Subentendido- Fremione escrita por Anna Carolina00


Capítulo 6
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Adentramos o Expresso Hogwarts. Como Rony e eu nos tornamos monitores, tivemos uma reunião com os demais monitores, também  teríamos de patrulhar entre os vagões para checar se tudo estava bem.

Rony ostentava sua insígnea com orgulho. Ele tinha um sorriso bobo de felicidade, o mesmo de quando conseguiu o autógrafo do Viktor Krum no final do ano passado.

Quando fomos liberados, procuramos Harry. Ele dividia vagão com Gina, Neville e Luna Dilua...Me estranha alguém como ela estar na Corvinal.

—São dois alunos por casa, para monitores do quinto ano. Um menino e uma menina.

Expliquei e Rony comentou:

—Advinha quem é o monitor da sonserina?

—Malfoy.

Harry respondeu. Sabíamos que isso significava mais problemas, aparentemente Draco malfoy existia para nos causar tormento na escola.

—E aquela vaca completa da Pansy Parkinson - comentei cruelmente. - Como ela conseguiu ser monitora quando é grosseira como um trasgo?

— Quem são os da Lufa-lufa? - perguntou Harry. - Ernie MacMillan e Anna Abbott - disse Rony.

Lembro de Anna Abbot distribuindo aqueles bottons ridículos sobre o Harry ano passado. Completei os monitores:

—E Anthony Goldstein e Padma Patil da Corvinal.

—Você foi ao Baile de Natal com Padma Patil…-Luna comentou olhando para Rony - Ela não gostou muito. Ela acha que você não a tratou muito bem, porque você não dançou com ela. Eu não penso que teria me importado... Eu não gosto muito de dançar.

Depois disso, ela voltou a ler o jornal O Pasquim de cabeça para baixo como se nada tivesse acontecido.

Apesar de comentários estranho vindo da Luna e a visita desagradável de Malfoy para irritar Harry, seguimos a viagem tranquilamente.

Em uma das rondas, ouvi barulhos estranho de uma cabine e entrei para checar se precisavam de ajuda. Era Angelina sentada no colo de Fred. Eles pareciam estar se divertindo com ela tentando desvencilhar das cócegas que ele tentava infligir. Saí sem falar nada.

 No caminho para Hogwarts, dividimos a carruagem com Luna.

—O que são  essas coisas puxando as carruagens?

Harry perguntou. Respondi:

— Não tem ninguém puxando, Harry, como sempre .

—São testrálios -Luna comentou - Eu também posso vê-los. Você é tão  normal quanto eu.

Acho que para ela isso seria um elogio, mas seu comentário me fez pensar se Harry não bateu a cabeça enquanto estávamos em reunião. 

Não vimos Hagrid entre os professores e havia uma mulher com roupa cor de rosa sentada próximo de Snape. Quando Harry a viu, exclamou.

—É a Umbridge. Ela estava na minha  audiência, trabalha para o Fudge.

—Não, não pode ser…

Mas eu tinha razão. Não é a primeira vez que se tem história de políticos interferindo na educação. No mundo trouxa, foi um período sombrio em todas a Europa quando o facismo tomou o poder político e tentou manipular os civis manipulando a educação dos jovens. Não acho que Fudge seja um nazista, mas em vista do jeito que está tratando Dumbledore e usando os jornais para difamá-lo, ela não deve representar algo bom em Hogwarts.

—[...]Vamos ir para frente, então, entrem numa era de aberturas, com o intento de preservar o que deve ser preservado e aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado, proibindo sempre que acharmos práticas que deveriam ser proibidas.

O discurso de Dolores Umbridge  deixou claro que o Ministério interferiria em Hogwarts, expliquei isso aos dois.

O novatos já haviam sido designados às  casas. Foi aí que toquei que era minha função levá-los a torre da Grifinória.

—Rony, os alunos do primeiro ano! Vamos.

—Hey, pigmeus! 

—Rony! Não diga isso…. Novatos da Grifinória, venham comigo! - virei para Harry e comentei - nos vemos amanhã, Harry.

Seguimos até os novatos. Passei a explicar o caminho e como funcionava as escadas. Lembro de como Percy falou em meu primeiro ano e isso realmente me ajudou a entender o lugar.

—Caso queiram mais informações sobre qualquer lugar, podem ler Hogwarts Uma história! O livro contém quase tudo que é importante saber sobre nossa escola.

Em outras circunstâncias eu diria que tudo, mas depois de perceber que os elfos domésticos foram apagados do livro, infelizmente não posso concordar mais que seja um guia completo.

Rony também explicava sobre o caminho, coisas talvez menos acadêmicas, mas percebi que  também são bastante úteis. 

—... Os fantasmas são meio estranhos, mas podem ajudar caso se percam nos corredores. E banheiros, nunca devem ir ao banheiro entre as aulas se a segunda for de poções. Você vai se atrasar e o professor Snape vai tirar pontos da Grifinória. E a Grifinoria quer ganhar a taça das casas, certo ?

—Sim!

Alguns pequenos gritaram juntos. Rony parecia um escoteiro chefe de um acampamento trouxa. Era fofo de se ver.

—Ah!Se vocês estiverem atrasados para a aula e me verem no corredor, eu como monitor posso garantir que o Snape não lhe mande para a detenção por chegar atrasado. É sério, é só me chamar!

… Apesar dele estar alimentando até demais a rivalidade que já existe entre Grifinória e Sonserina.

—E Quadribol?

Um novato perguntou.

—Teremos vários jogos de Quadribol. Devo avisar que  a Grifinória  tem o melhor apanhador: Harry Potter!

