu praticamente rosno:

— Vai logo com isso.

— Você me fez esperar tanto tempo. - ele diz. - Acho que talvez você deva implorar um pouquinho. Foi uma menina tão má.

Eu abro os olhos, desacreditada. Ele tem um sorriso malicioso nos lábios. Eu fico enfurecida! Tento encaixa-lo a mim, mas Edward mais forte, junta minhas duas mãos, prendendo-as sobre minha cabeça. Eu abro a boca indignada!
— Vamos, Bella. - ele diz, beijando meu pescoço. - É só você pedir para eu entrar em você. Foder você. Amar você.

Eu perco o ar ao sentir a ponta entrar em minha intimidade. Mas o tempo em que ele esteve ali, foi mais rápido a duração para ele sair. Eu tento mexer as mãos, vendo a diversão de Edward. Rendida, eu entrelaço minhas pernas na altura de seus quadris.

— Me ame, Edward! - eu peço. - Mas principalmente, me foda! - eu imploro.

Os olhos de Edward faíscam e em seguida ele impulsiona seu quadril, finalmente entrando em mim. Eu arqueio as costas, sentindo-o me invadir e gemo alto com o susto. Há uma leve queimação, eu não estava acostumada com seu tamanho. 

Edward liberta meus braços que rapidamente eu os coloco para aranhar suas costas. Eu espio nossas intimidades juntas, vendo que ainda falta para ele entrar. O garoto fica parado com os olhos apertados. 

— Porra! - ele geme. - Você é tão apertada!
— E você é tão grande! - eu rebato, abrindo meus joelhos. 

Escuto sua risada. Eu rio junto, não sabendo muito bem o que fazer. Um tempo depois, eu começo a rebolar de leve, querendo mais. Puxando-o pela nuca, eu o beijo mais uma vez. 

Seus quadris começam a se mexer lentamente. Eu gemo contra seus lábios, a cada estocada. Em pouco tempo, eu começo a me mexer contra Edward. Ele agarra minha cintura, tentando me parar.

— Comigo, amor. Não contra mim. - ele diz. 

Suspiro sentindo o calor no meu ventre começar a aumentar. Edward agarra minha coxa, puxando-a mais para cima. Naquele exato instante, ele entrou mais fundo. Num ponto que eu nem sabia que existia! Eu agarro seus cabelos, implorando por mais. Ele começa a se movimentar um pouco mais rápido, ainda com um certo cuidado.

Nossas respirações se mistura, tal qual nossos corações que batem numa mesma sintonia. Os olhos de Edward se prendem nos meus e eu me remexo contra seu membro que me invade cada vez mais forte.

— Você quer mais? - ele pergunta, entrando forte dentro de mim, arrancando-me gritos. - Você quer assim, é?! Forte, duro?

— SIM! - eu respondo gritando.

Edward bate seus lábios no meu estocando fortemente contra mim. Suas mãos exploram meu corpo inteiro enquanto seu membro vai me abrindo cada vez mais. Eu estou tão cheia! 

Edward bate contra mim várias vezes, nunca parecendo o suficiente. Eu o vejo retirando quase seu membro inteiro para socar dentro de mim. Eu gemo, sentindo meu corpo inteiro pegando fogo. Edward continua a entrar e sair de mim, cada vez mais forte.

Meus gemidos acabam se tornando gritos que se misturam com os grunhidos de Edward. Eu arranho suas costas ao sentir minha boceta mastigar o pau de Edward. Ele geme alto. Eu faço novamente, o levando a loucura.

— Essa bocetinha vai me enlouquecer, porra! - ele fala, colocando sua mao entre nos, brincando com meu clitoris.

Suas estocadas aumentam de velocidade, transformando-as em curtas e rápidas. Minhas pernas começam a tremer e todo o calor concentra-se em um único ponto. Rapidamente, Edward nos troca de posição, onde eu sento em seu membro, sentindo-o entrar ainda mais fundo.

Eu espalmo minhas mãos no peito de Edward, começando a subir e descer desajeitadamente. As mãos dele descem para a minha bunda, onde ele ajuda eu a me impulsionar. Eu começo a ofegar, ficar inebriada pelo orgasmo que está perto. Edward abaixo de mim investe seu quadril contra mim. Eu cavalgo com mais rapidez. 

Uma das mãos de Edward escala para o meu seio que ele aperta com força. Eu grito quando sinto um tapa na minha bunda, o que me incentiva a continuar descendo e subindo em seu pau. 

Em algum momento, o orgasmo me aplaca. Eu grito sentindo a sensação, a tremedeira e o prazer se espalhar pelo meu corpo. Edward volta a nos virar na cama, puxando minha perna para o seu ombro, gemendo alto e estocar duas vezes antes de derramar na camisinha.

Ele cai sobre mim, ainda conectados um no outro. Eu sinto o corpo de Edward e eu cobertos de suor. Edward me beija, enfiando sua lingua em minha boca e brincando com a minha lingua em uma dança lenta. Quando ele decide por sair de dentro de mim, eu gemo em protesto, sentindo-me nada mais, nada menos que vazia.

Eu vejo ele retirar a camisinha cheia de seu membro, amarrando na ponta e largando-a no chão. Nós dois ficamos em silêncio, apenas escutando a música animada da festa lá embaixo.  Edward me puxa para deitar minha cabeça em seu peito. Eu desenho círculos em seu braço, acalmando minha respiração enquanto ele faz um carinho em minhas costas.

Eu mordo os lábios, reprimindo um sorriso. Eu não achava que nós terminaríamos em sua cama depois de uma bela transa. Estou impressionada que no fim deu tudo certo.

— Você é muito boca suja. - brinco. Eu olho para cima, encontrando seus olhos.

— Para! - ele fala, passando a mão livre em seu cabelo molhado. - Você ama. 

— Verdade. 

Nós voltamos a ficar em silêncio. Aproveitando a nossa bolha. Nosso pequeno pedacinho de tempo juntos, sem mais nada para se preocupar além dos nossos sentimentos.

— Então eu tenho mais uma coisa para confessar. 

Os olhos de Edward se arregalam. Ele ergue o tronco, fazendo nós dois ficarmos sentados. Eu sento em suas coxas com a minha cara mais séria.

— Eu teoricamente traí você… Com você mesmo.

Eu espero ver sua reação. Seus músculos se destencionam de imediato. Sua boca abre e fecha mais de uma vez. Eu rio de sua cara de abobado, colocando a mão em minha barriga. Eu vejo ele revirar os olhos, antes de voltar a ficar por cima de mim.

— Você quer me matar do coração, Bella! - ele diz fingindo estar bravo. - Você merece um castigo.

E eu definitivamente não estou pronta para seu castigo. Suas ma~so vão de encontro para minhas costelas e barriga, apertando-as e enchendo -me de cosquinha. Eu peço desculpas e quase me mijo na cama. Isso o fez parar. Nós ficamos nos encarando, antes de trocarmos um beijo casto.

— Você só tem pose de garoto mal. - eu falo.

— E você só tem pose de santa.

Eu abro um sorriso, dando de ombros.

— Eu amo você, Edward.

Os olhos de Edward brilham com intensidade, como se não acreditasse o que escutava.

— Eu amo você, Bella.

Com isso nós nos enrolamos mais uma vez um ao outro, transformando-nos em um só, nos amando mais uma vez, e se possível com mais paixão do que a primeira vez. Posso dizer que foi tudo mais intenso que a primeira vez e definitivamente melhor.

Passado as três da manhã, vestida apenas com uma grande camiseta do nirvana de Edward e uma de suas cuecas boxes e ele vestido com um shorts e regata, nós dois descemos para a festa. Lá, encontramos todos nossos amigos mais que bêbados e por que nós não nos juntaríamos a eles?

— Eu acho que vou chorar! - Alice diz, fungando. - Desde o dia que nos conhecemos eu tenho esperado esse dia, amiga! 

Eu rio da sua embriaguez, a abraçando de volta. Emmett com a língua enrolada pelo álcool em seu sangue tenta advertir Edward para não quebrar meu coração. Ele responde dizendo que é mais fácil eu quebrar o dele. Me limito a revirar os olhos.

— Agora, a xenti fai vestejxa! - Emmett diz, levando o seu copo aos lábios, bebendo mais alguns gole de sua bebida.