Algumas crianças fizeram cara feia ao ouvirem esse nome. Geralmente a reação costumava ser outra… Imagino que o Profeta diário tenta feito muitas pessoas desacreditarem em Harry e Dumbledore.

Chegamos ao quadro da Mulher Gorda. Completei:

—Aqui vocês devem falar a senha secreta. Mensalmente ela muda, mas os monitores e provavelmente os veteranos podem lhes informar, é só perguntar . 

— Boa noite, crianças. Sejam bem vindos a Grifinória!

Disse a Mulher Gorda. 

—Mimbuius mimbletonia!

Eu disse a senha e entramos. Os novatos foram para os quartos.

—Vejo você amanhã, monitor.

Sorri para Rony. Ele sorriu de volta e falou.

—Até amanhã, monitora!

A cena no trem não saia da minha cabeça. Fred tem namorada, é óbvio que eu eventualmente presenciaria momentos assim com a Angelina… Tentei tirar isso da cabeça e pensar em outra coisa: Ronald Weasley se saiu um excelente monitor. Acho que podemos funcionar bem com ele sendo o monitor legal que dá dicas e eu sou a rígida que não permite quebra de regras. 

Sim, seremos um bom time.

Chegando ao quarto, Lilá e Parvati estavam cochichando. Quando me viram, deram uma risadinhas e Parvati disse:

—Não, ela não trocaria com certeza.

— Eu não faria o quê?

Perguntei.Foi Lilá quem respondeu.

—Trocar de par no baile de inverno, se fosse esse ano. Eu definitivamente iria com Rony. Ele não é gato como os irmãos, mas até que ficou charmoso com aquela insígnia de monitor. Claro que você não trocaria, mas é óbvio que Parvati não devia ir com o louco do Harry, né?

—Do que está falando?Harry é nosso amigo… E ele ganhou o torneio! Claro que era um par muito… Aceitável.

—Você não viu as notícias, Hermione?  Ele fica inventando um monte de coisas só para ganhar atenção, é patético. Gente assim que vive de atenção é tão deprimente…

O pior de tudo foi ouvir isso de alguém que se interessou por Rony só por ele ser monitor!

—É melhor calar a boca, Lilá, ou eu é que vou ser notícia nos jornais, por estuporar a colega de quarto mentirosa.

Fui direto para cama e me deitei. Gostaria de ter a Gina aqui comigo. As duas ali nunca foram realmente legais comigo, mas falar daquele jeito do Harry me tirou do sério.

Bichento se destrancou da gaiola e se deitou comigo. Pelo menos meu amigo de patas estava do meu lado.

No dia seguinte, Harry estava irritado. Pelo visto Lilá não era a única a falar mal do Harry. Acho que ele estava tão acumulado de raiva que precisava descontar em alguém e começou a descontar em mim e Rony, então tive que intervir e dar lição de moral antes que o trio ficasse brigado, de novo.

—...Seria muito bom se você parasse de pular no nosso pescoço, Harry, porque se você ainda não percebeu, Rony e eu estamos do seu lado.

Isso foi suficiente, pelo menos por enquanto. Durante o café da manhã foi outro estouro quando eu recebi o Profeta Diário e segundo Harry, eu estava "apoiando" o maldito jornal. Expliquei que precisávamos descobrir se havia notícias de Você-Sabe-Quem, mas ele estava ainda mais instável. 

A pior parte do dia foi a aula de Dolores Umbridge. Basicamente, aulas apenas com leitura, sem prática de feitiços.

Todos os alunos acharam aquilo um absurdo. Dino Thomas, assim como eu, mora num bairro trouxa e não podia usar magia em casa. Sem treinar feitiços nas aulas, como faríamos o NOMs?! Como estaríamos preparados para problemas reais onde teríamos que usar magia de defesa?!

A cara de sapo ainda deu detenção para Harry quando ele mencionou que poderíamos precisar usar feitiços no mundo real graças a volta de Voldemort.

Não pensei que chegaria o dia em que eu odiaria uma professora.

Para completar a noite, Fred e Jorge estavam pagando alunos do primeiro ano para testarem seu kit mata-aulas.  Como monitora, eu não podia permitir, me aproximei dos dois e disse que aquilo era contra as regras.

—E o que vai fazer, Hermione? Nos dar detenção? Nos fazer escrever linhas?

Fred caçoava da minha  cara.

— Não, vou escrever para a mãe de vocês! 

—Você não se atreveria…

Jorge pareceu preocupado com a possibilidade.

—Se eu ver mais alunos testando suas balinhas, eu juro que vou escrever.

Fred tentou argumentar. Nunca o vi usar esse tom ríspido comigo, parecia outra pessoa.

—Hermione, são NOSSOS negócios, você não devia se meter...Onde não é chamada.

Rony apareceu ao meu lado. 

—Mas podem testar um no outro, certo? Ou em seus amigos veteranos… Não nos novatos.

Eles pareciam relutantes, mas concordaram. Agradeci a Rony pela intervenção. Realmente, ele estava agindo como meu parceiro monitor.

Eu não devia lhes ajudar com as tarefas num ano decisivo como esse, mas os professores estão nos sobrecarregando demais com a ideia de nos preparar para os NOMs. Assim, virei para meus melhores amigos que se debruçaram a checar se o que escreveram batiam com o livro e falei:

— Eu posso corrigir seus trabalhos de astronomia. Assim podem fazer o de transfiguração.

— Obrigada, Hermione! A próxima vez que for rude com você…

—Vou saber que voltou ao normal, Rony.

Voltamos às tarefas. Seria uma longa noite e ainda era a primeira semana de aula.


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