Rosalie me entrega um copo de vodka que eu viro fácil, fácil. Edward e eu trocamos alguns olhares como se disséssemos que já tínhamos presenciado uma coisa dessas antes. Eu levanto o copo em sua direção, vendo-o balançar a cabeça negativamente.

Depois de beber alguns copos, sinto-me mais leve. Alice junto de Rosalie me puxam para a pista de dança. Me divirto com as duas bêbadas que não lembram nem mesmo seus próprios nomes. 

O tempo passa, até que não há mais nenhum sobrevivente no jardim. Muitos adolescentes deitados na grama, dormindo junto a vômito e bebidas. Isso é realmente cômico e eu não deixo de tirar muitas fotos para utilizar contra Emmett e Alice.

— Vem, está na hora de irmos para dentro, mocinha. - Edward diz, abraçando-me.

— A gente não pode assistir o por do sol? - pergunto, fazendo beicinho.

— Você quis dizer nascer do sol?!

Eu dou de ombros.

— Dá na mesma. 

Ele gargalha. Contagiada por sua risada, eu acabo rindo de mim mesma. O sol começa a nascer, transformando o intenso azul marinho em uma mistura com roxo, laranja e rosa. Como se fosse uma pintua.

— Onde estão os seus pais? - pergunto de repente.

— Bem, eles emprestaram a casa para Alice. Decidiram que não queriam dor de cabeça e foram passar uns dias em Seattle.

— Para Alice?

— De acordo com eles, ela é a mais responsável.

Eu encaro o corpo imóvel de Alice, que roncava abraçada a Jasper e Eric. Eu volto a encarar Edward com uma sobrancelha arqueada. 

— Eu acho que eles estão meio equivocados.

— Você acha?

Eu sorrio sem mostrar os dentes. Edward me puxa para a pista de dança onde milagrosamente não há ninguém deitado nela. Uma música lenta soa pelos alto-falantes. Relutantemente, eu ponho minhas mãos em seus ombros, balançando de um lado para o outro. Edward coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha para me puxar para um beijo. Eu entrelaço meus braços em sua nuca, aproveitando nosso beijo lento, transmitindo tantas emoções que jamais eu poderia descrever em palavras. 

— Você está com bafo de álcool.

— É sério que você interrompeu nosso lindo beijo para falar do meu hálito?!

— Corrigindo, mau hálito!

— Cala a boca!

Ele abre um grande sorriso, eu faço o mesmo. Eu lhe dou um selinho nos lábios. Sua mãos seguram a minha cintura enquanto nós continuamos a dançar no meio de tantas pessoas desacordadas. Meu coração grita de alegria, não acreditando que nós tínhamos conseguido. Que eu havia conseguido.

— Eu amo você. - digo, encostando minha cabeça em seu peito, batendo quase em seu queixo.

— Eu sei. - ele diz. - E eu amo você.

Naquele momento, quando a noite já tinha se despedido e o dia entrado, assim como eu havia me despedido de todas as regras e medos, eu tinha a completa certeza de que a nossa história está apenas começando. Porque Edward e eu somos feitos um para o outro, com todas as falhas. 


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Notas finais do capítulo

AI MI CORAZON POBRECITO! Ai genteeeeeeeeeee!!!! EU NÃO SEI O QUE DIZERRRR!!! Que ódio! KSKSKSK... Finalmente tivemos o nossos Beward, UHUULL!!! Quem está feliz? Eu estou mais que feliz!
Sue e Seth lindos colocando a cabeça da Bella para funcionar e mandar ela ir atrás do seu garoto dos sonhos. Eu só queria uma tia e um primo assim.
E A BELLA SE DECLARANDO???? Que foi issoooo? Valeu a pena sofrer um poquinho mais que o normal, né?!
CHEGOU O HOT TAMBÉM, AIAIAI! Gente, sério eu espero que não tenha ficado ruim, mas se tiver me avisem, tá?! KSKSKKS (risada de nervoso) Mas pelo menos TEVEE!!!!
Enfim, quero saber TUDO! Cada pensamento, cada sentimento que vocês sentiram e o que vocês acham que irá acontecer! Um grande beijo para todos e vejo vocês no próximo capítulo!



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